História True (Em revisão) - Melhor assim.

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Byung Joo ouvia o barulho dos batimentos de seu coração ecoar pelo quarto, sorte sua que o coração batia ainda –dentro de seu peito – Sendo assim, só ele conseguiria ouvir.

Hansol tinha aquele poder, de o deixar nervoso a ponto de soar frio, somente em estar no mesmo ambiente que ele e agora, com força maior, tudo sobre seu corpo tremia e temia que o outro nunca mais quisesse olhar para sua cara, nem como o amigo que era.

Byung Joo se sentia preso a Hansol, e talvez, fosse algo que ele não conseguiria mudar nem que desejasse com toda sua força. Byung sentia como, se sua existência antes de conhecer Hansol, não tivesse valido nada e que era somente um tempo de testes, que por sinal não serviu por quase nada, já que ele não havia prendido o mais importante, antes de conhecer aquele que agora é dono de seu coração.

“Ele não havia aprendido a amar, até conhecer, Hansol”.

Agora, ele sabia muito bem que gostar de alguém de verdade tinha seus altos e baixos, os maus momentos e os bons e além de tudo, ele sabia agora que amar alguém pode ser uma experiência assustadora e além de tudo surreal.

Algo bipolar se encaixaria melhor, pois por mais que quisesse desistir daquele sentimento, não era possível, ele sempre acabava voltando para a estaca zero.

Byung Joo andou, na pontinha dos pés até o banheiro, para que não corresse o risco de acordar Hansol, que dormia tranquilamente, nem sabendo que estava em seu quarto, pois ele sabia que se o outro soubesse não tinha chegado nem perto da porta de seu quarto.

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Jenissi entrou no quarto, emburrado por ter que dividir o mesmo com aquele adolescente audacioso. Não trocou nenhuma palavra com o outro que por sorte – e sabedoria – Também não ousou lhe dirigir a palavra, hora nenhuma.

Jenissi entrou no banheiro, para que tomasse uma ducha rapida e quando saiu, teve vontade de ir na cozinha pegar a faca de que tanto tinha se questionado nos últimos minutos se a usava ou não.

Ele não tinha a intenção de se tornar um assassino, nunca teve, mais aquilo estava pedindo para que ele cometesse um ato tão horroroso, como assassinato.

Xero, estava dormindo, na ponta da cama em que ele, Jenissi, dormiria.

Bufou, pensando no que poderia fazer ou se só empurrava o outro para baixo da cama.

“Era simples, bastava empurrar” – Pensou, indo em direção a acama.

— Depois não quer ser tratado como criança – Sussurrou baixo, olhando para ver se o outro dormia mesmo.

O garoto apenas havia se jogada na ponta da cama, as pernas ficavam para baixo da cama, como quem tinha a intenção só de esperar o outro sair do banheiro, mais acabou pegando no sono.

— O que eu faço? – Se perguntou, bagunçando os próprios cabelos – Eu não vou dormir no chão.

Jenissi pegou uns travesseiros, que ficava no closet de Hansol e fez uma espécie de barreira que separava seu lado, do lado que o outro ocupava. Vai saber, o que poderia acontecer se não tivesse aquela barreira separando os dois, não é?

Jenissi era precavido, ele não confiava nem em si direito, quem dirá confiar em Jiho, que mal conhecia e que ainda era um adolescente rebelde.

Não, ele não se via depositando confiança no outro.

Depois de ter feito a barreira, se deitou lá, o mais longe possível da grande muralha de travesseiro. Era besteira e ele se sentia envergonhado de fazer aquilo, mais era mais desconfortável ter que dormir com Xero, depois do que ele fez na festa. Era muito desconfortável.

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Hansol acordou, sua cabeça rodava e uma dor de cabeça enorme o fazia querer gritar e lá estava um dos motivos para ele evitar beber: Aquela ressaca terrível.

E ao abrir os olhos, depois de muito esforço, lá estava os outros motivos para ele não gostar de beber:

Não estava em seu quarto, pois estava bêbado demais para saber qual era a porta do seu.

Estava deitado do lado de Byung Joo, coisa que fez seu coração pular do peito, ainda mais depois de ver que a única coisa que adornava seu corpo era sua cueca boxer um uma ponta do edredom do outro.

Tampou a boca, para não acordar o outro com o quase grito de susto que deu, e após puxar na sua memoria, falha, o que havia acontecido para ele estar ali, no quarto do outro e sem roupa, se aliviou e pode respirar de novo ao se recordar que apenas havia errado de porta e tirado a roupa por conta própria.

Menos mal, por mais que ainda fosse muito ruim estar ali, depois do que aconteceu.

Hansol queria apenas se bater, por ter bebido, por ter ido naquela festa idiota, por ter se deixado levar pelo poder que o outro tinha sobre si e principalmente por ter audição e ter que ter ouvido aquelas palavras de Byung Joo.

Ele sabia, que Byung Joo era um amigo assim, e a culpa não era só de Byung, ele também tinha parcela de culpa, já que o acostumou assim.

Ele teria duas opções, para se safar de um desastre maior.

Ou ele diria tudo, para o rapaz que agora dormia do seu lado. Tudo, desde de sua paixão até as palavras de ciúme e revolta.

Ou ele simplesmente fingiria, que nada daquilo aconteceu na festa.

Fingiria até para si mesmo, que não havia quebrado a promessa de nunca sequer beijar o outro.

Fingiria também, que não estava louco para beijar Byung de novo, e de novo.

Fingiria que não havia escutado nada de Byung.

E tornaria aquela lembrança, em nada, tanto para ele, quanto para Byung Joo.

Iria simplesmente fazer com que aquela cena dos dois no banheiro daquele clube não passasse nunca de seus pensamentos.

Byung Joo iria acreditar, que ele não lembrava de nada. Iria esquecer que ele havia suspirado durante o beijo, iria também esquecer que ele, havia contribuído para aquilo.

Byung Joo teria que acreditar que ele não lembrava de absolutamente nada e assim, tudo poderia voltar ao normal.

Hansol, estava decidido. Ele não queria sofrer mais e muito menos, queria ser para o outro mais um de seus ficantes, ou amigo colorido, ele não aguentaria aquilo.

Byung Joo era o idiota que ele amava, e não poderia passar disso.

Não queria criar rancor pelo maior.

Não queria ser dispensado por Byung.

Não queria ser trocado.

Ele queria, tudo, mais como não podia, preferia ficar com nada.

Apenas com a amizade, e a parte boa.

— Nada aconteceu... – Disse, se aconchegando perto do outro que dormia, de frente para ele – Me ajuda... – Disse, acariciando o rosto do outro com a ponta dos dedos, enquanto se deixava por um minuto se imaginar, sendo dele, do rapaz que o fazia a pessoa mais sentimental do mundo.

O sol já estava quase nascendo e antes que, Byung Joo pudesse dispertar com suas mãos que ainda acariciavam o seu rosto, Hansol parou, recolhendo a mãos.

E antes, que aquela memoria tivesse que ser esquecida, Hansol se permitiu errar de novo, se permitiu quebrar mais uma vez sua promessa.

Hansol tocou os lábios do outro, com a ponto dos dedos e em seguida, um selar demorado foi depositado ali.

E agora, era a hora, que ele teria que refazer sua promessa.

— Vamos, hoje é um novo dia – Disse, se afastando do loiro a sua frente, apreciando a beleza do outro.

Hansol agora, começaria a encenar. Ele teria que fazer o outro acreditar que ele não lembrava de nada e teria que fazer, com que o outro, nem tivesse a oportunidade de comentar sobre o acontecido.

Ele se agarrava naquilo, ele não sabia o que fazer, caso Byung Joo estragasse o seu plano, ele realmente não sabia o que poderia fazer.

Ele sabia que Byung Joo fez aquilo por ciúme, ele sempre deixou bem claro que morria de ciúmes de sua amizade. Para Hansol, aquilo aquele acontecido não passava de orgulho ferido, ele não queria se iludir.

...

Já era manhã, por volta das 06:00 horas, quando Hansol cansou de tentar dormir e resolveu acordar Byung para que pudesse colocar logo aquele plano em pratica.

Sua cabeça latejava e os olhos mal conseguiam ficar abertos. Seu estomago revirava e a qualquer momento todo o álcool que havia bebido na festa ameaçava querer sair para fora.

— B-joo... – Chamou, mais uma vez, mais o outro parecia com o sono ferrado demais para lhe escutar – B-joo... estou morrendo – Chutou o outro, que pareceu finalmente lhe ouvir – Eu quero vomitar... – Disse, apertando os olhos. Seu estomago doía, parecia se contrair e a qualquer momento ele poderia vomitar.

— Hansol... – Quase gritou, estava assustado, Hansol não parecia nada bem – Vamos para o banheiro...

Byung Joo levantou, ajudando Hansol a ir até o banheiro. O garoto suava frio e a qualquer momento parecia que iria desmaiar e foi só o tempo de chegar no banheiro, Hansol começou a vomitar, só dando tempo de se abaixar perto do vazo.

— Meu Deus... – Byung se abaixou perto, massageando as costas do outro, que estava a ponto de colocar as tripas para fora.

— Dor de cabeça... – Disse, após uma pausa – Minha cabeça – Choramingou, sua cabeça parecia que iria explodir.

— Aspirina... aspirina... – Começou a procurar, no banheiro, onde tinha lembrança que havia deixado um frasco de aspirina.

Hansol se sentou, apertando a cabeça com as mãos e fechando os olhos. Ele estava se prometendo mentalmente, que se sobrevivesse nunca mais levaria um copo de álcool a boca novamente.

Byung Joo correu para a cozinha, trazendo um copo com água e entregando a Hansol, junto do comprimido.

Hansol tomou tão rápido, que pode sentir o comprimido descer rasgando sua garganta.

Agora, ele precisava de um banho e de pôr o plano em pratica, quando pudesse finalmente pensar normalmente de novo.

Byung Joo pegou uma toalha e o disse para tomar um banho e assim o fez.

Seu corpo e cabeça agradecia aquela água fria, escorrendo por sua pele. Era um ótimo despertador, além de esfriar sua cabeça, que ainda parecia que iria explodir.

Saiu de baixo do chuveiro, enrolando a toalha em sua cintura. Parou em frente ao espelho, se sentindo a pessoa mais horrível do mundo, como ele pode esquecer o quanto era ruim amanhecer de ressaca?

Parou em frente a porta, respirando fundo antes de girar a maçaneta da mesma e ao sair do banheiro do outro pode sentir como se o chão estivesse sumindo de baixo de seus pés, ao vê-lo sentando na cama, o encarando.

“É a hora Hansol” – Pensou, tentando demonstrar a expressão fácil mais normal possível.

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