História True (Em revisão) - Um caso complicado.

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Hansol não sabia se ficava vermelho ou muito vermelho quando abriu a porta de seu quarto e viu Jiho e Jenissi praticamente abraçados enquanto dormiam, sem nem se importar se alguém poderia entrar no quarto que estava destrancando.

Hansol, achou realmente que poderia ter acontecido algo entre aqueles dois, que a dias atrás praticamente se atacavam toda vez que se viam como gato e cachorro.

Era estranho – muito suspeito na verdade – Mais Hansol resolveu deixar esse assunto para depois, quando os dois acordassem e se vissem naquela aproximidade toda, talvez, fosse melhor assim.

Hansol apenas se dirigiu até o closet e tentou fazer o máximo e silencio que conseguiu, para não acordar os dois que dormiam pesado.

Pegou uma calça moletom e uma camisa frouxa e se dirigiu até o banheiro, se vestindo e depois saindo, no mesmo silencio em que havia entrado no quarto e lá estava Byung, lhe fazendo o café, já que alegou estar morrendo de fome.

Queria parar de soar frio, queria não ter seu estomago acordando aquelas terríveis borboletas ao pairar seu par de olhos – mais brilhosos do que antes – sobre os lábios do outro, que fazia algumas panquecas, distraído, lindo, Byung.

Suspirava silencioso, para que Byung não notasse mais uma vez, era difícil, era sôfrego, mais fazer o que?

Hansol não queria ousar estragar aquela amizade, nada poderia o separar de Byung.

Era até irônico pensar que a única coisa que os uniria mais ainda também os separariam mais cedo ou mais tarde.

“O amor”.

Byung Joo lhe serviu e até o enjoo que ainda rondava seu estomago sumiu, quando viu a beleza de café da manhã o outro tinha lhe preparado mais uma vez.

Hansol só queria tampar o buraco que estava em seu estomago, por enquanto, mais era quase impossível quando Byung, que também não recusava comida apenas beliscava uma panqueca que estava em seu prato, suspirando e pensativo, o encarando de vez em quando, apenas.

— Como está a Bonnie? – Perguntou, tentando jogar aquele silencio para o alto e já fazia um bom tempo, que Byung não comentava mais nada nem e sua irmã.

“Que por sinal era a única pessoa de sua família que ele sabia o nome, rosto e tinha algum contato”.

— Ela está bem, perguntou muito de você na última vez que vi ela – Disse, vendo que o outro parecia curioso, novamente, sobre sua família. Que por sinal, ele não queria nunca que Hansol conhecesse.

— Está com tanto tempo que não vejo ela – Disse, tristonho, afinal gostava muito da garotinha.

— Você quer ver ela? – Questionou, encarando o rapaz.

— Sério? – Perguntou, sorrindo para o outro que lhe retribuiu do mesmo jeito, como sempre.

Seria difícil esquecer o que aconteceu – Era mais provável que ele ficaria remoendo aquela cena todas as noites - mais se Byung continuasse assim, ele conseguiria fingir que não lembra de nada.

Hansol terminou seu café, agradecendo por não ter precisado ir correndo até o banheiro, para colocar tudo para fora.

Byung Joo a favor de seu pedido mudo, ágil normalmente, rindo lindamente como sempre, lhe tratando normal e falando sobre sua irmã e quando eles poderiam ir visitar ela ou sair com ela para algum lugar.

Fazia em torno de quatro meses que ele não via a pequena encrenqueira.

Hansol, vez ou outra olhava para a porta de seu quarto, se perguntando quando Jenissi sairia do mesmo junto de Xero, queria lhe fazer perguntas, queria perguntar o que tinha acontecido para ele e Xero estarem daquele jeito, tão próximos, pois até ontem ele lembra da noite passada – ou seja, tudo – Jenissi ainda mal falava com Xero, sem dizer algum palavrão ou soltar sequer um sorriso.

“Ele sinceramente não estava entendendo”.

— Byung... – Hansol chamou pelo o outro, que estava concentrado no celular trocando mensagens com sua irmã.

— Quê? – Perguntou, torcendo para que fosse algo sobre o que ele não lembrava.

— Jenissi e Xero... dormindo abraçados, você viu? – Perguntou, com aquela típica cara de desconfiança e Byung Joo lhe encarou, pensativo, sem ação nenhuma de início.

— Os dois... o que? – Byung nada curioso saiu correndo, barulhento como sempre.

— Me espera... – saiu atrás do outro e lá estavam, os dois, tentando dividir a brecha da porta.

— Até de madrugada eles não estavam assim tão amigáveis – Disse Byung, sussurrado – Trouxe Jiho, já que no dormitório ele não conseguiria entrar mais – Continuou – E você estava lá – Apontou para seu quarto – Então eu disse que eles dois tinham que dormir aqui.

— Sai... sai – Hansol puxou, Jenissi estava se mexendo e quando isso acontecia, ele não ficava muito tempo de olhos fechados – Jenissi vai acordar – Saíram, correndo, na ponta dos pés e se sentaram no sofá da sala, como se nada tivesse acontecido.

Byung ligou a TV e ficou lá, apenas fingindo que não estava curioso junto de Hansol.

Era bom, para os dois, poder se ocupar com um possível problema de outras duas pessoas.

Como esperado e dito, Jenissi saiu do quarto, desconfiado – talvez, com um pouco de vergonha. Pois acordou, quase abraçado com Jiho e a muralha que ele havia feito estava linda, lá no chão do quarto.

Jiho, saiu em seguida, arrumado os cabelos, e tentando ao máximo não demonstrar que estava nervoso, ainda mais pelo fato de não ter sido espancado pelo menor, que parecia enraivado, e por ter dormido muito bem – até demais – era estranho.

Hansol, encarou Jenissi, o dando sinal de que queria conversar e Jenissi entendeu, mais ficou meio aéreo, já que não fazia ideia do por que daquilo.

Amigos tendem a ter códigos secretos, que podem ser entendidos somente por eles e Jenissi, lembrando-se disso se perguntou a quanto tempo eles não usavam daquele recurso.

— Jenissi, vamos na loja de conveniência comigo, preciso comprar umas coisas – Hansol quase gritou, depois de passar a mensagem subliminar para o amigo.

— Okay... – Jenissi, seguiu o plano, seguindo Hansol até a porta depois que o mesmo foi pegar sua carteira no quarto.

Hansol, seguiu o caminho, nem se importando com os olhares que lhe era direcionado, motivo?

Ele estava xingando em voz alto...

“Você só pode estar louco”

“Seu filho da mãe... coração de uma figa”...

“Eu só posso ter pirado”.

— Dá para você parar de ser louco de se xingar e me dizer que porra está acontecendo? – Disse, alto, segurando o outro pelo pescoço com uma chave de braço.

— Eu sou idiota... – Disse, formando um bico nos lábios – e covarde.

— Disso eu sei – Disse, recebendo um tapa no braço do outro – Me diga o que eu ainda não sei... onde diabos você se meteu ontem e porque veio para casa primeiro? Isso tudo tem está ligado com o ataque que você estava dando ainda agora? – Questionou, e o olhar de desespero do outro disse mais que palavras.

— Resumindo... – Disse, suspirando, antes de entrar na loja de conveniência – Eu e B-joo nos beijamos e eu fingi que tinha esquecido de absolutamente tudo de ontem à noite...

— Você só pode estar de brincadeira... – um silencio se fez presente – Vocês já são tão complicados.... Porque disse que esqueceu? Vocês se beijaram.... isso não é prova o bastante que ele também sente algo? – Não sabia o que dizer, e não sabia mais ainda como lidar com Hansol e seu dom de complicar as coisas.

— Sem chances... – Bufou, pegando alguns refrigerantes – Ele não sente nada, apenas ciúmes, de uma amizade colorida que não tem comigo... – Suspirou, aproveitando do ar frio que saia do frízer – Você não conhece ele... ele disse que... eu podia beijar ele... e se caso, eu quisesse qualquer coisa ele faria... – Gritou baixo, de frustação.

— Então? Isso não significa que ele... – foi interrompido.

— Não... ele não gosta – Suspirou, caminhando até a parte que ficava os cup nodles – Ele só disse isso, porque viu eu beijando o nakta... ou foi o Sangdo... não lembro! – Hansol não acreditava que Byung sentisse aquele tipo de sentimento por ele... acreditava, que Byung Joo apenas não o queria dividir com ninguém, ele era desses.

— Hansol.... – Tentou dizer mais algo, mais foi interrompido novamente. Hansol ficava cego, quando queria acreditar em algo e nada, a não ser a pessoa que tivesse envolvido na história o fizesse acreditar.

— Eu não quero me machucar mais... não com ele – Suspirou, caminhando em direção ao outro – então... eu vou forçar a acreditar que nada aconteceu ontem... – Ele queria ser abraçado, ser confortado e Jenissi, teria que o tolerar sensível.

Hansol acreditava que todo mundo, tinha, pelo menos uma paixão avassaladora e a dele, sem dúvidas era Kim Byung Joo.

Doía, sufocava, pelo simples fato, dele não ser corajoso o suficiente para abrir o jogo, ou sair do lado do outro.

Porém, ele agradecia por ser aquele, sua paixão avassaladora, pois caso, ele tivesse enganado e do nada acontecer de sua paixão avassaladora ser outro, ele não tinha tanta certeza, que sobreviveria.

Hansol era um caso raro de bipolaridade.

E ele amava sua bipolaridade, chamada também de Kim Byung Joo.

— Vamos para casa – Disse Jenissi, afrouxando o abraço – Que tal sairmos, só nós dois, para você pensar, conversar, fazer o que quiser? – Deu uma ideia, enquanto tentava animar o rapaz, que mais parecia uma criança, a sua frente.

— Você tem certeza que irá conseguir me aturar? – Perguntou, rindo, finalmente.

— Eu não tenho tanta certeza – Disse, se dirigindo até o caixa – Mais eu irei tentar! – Gargalhou, da cara que o outro fez.

— Okay... então vamos sair! – Era melhor assim, se ocupar com várias outras coisas, que não envolvessem B-joo.

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