História True (Em revisão) - Fatos

Hansol acordou mais tarde do que queria e planejava e isso não o deixou de bom humor, odiava acordar tarde e isso era algo que ele não se orgulhava, mas mesmo assim ficava de mau humor por ter acontecido mais uma vez.

Foi para o banheiro e se pôs a tomar um banho demorado, com direito a música e meditação enquanto mantinha somente a cabeça fora da agua que quase transbordava da banheira, Banhos demorados o fazia esquecer o mau humor.

....

— Será que Hansol não está bem hoje? – Estranhou o amigo não está acordado quando o mesmo acordou – Que estranho! – Se pôs a fazer um café bem forte, pois o mesmo tinha que cair de cara nos livros hoje e seu estado não era bom já que tinha passado o resto da madrugada praticamente em claro.

— Você está fazendo café? – Hansol apareceu na cozinha, dando um susto em seu amigo que quase derramou a agua quente sobre si – Meu Deus!! – Gritou ao ver o mau que tinha acabado de causar – Você se queimou, não ne? – Pegou a mão do amigo preocupado o que o fez rir.

— Estou bem! – Segurou o riso ao ver a cara do amigo, que ficava lindo com os fios ainda molhados – Não me queimei graças a Deus!

— Desculpa! – Fez carinha triste – Sou mesmo desastrado.

— Que nada meu anjo – Riu, ruborizando ao ser mais uma vez carinhoso com o amigo – Eu estava distraído – Observou Hansol se sentar, ainda com cara de culpa – Você está bem? – Perguntou preocupado.

— Não gosto de acordar tarde – Fez fico – Já se passou do meio dia!

— Dormir é bom! – Sorriu malicioso – Tão bom quanto.. – Foi interrompido pela voz do amigo que soou mais safado que o normal, o que deixou um nó se formar em seu estomago.

— Tão bom quanto transar ... – Sorriu malicioso.

— Isso mesmo! – Sorriu feliz – Quer Waffles? – Viu o outro concordar, enquanto se distraia com algo no celular.

— Quero sim mestre cuca – Completou, após responder a uma mensagem de sua mãe.

— Deve está uma delica – Deu de ombros – Já que eu que fiz!

— Tão convencido! – Gargalhou, vendo o ego do amigo subir cada vez mais enquanto o servia.

Hansol tomou o café preparado por seu amigo, coisa rara de se acontecer já que o amigo só não é mais preguiçoso pelo fato de ser só um, ainda bem e para sorte de todos.

Cada um foi para seu quarto já que ambos precisavam estudar muito, enquanto ainda havia tempo até chegar a última temporada de provas e com isso o fim do colegial, infelizmente, já que ele já imaginava a saudade que isso o causaria.

Ele não era um dos mais populares da escola, mais só andar naquele ambiente sem tanto compromissos e responsabilidade, o deixava feliz e ao fim de tudo aquilo estava um caminho duro e longo, a universidade.

E outras coisas, que anunciariam logo logo que escolhas difíceis teria que ser feitas, e no meio disso mudanças e um futuro incerto que ele tinha medo que o distanciasse daquele que estava tão acostumado a dividir tudo de sua vida. Afinal, já se fazia dois anos que eles dividiam apartamento, e se imaginar morando em outro lugar que não fosse ao lado do grande pervertido que era seu amigo o causava calafrios e medos evidentes que deixavam seu coração a cada vez mais apertado ao longo que o ano corria e ameaçava terminar.

Jogou a cabeça sobre o travesseiro abandonado o livro que tanto lhe dava dor de cabeça nesse momento e se pôs a pensar em tudo que o separaria do amigo em breve.

Ele não queria pensar em coisas que o deixavam triste, mais aquilo era preciso já que ele sabia que o grande sonho do amigo se resumia em uma faculdade fora do país e a que ele supostamente teria coragem de fazer ficava em lugar não tão diferente e muito menos longe de Seul, pois era aqui onde Hansol iria ficar, e nenhum outro lugar lhe chamava atenção.

E em outro ângulo, que os separariam do mesmo jeito era, seguir os conselhos de sua mãe ao ir cursar faculdade no Japão onde a mesma morava junto de seu pai a longos dois anos, deixando assim Byung em Seul, mas isso ele não queria e muito menos se imaginava morando com seus pais novamente.

Já estava pensando a tempo suficiente para que seu amigo batesse em sua porta, entrando sem nem pedir e se jogar em sua cama, com certeza atrás de atenção.

Ele era carente, e Hansol tinha que me dobrar em dois quando o mesmo estava entediado.

E o tempo máximo que Byung Joo se esforçava em estudar era uma hora e meia e mesmo ele tendo mudado quase 100% e ter aderido à sua lista estudar, uma hora e meia era extrapolar o tempo limite e Hansol chegou ainda a se perguntar o motivo dele não ter vindo antes.

— Sollie? – Perguntou manhoso – Você já se decidiu mesmo que curso vai prestar vestibular?

— Acho que estou decidido! – Disse com certo receio, por ter lembrado dos pensamentos no qual havia se perdido agora pouco.

Essa conversa poderia ser adiada, mas parece que o tempo limite dele havia chegado e isso anunciaria o tempo limite que os dois ainda tinha perto, na casa na qual os dois tinha se acostumado mais que o devido ao dividi e Hansol e muito menos Byung queria pensar disso ter que acabar logo agora.

— E qual é? – Tentou não demonstrar medo na voz e muito menos na expressão já que Hansol o encarava agora, enquanto deitava de lado em sua direção.

— Dança! – Queria sorrir, pois estava se decidindo fazer algo se não a única coisa que lhe interessava, mas não tinha vontade de demonstrar felicidade, não naquele momento.

— Sério? – Demonstrou desapontamento, o que fez aquele ao seu lado ter vontade de chorar – Isso é uma pena... Quero dizer – Se enrolou nas palavras, não sabia como reagir.

— É ... – Tentou respirar fundo ao ter aquele nó se formar em sua garganta.

— Irá ser uma pena – Olhou para o mais velho e sentiu vontade de chorar por tê-lo feito ficar triste com suas palavras e começou a rir.

— Está rindo do que idiota? – Limpou a lágrima que escorreu rapidamente demais para seu gosto – Se for para rir da minha cara pode sair daqui.

— Vai ser uma grande pena sabe porquê? – Tentou gargalhar, mas um fio de lágrima escorreu também dos seus olhos, não por estar tão triste a ponto de chorar e sim por estar tão feliz que não conseguiu segurar a farsa de machão sem sentimento – Porque você não irá se livrar tão cedo de mim! – Pulou da cama, jogando um travesseiro naquele que parecia pasmo com toda a confissão do amigo – Você me ouviu? – Jogou outro travesseiro enquanto ria descontrolado, vendo o outro concordar com a cabeça, ainda de boca aberta – Pois bem, desculpa por estragar sua pequena felicidade – Saiu rindo do quarto, fechando rapidamente a porta atrás de si, indo em direção ao seu quarto e fechando a mesma assim que entrou.

Seu coração estava acelerado em um misto indescritível de felicidade e alegria, com uma pitada de dor.

Ele não esperava ouvir aquilo, estava tentando se preparar mentalmente desde quando começaram seu terceiro ano, e aquilo sem dúvidas não tinha passado pela sua cabeça ainda, parecia ser um sonho quase impossível de se realizar.

Mas ele e Hansol, não iriam ser jogados para longe, não por esse motivo e isso o deixou realmente muito satisfeito.

Ele gostava de seu amigo, a muito mais tempo do que o mesmo tinha contado, afinal, ele conheceu Hansol bem antes de ter coragem de se pronunciar na frente dele.

Xx

— O que? – Alguns minutos se passaram e nada além de uma grande interrogação se passava pela cabeça do menor.

Ele teria ouvido aquilo certo ou apenas tinha cochilado e estava tendo um daqueles sonhos que parecia a mais pura realidade?

Ele não queria se enganar ou entender errado, não aquele assunto!

Ele saiu a procura do mais novo, mas entrando em seu quarto viu que o mesmo não estava, então saiu o procurando pela casa, para que pudesse finalmente aliviar seu coração que o fazia suor frio de ansiedade.

— Onde diabos aquele menino se meteu? – Suspirou em contestação, indo conferir a porta que se encontrava trancada, prova de que ele tinha saído – Aonde ele foi? – Bufou, se jogando no sofá enquanto ficou por encarar o teto até que o outro desse sinal de vida.

Xx

Byung Joo caminhava pelas ruas, que por sinal estavam calmas demais, por ser um sábado a tarde.

Ele queria se distrair e por mais que ele tentasse seu pensamento acabava o levando a Hansol, mas se distrair pensando em Hansol é possível? – Creio que não! – Pensou, bufando.

...

Byung entrou em um café que ele e Hansol gostava muito que ficava por onde estava passando, acabou pedindo dois cafés para viagem e alguns variados doces e salgados e voltou para casa o mais rápido que conseguiu, ele odiava andar sozinho e ficar sozinho em qualquer que fosse o lugar.

“Byung Joo era carente, mesmo não achando”

— Hansol? – Fechou a porta atrás de si, levantando a sacola para o amigo que lhe sorriu largo – Trouxe café para gente! – Sorriu mais largo ainda, ele tinha quase certeza.

— Você saiu só para comprar café? – Se aproximou do amigo, pegando a sacola de suas mãos, o arrastando para a cozinha em seguida.

— Não! – Riu – Só estava andando... e fiquei entediado, então dei meia volta para vim para casa e acabei dando de cara com o café.. então!

— Então você não resistiu a essas calorias? – Cutucou a barriga do amigo que quase caiu no chão pelas cocegas causadas.

— Tenho que aproveitar, enquanto os meus futuros professores não reclamam da minha dieta nada balanceada – Abriu a boca assim que terminou de falar, lembrando-se que não tinha dito a Hansol o motivo dele não poder se livrar dele tão cedo.

“Ele se sentiu mais sentimental do que devia ao lembrar que saiu feito um louco fugido sem nem explicar a Hansol o motivo de tudo aquilo” – Idiota! – Se auto insultou.

— Eu queria falar com você! – Disse Hansol se sentando a mesa, apontando para a cadeira que ficava a sua frente para que o outro sentasse.

— Sim? – Pegou seu café e um salgado, sentando na cadeira.

— Eu não vou me livrar de você tão cedo? – Franziu a testa – Sério? – Tentou não sorrir, coisa que foi inevitável e lá estava ele tentando se defender do olhar do amigo – Quero dizer... – Tentou se explicar – Eu não queria mesmo ter que te ver indo para o exterior e arrumar outros amigos para me substituir até... – Parou, reparando no quanto suas palavras indicava uma cena de ciúme.

— Até? – Cruzou os braços, encarando o menor a sua frente enquanto tentava se manter sério.

— Até... até que você não lembre mais de mim? – Deixou um ar de interrogação, sentindo seu coração queimar pelo nervoso.

— Isso é possível? – Deixou seus lábios formar um sorriso contido.

— Não sei – Encarou um ponto sobre a mesa, tentando não demonstrar nada a mais que um simples ciúmes e insegurança de amigo – Só quero dizer que.. – Pausou, para que suas palavras pudessem sair firme enquanto o outro ainda lhe encarava bicando o café em suas mãos, afinal era aquilo que ele realmente pensava – Eu não quero que você deixe de ir... por se preocupar comigo de alguma forma! – Um silêncio se fez presente, o que lhe deixou com um frio percorrer o estomago.

— Você tem razão! – Apoiou os cotovelos sobre a mesa, encarando Hansol, enquanto o mesmo tentava olhar para qualquer lugar que não tivesse sem reflexo de Byung Joo – Eu não deveria deixar de ir por me preocupar tanto com você! – Suas palavras fizeram o outro lhe encarar incrédulo – Então eu tentei me informar sobre várias coisas do lugar onde eu queria – Suspirou soltando um ar vencido – Então eu percebi, que se eu fosse – Agora ele que abaixava o olhar – Eu não ficaria feliz fazendo o curso de meus sonhos, no lugar dos meus sonhos – O encarou, vendo o outro marejar os olhos – Sabe porque?

Os dois se calaram por alguns segundos e ar parecia ficar pesado demais.

Hansol sentia que aquilo poderia lhe quebrar o coração em milhares de pedaços. Seu peito queimava e batia acelerado contra o peito e ele sabia que se não quebrasse aquele silencio poderia cair no chão e desmaiar, e talvez nunca mais pudesse acordar.

— Porque B-joo? – Quebrou o silencio, encarando o outro que lhe sorria.

— Porque nenhum lugar vai ser bom o bastante se não tiver você do meu lado, gritando comigo – Riu, sentindo seu peito ficar leve, mesmo não sendo só essas palavras que ele tanto queria dizer – Eu não tenho culpa, me acostumei contigo.

— Byung!! – Chorou, tentou segurar mais não teve força – Eu não quero te impedir de nada! – Tentou limpar as lágrimas, mas Hansol simplesmente não conseguia, ele sempre foi sentimental – Você deve ir!

Byung Joo tentou limpar o fio de lágrima que escorreu, apesar dele não esconder nada do amigo nunca foi fã de chorar na frente de ninguém, e até hoje, ele não tinha chorado na presença do amigo.

— Sollie – Pediu, se levantando de sua cadeira indo até o amigo, onde se ajoelhou e apoiou um dos braços na perna do amigo levando a mão livre até seu rosto para que pudesse limpar as lágrimas que escorriam – Eu não gosto de te ver chorando!

— Então porque você disse tudo isso? – Encarou o amigo e se surpreendeu ao ver seus olhos marejados, até hoje, ele nunca tinha visto lágrimas em seus olhos e aquilo o cortou mais ainda por dentro.

— Porque era preciso – Sorriu, enxugando as bochechas cheias do amigo – E era verdade!

— Mas.. – Foi interrompido.

— Eu me perguntei o porquê de querer ir para o exterior e sabe o que eu acabei percebendo? – Viu o outro balançar a cabeça em negação – Eu não tinha motivo para ir, eu apenas ia sem saber o porquê... – Riu – Talvez nem existisse motivo.

— Mas você sempre falava que era seu sonho! – Fez bico, se sentindo bobo por tudo aquilo.

— E sabe o que foi que eu percebi também? – Desconversou, franzido a testa para o amigo que esboçou um ar de riso finalmente.

— O que que você percebeu? – Apertou a bochecha do que agora se encontrava agachado entre suas pernas.

— Que eu tinha vários motivos para ficar! – Deu língua, recebendo um olhar confuso do outro – Então não chora mais, eu já não gosto de te ver assim e o pior é saber que eu que o fiz chorar... – Se levantou e antes de se virar, limpou o rosto do amigo e lhe deu um beijo na testa, por entre a franja que cobria metade da pele.

— Espera! – Segurou a mão do amigo – esses mo-moti... – Foi interrompido mais uma vez.

— Um deles é você! – Piscou o olho para o outro, indo até a geladeira para tomar água, já que seu corpo suava frio, ele parecia poder desmaiar a qualquer instante por causa do nervosismo que tinha acabado de passar – E eu não preciso sair da terra onde nasci, não é?

— Não sei! – Falou baixo, tentando esconder o rosto corado – Se você estiver feliz...

— Eu vou estar! – Sorriu, entregando um copo de agua para Hansol – E eu não quero nem imaginar que você vai ou possa se sentir culpado algum dia! – Lhe lançou um olhar 43’ – Entendeu?

— Eu vou tentar! – Riu, vendo a cara que o outro fazia para si – Eu vou tentar! – Falou mais alto, fazendo o outro gargalhar.

— Eu não disse mais nada! – Riu, tentando se defender.

— Okay! – Sorriu, lembrando que deixou seu café abandonado – Vamos terminar de comer! – Apontou para a sacola que ainda estava quase intacta – Olho tudo isso, não podemos estragar.

— Você tem razão! – Se sentou apressado na mesa, e voltou a tomar seu café antes que perdesse o gosto.

“Naquele momento, finalmente, tudo parecia estar bem de novo, e o ar se tornava mais respirável entre ambos já que o grande peso que carregavam nas costas e no pensamento tinha sido resolvida”.