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História True Disaster - Capitulo 1


Escrita por: goddesofIove

Notas do Autor


Olá, essa fanfic também foi postada no Wattpad, espero que gostem!

Capítulo 1 - Capitulo 1


BENJAMIN

Eu sentia a leve brisa tocar o meu rosto me inundando de uma tranquilidade sem precedentes, sentia a areia fina entre meus dedos dos pés, vi aquela imensidão azul enquanto o sol nascia no horizonte, aquela linda junção de cores que se espalhavam pelo céu.

Até que eu o vi.

Vi sua imagem chegando cada vez mais perto de mim, aqueles lindos e grandes olhos verdes me encarando intensamente. Ele se sentou ao meu lado na areia, me virei e o encarei da mesma forma que ele me olhava. As lágrimas desciam pelo meu rosto, ele tocou meu queixo e sem nenhuma palavra dita por nós dois ele se aproximou, deixando nossos lábios centímetros longe um do outro, sentia sua respiração no meu rosto me causando arrepios pelo corpo todo.

Quando seus lábios tocaram os meus, senti algo gelado no meu rosto, meu corpo todo tremia,  então eu acordei.

Acordei totalmente confuso, tanto pelo sonho quanto pelo fato de eu estar...molhado! Eu estava molhado, não, eu estava completamente ensopado, minhas roupas e minha cama, tudo molhado! Olhei pro lado do quarto e vi minha irmã se acabando de rir do que acabara de ter feito comigo.

- Alice! Argh, garota eu vou te matar!- Assim que pronunciei essas palavras e fiz menção de sair da cama, a infeliz saiu correndo do meu quarto.- Ordinária, eu já iria me levantar..- resmunguei pra mim mesmo enquanto me levantava e tirava o lençol molhado da minha cama.

***

Desci as escadas e me dirigi a cozinha onde a peste da minha irmã mais velha estava tomando seu café da manhã.

-Eu juro que se não estivesse atrasado, eu faria você engolir essa xícara com desenho de vaca que você esta usando.- Disse enquanto pegava uma torrada em cima da mesa.

-Come logo essa torrada e vai logo pro carro, a Daya já passou aqui e você ainda estava no décimo sono dormindo igual uma pedra- Ela deu um ultimo gole na sua xicara e foi em direção a porta- Papai, só vai chegar na segunda, é  bom você deixar a casa brilhando, não tenho hora pra chegar- Ela riu.

-Mas é só quinta-feira ain...- E então ela fechou a porta e me deixou falando sozinho.- Vaca.

Me dirigi até o carro e cogitei mais de uma vez faltar de novo na escola. “Será que eu realmente precisava de um diploma do ensino médio?” Pensei comigo mesmo, mas eu já faltei a primeira semana de aula quase inteira. Droga, não tinha escapatória.

***

-Vê se não arranja encrenca ouviu?- Disse Alice parando o carro na frente da escola e plantando um beijo na minha testa.

Revirei os olhos e resmunguei um “ok” pra ela- Te amo- Disse e sai do carro, também escutei ela me dizendo um “eu  também te amo encrenca” e sorri com isso.

Alice cuidava de mim desde que me conheço por gente, perdi minha mãe para o câncer faz cinco anos, me lembro muito bem dela, sempre presente em nossas vidas, trabalhou e estudou muito também, era a felicidade em pessoa, sempre alegre e otimista.

A ultima vez que a vi, ela estava muito debilitada, seus olhos já não tinham aquele brilho de antes, e ali percebi que a perderia pra sempre. Ela me entregou seu pingente que a acompanhou em todos os momentos de sua vida e me disse: “Encontre sua felicidade“. Concordei e a abracei, desde então, uso seu pingente todos os dias e levo o que ela me disse como meu mantra. Eu a amava tanto.

Meu pai é um homem muito ocupado, mas sempre muito presente, ele viajava pelo menos uma vez ao mês à trabalho, mas nem por isso deixou de nos acompanhar, sempre muito amoroso e prestativo, quando perdemos a nossa mãe, ele entrou numa profunda depressão, Alice fez com que ele tivesse acompanhamento de um psicólogo, hoje ele esta muito melhor, e voltou a ser aquele homem que irradiava felicidade.

Despertei-me dos meus devaneios e avistei Daya do outro lado da rua sentada em um banco em frente a escola.

- Finalmente apareceu – Disse Daya se aproximando. – Passei na sua casa e achei que tu tava morto.

 - Bem que eu queria estar, não aguento mais Ensino Médio. – Falei com cara de tédio.

 - Você ficou sabendo? – Disse Daya quase se jogando encima de mim.

- Não, o que houve? – Falei com cara de desconfiado, afinal, pra que essa animação toda logo de manhã?

- Eu tenho uma amiga que é amiga de uma conhecida da prima do Charlie, e-

- Hn? Que? Prima de quem? – Essa menina ficou doida?

- Ah, isso não é importa, o fato é que: o pai do Charlie foi preso por supostamente desviar dinheiro da prefeitura. – Falou ela como se fosse um segredo do Estado.

- E que isso tem a ver comigo? – Ok, eu não ia muito com a cara do Charlie desde que o “conheci” no começo do Ensino Médio.

- Nada, mas eu sei que você não gosta dele – Disse ela dando um tapinha no meu ombro. – Será que depois disso ele vai ser mais humilde? Até que foi bem feito.

- Nossa, até parece que você odeia ele! – Ah! Vai me dizer que você gosta dele?! – Falou ela virando os olhos.

- Não é bem assim...

- Ah, qual é! Ele implica com você desde o primeiro ano!

- Ele implica com todo mundo – Falei dando de ombros.

- Ok, ok, mas ele parece ser fixado em você, acho que ele gosta de você... – Falou ela rindo.

- Sai fora! Aliás, você viu o John? – Falei cortando o assunto.

- Essa hora já pensando em macho? – Falou ela com uma falsa indignação.

- Ah, para. Não vejo ele desde o ano passado.

- Falando assim até parece que vocês dois tem algo.

- Ainda não temos algo – Digo sorrindo maliciosamente.

- Então tá sonhador, vamos entrar que o portão já tá fechando – Ela diz dando um tapinha na minha cabeça, essa menina não cansa de me bater?!

Entramos no prédio e foi como adentrar o inferno, nada tinha mudado – exceto pela Sra. Parker que parecia mais chata do que nunca -, e os alunos pareciam mais barulhentos do que nunca, aff adolescentes.

Caminhei distraído até meu armário e então senti algo batendo contra meu ombro. – Olha por onde anda – Disse o saco de músculos em forma de pessoa que esbarrou em mim! – Idiota - resmunguei. Cheguei no meu armário e fui logo pegando o livro de Geografia, minha primeira aula. Olhei para o lado e vi que John estava bebendo água no bebedouro ao meu lado, ele estava tão lindo, como sempre. John passou por mim limpando as gotículas de água que sobraram no seu queixo de forma sexy, e antes de virar o corredor deu uma piscadela na minha direção. Esse menino me mata qualquer dia. Fui tirado dos meus devaneios com o barulho estridente do sinal, anunciando o começo do dia. Revirei os olhos e fui em direção a minha sala.

***

Já no intervalo, avistei Daya acenando pra mim com a boca cheia de sanduiche, acenei timidamente de volta e fui ao seu encontro.

- O professor de física nos prendeu na sala de aula pra ele terminar uma misera explicação. - Bufei e revirei os olhos, Daya terminou de comer e virou-se para mim.

- Sabe com quem eu tive aula?- Disse ela animadinha.

-Quem? - Me ajeitei no banco, apoiei meus ombros na mesa, e abri um refrigerante que trouxe comigo.

- John, ele estava todo arrumado hoje. – E me lançou um sorriso malicioso.- Você precisa falar com ele logo, ou vai ficar fazendo doce até ele arrumar outra pessoa??

- Escuta, não é tão fácil assim, ele pode não gostar de mim e que também..- Fui interrompido por John que se sentou ao meu lado.

- Gostar de quem?- Disse ele com um sorriso debochado no rosto.

- D-de ninguém..- Gaguejei e quis me matar por aquilo.

- Oi pra você John, o que trás sua ilustre presença? - Daya falou e eu senti o tom de deboche na sua voz. John levou na brincadeira e sorriu brincalhão pra ela.

- Vocês estão sabendo da festa que vai ter sábado na casa do Luke? - Comentou ele bebendo do meu refrigerante.

 - Hey! - Puxei a lata das mãos dele, deixando ele com um bico nos lábios. - Não, quem vai? - Perguntei, sem ânimo.

- Eu vou, e quero que você vá comigo...quer dizer, vocês. - Disse ele sem jeito.

- Ah tá, a gente vai pensar no seu caso - Ela falou num tom de brincadeira.

- Ok, pego vocês sábado à noite na sua casa. Eu já vou indo, marquei com um amigo meu. - Disse John se despedindo, mas antes de sair me deu um beijo na bochecha. Daya mal esperou John se afastar e já foi chegando mais.

- Aí meu Deus, ele está tão na sua. - Disse Daya rindo da minha cara me deixando completamente sem jeito. Quando ia responder, ouço o sinal tocar, nos interrompendo. Despedimos-nos e fui direto pra sala, andei no corredor praticamente me escorando nas paredes. Entrei na sala e praticamente me joguei no meu assento, apoiando minha cabeça no meu braço. Percebo uma movimentação perto do meu lugar e reparo que alguém sentou atrás de mim. Aluno novo? Só pode ser, ou sou tão lesado que nunca percebi a presença dele.


Notas Finais


Olá novamente asjdhakjsdh
Então, essa fanfic ainda está sendo pensada então o próximo cap provavelmente sai semana que vem então fiquem ligados!

xoxo


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