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História True Love Way - Only Love


Escrita por: BuutNath e boskvic

Notas do Autor


Olha quem apareceu de novo depois de um mês...
Desculpem a demora, mas sabem como é né?! Tempo e criatividade.

Boa leitura e nos digam o que estão achando.

Capítulo 48 - Only Love


POV Camilla

Depois que saímos da casa dos meus pais, Lauren pediu para voltarmos ao meu apartamento para que ela pudesse resolver algumas coisas antes de ter que ir para o hotel. O que era para ser uma ida rápida ao meu apartamento fazer algumas ligações e trocar de roupa se transformou em uma rapidinha e algumas horas de sono. Eu acordei primeiro que ela, mas não quis acordá-la, pois Lauren parecia exausta. A deixei dormindo no quarto e segui para a sala onde Eros brincava com sua bolinha.

– Oi, filho. – Eros rapidamente largou a bolinha e correu até mim quando me sentei no sofá. – Oi, meu amor. Vem cá! – bati duas vezes sobre o estofado e ele rapidamente se deitou ao meu lado.

Acariciei sua cabeça coçando entre as orelhas enquanto olhava para a TV desligada a minha frente. Várias coisas vieram a minha cabeça como a discussão entre meus pais por minha causa que Lauren teve que presenciar, na falta de vergonha na cara de Nina, as coisas que Lauren falou para me defender da minha mãe. Fiquei tão distraída pensando nisso que nem percebi Eros se levantar e correr para longe de mim. Balancei a cabeça afastando os pensamentos e resolvi trabalhar um pouco. Mesmo não indo à revista, eu ainda tinha muito trabalho a fazer.

Estava concentrada no notebook sobre minhas coxas que não notei o movimento advindo do corredor. Eros saiu correndo do corredor atraindo minha atenção para o lugar. Lauren vinha rindo e jogando a bolinha vermelha que meu cachorro sempre que pegava, levava de volta para ela.

– Oi. – abri um sorriso em cumprimento. Coloquei o computador sobre a mesa de centro aproveitando a viagem para pegar a caneca de café que eu estava tomando. – Por que não me acordou? Estou atrasada para ir para o hotel. – Lauren se jogou no sofá ao meu lado deitando a cabeça em minhas coxas.

– Oh, meu amor. – acariciei seus cabelos recebendo um gemido manhoso em troca. – Você parecia tão cansada que eu simplesmente não consegui te acordar. – me inclinei sobre ela selando nossos lábios em um beijo carinhoso.

– Agora eu estou atrasada. – ela resmungou me fazendo rir.

– Você não precisa ir hoje, você chegou de viagem ontem. Deve estar cansada. – Lauren meneou a cabeça e eu sorri.

– Cansada eu estou, mas eu tenho que ir. Tenho que dar o exemplo para os funcionários. – abri um sorriso.

Lauren era a pessoa mais incrível que eu já conheci. Mesmo cansada da viagem, ela simplesmente não queria tirar o dia de folga. Ela queria estar lá, perto das pessoas a quem irá gerir e dar o exemplo a eles de pessoa trabalhadora. Perguntei-me se ela havia pensado naquilo, antes, ou se estava decidindo agir daquela forma, agora.

– Tudo bem! Vai ficar lá até que horas? – Lauren se levantou do meu colo pegando a bolinha que Eros oferecia para ela.

– Pega lá, garoto! – ela jogou a bolinha em direção ao corredor e logo meu cachorro estava correndo todo apressado atrás do brinquedo. – Não sei. Eu tenho que fazer uma reunião com algumas pessoas, apresentar Vero e Lucy para pessoal e… – durante todo aquele tempo em que falou, Lauren não percebeu que eu a encarava como uma besta apaixonada. Estava impressionada, encantada, hipnotizada por ela. – O que foi? – seu olhar curioso me fez sorrir ainda mais.

– Você é incrível, meu amor. – Lauren sorriu corando as bochechas. Arrastei-me até ela sentando-me em seu colo. – Eu estou adorando te ter aqui comigo. É a melhor sensação da vida. – Lauren bicou meus lábios puxando o inferior entre os dentes.

– Eu estou adorando ter você nos meus braços de novo, Camz. Você não faz ideia da saudade que estava sentindo de você. – ela enterrou o rosto em meu pescoço aplicando beijos e mordidas naquela região. – Mas… – resmunguei em protesto quando ela me tirou de seu colo e me sentou sobre o sofá levantando-se em seguida. – Eu, nesse momento, preciso trabalhar. – rolei os olhos.

Eros se aproximou de Lauren que se abaixou para ficar a sua altura para beijar sua cabeça peluda e acariciar seu pelo. Lauren parecia uma mãe brincando com o quatro patas e eu me peguei imaginando quando tivéssemos filhos. Ela com certeza se sairia muito bem como mãe. Lauren deu alguns tapinhas sobre a barriga de Eros e se levantou voltando a me dar atenção.

– Eu tenho que me trocar. – ela apoiou suas mãos no braço do sofá ao lado da minha cabeça e abaixou seu tronco para me beijar a testa seguida dos lábios. – Posso te pedir um favor? – assenti com a cabeça sem deixar de sorrir como uma boba apaixonada. – Tem chá? – franzi o cenho com sua pergunta. – Eu gosto de tomar chá. Sou britânica, amor. – tentei não rir, mas falhei.

– Tem chá. Eu preparo enquanto você se arruma. – minha namorada sorriu beijando-me novamente. – Amor? – eu a chamei quando ela já estava sumindo das minhas vistas. – Você pretende trazer sua moto para cá? – ela voltou a olhar para trás e negou.

– Bem que eu queria, mas é difícil trazer um veículo para a América. – disse com uma carinha triste.

– Por quê? – Lauren me encarou como se a resposta fosse óbvia, mas estava claro para mim que não era.

– Porque é muito caro o transporte e eu…

– Eu posso pedir para…

– Camila, por favor, não começa. Você tem a sua maneira de viver e eu tenho a minha. Não vamos misturar as coisas só porque estamos namorando. – ela foi curta e grossa em sua resposta. Cheguei a me sentir intimidada. – Vou me arrumar. Tenho que ver se Lucy e Vero já estão instaladas e me instalar também. – arregalei os olhos em sua direção.

– Espera! Você está pretendendo ficar no hotel? – Lauren deu de ombros. – Amor, você tem a minha casa para ficar. Não precisa morar em uma suíte de hotel tendo esse gigantesco apartamento como casa.

Sim! Eu estava irritada por Lauren preferir ficar em um hotel a morar comigo. Claro que eu a entendia quando se tratava de coisas financeiras, mas escolher uma suíte ao conforto do meu apartamento onde ela era super bem vinda, não entrava na minha cabeça e dificilmente entraria. Eu não aceitaria aquilo tão fácil e Lauren precisava saber.

– Amor, por favor…

– Por favor, peço eu, Lauren! Qual é o seu problema? – ela enrugou a testa demonstrando sua confusão. – Por que você simplesmente não trás as suas coisas para cá? Você é bem vinda aqui, amor. Esse apartamento é tão meu quanto seu.

– Camila, nós sabemos que isso não é verdade.

– Lauren, cala a boca! – ela me fitou surpresa e se calou. – Eu não vou aceitar você ficar sozinha em um hotel tendo a minha casa para ficar.

– Mas, amor, eu não vou estar sozinha. Verônica e Lucy ficaram comigo e… – eu bufei de raiva por Lauren ser tão cabeça dura.

– Calada! Não quero saber se elas estarão com você ou não. – Lauren abaixou a cabeça. – Eu simplesmente não vou aceitar que você fique lá. Você pode ficar aqui comigo. – vi em seus olhos que ela estava mais preocupada com Vero e Lucy do que com ela mesma. – Lucy e Vero podem ficar com a Mani, Diana e a Dinah. Aposto que elas não se incomodariam. – Lauren revirou os olhos me fazendo querer acertá-la com um pedaço de madeira.

– Camila, elas não se incomodariam, mas Lucy e Vero sim. – eu soltei uma risada.

– Mas é claro que não. As quatro se dão muito bem e…

– Eu me incomodaria em deixá-las. – fechei os olhos respirando fundo para não enforcá-la. – Camila… – abri meus olhos para tentar retomar aquela conversa sem ter vontade de acertar vários tapas na carinha linda da minha namorada. – Nós podemos deixar essa conversa para depois? Eu preciso ir para o hotel e estou mais do que atrasada. Depois falamos sobre esse assunto. Por hoje, eu passo…

– Não! – praticamente gritei arregalando os olhos com a possibilidade de Lauren tentar prosseguir com sua fala. Ela coçou os cabelos e suspirou. – Você vai para o hotel, vai trabalhar e depois vai voltar com essa bundinha linda para cá, estamos entendidas? – Lauren corou, mas nem sua expressão fofa me derreteu. – Você entendeu, Lauren? Você vai para aquele hotel agora, mas vai passar a noite comigo. – ela abriu um pequeno sorriso e pulou o corpo de Eros que estava encolhido em seus pés.

– Você é muito chata. – ela me puxou pela cintura.

– E você é muito cabeça dura. – ela rolou os olhos e eu bufei. Mordi seu queixo com um pouco força para ela saber que havia desgostado seu gesto. – Amor, passamos meses longes uma da outra. Eu tenho direito de ficar chateada caso você prefira dormir em uma cama de hotel sozinha ao invés de dormir comigo, aqui. – Lauren mordeu meu lábio sugando um pouco.

– Você é muito dengosa. – concordei me aninhando mais em seus braços. – Tudo bem! Eu vou, mas eu volto. – eu quase comemorei. – Mas morar aqui ainda está em pauta nas diversas coisas que ainda precisamos conversar. – arregalei os olhos afastando nossos corpos.

– Coisas? – Lauren sorriu pegando meu rosto em suas mãos para beijar minha boca.

– Vou tomar um banho e você, vai preparar meu chá, por gentileza. – ela beijou minha testa e saiu correndo para o quarto com Eros atrás de si.

Ok! Lauren disse que temos coisas para conversar, mas que coisas? Será que fiz algo errado? Será que ela tem algo para me contar? Mas o que? Minha cabeça começou a pipocar perguntas que um segundo fazia sentindo e no outro deixava de fazer. Preferi ignorar todas as coisas que se passavam em minha cabeça e segui para a cozinha para preparar o chá dela. Ok! Britânicos são mais estranhos que pessoas de Los Angeles. Nada contra os californianos ou contra os britânicos, mas que tomar chá estando em Nova York era uma coisa estranha… Ah! Isso era. 

Depois de preparar o chá de Lauren, eu voltei ao trabalho. Eros passou todo o tempo com Lauren no quarto. Ele só reapareceu quando ela brotou ali na sala vestindo nada mais, nada menos do que uma calça social preta, um crooped também na cor preta e um blazer manga três quartos, também preto. Ok! Ela estava toda de preto para o seu primeiro dia como gerente geral do The Plaza. Será que ela estava simbolizando o luto por ter que trabalhar em algo que ela não gostava ou ela só estava querendo aparecer chique mesmo?

– Uau! A dama de preto. – Lauren soltou uma gargalhada que agitou Eros que começou a latir. – Você está linda. – Lauren corou, mas eu tratei logo de continuar o que passava em minha cabeça. – A única coisa que me desagradou nesse visual impecável foi… – Lauren olhou para o seu próprio corpo buscando algum erro de combinação.

– Estou feia? – sorri e neguei.

– Não, amor. Você está linda. – ela suspirou aliviada. Lauren parecia querer impressionar seus funcionários e deixá-los babando por sua beleza. – Essa barriga de fora não me agradou muito. – Lauren caiu na risada me fazendo rolar os olhos, mas sem deixar de sorrir.

Aquilo parecia patético da minha parte já que ela estava totalmente na minha, mas o que posso fazer se não sei controlar o ciúme de uma garota tão linda, tão cheirosa e tão encantadora como Lauren Jauregui que por onde passa arrasa corações? Prova disso estava no apartamento em frente ao meu. Nina se visse Lauren agora com certeza estaria se abrindo inteira implorando para ser fodida por ela. Se a minha própria irmã se sente assim, imagina as mulheres que estão por ai. Tudo bem que Nina não é o melhor exemplo para se comparar, mas é um exemplo de mulher que se pudesse, atacaria Lauren sem pensar duas vezes. Comecei a me sentir enciumada ao pensar em Lauren andando por ai usando aquela roupa sexy.

– Amor, você está com ciúme? – não tentei negar. Eu queria que ela soubesse que eu estava sim com ciúme. – Você não precisa sentir ciúme. – ela rodeou meu corpo com os braços e beijou meus lábios quase me fazer derreter. – Eu só tenho olhos, ouvidos, boca, e cabeça para você. – foi impossível não sorrir.

– Tudo bem, tudo bem. Vou deixar você sair vestida desse jeito, mas saiba que se alguma pessoa der em cima de você, eu vou querer saber e eu vou atrás dessa pessoa. – Lauren riu. Fechei a cara cruzando os braços abaixo dos seios. – É sério! – ela concordou sem deixar de ri.

Enrolei meus dedos em seus cabelos beijando-a com vontade. Eu ansiava por seu gosto e depois de vê-la naqueles trajes foi simplesmente impossível controlar a vontade avassaladora de enchê-la de beijos. Lauren apertou minha cintura quando suguei sua língua. Suas mãos escorregaram para a parte de trás das minhas coxas e quando vi, eu já estava sentada em seu colo. Comecei a sentir calor e eu sabia que não era a temperatura da cidade que havia aumentado, mas sim a temperatura do meu corpo. Beijar Lauren, sentir suas mãos em mim, escutar sua respiração furiosa, tudo! Tudo me deixava louca por ela, me deixava louca para senti-la mais fundo.

– A-amor… – Lauren teve que ter muita força de vontade para encerrar o beijo e os amassos que estávamos dando. – Eu tenho que ir. – ela me colocou sentada sobre o braço do sofá e deu uns dez passos para longe de mim. Eu, claro, comecei a rir. – Sério! Se todas as vezes que eu estiver atrasada você me beijar assim, vai ser impossível trabalhar. – Sorri sentindo-me vitoriosa por deixá-la consideravelmente excitada. Suas bochechas vermelhas a entregavam. – Vou tomar meu chá e vou trabalhar. – assenti seguindo-a com os olhos.

Acompanhei Lauren pegar uma caneca de gatinhos e se servir do chá quentinho que esperava por ela. Lauren tomou três bons goles antes de voltar sua atenção para mim e perguntar o que eu estava fazendo. Conversamos por alguns minutos enquanto ela terminava o chá. Eu simplesmente não conseguia tirar meus olhos dela. A acompanhei por todos os cantos apenas por não conseguir desviar minha atenção de si. Lauren pegou suas coisas e pediu que eu chamasse um táxi. Ali começamos a discutir mais uma vez.

– O que custa você ir no meu carro? – bufei balançando as chaves.

– Eu não conheço a cidade, Camila. Eu não posso pegar seu carro e sair dirigindo por um lugar que eu não conheço. – fechei os olhos controlando ao máximo minha ira repentina. – Eu vou de táxi e vou voltar de táxi. – fechei os olhos novamente tentando me manter calma. – Aliás, eu já vou indo. – ela se aproximou de mim novamente selando seus lábios sobre minha testa. – Te amo! – ganhei um beijo no bico que até então não havia percebido que tinha nos lábios. – Te vejo mais tarde. – cruzei os braços a olhando irritada por ela me contrariar tanto.

Já na porta, Lauren olhou para trás e sorriu negando a cabeça. Ela estava achando graça da minha cara emburrada, mas logo mais ela iria ver que graça tinha me contrariar. Acenei mesmo sem querer e logo Lauren sumiu. Suspirei frustrada e triste por ter sido abandonada ali. Minha sorte era que Eros ainda era meu companheiro e mesmo arrastando todos os pelos por Lauren, ele nunca me deixaria sozinha e carente por muito tempo. Assim que me sentei com o notebook no colo, o cachorro deitou-se ao meu lado no sofá com o fucinho bem perto da minha coxa coberta apenas pelo short de pijama que eu usava. Acariciei sua cabeça e voltei ao trabalho. Quanto mais minha atenção fosse desviada ao trabalho, menos eu me preocupava com Lauren sozinha em Nova York e menos atenção eu tinha voltada para a saudade daquela maldita britânica.

POV Lauren

Cheguei ao hotel horas e horas atrasadas, mas parece que ninguém notou isso. Passei pelo saguão de entrada recebendo sorrisos e cumprimentos. Todos pareciam felizes em me ver e em momento algum eles comentaram meu atraso. Aparentemente por eu ser a chefe, eles não comentaram e ainda sorriram. Aquilo me deixou levemente incomodada e eu trataria de mudar aquela visão que eles possam ter adotado sobre mim. O gerente de recepção do hotel abriu um largo sorriso quando me viu entrando no andar da administração. Uma caneca vermelha com os escritos The Plaza Hotel foi colocada em frente ao meu rosto por uma loirinha gentil assim que sai do elevador.

– Boa tarde, senhora Jauregui. Seu café. – abri um pequeno sorriso tomando com delicadeza a caneca de sua mão.

– Err… Obrigada! – ela sorriu contente por ter conseguido me “agradar”. – Então… Err…

– Ah! Sua sala é por aqui. – ela apontou o corredor e seguiu na minha frente guiando-me até a minha… Espera! Sala? Pigarreei atraindo sua atenção.

– Você disse sala? – ela me olhou confusa e assentiu hesitante. – Ah, ta. – ela sorriu e novamente voltou a me guiar.

Paramos em frente a uma grande porta com os escritos, gerente geral e logo embaixo o meu nome. O escritório era revestido de paredes de vidro que do lado de fora mesmo dava para ver tudo que tinha dentro dele. Ainda do lado de fora, no lado direito da grande porta, uma mesa muito bem arquitetada dava-me a certeza que eu teria uma secretária. A loirinha abriu a porta me dando passagem para entrar.

– Por favor? – ela colocou a mão sobre a alça da minha bolsa e eu sorri quando a entreguei. Ela a pendurou em um cabideiro e caminhou rapidamente até a mesa gigantesca que tinha no meio do escritório. Abriu uma das gavetas tirando de lá um controle que se assemelhava muito aos controles de TV. – As paredes de vidro escurecem ao apertar esse botão. – ela mostrou um botão na cor verde. – Esse, a senhora consegue conectar todas as informações do computador e projetá-las no painel a sua frente. – ela apertou um botão na cor amarela e a imagem da logo do hotel foi projetada em um painel branco que ficava estrategicamente em frente a grande mesa. – Os demais controles da sala tem o nome da função logo em baixo do botão. – assenti ainda impressionada com a tecnologia daquele escritório. – A senhora tem uma reunião marcada para daqui quarenta minutos com a diretoria do hotel. Posso ajudá-la em mais alguma coisa? – ela entrelaçou as mãos em frente ao corpo e sorriu.

– Hmm? Err… Isso… Tudo aqui é meu? – a mocinha franziu o cenho e ainda sorrindo, ela assentiu. – Ok! Pode parecer estranho essa… Essa minha pergunta, mas é que eu nunca tive uma sala e é tudo muito novo, entende? – ela concordou e eu sorri. – Ok! Em primeiro, obrigada! Você é muito boa no que faz. – ela corou.

– Eu só faço meu trabalho, senhora. – murmurou baixinho, envergonhada o bastante para se dirigir a mim com mais firmeza.

– Certo! Em segundo, qual o seu nome? – ela abriu um sorriso envergonhado.

– Louisa, senhora.

– Prazer, Louisa, sou a Lauren. – ela concordou como se fosse óbvia minha apresentação. – Em terceiro, para de me chamar de senhora. Eu só tenho vinte e cinco anos; senhora é mais para idosos e eu estou um pouco longe de ser idosa. – ela gargalhou contidamente e assentiu. – Agora, por obsequio, me ajuda a me inteirar dos assuntos do hotel? – pedi um pouco aflita.

– Claro! Vem, senta aqui e vamos começar. – ela bateu a mão sobre a cadeira confortável e eu corri para lá.

E ali Louisa começou a me explicar sobre como funcionava as coisas no hotel e o que eu precisava fazer durante aquela semana. Com certeza tinha um dedinho de Bear ali, pois Louisa sabia tanto sobre a parte burocrática daquele hotel do que qualquer outra pessoa. Ela estava me inteirando dos assuntos e me ensinando algumas coisas quando o telefone sobre a mesa começou a tocar. Arregalei os olhos em direção ao aparelho que logo foi atendido por ela. Alguns instantes de conversa e Louisa se dirigiu a mim com aquele ar de secretária novamente.

– Vou acompanhá-la até a sala de reuniões, Lauren. – concordei levantando-me suspirando aliviada por esticar as pernas depois de tanto tempo sentada. – Se a senhora quiser… – eu a encarei com um semblante sério repreendendo-a por ter me chamado de senhora. Ela soltou uma risadinha sem graça e consertou sua fala. – Se você quiser, posso ficar para direcioná-la nos assuntos e…

– Ótimo! Quero você ao meu lado direito, por favor. – pedi em tom de brincadeira, mas falando tão sério como nunca antes.

Entramos na sala de reuniões e eu me deparei com Vero e Lucy sentadas ao lado de dois homens sorridentes. Eles saltaram de suas cadeiras assim que entrei e vieram me cumprimentar como se estivessem me bajulando. Fitei de rabo de olho Verônica e Lucy que riam baixinho da atitude dos homens.

– Todos apresentados? – perguntei mantendo-me em pé na extremidade da grande mesa que era rodeada por pessoas chiques. Eles se entreolharam e sorriram para mim assentindo. – Beleza! Podemos começar? – fitei Louisa que concordou.

Mesmo não sabendo gerir uma reunião, eu tentei conduzi-la da melhor forma possível. Ora ou outra eu interrompia os discursos dos demais gerentes do hotel questionando algumas sugestões de melhoria. Eu nunca havia dirigido um hotel, mas sabia bastante o que os hóspedes gostavam ou não, além das sugestões já feitas para a melhoria do serviço. O trabalho como barista do Fairmont ajudou e muito naquela hora. Foram decididos ainda naquela reunião os cargos que Vero e Lucy assumiriam. Vero iria ajudar o gerente de relações públicas e ficar responsável pela administração do hotel e Lucy assumiria o cargo de gerente dos ambientes sociais.

– Ok! Podemos encerrar por hoje, não é? – olhei para todos os presentes ali.

– Arr… Lauren? – meu nome foi proferido me fazendo procurar por entre as pessoas quem havia chamado. Encontrei Will, o gerente residente, me encarando com um semblante confuso.

– Pois não? – voltei minha atenção a Louisa que acendia as luzes.

– Você aprova a sugestão de mudarmos dois fornecedores? – franzi o cenho buscando orientação de Louisa que sorriu.  – O Baker disse que é uma forma de economizarmos.

– Bom, acho que isso deve ser conversado em outro momento. Lou, você pode, por favor, marcar uma reunião com as meninas… – apontei Lucy e a outra que ainda não havia gravado o nome. – O Baker, o gerente de crédito e o caixa geral? – ela prontamente assentiu. – Ok! Amanhã, pode ser? – olhei para as meninas e para Will que concordaram. – Amanhã, Lou. – ela anotou algo em seu bloco de notas e sorriu. – Por hoje nós encerramos. Obrigada a todos e me desculpem caso eu tenha errado em alguma coisa. Estou aprendendo ainda. – eles soltaram risadas.

– Você foi excelente, Lauren. – um dos gerentes presentes ali falou e eu agradeci com um sorriso.

– É verdade! Nunca tivemos uma gerente geral tão maleável e receptiva como você. – eu sorri começando a corar.

– Obrigada, pessoal. Olha, eu quero que saibam que eu estou aberta a tudo, ok? Críticas, elogios, xingamentos, sugestões. Aproveito a oportunidade para convidar a todos a irem a minha… Ah é! Sabiam que agora eu tenho uma sala? – todos gargalharam. – Sério! Eu nunca tive uma sala antes, mas agora eu tenho e convido a todos vocês a darem uma passadinha lá; sou boa de papo. – novamente eles riram e eu os acompanhei. – Ok, pessoal. Obrigada pela reunião. Foi excelente. – todos se despediram e começaram a sair da grande sala.

Restaram ali apenas Vero, Lucy, Louisa e eu. As duas trocaram olhares e fitaram Louisa que passava por todas as cadeiras recolhendo os dossiês utilizados durante a reunião. Descobri que Louisa era a secretária geral do hotel e por isso sabia tanto. Bear com certeza estava pagando muito bem a ela para que ela me auxiliasse a gerir aquele hotel.

– E ai, meninas? Curtiram? – perguntei bebericando meu chá. Louisa foi aconselhada por Vero a me servir chá ao invés de café.

– Eu adorei. A minha sala é incrível. Eu posso até montar um quarto lá dentro, uma boate que ainda sobre espaço. – Vero comentou dançando ao meu lado. Soltei uma risada e escutei Louisa rindo baixinho.

– É! A minha também é grande, mas pretendo dividi-la com alguém. – olhei para Louisa que franziu o cenho. – Lou? – ela alçou as sobrancelhas. – Vem cá! – ela deixou todas as pastas sobre a mesa e se aproximou de nós. – Você tem sala? – ela negou. – Ótimo! Amanhã você terá uma. Infelizmente não só sua porque eu não posso sair dela, mas você terá um espaço só seu na minha sala. – Louisa arregalou os olhos e se dispôs a recusar. – Certo! Eu tenho que ir. Tenho um jantar. Nós nos vemos amanhã. – me levantei colocando a xícara sobre a mesa. – Vero, Lucy… A suíte… – forcei a memória para lembrar quais das suítes estavam reservadas para ela, mas nada surgiu. Olhei para Louisa buscando ajuda.

– Presidencial 2011. – Louisa falou ainda contrariada por não ser impedida de negar o espaço em minha sala.

– Isso! A suíte presidencial 2011 é de vocês. Façam bom proveito dela, mas nada de festas. – apontei o dedo para Verônica a advertindo antes que ela pudesse imaginar dar uma festa no hotel. Ela murchou, mas assentiu com um pequeno sorriso. – Ok! Boa noite. Lou, obrigada e boa noite. Nós nos vemos amanhã. Meninas, beijo na bunda e até amanhã já que não posso falar segunda. – elas gargalharam enquanto eu saía da sala.

Passei rapidamente no escritório para pegar minhas coisas e quando estava saindo, encontre Louisa chegando. Despedi-me novamente e entrei no elevador. No térreo pedi a umas das meninas da recepção para pedir um táxi para mim, o que não demorou a chegar. Pedi o motorista para seguir até o endereço que Taylor havia me mandado por mensagem. Perdi-me encarando a beleza que aquela grande metrópole oferecia. Nova York era tão intimidante, mas tão linda também. Distrai-me com a paisagem que o caminho ofereceu que nem percebi quando o táxi parou.

– Chegamos, senhora. – o taxista virou-se para trás me encarando com tédio. Alcei uma sobrancelha e o encarei pegando a carteira dentro da bolsa.

– Obrigada! – o entreguei o dinheiro e desci olhando a fachada do restaurante.

Cumprimentei o maìtre que me indicou a mesa onde minha irmã já me esperava. Abri um sorriso ao vê-la desfrutando um vinho enquanto mexia freneticamente no celular. Ela nunca parava.

– Boa noite, mana! – me anunciei dispensando o maìtre. Taylor estancou e virou lentamente o rosto para mim. – Oi. – abri os braços para abraçá-la.

– Lauren! – quando vi, Taylor já estava nos meus braços me apertando forte. – Porra que saudade! Você sumiu, peste. – ela se afastou apenas para me bater e logo em seguida estava agarrada a mim novamente. Soltei uma risada correndo as mãos por seus cabelos. – Vem! Senta, vamos conversar. – sorri e me sentei na cadeira indicada por ela.

– Você está diferente. – analisei bem o rosto de Taylor tentando achar o que estava diferente nela.

– Eu cortei um pouco o cabelo e agora eu faço academia, sabe? – disse olhando as unhas com desdém. Gargalhei roubando sua taça de vinho. – Hey! Essa taça é minha. – ela puxou a taça com violência, mas ainda na brincadeira. – Peça uma pra você.

– Ok, ok! – levantei a mão chamando um dos garçons e pedi uma taça do vinho que Taylor estava bebendo. – Então, mana. – Taylor desviou sua atenção da bunda do garçom para mim. – Demoramos a nos ver novamente, né? – Taylor rolou os olhos.

– E você sabe de quem é a culpa, não sabe? – a encarei tentando me passar por desentendida. Taylor me jogou o guardanapo e eu sorri. – Idiota! Você não presta. Quando a mamãe foi até Monte-Carlo cuidar de você, ela não me deixou ir por causa do papai e do Chris. – foi ai que me lembrei dos meus irmãos e dos meus pais.

– Tay? – minha irmã tomou um gole do vinho me fitando despreocupadamente. Engoli a saliva antes de perguntar. – Como está o papai? – Taylor abriu a boca, mas nada saiu. Logo vi que algo de bom ela não diria.

– Laur, você… Tem certeza que quer falar sobre isso? – franzi o cenho.

– Por que não? – Taylor engoliu a seco.

– Porque você sempre fica abalada quando falamos do papai e…

– Taylor, eu só quero saber como nosso pai está. – minha irmã concordou. Ela respirou fundo, inclinou-se sobre a mesa cruzando os braços sobre ela.

– Papai continua na mesma, Lauren. – senti aquelas palavras como se fossem socos dados bem na boca do meu estômago. – Queria te dar uma boa notícia, mas não dá. Junior disse que a situação do papai é difícil. – abaixei a cabeça tentando não demonstrar o quanto aquele assunto me abalava.

– Papai… Ele…

– Lauren… – levantei a cabeça fitando seu rosto triste.

– Ele não vai se lembrar de nada nunca mais, não é? – Taylor piscou lentamente processando minha pergunta. – Ele vai morrer por causa disso, não vai?

– Lauren, não vamos falar disso, ok? Papai está bem, na medida do possível, mas está bem. Mamãe está cuidando dele e ele tem muitos médicos. Junior acompanha o caso de perto. Vamos falar de coisa boa, vamos? – respirei fundo sentindo aquele sentimento ruim dentro de mim.

Meu pai desde sempre foi a minha inspiração de vida. Vê-lo doente acabou comigo. Quando ele parou de me reconhecer foi como um tiro na minha cara, eu não soube lidar com o Alzheimer. Taylor e minha mãe são as Jauregui mais fortes por lidar de cabeça erguida com a doença, enquanto Junior vive enfurnado em uma sala buscando uma cura para a doença de nosso pai, e eu? Bom, eu simplesmente fugi. Eu não conseguia acordar de manhã, olhar para o meu pai e ele me perguntar quem eu era ou me tratar como se eu fosse uma desconhecida. Costumávamos sempre fazer as coisas juntos, éramos muito unidos e nosso laço foi quebrado de uma forma abrupta, triste. Eu simplesmente não aceitava e sabia que no fundo, Taylor também não estava cem por cento bem, mas ela sabia fingir e eu não.

– E então, como está o namoro? Quando será o casório? Quero saber de tudo, Lauren. Você começa a namorar e não fala nada para gente. Porra! Eu sou sua irmã, eu deveria ter sido a primeira a pessoa a saber que você estava com alguém. – fingiu estar chateada, mas o sorriso em seu rosto a entregava.

Contei para ela tudo que ela precisava saber sobre minha relação com Camila. Contei desde o começo, ou seja, desde o primeiro dia em que nos vimos, da minha relação com Nina, de como me descobri apaixonada por Camila e de como finalmente chegamos onde estávamos naquele instante. Ora ou outra Taylor resmungou, mas ela ouviu tudo o mais atenta possível, fazendo breves perguntas e suspirando quando eu contava algo romântico que vivi com Camila. Quando Taylor perguntou sobre eu ter contado a ela sobre a nossa família, eu tive que pegar na mão de Cristo para não borrar nas calças. Taylor fechou a cara, apertou a faca entre os dedos e me fuzilou com os olhos. Ok! Tudo bem que é errado eu esconder da minha namorada algumas coisas sobre a minha família, mas eu iria contar; não sabia quando, mas eu iria contar. Taylor não chegou a essa conclusão e quase me estourou os tímpanos de tanto que reclamou.

– Você é uma imbecil, Lauren! Você é uma estúpida! Nossa, eu estou com vontade de te dar uns tapas. – abaixei a cabeça para ouvir seus xingamentos. – Poxa, Lauren… Nossa! Sem comentário porque se eu continuar, eu juro que te arranco um olho. – arregalei os olhos assustada. – Você não pode esconder dela a sua origem. Você tem tanta vergonha de nós assim para não contar a Camila quem nós somos? – respirei fundo antes de encará-la.

– Tay, em momento algum eu disse que tinha vergonha; eu só não contei ainda porque não tive a oportunidade certa. Eu vou contar! Só te peço uma coisa. – Taylor me olhou ainda irritada. – Não me pressiona, ok? – minha irmã bufou e voltou a comer sua sobremesa ainda resmungando.

Terminamos nosso jantar conversando sobre trabalho, amigos, festas e relembrando coisas da infância. Ela pediu a conta e nós tivemos que brigar para racharmos o valor. Minha irmã fazia aquilo para me irritar, só podia ser. Fora do restaurante, enquanto Taylor esperava seu carro, ela me perguntou sobre o que eu faria no fim de semana.

– Acho que vou trabalhar. – pensei bem no que faria tendo os olhos atentos de Taylor sobre mim.

– Trabalhar? – concordei. – Sábado e domingo? – concordei de novo. – Tendo Camila, Vero, Lucy, Theo, Ariana, eu… – abri um sorriso pensando nas pessoas que ela citou. – Tendo nós aqui, você vai trabalhar?

– Tay, eu acabei de assumir o hotel. – ela revirou os olhos. – Por que a pergunta? – Taylor suspirou abrindo um sorriso.

– É que eu convidei o Chris para passar uns dias aqui comigo e coincidentemente vai ser nesse fim de semana. Junior também deve vir, vamos passar o fim de semana juntos e eu queria te convidar. Por favor, Jaguar? Vamos a um fim de semana entre irmãos? – olhei para o chão pensando em seu convite.

Seria incrível passar dois dias inteiros com meus irmãos depois de tanto tempo longe. A saudade que eu tinha do pequeno Chris já nem podia ser quantificada mais, era grande demais. Junior também fazia falta. Ok! Talvez eu deva passar uns dias com eles. Minha irmã me fitava com expectativa, esperança. Eu não podia julgá-la, pois sempre que eles marcavam algo, juntos, eu dava um jeito de não ir. Mas agora… Agora eu quero ir. Eu sinto que preciso ir.

– Claro, Tay! Eu vou. – minha irmã faltou soltar fogos de artifício no meio da rua de tanto que comemorou o meu “sim”. O carro dela chegou e rapidamente nós entramos.

Passamos o caminho do restaurante até a casa de Camila, conversando e formulando planos para o fim de semana. Tanto eu, quanto Taylor, estávamos eufóricas com a ideia de passarmos dois dias inteiros juntamente com nossos irmãos. Mesmo Taylor vendo Chris e Junior mais vezes do que eu, ela parecia estar incrivelmente ansiosa para revê-los. Confesso que eu também estava, mas ninguém, além de mim, precisava saber. Taylor me deixou em frente ao prédio de Camila me agradecendo por ter aceitado, me aconselhando a abrir o jogo com Camila sobre minha vida e marcando de nos encontrarmos para buscarmos nossos irmãos. Ao passar pela portaria, o porteiro me fitou de maneira estranha; me olhou com uma expressão de desejo. Praticamente voei para dentro do elevador. Tentei ser o mais silenciosa possível ao passar em frente à porta dos Cabello.

O apartamento de Camila estava silencioso, quieto e escuro. Fechei a porta atrás de mim, joguei minha bolsa sobre o sofá e passei na cozinha para beber um copo d’água. Vinho demais me da uma sede. Resmunguei em pensamento seguindo para o corredor onde ficava o quarto. Assim que entrei, fui atingida por um momento fofura. Camila estava deitada e ao seu lado, Eros dormia. Ela o abraçava por trás e tinha seu rosto enterrado contra o corpo de Eros. Abri um sorriso satisfeito e resolvi deixá-los dormir. Segui para o banheiro onde tomei um banho rápido. Como minhas malas ainda estavam no The Plaza, tive que pegar o roupão novamente e vesti-lo. Quando sai do banheiro, encontrei minha garota de olhos abertos fitando a porta.

– Oi, eu te acordei? – perguntei baixo para que Eros também não acordasse. Ela negou. – Eu fui jantar com a Taylor, por isso demorei. – Camila assentiu bocejando.

– Como foi o primeiro dia? – me aproximei da cama ajoelhando-me ao lado de sua cabeça. Selei nossos lábios curtindo o gostinho dela. – Senti saudade. – Camila resmungou puxando-me pela nuca fazendo meu rosto se abrigar em seu pescoço onde fiz questão de beijar.

– Eu também senti saudade. – mordi a região vagarosamente e sem muita força sentindo os pelos de Camila se arrepiarem. – Meu primeiro dia foi excelente. – afastei o rosto e sentei no chão para poder contar a ela como foi. – Eu tenho uma sala gigantesca, Camz. Sério! Você não tem noção do tamanho daquela sala; ela é simplesmente incrível. – comecei sentindo-me empolgada.

Camila sorriu e suspirou ouvindo-me falar sobre meu primeiro dia de trabalho no The Plaza. Ela riu, suspirou apaixonada, argumentou e sugeriu algumas coisas durante todo o momento em que passei falando sobre o meu primeiro dia no The Plaza. Comentei com ela sobre mudar de fornecedores de marketing e de alimentos, Camila logo se dispôs a ajudar com os fornecedores de marketing já que a revista tinha um que era ótimo. Eu estava empolgada com todas as novidades sobre o meu dia e ela parecia animada por mim. Eu não poderia ter pedido por namorada melhor.

– E no jantar, Tay me convidou para passar o fim de semana com meus irmãos que virão de Londres para ficar com ela. – Camila cerrou os olhos e sorriu.

– E você vai? – concordei com um sorriso. – Serei apresentada aos seus irmãos? – perguntou em dúvida, mas sorrindo.

– Mas é claro, Camz. – minha namorada sorriu e se arrastou para fora da cama jogando-se sobre mim. – Amor, o que acha de deitarmos na cama? – Camila apoiou as mãos ao lado da minha cabeça erguendo o tronco. – Sabe, esse chão aqui ele é meio duro e frio. – comentei arrancando risadas altas de Camila que acabaram despertando Eros. – Hey, meu garoto. 

Eros saltou da cama e correu até mim. Tive que agir rápido para ele não lamber minha boca, mas em compensação, minha bochecha ficou toda babada. Camila ficou rindo durante todo o tempo em que eu era atacada pelo cachorro. Depois de muito me lamber, Eros correu para fora do quarto me dando um segundo de alivio.

– Você não vale um pão, Camz. – ela fez cara de ofendida, mas rindo ainda. – Você poderia ter me ajudado. – levantei do chão e a peguei no colo jogando-a sobre a cama.

– Amor, você dá moral demais para ele. – rolei os olhos e preferi não comentar.

Levantei rapidamente apenas para apagar as luzes e encostar a porta, mas assim que me acomodei atrás dela passando meus braços por seu corpo, Eros surgiu na beira da cama ofegando e oferecendo sua bolinha para mim. Rolei os olhos pegando a bolinha e jogando fora do quarto. Voltei a me acomodar e quando fechei os olhos, Eros apareceu de novo. Camila gargalhou enquanto eu jogava a bolinha de novo, agora com mais força. Voltei a me acomodar e quando fechei os olhos, lá estava o cachorro novamente.

– Eros, é a última vez, garoto. – peguei a bolinha e taquei com a maior força. Escutei a bolinha batendo na parede do corredor e as patas apressadas. – Você não presta. – apertei a cintura de Camila que gargalhou.

Voltei a me acomodar, repousando meu rosto em meio aos seus cabelos. Fechei os olhos relaxando o corpo, mas aquele sossego não durou muito. Assim que cochilei, senti patas sobre mim e uma baforada quente em meu rosto. Mal tive tempo de abrir os olhos, a bolinha toda babada de Eros foi jogada como uma bomba sobre meu rosto. Rosnei furiosa. Peguei a bolinha jogando longe e Eros como um bobalhão, correu para pegá-la. Escutei Camila rir e comentar.

– Eu disse que você estava dando muita moral para ele, agora aguenta.

Ela gargalhou fechando os olhos enquanto eu passei boa parte daquele tempo, no qual ela dormia, jogando bolinhas para Eros pegar até que ele se cansou e deitou-se atrás de mim. Os corpos quentes de, Camila em meus braços e o corpo peludo de Eros atrás de mim, foram como um isolante térmico mantendo-me aquecida durante aquela noite gélida de Nova York. Nota mental: não dar tanta moral para Eros se eu quiser dormir.


Notas Finais


E ai como estão?


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