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História Trust No Bitch - Lady Decision


Escrita por: rafaelaribeiro_

Notas do Autor


perdoem a demora e não desistam de mim!
Acreditem: vale a pena!

Charlotte O'Bryan - Jennifer Connely
Steban O'Bryan - Gary Oldman

Capítulo 5 - Lady Decision


Fanfic / Fanfiction Trust No Bitch - Lady Decision

Edgar caminhava pela bagunça que havia ficado no Mansolete, o maior ponto de tráfico daquela região em São Francisco. A casa de número 421 em Birnfield Street agora se encontrava com garrafas de vidro no chão em estilhaços e seu líquido espalhado pelo piso.

Móveis caídos, janelas quebradas, pílulas pisadas e restos de cocaína pelos cantos, pedaços de tecidos de roupas rasgadas no chão e furos de balas em todos os lugares. Ele chutava com a ponta de seus coturnos copos e garrafas vazias, as mãos estavam nos bolsos da jaqueta camuflada que estava por cima de uma simples camisa branca. A calça preta ficava suja aos poucos com a poeira que subia.
Então aquilo eram os restos da primeira invasão ao Mansolete? A famosa mansão abandonada que se tornara um ponto de festas rotineiras e muitas drogas. Edgar teria que confessar: a polícia fora esperta para conseguir entrar ali, mas esperava que aquilo estivesse muito mais devastado.

Ele sabia que logo, todos os que foram presos seriam liberados, sabia também que o maior alvo da polícia era ele e junto dele, seus amigos de infância.

Edgar caminhava em círculos, pensante, até que ouviu o barulho enferrujado da maçaneta de ferro sendo virada, e a tranca sendo liberada. A porta da frente fora aberta e um caminho iluminado surgiu e junto dele, surgira Ramona.

Ela vestia uma regata masculina gasta azul petróleo, que lhe caíra bem no fim das contas e deixava transparecer detalhes do sutiã preto. Calças detonadas, com rasgos pelas coxas e joelhos e tênis inteiramente pretos. Um boné de aba curvada preto cobria seus cabelos, a sombra projetada pela abra cobria parcialmente o rosto sem maquiagem.

Ela ficara estática na porta, encarando a figura de Edgar que parara de caminhar entre os restos da última festa do Mansolete.

Ele sorriu para ela, o que lhe causara arrepios nos pelos da nuca.

- Uau, isso é fantástico. – começou Edgar. – Quer dizer, nunca pensei que veria a grande Ramona Appleburn sem maquiagem.

Ela se recompôs e sorriu para Edgar, logo desviou o olhar dele para os restos da casa devastada. Ela tinha que fazer aquilo. Se ela realmente montasse seu time com as meninas e se aliasse à eles, tornando-se apenas um só, como iria conviver com Edgar? Ele era uma bomba que poderia explodir com o toque da brisa.

Ela começou a adentrar o Mansolete após trancar a porta por onde entrou, ainda mantendo a postura. Caminhou lentamente até Edgar enquanto encarava-o.

- Já me viu em algum lugar antes daquela noite?

Ele gargalhou alto, erguendo o pescoço. E logo, voltou-se para ela.

- Eu observo seus passos desde quando colocou os pés em São Francisco pela primeira vez. Te vi ser a pequena Appleburn. Te via enquanto eu estava aprendendo como destrancar uma simples porta com um grampo de cabelo e você seduzia os maiores líderes desta rua para conseguir ficar por um tempo.

Ela ficou séria, estática outra vez. Mas não durou muito tempo. Ela fechou os olhos com força, sentindo nojo de si mesma e por tudo o que já acontecera com seu corpo e então os abriu novamente; devagar e com muito ódio.

- Ah, você me viu surgir, não é mesmo? Viu também quando perceberam que eu era a mais dissimulada e apta para trabalhar aqui. Me viu crescer, me viu sendo a grande Ramona Appleburn e junto disso, aprender que ninguém jamais iria me derrubar. E o mais importante: me viu tendo mais valor do que você jamais terá.

Aquilo enfureceu Edgar, mas ele sabia que em um jogo de rua, jamais deveria deixar seus sentimentos transparecerem. Teria que ser aquele homem de gelo. Ele riu fraco antes de voltar se outra vez para a menina.

- Então por que não me matou naquela noite?

Silêncio.

Ele a tinha acertado. Bingo.

Ela ergueu a mão e formou uma arma com a mesma, com o dedo indicador, o médio e o polegar. Ela direcionou a mão até o lado esquerdo do peito de Edgar, os dedos médio e indicador tocando a camisa branca.

- Eu poderia lhe matar agora.

- Se quer me matar, saiba que está fazendo da maneira errada. Não posso ser atingido no coração.

Ele tocou a mão que formava a “arma” na mão de Ramona, e a ergueu até a testa. Logo depois fixou seus olhos nos dela.

- Então, vamos lá. Me mate. Me mate agora.

Os olhos de Ramona tornaram-se um vidro prestes a se quebrar. Edgar sabia como jogar com ela.

Os dois ficaram ali parados olhando um para o outro, em teoria, com uma “arma” apontada na cabeça de Edgar.

Os segundos se passaram e, antes que Ramona pudesse pensar em uma resposta inteligente, ele gargalhou alto.

- Você não aprende, não é? Eu sou imortal. Eu sou imortal, Appleburn. – ele, que ainda estava com a mão fechada no pulso de Ramona, tirou a mão da menina de sua testa e manteve-se segurando a com delicadeza. Uma delicadeza que Ramona jamais saberia que ela existiria. – E sabe que a única forma de tornar-se também, é se aliando a mim.

Ela não respondera, apenas encarou Edgar, com os olhos escuros de ódio.

- Seu tempo e o de suas meninas está acabando. É melhor se apressarem.

Então ele largou o pulso de Ramona sem calma alguma, como se a pequena parte do corpo de Ramona fosse um nada e virou-se, seguindo até a porta dos fundos onde abriu a mesma e sumiu pelo jardim.

Pensando consigo mesma, concretizou sua decisão quanto à proposta de Edgar. Mas sabia que não poderia decidir aquilo sozinha. Mas confiar em um bando de desconhecidas também não seria nada fácil. Ela não seria líder, elas seriam um time. Sem hierarquias e problemas.

Só não sabia como explicar a elas no que estariam se metendo caso aceitassem.

[...]

O tempo nublado naquela manhã de quinta feira trouxe consigo um vento gelado, mas não tão incômodo.

Faltava uma hora para suas aulas começarem, e Lenora estava em uma pequena praça do bairro vizinho, sentada em um extenso banco de madeira. A quinta feira amanheceu nublada com folhas sendo arrastadas pelo vento. A menina vestia coturnos pretos e brilhantes, calças de lavagem clara que batiam em sua canela fazendo uma dobra e uma camisa grande em comparação ao seu corpo, de fundo branco e uma estampa de histórias em quadrinhos. OS cabelos louros e curtos estavam soltos, balançando junto do vento.

Ela olhava para os lados com os braços cruzados por conta do frio que lhe atingira, até que finalmente o avistou.

Era estranho para ela ver Tim, seu melhor amigo, daquele jeito. O terno acinzentado no fim das contas lhe caíra bem, junto da camisa social e uma gravata de um belo tom de violeta. Os sapatos sociais escuros estavam impecavelmente engraxados e brilhantes. O cabelo que, antes era preenchido por dreadlocks coloridos, se tornou uma cabeça raspada. Lenora achou engraçado como toda aquela mudança combinara com seu melhor amigo. Em como os olhos castanhos e a pele parda se destacavam perto das cores de suas roupas sociais.

Ele chegou até ela, com sua fiel pasta de couro em uma das mãos.

- Timothy Banks, eu não esperava te ver assim nem em meus sonhos mais loucos.

- Qual é! – respondeu o menino. – você sabe que uma hora eu teria que amadurecer, não sabe?

- Amadurecer, sim. Agora, mudar totalmente quem você é? Jamais.

- Ei, não é porque estou estagiando naquele escritório cheio de advocacia que eu não sou mais o mesmo.

- O meu Tim usava dreads no cabelo, camisas de praia e vivia com os olhos muito vermelhos.

- Confie em mim, aquele Tim ainda está vivo.

Ambos caíram na risada. Lenora sabia que este dia chegaria, o dia em que veria Tim seguir sua vida. Ele era mais velho, portanto, se formara dois anos antes dela. Eles eram inseparáveis desde o jardim de infância e desde então permaneceram juntos.  Ela se lembrava das tardes em que Timothy, Amelie, Mackenzie e Khalifornia iam até sua casa e comiam pipoca doce vendo comédias românticas. Lembrava até da primeira vez que Tim lhe chamou de...

- Então, Davi Jones. – disse Tim enquanto se sentada ao lado de Lenora, puxando suas pernas para cima apoiando-as nas dele. – Você disse que precisava espairecer quando me ligou. O que aconteceu?

- Antes que eu lhe conte, você precisa me prometer que não vai me achar uma completa lunática.

- Engraçado. Foi isso que eu te disse quando contei que era gay.

- Tim! - ele começou a gargalhar sozinho enquanto ela estapeava seu ombro. - Você tem que me levar a sério pelo menos uma vez na sua vida!

- Eu estou! Mas não pude deixar de me lembrar disso, desculpe. – ele estava começando a se acalmar e a parar de rir. O que lhe fez parar definitivamente fora a expressão de Lenora. Sua expressão exalava dor e confusão, com o cenho franzido e a boca fechada formando uma linha. – Ei, vamos, me conte. O que aconteceu?

Então ela começou a desabafar sobre tudo. Desde a noite na The Club até o dia anterior. Contou sobre Ramona, sobre a Birnfield Street, sobre a mansão abandonada e mansão que estava em festa. Contou sobre quando foi presa, sobre os rapazes misteriosos que soltaram ela e suas amigas, sobre o labirinto de espelhos do píer, que estava completamente diferente e maior do que quando se lembrava e por fim, sobre as duas propostas.

Timothy ficou encarando o asfalto, vendo a grama crescer por entre as rachaduras, pensativo e completamente abismado.

- Está me dizendo que, em três dias, você fugiu de um tiroteio seguido de um incêndio com uma criminosa desconhecida, evento esse no qual seus pais não sabiam que você estava lá, se encontrou outra vez com essa mulher, foi a uma festa no maior ponto de drogas de São Francisco, foi presa e solta por rapazes desconhecidos, entrou no carro deles e foi até o labirinto de espelhos do Píer 39 para ouvir sobre uma oferta de uma aliança entre a gangue desta mulher e a sua, sendo que a sua nem existe ainda por que vocês não deram uma resposta e vocês só tem até esta noite para responder?

- É, acho que eu poderia ter contado assim.

- Você está pensando em aceitar isso?

- Não! É claro que não!

- Então me explica como você pode agir com tanta calma diante disso. Não sei você, mas eu estou surtando! E olha que eu nem estou envolvido nisso.

- Tim... – ela colocou as mãos sobre os joelhos. – O que eu faço?

- Diga não, é claro!

- Se eu disser, eles podem vir atrás de mim. Ou Ramona pode dar meu nome e o das meninas se for pega!

- Ela não tem provas, Lenora!

- E se ela inventar alguma?

Timothy olhou nos olhos de Lenora depois de tanto tempo. Ele via, de fato, todo o pavor que ela estava deixando transparecer. Mas via algo mais. Uma luz a mais. Aquilo era desejo.

- Você quer aceitar, não é?

Ela ficou em silêncio, apenas encarando a face preocupada do melhor amigo por um tempo. Até que respirou fundo e finalmente respondeu:

- Boa parte de mim quer fazer algo intenso antes de assumir todas as responsabilidades de ser adulta.

- Ah, quer fazer algo intenso? Pule de paraquedas, faça sexo a três, viaje para o desconhecido, o que quiser! Mas não se meta em uma batalha de gangues por alguém que você nem conhece!

- De certa forma, isso é como viajar até o desconhecido... não é?

Os olhos de Timothy começaram a ficar marejados. Não queria que Lenora fizesse aquilo. Ela estaria arriscando sua própria vida em nome de uma adrenalina desconhecida, e que não terminaria bem, por curiosidade. Ou seria por medo?

- E se isso der errado, Lenora? E se você for presa?

- Ramona vive disso à anos e a primeira vez no qual foi presa, foi com a gente. Confie em mim, vai ficar tudo certo.

Ele sabia que jamais poderia impedi-la. Não conseguiria aquietar uma parte de seu coração que dizia o quanto gostaria de abraçá-la e impedir que ela fosse para longe. Mas jamais conseguiria segurar Lenora.

- E se você se destruir no meio disso tudo? – sua voz estava embargada pelas lágrimas que vinham sem parar.

- Então eu conto com você para me ajudar a recolher todos os pedaços. Você vai estar lá...não é?

Ele puxou Lenora para si e a acolheu em seu peito, protetor.

- Eu sempre estarei aqui.

- Você é meu lar, Lenora. Você e elas. Não se esqueça disso, ok?

Ela o abraçou pela cintura e fechou os olhos, mergulhando no cheiro cítrico do perfume dele. Ela havia esquecido como sentia falta de Timothy em seus dias.

- Eu jamais esquecerei você.

 

[...]

O dia nublado fora seguido por uma noite fria, ainda com ventania. Dentro das casas o clima era agradável e confortante com o calor dos corpos. Os O’Bryan estavam no meio do jantar naquela cozinha de papel de parede verde musgo e o piso de assoalho branco. Os eletrodomésticos eram uma chuva de preto e prata, a louça dos armários e de cima da mesa de jantar era branca com belos detalhes florais feitos à mão, um presente de Eleanor, avó de Mackenzie. A mesa de madeira escura e redonda estava acompanhada por três cadeiras. Charlotte O’Bryan, mãe de Mackenzie, estava à esquerda. Os traços de Mackenzie eram iguais os da mãe, só que os da mais velha conseguiam ter mais delicadeza e suavidade, já os de Mackenzie mais força e talvez mais brutalidade. Os olhos igualmente verdes e paralisantes acompanhados por cílios pequenos e a sobrancelha fina. A pele branca atingia um leve tom um pouco mais queimado que o da filha. Outra divergência entre as duas encontrava-se no fato de o corpo de sua mãe ser magro, de mãos delicadas e sutis e o de Mackenzie possuir curvas detalhadas. Enquanto os cabelos castanhos de Mackenzie se ondulavam atingindo as costelas, o de sua mãe era na altura dos ombros, tingido de preto.

Charlotte mantinha um padrão de roupas sempre delicadas e engomadas, como seu vestido de algodão branco atingindo os joelhos e de mangas que iam até os cotovelos, mantendo-se rodado a partir da cintura. Os pés estavam descalços.

Steban O’Bryan, o pai de Mackenzie, poderia ser considerado a inspiração de diversas características da personalidade da filha, como a coragem indomável que ela transmitia. Seus cabelos castanhos já deixavam transparecer fios grisalhos em sua extensão, assim como na barba. A pele pálida da menina fora herdada do pai, que também tinha olhos claros só que em um tom limpo de azul. Ele havia chegado do trabalho faziam apenas alguns minutos, então os trajes sociais em tons de azul ainda estavam em seu corpo, menos o paletó que fora descartado em cima do sofá.

Mackenzie apoiava o cotovelo em cima da mesa e a mão dava suporte a cabeça, enquanto ela remexia a macarronada em seu prato com o garfo e seus pais comiam. Todos estavam em silêncio, levando tudo como deveria ser enquanto o clima de tensão era disfarçado. Eles ainda estavam irados com Mackenzie, Steban mais do que Charlotte, mas ainda assim tentavam posar como a família perfeita que, para Mackenzie nunca existiu.

Charlotte, que reparou na falta de apetite da filha, desviou os olhos de seu prato para a menina, e depois para seu marido.

- Não vai comer? – disse o mais tranquila possível.

- Não estou com fome agora.

- É hora do jantar, você nunca teve falta de apetite.

Subitamente, Steban largou o garfo em seu prato e cruzou os braços, encarando agora as duas mulheres.

- Você é tão compreensiva, não é? A menina some por três dias, volta simplesmente como outra pessoa pra casa e você sorri, como se tudo estivesse bem?

- Eu só quero saber o que aconteceu com ela!

- E você acha que ela vai contar?!! Lotte, meu bem, acorde!

- Nós temos que dar espaço pra ela!

- Espaço? Garanto que ela teve muito espaço nos últimos dias.

Enquanto os pais insistiam em uma discussão que não teria futuro, Mackenzie se levantou da mesa e se dirigiu até as escada e, quando o fez, Charlotte e Steban cessaram a briga e passaram a observar as filhas. Os pés descalços não faziam barulho enquanto ela subia, puxando as mangas de um moletom preto um pouco maior do que ela. Ela caminhou até seu quarto e fechou a porta em um baque estrondoso.

O quarto de Mackenzie aparentava ser muito diferente dela por possuir muitos detalhes de sua mãe. O papel de parede florido e o piso de assoalho branco. A penteadeira de um tom esbranquiçado de rosa encostada à parede e, ao lado da mesma, uma mesa de estudos em completa desordem. Com post-its coloridos repletos de anotações espalhados por aí, cadernos e livros de estudos e os de seus interesses espalhados pela mesa de madeira e uma luminária em um tom forte de rosa. Um pisca-pisca branco repleto de flores de papel penduradas enfeitava a parede, ficando acima da mesa.

Uma grande porta de vidro, ocupando quase uma parede inteira dava acesso à sacada, com uma cortina transparente caindo pela mesma.

A cama de casal de lençóis brancos estava impecavelmente arrumada, com uma colcha florida dobrada cuidadosamente acima da mesma e ao lado da mesma, um criado mudo pintado de roxo com diversas estrelas de glitter coladas de quando ela era pequena e queria ser uma artista. Um divã vinho estava no pé da cama com algumas roupas aleatórias de Mackenzie. Um armário embutido à parede estava entreaberto, exibindo uma arara com diversos cabides, uns ocupados e outros não.

Mackenzie arrastou-se até a cama e se jogou, fechando os olhos com força. Mas não conseguiu ficar assim por muito tempo. Cada vez que ela fechada os olhos, até mesmo ao piscar, ela revivia as cenas daquele último dia. Estava empolgada e ao mesmo tempo...apavorada. ela queria mesmo fazer isso? Ela tinha mesmo que fazer isso?

Seus pensamentos foram interrompidos pelo seu celular apitando, alertando uma nova mensagem.

Ela o pegou de cima do criado mudo e apenas acendeu a tela. A notificação mostrava que era uma mensagem de Khalifornia.

“Apareça na sacada. Agora!”

Um pouco atordoada, ela se levantou e abriu lentamente a porta após afastar a cortina. Quando começou a caminhar pelo piso frio e apoiar seus braços no vidro, ela as reconheceu.

Amelie, Khalifornia, Lenora e Ramona.

Todas menos Ramona passaram a fazer sinais para que ela descesse pelas vinhas da parede e que pegasse um cobertor, já que todas estavam com um enrolado nas mãos.

E assim ela o fez, após vestir uma calça e um tênis. Quando se dera conta, já estava ao lado delas, ofegante.

- Então, o que está acontecendo.

- Sem perguntas, O’Bryan. Apenas me siga.

Ramona colocou o capuz de seu moletom e começou a caminhar para a rua, novamente para o desconhecido. Todas se entreolharam, mas o que teriam a perder. E assim, elas também vestiram seus capuzes e seguiram a menina.

[...]

- Onde estamos? –perguntou Lenora.

Estavam em um pequeno terreno no meio de uma floresta, que encontraram após caminhar por um bom tempo. Uma fogueira estava acessa ali, rodeada por ninguém.

Ramona tomou a dianteira outra vez e fora até a fogueira, onde se sentou por perto. Logo elas repetiram o processo, criando um círculo ao redor da fogueira.

- Agora diga, Ramona. O que estamos fazendo aqui?- perguntou Mackenzie, que por dentro estava aliviada por ter saído da bagunça que estava sua casa.

Ela abraçou as pernas com seus braços e umedeceu os lábios, passando os olhos por todas elas.

- Imagino que não queiram entrar nisso. Confiem em mim, se eu tivesse escolha, teria saído.  Mas, infelizmente não posso, não até conseguir uma coisa.

- Que coisa? – perguntou Mackenzie.

Ramona respirou fundo e olhou para o céu noturno e enfim voltou seu olhar para elas.

- Está na hora de vocês saberem a minha história.


Notas Finais


até a próxima!
Xxx 🍭


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