História Sex or truth? - Levantar voo, lá vamos nós!

   π Atena π  

  8 de Janeiro de 2024, sexta - feira.   

Acordo com o som irritante do despertador e ouço Serena soltar um leve gemido desaprovador. 

Desligo o pequeno aparelho irritante e levanto - me dá cama, abrindo em seguida, a cortina dá janela, fazendo com que os raios solares entrem no quarto, iluminando - o totalmente.

-- Por que a senhora gosta de me judiar? -- pergunta Serena e cobre o rosto com o cobertor. 

Dou risada e abaixo - me para beijar seu rosto, porém, sou impedida pelo edredom. 

-- Levante querida, temos que arrumar as malas. -- digo e ela joga o edredom no chão e encara - me entusiasmada. 

-- Nós vamos? -- pergunta e pula na cama. 

-- Só se você quiser. Porém, ainda acho melhor ficar e fazer a noite dá pizza. -- murmuro em uma última tentativa de fazer - lá mudar de ideia. 

Ontem, pensei e repensei no que Serena disse/pediu, e não iria matar - me se eu voltasse para Vancouver simplesmente porque ela está doida para conhecer a cidade, sem falar, na saudade que sente do avô e Alec. 

-- Não mamãe, nós vamos! -- diz levantando - se dá cama e indo em direção a porta. 

-- Que tal pizza três dias seguidos? -- digo em uma última tentativa. 

-- Mamãe, tenho certeza que lá tem lugares que vendem pizza! Então nem tente fazer - me mudar de ideia! -- diz com seu sotaque inglês super aguçado e sai do quarto. 

Meu Deus, ela cresce tão rápido! Já está comportando - se como eu quando tinha a sua idade.

Frustrada, vou até a cozinha e vejo minha mãe sentada na mesa tomando café e lendo um jornal. 

-- Bom dia. -- murmuro porém ela não responde. 

Deve estar com raiva por causa dá discussão de ontem. 

Pego uma xícara de café e sento - me na cadeira, em seguida levo a pequena louça até meus lábios e encaro - a. 

-- Vou arrumar nossas malas mais tarde. -- murmuro e ela encara - me pela primeira vez desde que cheguei na cozinha. 

-- Sério? -- pergunta.

-- Sim. -- murmuro.

-- Ai, que bom que conseguir fazer você mudar de ideia! -- diz entusiasmada.

-- Não foi a senhora. -- murmuro irritada. 

-- Como não? -- pergunta intrigada. 

-- Serena.  Ela foi o motivo pelo qual mudei de ideia, ontem a noite ela foi falar comigo e pediu para viajar e eu não irei negar um pedido dela, por mais que esteja doida para fazer isso. -- digo e término de tomar o café, levantando dá mesa em seguida e indo até o corredor que leva ao quarto de Serena.

-- O voo é as vinte e uma horas! -- Ouço a voz dá minha mãe antes de bater a porta do quarto. 

Quando chego, vejo que Serena fez uma bagunça! 

Ela tirou todas as roupas do guarda - roupa e agora está escolhendo uma por uma, de acordo com as combinações. 

Dou risada e vou ajuda - lá. 

Desde sempre, procuro dar o melhor para Serena... As melhores bonecas e roupas, os melhores sapatos e com certeza, o melhor carinho. 

Como sou mãe de primeira viagem, qua do ela nasceu, simplesmente entrei em desespero, pois não sabia sequer trocar uma fralda!! Porém, com o tempo, fui pegando o jeito e depois, apenas eu trocava ela, banhava - a. 

Posso afirmar que sinto muito, mas muito ciúmes de Serena... Ela é meu mundo. 

Antes, se alguém me perguntasse se eu teria coragem de matar alguém, responderia que não. 

Hoje, sei que sou capaz de fazer isso, se eu ver alguém maltratado minha filha, sou capaz de cometer uma loucura.. É maior que eu, meu instinto de mãe. 

Após arrumar suas malas, Serena vem ajudar - me com as minhas.

-- Querida, estava pensando que, talvez não precisamos ficar até o casamento. -- murmuro. 

Até lá, vai ser tempo demais... Tempo demais para que Harry conheça - a e comece a desconfiar de algo, não posso, simplesmente, não posso. 

-- Por que? -- pergunta.

-- Porque temos que voltar por causa das sua escola, querida! Fazemos assim, passamos duas semanas lá, tudo bem? -- sugiro um pouco esperançosa demais. 

-- Pode ser. -- diz um pouco triste. 

-- Querida, não fique assim. -- peço e logo arrependo - me. 

-- A vovó disse que eu ia ser a daminha de honra, entraria com um vestido de princesa e tudo, ia ter até uma coroa e um príncipe! -- diz e meu coração se parte. 

Não queria tirar esse momento dela, até porque, eu mesma já fui daminha de honra várias vezes e é muito bom. 

-- Eu posso voltar antes do casamento e fazer sua matrícula. -- murmuro desistindo completamente. 

-- Mas mamãe, A senhora não irá me ver! -- murmura. 

-- Eu voltarei a tempo, querida. -- murmuro e beijo sua testa. 

Ela sorrir e fico feliz. 

-- Agora vamos terminar logo de arrumar essas malas! -- murmuro exausta. 

(...)

-- Pegou tudo, Serena? -- murmuro enquanto confiro os nossos documentos pela centésima vez hoje. 

-- Não estou achando meu unicórnio! -- murmura olhando de baixo do sofá. 

-- Querida, com certeza não está aí. -- murmuro e dou risada. 

-- Aqui, Serena. -- diz minha mãe entrando na sala e entregando a pelúcia para ela. 

-- Vamos, estamos prontas. -- murmuro.

-- O Daniel não vai? -- pergunta.

Merda! 

-- Não, ele está trabalhando demais. -- digo.

-- E aonde ele está? Não pude nem vê - lo direito! -- pergunta.

" -- Provavelmente na casa do namorado. -- Diz Inácio, a vozinha na minha cabeça. " 

-- As vezes ele fica no trabalho. Vamos logo, ou vamos perder o voo. -- murmuro e saio de casa rapidamente para evitar mais perguntas. 

Chegamos no aeroporto e estaciono o carro, espero que quando voltar, ele esteja do mesmo jeito. 

Corremos em direção ao portal de embarque, depois de alguns minutos, entramos no avião e sentamos no nosso acento. 

Vejo Serena ficar com um olhar apavorado assim que o avião começa a decolar.

-- Querida, fica tranquila. -- murmuro e beijo sua testa. 

-- E se cair? -- pergunta e começa chorar.

-- Olha para mim, não vai cair, bebê.  Fique tranquila. -- digo firme e beijo seu narizinho. 

Ela rir e segura minha mão.

-- Não solte, por favor. -- pede como se necessitasse disso... Necessitasse de mim.

-- Não irei! -- digo e dou risada. 

Olhando pela janela, vejo Londres ficando para trás, meu presente ficando para trás... Agora, estou indo de encontro com o meu passado, com ele.