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História Try - Imagine Jin - Capítulo 36


Escrita por: NatySA

Notas do Autor


Oiiii! Tudo bem com vocês? Espero que sim ^^
Primeiramente, feloz dia dos pais aos pais de todos! Nas notas finais deixarei um recadinho melhor sobre isso okay? Vejam lá!
Pude apenas finalizar hoje o capítulo, portanto achei melhor postar agora... Acho que ficará todos os domingos, assim como antes, okay? Apaguei o cap anterior que explicava isso, mas consistia apenas em eu falando sobre meu novo planeamento... Escreverei à noite nos sábados, mas postarei aos domingos certo?
Falando nisso, obrigada pelo apoio e por permitirem que eu faça o que for melhor para mim e para o meu tempo! Muito obrigada! ♡
Esse cap não ficou tão grande... Mas desde comecei a escrever essa fic espero por esse momento! Então espero que gostem!
Sem mais delongas! Boa leitura! ♡♡

Capítulo 36 - Capítulo 36


Yoongi P.O.V

Entro em casa e ela estava silenciosa e vazia… Pelo menos vista da sala de estar.

Onde será que posso encontrá-los? penso Será que… agora é um bom momento?  

Eu sabia que não poderia hesitar nesta conversa… Mesmo assim, eu não sabia nem por onde começar, afinal, eu não conseguia nem os olhar diretamente.

Suspiro e, sem notar movimento na casa, subo para o meu quarto. Deito-me na cama com cuidado por conta dos ferimentos e permito-me relaxar um pouco e refletir sobre tudo o que ocorreu.

Eu ganhei outra chance. Ganhei outra chance de viver.

Sorrio.

Agora eu conseguia ver esperança… Mesmo que a conversa com meus pais não desse certo, eu pelo menos teria-me aceitado, pelo menos eu estaria vivendo. Tenho esperanças agora de que eu possa arranjar amigos verdadeiros, de que possa encontrar o amor… Certamente, vou fazer justiça com o dinheiro que S/N me ofereceu… E um dia lhe pagarei tudo de volta. Esforçarei-me ao máximo para isso.

E se… Tudo realmente der certo? Ainda não havia parado para pensar nisso…

Se meus pais aceitarem tudo… Eu poderei seguir a carreira que quero… Ser independente…

Porém…

Qual carreira eu quero? Eu consigo me virar sozinho?

Essas perguntas agora preenchiam a minha cabeça e, mesmo com certo receio, estava empolgado para estas possibilidades…

Meus pensamentos são interrompidos pelo som da porta sendo aberta.

Sento-me rapidamente na cama e logo faço uma careta de dor.

- Yoongi… você voltou. – fala a minha mãe.

Como sempre, sua voz estava inexpressiva.

Limpo a garganta e levanto-me.

- Eu… gostaria de conversar com vocês… Estão disponíveis?

Eles ficam calados por um momento.

- Temos uma hora até a reunião com os deputados... – fala meu pai.

Assinto lentamente e sigo até o sofá do meu grande quarto. Eles se sentam nas duas poltronas à frente de onde eu estava.

- Sobre o que quer falar? – pergunta minha mãe.

Suspiro.

Por onde começar…?

- Eu resolvi aquilo… Aquela dívida e…

Sou interrompido.

- Sim... – fala mamãe – Seu irmão disse que você foi puxado para um beco e teve de voltar sozinho… Soubemos depois que você estava no hospital e já estávamos indo até lá, na verdade.

Engulo em seco.

- Sim… Uma amiga minha me ajudou, levando-me para o hospital. Além disso… Ela disse que me daria o dinheiro para pagar a dívida… Contanto que eu converssasse com vocês. – digo.

Silêncio.

- Então… - continuo – Acho que devemos falar sobre o que anda acontecendo em nossa família…

- Min Yoongi, o que você está…

Interrompo meu pai ao erguer minha mãe direita.

- Por favor… - peço – Escutem-me desta vez…

Eles ficam calados.

- Eu lembro vagamente de quando era menor… Vocês me davam tanto carinho e atenção… Vocês cuidavam de mim… Entretanto, com o tempo começaram a se envolver ainda mais com o trabalho e isso me deixou tão… Solitário. Comecei a ter apenas meu amigo para brincar comigo e o Jungkook que era tão pequeno… Mas aí… Vocês também me tiraram isso… Mudaram-me de escola e fizeram-me apenas focar nos estudos. Tudo isso para que eu cursasse Direito, como vocês.

- Yoongi, nós apenas pensamos no seu futuro. – inicia meu pai – Você já começaria numa empresa de grande porte e com comodidade, seria melhor para você e…

- Não… - interrompo – Não é o que eu quero… Nunca quis. Eu quero criar a minha própria carreira… Não quero apenas conseguir tudo em minhas mãos por causa de vocês. É tão… belo poder criar tudo por si mesmo. É o que quero e o que sempre quis. Não sei em qual área, nem onde… Vocês nunca me permitiram pensar em nada além de Direito. Também por conta disso, nunca pude me descobrir e fui me perdendo… Até morrer por dentro.

- Yoongi… Nós apenas pensamos no seu melhor... – fala baixo minha mãe.

Eu ainda não os encarava, mas…

Sentia que algo estava diferente.

- O melhor não se trata apenas de dinheiro! Não se trata disso… Eu me envolvi com drogas, bebidas… E, com o tempo, na escola colava em provas e sabotava o sistema de notas para vocês pensarem que estava tudo bem. Afinal, vocês sempre estiveram distantes demais para notarem que havia algo errado. Eu não estava vivendo…

Abaixo o olhar para meu colo.

Das outras vezes que tentava ter esse tipo de conversa com eles, sempre acabavámos gritando. Contudo, desta vez isso não aconteceu…

- Eu sentia a falta de vocês… Eu… - minha voz fica embargada – sinto a falta de vocês. Eu não queria sentir. Eu queria que vocês entendessem o meu lado. Eu…

Começo a chorar.

- Tentei tantas vezes dizer isso e agora que estou conseguindo… - rio – Estou chorando… Mas, eu quero que estou dizendo isso para tentar fazê-los entender o porquê de eu ter me comportado tão mal… De eu ter feito tantas coisas erradas… Nada justifica, é claro, mas… Eu me perdi. Eu me perdi por conta do futuro que vocês me obrigaram a ter… Porém, eu tenho esperanças que a partir de agora eu possa seguir o que eu mesmo traçar… Pois, depois de ter me machucado tanto, depois do medo de ser ameaçado e, mesmo assim, alguém que eu fiz tanto mal me ajudar e a única coisa que ela me exigiu foi para que eu vivesse… Eu farei isso. Eu vou viver. E o primeiro passo é dizer isso para vocês…

Eu estava ofegante e minhas mãos tremiam. As lágrimas já caíam sem que eu as notasse. Ademais, eu pude sentir-me ainda mais aliviado. Era bom falar aquilo para eles.

Olhava para o meu colo, portanto, não os via.

Após eu ter terminado de falar, houve um silêncio absoluto. Foi como se tudo parasse no tempo.

Até que…

- Yoongi… Desculpe-nos…

A voz da minha mãe estava embargada e mais aguda.

Finalmente, após muitos anos, com aquelas palavras pude encará-los diretamente.

Os dois estavam de mãos de dadas e com os rostos escondidos na outra mão.

- Filho… nós não imaginávamos que… - meu pai falha ao falar.

Balanço a cabeça freneticamente e vou até eles, ficando de joelhos em meio aos dois.

- Apenas agora nós enxergamos o que fizemos a você e… Filho… - meu pai continua – Perdoe-nos por tudo. Por cada vez termos ficado piores… Não sabíamos como agir às suas atitudes e…

Interrompo-o.

- Não, appa! – balanço a cabeça – Eu também fiz muito mal a vocês! Eu errei muito! Perdão!

Balanço a cabeça e, chorando, curvo-me em reverência a eles.

Logo depois, sinto-os ajoelharem-se ao meu lado e me puxarem para cima.

Minha mãe segura meu rosto para encará-la.

Eu havia esquecido como ela é linda… Mesmo que com o tempo e todo o trabalho ela tenha envelhecido… Seu rosto ainda me passava uma sensação de calmaria e agora pude lembrar de sua doce e suave voz.

- Quando eu soube que você estava no hospital fiquei tão preocupada… - chora – Eu… comecei a me perguntar o que estávamos fazendo com nosso filho… Yoongi, perdoe-nos!

Ela junta nossas testas e assim chorávamos juntos.

Sinto meu pai abraçar a nós dois.

- Nós te amamos, filho… - falam em uníssono.

Eu havia esquecido o poder daquelas palavras… Havia esquecido o quanto elas me aqueciam vindo deles…

Há quanto tempo não ouvia aquilo?

Minhas lágrimas descem mais quentes e eu sorrio.

- Eu amo vocês… - respondo.

Ficamos bastante tempo daquele jeito…

Eles me escutaram… Finalmente me escutaram…

Agora o futuro parecia tão mais claro e caloroso para mim... Agora com o apoio, perdão e amor da minha família sei que poderei ir mais longe…

Até que meu pai nos separa e afaga meus cabelos.

- Nós vamos… lhe apoiar agora. – enxuga suas lágrimas – No que quer que você queira, filho… A ficha caiu para nós quando soubemos que você estava no hospital… Sabíamos que estava na hora das coisas mudarem.

Sorrio fracamente.

- Obrigado, appa…

Ele beija minha cabeça.

- Ah… - diz minha mãe – Parece que alguém também quer falar com você…

Ela sorri e olha em direção à porta.

Jungkook.

Ele estava apenas com um dos olhos para o lado de dentro, com o ombro e parte da cabeça à vista. Assim que nota que o observo, ele se esconde atrás da parede.

Rio levemente.

- Vamos deixá-los sozinhos… Acho que você também quer se resolver com ele, não? – pergunta omma.

Assinto com a cabeça.

- Além disso… Desculpe, filho… Mas essa reunião não pode esperar… Prometo que assim que voltarmos vamos sair juntos e também daremos um jeito de ficarmos mais com vocês, certo? – fala receoso.

Sorrio abertamente.

- Está ótimo! Obrigado appa e omma! – falo.

Eles sorriem e me abraçam. Depois saem do quarto e bricam rapidamente com Jungkook, por ele ter dado um pequeno grito ao saírem.

- Entre no quarto… Seu irmão quer conversar com você, querido. – diz minha mãe e acaricia seu rosto.

Após o gesto, pude ver meu irmãozinho por completo, em seguida ele olhou para mim.

- Mais tarde quando voltarmos sairemos para jantar, fiquem prontos meninos. – fala appa e depois os dois se retiram.

Levanto-me.

Jungkook continuava a me encarar, nervoso.

Depois começa a andar lentamente em minha direção. Todavia, quando abro meus braços e me abaixo para que ele me abraçasse, ele corre até mim.

Logo, o pego em meus braços e carrego-o do chão.

Naquele momento, não senti mais nenhuma dor. Tudo o que importava era o abraço do meu irmãozinho.

As lágrimas logo voltaram e pude escutá-lo soluçar alto.

- Eu… estava… preocupado… - fala entre soluços.

- Eu disse que iria voltar, Kookie… - digo.

Deixo-o no chão e abaixo-me para ficar à sua altura. Seguro seu rosto pequeno em minhas mãos e enxugo suas lágrimas.

Seu rosto estava vermelho e seus olhos bem inchados por causa do choro.

- O Suga-hyung voltou de vez, Kookie… - sorrio entre lágrimas.

Seus olhos se arregalam por eu falar o meu antigo apelido, remetendo à minha infância com ele. Depois, ele volta a chorar e pula em mim, para mais um abraço.

- Eu te amo, Suga-hyung! – diz com a vozinha embargada.

Aquela sensação fria, mas ao mesmo tempo calorosa no peito apenas aumentou com suas palavras…

- Eu te amo, meu irmãozinho… Eu te amo.


Notas Finais


T^T achei lindo gente! Espero que tenha ficado bom! Esse é um dos mais importantes de toda história!
Acho que ele se encaixou ao dia dos pais... Assim como eu disse sobre o dia das mães, nossos pais não são somente aqueles biológicos... São quem nós considerarmos uma figura importante, sábia e principalmente que nos dão muito amor... Espero que todos vocês tenham um pai assim e se não conseguiram pensar em alguém... Eu posso garantir-lhes que há uma pessoa e um dia vocês saberão disso. Todos nós temos direito ao amor, temos direito a sermos amados...
Obrigada novamente por tudo!
Beijinhos e até a próxima! ♡♡


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