História Try - Capítulo XI - Ciúme

Keary

Eu ouvi Suga dizer para mim tentar confiar em suas palavras e eu surtei. Não conseguia, isso é muito difícil para mim. Tentei inutilmente me afastar dele, porém ele era mais forte e parecia me prender mais ainda contra a gélida parede.

- Por que você não tenta?

- Porque eu namoro, Suga – falei, fazendo com que seu corpo tremesse e se afastasse. Vi que seus olhos me fitavam de maneira estática, como se aquela fosse a única coisa que ele não quisesse ouvir. Se eu ficasse mais um segundo olhando-o naquele estado eu provavelmente pularia em seu pescoço, o consolando. Voltei para meu quarto e fechei a porta atrás de mim e me sentei na borda da minha cama, passando a mão em meu rosto. Por que ele queria dificultar as coisas? Porra. Já estava sendo difícil resistir a ele andando sem camisa pela casa e agora isso? Dizer que me ama foi um puta golpe baixo e eu já estou farta disso. Estou farta de fugir dele.

Eu farei a coisa certa dessa vez, mesmo que signifique quebrar corações.

Saí correndo do meu quarto e entrei no dele, vendo-o parado em frente à televisão.

- Kea? – sua voz parecia chorosa.

- Suga... – fechei a porta e comecei a caminhar até ele devagar. – Eu quero conversar com você

- Sobre o quê? – sua voz adquiriu um tom frio e eu parei de andar, ficando a poucos passos dele.

- Sobre nós – minha voz saiu baixa e falha.

- Não temos o que conversar, Kea. Você me deixou, foi isso

- Eu não te deixei – levantei o olhar e vi que ele parecia cabisbaixo. -  Eu fiz o melhor. Para nós – Dei mais um passo e agora estávamos perto o suficiente para eu poder tocá-lo. Levei minha mão até seu rosto e acariciei-o de maneira gentil.

- Você me quebrou, Kea – seus olhos estavam mais frios que o costume e eu senti uma pontada de tristeza tomar conta do meu corpo.

- Por favor... – tentei fazer com que ele me escutasse, mas ele parecia estar a fim de ficar sozinho.

- Vai embora – sua voz deu uma falhada e eu senti meu coração parar. Meu corpo ficou trêmulo e minha visão ficou embaçada, provavelmente pelas lágrimas.

- Suga...

- Eu estou mandando você ir embora – seu olhar foi de encontro com o meu e eu notei que ele não parecia mais triste com aquilo. Pelo contrário, seu olhar era totalmente neutro, nulo de qualquer sentimento negativo ou positivo.

- Eu sei que você não quer isso

- E desde quando você me conhece? – afastou-se de mim, me deixando parada em sua frente.

- Eu te conheço desde...

- Então vaza – meus olhos ficaram arregalados e eu não consegui entender o motivo dele conseguir ser tão frio.

- Ok... desculpe – abaixei minha cabeça e voltei para o mesmo lugar que eu saí. Meu coração estava despedaçado e as lágrimas agora escorriam descontroladamente. Por que eu fui tão tola a ponto de deixá-lo fugir? Agora estava feito. Eu havia perdido Suga para sempre e eu deveria me acostumar com a dor de não poder tê-lo. É claro que ele iria me superar, sempre teve as garotas mais bonitas aos seus pés – claro que eu era mais linda que todas – e não seria difícil me esquecer. Me joguei na cama do meu quarto e olhei o teto, sentindo que minha visão não estava mais tão embaçada. Comecei a rir, lembrando de como fui burra de achar que meu irmão realmente queria algo além de sexo comigo.

- Do que está rindo? – ouvi a voz de Tae me chamar e eu levantei a cabeça, vendo-o fechar a porta e vir até mim.

- Coisas... – subiu na cama e ficou sob mim, com aquele maravilhoso sorriso nos lábios.

- Posso te fazer contar? – ri com a pergunta dele e empurrei-o, indo até o meu armário.

- Se me pegar – mostrei a língua e senti seu braço envolver minha cintura, me erguendo. – Ei! Não é justo – Tentei falar porém meu corpo fora arremessado na cama e eu apenas soltei um gemido abafado.

- Eu vou te forçar a dizer – sorriu de maneira maliciosa e eu senti meu corpo inteiro arrepiar.

- Então force – devolvi o sorriso na mesma altura que ele, que selou nossos lábios de maneira quente. Sua língua explorava os cantos mais fundos da minha boca e sua mão percorria minha coxa, desferindo um tapa. Gemi em resposta e ele se afastou.

- Você realmente quer que eu te force? – eu mordi meu lábio inferior e mantive meu olhar fixo nele.

- Nunca tive tanta certeza de algo, Tae – senti minha mão ser erguida para acima da minha cabeça.

- Não se mexa – disse num tom autoritário e eu concordei, vendo-o tirar minha blusa. Ele percorria seu olhar pelos meus seios, que estavam eriçados devido as carícias e um sorriso pervertido esboçou-se em seus lábios. Automaticamente, tentei esconder a parte desnuda e ele ergueu meu braço mais uma vez. – Eu mandei não se mexer – Murmurei um desculpe ele concordou, me desculpando. Sua mão começou a percorrer as laterais de minha barriga, fazendo com que eu arqueasse levemente minhas costas, apertando minhas mãos.

- T-Tae... – disse num tom sexy e senti seus lábios abocanharem meu seio direito de maneira feroz e faminta. Gemi ao sentir sua língua brincar e dar leves mordidas, fazendo com que levasse sua outra mão para meu seio esquerdo, apertando-o. Pressionei minha unha contra minha mão e consegui sentir a ardência. Meu corpo se arqueava conforme ele fazia os movimentos de maneira mais rápida e forte. Mordi meu lábio inferior, sentindo o gosto de ferro preencher minha boca. Quando abri meus olhos, percebi que ele me encarava. – E-ei... – Disse, meio sem graça.

- Você é tão linda...

- Não diga isso – virei meu rosto, tentando evitar olhá-lo nos olhos. Sua mão pegou no meu queixo de maneira gentil, me obrigando a olhar para ele.

- Olhe para mim – fiz o que mandou e meus olhos encaravam-no. Tae começou a distribuir beijos pelo meu abdômen, fazendo com que alguns gemidos baixos escapassem pela minha boca. De repente, ele parou e começou a me olhar e eu consegui sentir minhas bochechas ruborizarem.

- Não pare, Tae – um sorriso brotou em seus lábios e ele voltou a ficar perto de mim, com um sorriso. Nossos lábios se encostaram e, quando ele pediu passagem, eu senti seus dois dedos serem pressionados contra minha intimidade, que eu podia jurar estar úmida. Gemi durante o beijo e separei nossos lábios, mordendo seu lábio inferior. Um grunhido escapou dele e eu dei um pequeno selinho no local, na tentativa de fazer a dor passar.

- Eu não consigo resistir a você, sabia? – sua mão entrou na minha calcinha e começou a brincar com meu clitóris, fazendo movimentos circulares. Sua boca começou a chupar e mordiscar meu pescoço e eu senti meu corpo ficar trêmulo. Eu iria gozar.

- E-eu vou... – antes de terminar de dizer, um grito, que abafei com o travesseiro, saiu de minha boca. Voltei a olhar ele e vi que levou seus dedos na boca, chupando-os de maneira provocativa.

- Você tem o melhor gosto que eu já senti na minha vida – fechei meus olhos, respirando de forma descompassada. Voltei a fixar seu corpo com meu olhar, fazendo com que ele retirasse sua blusa e sua calça, jogando-a em algum lugar do quarto.

- Eu quero sentir você – falei, meio sem graça. Tae me pegou pela cintura e sentou na cama, me deixando em seu colo. Sua intimidade roçou na minha e eu joguei minha cabeça para trás, sentindo ele movimentar meu quadril, numa tentativa de aproximar ainda mais nossos corpos.

- Diz o que você quer... – sua voz saiu meio pervertida e eu colei nossas testas, deixando os gemidos preenchendo o quarto.

- Eu quero você, Taehyung – levantou-se um pouco e atirou sua cueca no quarto, me jogando na cama. Ele pareceu procurar algo na sua bolsa e depois voltou com uma camisinha, rasgando-a com a boca. – Deixa eu pôr em você? – Seu olhar pareceu meio hesitante mas ele concordou, se sentando e eu fiquei no meio de suas pernas, olhando fixamente para seu membro duro. Mostrou para mim como colocar e eu peguei o preservativo em mãos, sentindo ele melar meus dedos. Fiz o que ele mandou e logo seu membro estava coberto por ele.

- Vem cá – olhei para cima e senti seus braços me agarrarem na cintura e me jogar na cama, de maneira brusca. Antes que eu pudesse beijá-lo, senti seu membro me penetrar, rasgando todo meu interior. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e mordi seu ombro. Seus movimentos eram lentos, quase como se ele quisesse me provocar.

- T-Tae... – tentei dizer, porém não conseguia mais criar frases coordenadas, a maneira que ele me penetrava me deixava sem conseguir raciocinar.

- Pede, pede por mim

- M-mais... rápido... – minhas unhas arranhavam suas costas e eu sentia ele grunhindo em cima de mim. Atendendo meu pedido, suas estocadas começaram a aumentar e a ficar mais sistemáticas, fazendo com que minhas pernas ficassem trêmulas e eu mordesse seu pescoço, marcando-o.

- Eu te amo, Keary

- Eu também amo você, Taehyung – havia atingido meu orgasmo e eu arqueei as costas, sentindo meu líquido esvair-se de meu corpo. Após algumas estocadas, Tae também chegou ao seu ápice, ficando sob meu corpo. Nossas respirações estavam descompassadas e o quarto parecia abafado graças ao que fizemos.

- Você é a melhor garota que eu já transei – um sorriso brotou em seu rosto, me fazendo dar uma risada.

- Eu acho você tão lindo – passei meus dedos gentilmente em suas bochechas e ele desconectou-se de mim, deitando ao meu lado e me puxando para si. Meu braço ficou sob seu peito e minha cabeça em seu ombro.

- Você é a mais linda, sem dúvidas

- Não acho que você realmente ache isso – beijou o topo da minha cabeça e me puxou para mais perto, me envolvendo com seus braços.

- Pois comece a achar. Porque eu faço questão que você saiba – retribui o abraço e depositei um beijo em seu peito, sorrindo.

Pelo visto, não seria tão trabalhoso esquecer Yoongi. Ou, ao menos, era o que eu achava.