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História Trying not to love you - Step XII


Escrita por: nasubicchi_

Notas do Autor


PESSOAS
Comecei uma nova fanfic (link nas notas finais)
Por enquanto tá só o prólogo lá, estou praticamente finalizando essa então assim que TNTLY acabar, estarei postando Nagareboshi.
Acompanhem lá (っ˘ω˘ς )

xoxo ~

Capítulo 13 - Step XII


 

Eu estava totalmente surpreso e sem reação ao ouvir aquilo.

 

Não só pelo fato de que era uma pergunta que eu repeti várias vezes, mas também pelo fato de que... Era sério aquilo? Kuina realmente queria algo comigo?

 

Eu queria muito acreditar nele. Eu queria muito tê-lo pra mim. Mas ao mesmo tempo eu lembrava de tudo o que eu sofri por acreditar no sentimento dele e depois ser trocado e ignorado.

 

Lembrava dele pedindo pra eu dar uma chance pra uma garota.

 

Não o respondi. Desviei o olhar e debrucei-me na grade, encarando o rio.

 

O ouvi suspirar, mas não o encarei.

 

Eu deveria arriscar? Talvez me arrependesse se o rejeitasse. Eu ainda o amo, por que não aceitar o que eu sempre quis?

 

Por medo?

 

Não sei quanto tempo se passou até que senti Kuina se aproximar. Ele recostou os braços na grade e sorriu fraco, deitando a cabeça em meu ombro.

 

- Eu entendo... Quer me esquecer, não? Ou talvez, já tenha esquecido...

 

Ri baixo, negando com a cabeça.

 

- É piada, né? Se fosse tão fácil assim te esquecer, isso já teria acontecido à muitos anos...

 

- Então...?

 

- Eu tenho medo. Eu acreditei em você tantas vezes, me entreguei a esse sentimento tantas vezes e no final, só colhi decepções...

 

Senti a mão dele em meu rosto e Kuina me forçou a encara-lo.

 

Eu podia jurar que seus olhos estavam marejados. Ele parecia choroso e aquilo despedaçou meu coração.

 

- Eu sei que fui um completo idiota, eu reconheço totalmente, mas quero consertar isso. Eu quero essa chance pra poder provar à você que eu poso ser uma pessoa digna de estar ao seu lado. Eu não mereço você, Subaru, mas eu prometo, eu vou dar tudo de mim, vou me esforçar pra te merecer. Eu prometo me redimir de todas as vezes que te fiz sofrer, vou transformar cada lágrima que derramou por mim em sorrisos. Eu quero cuidar de você e recuperar todo o tempo que perdemos por minha causa. Deixa eu consertar isso?

 

- Uma semana.

 

- Que?

 

- Lembra da última vez que te pedi uma chance? Eu te pedi uma semana pra tentar provar pra você que eu posso te fazer feliz, então, uma semana pra você me provar que pode me fazer feliz.

 

Eu sabia que ele conseguiria aquilo fácil, mas deixei daquela forma.

 

Ah, ele sorriu! Aquele sorriso lindo que só ele tem.

 

- Então, final de semana que vem, voltaremos aqui, nesse mesmo local e você me diz se eu consegui, hm? E se a resposta for positiva, você vai ser obrigado a me namorar. – E gargalhou.

 

Namorar...

 

Namorar com Kuina...

 

Aquilo parecia um sonho virando realidade. Ele realmente queria namorar comigo e aquilo me deixava zonzo.

 

- Mas então... – E voltou a falar – Posso te beijar?

 

Ele se aproximou e me fez encostar as costas na grade, ficando de frente à ele.

 

- Hmm... Você não me perguntou no karaokê e está perguntando agora?

 

Um riso soprado deixou seus lábios e Kuina nada disse após, apenas quebrou a distância entre nós.

 

Ele iniciou um beijo lento, mas logo levei as mãos até os fios de sua nuca e aprofundei o contato.

 

Conforme eu o apertava contra mim, eu ouvia gemidos curtos e baixinhos entre o beijo.

 

Ele me deixava louco tão fácil...

 

Kuina findou o beijo deixando uma mordiscada breve em meu lábio inferior e sorriu, logo abaixando a cabeça e escondendo o rosto na curva de meu pescoço.

 

- É uma sensação estranha, mas gostosa... – Ele sussurrou.

 

- Hm?

 

- Eu só estou feliz... Eu nunca senti essas coisas antes, por isso digo que é estranho, é desconhecido. E fica melhor agora que eu admito e aceito tudo isso.

 

O senti deixando um selar demorado em meu pescoço o que me fez arrepiar.

 

Em resposta, apertei os dedos em seus fios de cabelo e puxei devagar.

 

Kuina gemeu. Baixo, mas gemeu.

 

Ah, como eu gostava de ouvir ele gemer daquele jeito pra mim. Eu não poderia perder o controle, não ali, na rua.

 

- Não faz isso... – Ele sussurrou.

 

- Não pode? – Perguntei, sorrindo de canto – Você me provocou.

 

Ele riu baixo e eu diria que de uma forma maliciosa.

 

- Você realmente tá me provocando...

 

- Não estou não, você está imaginando coisas. – Alegou.

 

E ele virou-se de costas pra mim, recostando o peito na grade, mas aquele sorriso não abandonava o rosto dele.

 

O abracei por trás, encostando o peito em suas costas, segurando em sua cintura. Tão bom senti-lo ajeitar-se em meu abraço, suas mãos na minhas, seu cheiro e a forma que meu coração batia desordenado.

 

Eu o tinha. Dessa vez, Kuina seria meu. Tem como ser mais feliz?

 

 

Decidimos que iriamos dar mais uma volta por ali antes de voltar para casa.

 

Kuina quis ir para um game center e eu topei fácil.  Era uma paixão que tínhamos em comum: Jogos.

 

Sou suspeito em falar, mas temos uma química perfeita. Não é, Kuina?

 

Sempre tivemos, toda essa vida de amizade me faziam conhecer Kuina como a palma da minha mão. Eu sabia de tudo que ele gostava e tudo que não gostava. Conhecia suas manias e hobbys. Seu humor, sua forma de falar e andar, conhecia suas histórias, o entendia e sabia até de seus segredos mais íntimos. Quem poderia ser a pessoa mais certa pra ele do que eu?

 

 

 

O observei tanto ali enquanto ele contava o quanto estava gostando daquela noite, depois que saímos do game center, que devo ter ficado com um sorriso completamente idiota no rosto.

 

- Subaru? Você está bem?

 

Ri baixo e acenei com a cabeça.

 

- Estou ótimo.

 

E com aquele sorriso de canto dele, Kuina se aproximou e me abraçou devagar.

 

- Né, você vai dormir em casa hoje? – E me perguntou.

 

Abri a boca para responder, mas as palavras não saíram de imediato.

 

Era final de semana, realmente, era dia que dormíamos juntos.

 

Mas... Fora inevitável não pensar em segundas intenções. E ah, como eu o queria novamente! Porém, respeitaria qualquer que fosse sua decisão.

 

- Hm, - Falei – Vou. Vou dormir agarrado contigo a noite toda e se reclamar, te aperto ainda mais.

 

Falei, em um tom descontraído e ele riu, me dando um selo rápido.

 

- Olha só! Que casal mais lindo que temos aqui!

 

Olhei rapidamente à nossa frente, eu não conhecia aquele rapaz e o sorriso que ele tinha nos lábios era estranhamente malicioso. Tinha um outro de cabelos loiros atrás dele, sorrindo da mesma forma.

 

Kuina recuou, dando um passo para trás.

 

- Vocês parecem bem íntimos, interessante...

 

Franzi o cenho, tentando mostrar claramente à eles que aquilo não me agradava.

 

Eu não os conhecia e Kuina parecia também não conhece-los. O que eles queriam ali?

 

O moreno que estava na frente aproximou-se, com isso segurei firme na cintura de Kuina, tentando mostrar à ele que independente de qualquer coisa ali, eu o protegeria se precisasse.

 

- Eu até curto essas brincadeiras... Poderíamos brincar nós quatro, o que acham?

 

- O quê?

 

Só pelo tom da minha voz eles notaram que eu realmente não acreditava no que haviam falado.

 

- Qual é... Essa princesa aqui é muito linda... – E seu olhar se dirigiu à Kuina.

 

Era como se meu punho se fechasse inconscientemente.

 

Eu não o deixaria falar daquela forma com Kuina.

 

- Gosta de sexo à três?

 

Não pensei, apenas ergui o braço e senti que fui na direção dele, porém, não senti que meu punho o atingiu.

 

Kuina me segurou.

 

- Não. Não deixa eles te provocarem.

 

- Uou... Ele parece bem possessivo com relação ao uke dele, não? – O loiro falou - Vamos... Deixa eles, deixa.

 

Parecia que era contra a vontade daquele cara, mas ele virou as costas e saiu dali.

 

Era como se meu corpo pedisse pra eu bater nele até que ele parasse de respirar, mas Kuina ainda me segurava.

 

- Desculpe.

 

Foi tudo o que consegui falar.

 

Por que tínhamos que passar por aquilo? Kuina claramente estava incomodado e parecia tenso, bem tenso.

 

Estava tudo bem, estávamos felizes e eu sabia que aquele tipo de situação só contribuía pra Kuina ficar receoso sobre o que ele mesmo queria. Era perceptível.

 

Ele encarava o chão e parecia pensativo.

 

- Vem, vamos... Já está ficando tarde.

 

Eram quase 23:00 horas.

 

Mesmo sem responder, Kuina me acompanhou quando comecei a andar, íamos rumo à estação de metrô, já que os trens paravam antes.

 

 

 

- Subaru... – Ouvi sua voz me chamando, alguns longos minutos depois – Por que eles tinham a certeza de que... Eu seria o uke?

 

- Hã?

 

Que tipo de pergunta era aquela?

 

- Aqueles caras que pararam a gente... Eles não perguntaram, eles apenas afirmaram de que eu era, tipo, a garota da relação...

 

- Que garota, Kuina? Não tem garota da relação, isso não existe.

 

Ele suspirou antes de voltar a me responder.

 

- Você entendeu.

 

- Sim. – Falei antes que ele continuasse sua frase – Mas não tem isso de garota. Digo, você não se sente assim, não é?

 

- N-Não. Mas... Não é essa a questão. – E ele parou de andar, desviando o olhar de mim – Eles não conheciam a gente, não perguntaram. Falavam como se fosse óbvio, como se tivessem a certeza de quem era seme e uke. E isso... Isso me incomodou.

 

Eu não sabia o que responder, até porque eu não sabia nem o que pensar.

 

As últimas palavras dele saíram em tom baixo e Kuina não me encarava.

 

- Aquele moreno gostou de você, isso deu pra notar. Talvez ele te classificou como uke porque era o que ele queria que você fosse, naquele convite nojento dele. Só isso.

 

- O amigo dele classificou você como seme, você ouviu, dizendo que você era possessivo comigo.

 

- Porque ele percebeu que eu ia quebrar a cara do amiguinho dele se não calasse aquela boca. Ele estava dando em cima de você, óbvio que eu iria me incomodar e te proteger, talvez ele tenha levado isso como uma atitude de um ativo, não sei.

 

- Como um homem defende uma mulher. – E respirou fundo, soltando o ar de forma pesada.

 

- É assim que você pensa, Kuina?

 

Ele não respondeu, me encarou e eu não conseguia decifrar certo sua expressão.

 

Era demais eu pedir que ele me aceitasse de uma vez?

 

Não havia mais nada para falar, então, apena retomei os passos.

 

Não demorou tanto para eu sentir que ele veio correndo, me alcançando.

 

- Subaru, espera...

 

- Vamos logo que já está ficando bem tarde.

 

Ele não respondeu, apenas me seguiu.

 

 

Era um silêncio incomodo e eu odiava aquilo.

 

Sentamos no ultimo banco do metrô e para piorar, havia um casal de garotas ali perto.

 

Estavam sentadas bem juntas, uma segurando a mão da outra. Não era uma cena tão comum e eu notei que Kuina as ficou encarando durante um tempo.

 

 

Da mesma forma que sai de casa, estava voltando. Em passos lentos, encarando o chão e com as mãos nos bolsos da bermuda.

 

- Subaru. – Ele me chamou – Vai dormir em casa mesmo, né?

 

O encarei e sorri de canto, acenando com a cabeça.

 

Passei em casa pegar algumas coisas e avisar minha mãe, pra não deixa-la preocupada. Ainda tive que ouvir piadinhas do Kento sobre eu já estar falando com Kuina novamente.

 

 

 

Eu já estava deitado em seu colchão, vestindo apenas uma calça de moletom quando Kuina sentou-se ao meu lado.

 

- Vai me desbloquear das redes sociais e desbloquear meu número quando?

 

- Quando eu tiver um bom motivo para tal. – Brinquei, rindo em seguida.

 

Ele fingiu ficar surpreso, abrindo os lábios.

 

- Estar comigo não é um bom motivo, é?

 

Não tive tempo para responder, logo ele estava em meu colo. Colocou suas pernas em volta das minhas.

 

Era uma posição tentadora, ainda mais por eu estar vestindo apenas uma calça e ele uma samba-canção. Sem peças íntimas por baixo.

 

- Subaru, você ficou chateado?

 

Franzi o cenho.

 

- Eu não quis dizer aquilo que pareceu. Tem muitas coisas ainda pelas quais estou aprendendo a lidar e a questão sexual entre a gente é uma delas. Desculpe te fazer passar por isso e te pedir paciência... – Sua voz estava baixa e notei um pouco de coloração em suas bochechas.

 

Minhas mãos foram direito em suas coxas e segurei com força. Notei que Kuina puxou o ar de forma discreta.

 

- Eu tenho vontade de fazer muitas coisas contigo... – E ele debruçou seu corpo ao meu, levando os lábios até próximos ao meu ouvido – Mas eu sei que você consegue quebrar todas as minhas barreiras.

 

Apertei com força minhas mãos em suas coxas, em resposta e o ouvi gemer baixo.

 

- Gosto dos seus toques. De todas as sensações que você me causa e... – Ele voltou a me encarar e parecia mais sério – Eu não quis dizer que me sinto uma garota com você, se foi isso que deu a entender, foi uma forma ridícula de falar e eu reconheço. Você é uma das únicas pessoas com quem eu sempre pude ser eu mesmo e isso não muda independente de qualquer relação que tenhamos. Cheguei a admirar a forma como aquelas meninas estavam no metrô e percebi que somos também daquela forma... Duas pessoas que se amam, só acontece de coincidentemente sermos do mesmo sexo. Não acha?

 

Como não sorrir com aquilo?

 

- Eu te amo tanto... – Falei, o puxando para um beijo.

 

Tentei me segurar ao máximo, mas eu sou fraco. Minhas mãos desceram direto para as nádegas dele.

 

Conforme o beijo ia ficando mais intenso, acabei apertando com força o local e ele gemeu, remexendo-se no meu colo.

 

Aqueles gemidos roucos dele me deixavam louco.

 

- Subaru... – Kuina sussurrou contra meus lábios -  Quer fazer?

 

~


Notas Finais




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