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História Trying Not to Love You - Capítulo 17: Impossível Acreditar


Escrita por: lilwriteer

Notas do Autor


Ooi amores, desculpe a demora pra postar 😔
Levei meus dogs no vet hj, pra tomar vacina e consultar, tava lotado, demorei horrores

Bom, o capítulo de hj, tá, nem sei dizer...tá tenso... Sem mais...
Apenas apreciem


Capítulo 18 - Capítulo 17: Impossível Acreditar


Fanfic / Fanfiction Trying Not to Love You - Capítulo 17: Impossível Acreditar

Acordo com batidas insistentes na porta, olho sonolenta para o relógio são 3 da manhã. Sinto um aperto no coração, uma sensação estranha. Me levantei rapidamente e vesti um roupão, já que estava frio, corri até a porta.

– Oi filha! – Jason me encara com um olhar indecifrável, meu coração dispara ainda mais – Posso entrar?

– O que houve? – o olho preocupada – Alguma coisa com a mamãe? – digo dando passagem

– Senta. – se senta e me encara – Sua mãe está bem. – me sento e o encarou apreensiva – Bom, eu vou direto ao ponto. – me olha sério – O Hector, sofreu um acidente, está no hospital.

– O... o que? – meu coração se aperta no peito, me falta ar nos pulmões, sinto um arrepio na espinha, minhas mãos começam a tremer – Como foi? O que houve?

– Um acidente de carro, no início da noite. Ele estava em alta velocidade, o carro rodou na pista. – sinto um nó na garganta, meu corpo estremece, foi assim que ele saiu daqui – Eu sei que vocês não estão bem, mas achei que você merecia saber. – Suspirou – O estado dele é grave.

Emily estava sentada no sofá da recepção, cabeça baixa, pernas inquietas. Senti meu peito se comprimir, uma dor enorme me invadiu. Me aproximei lentamente e toquei seu ombro.

– Emy...- sussurrei, ela ergueu os olhos e me abraçou em prantos, senti a culpa me invadir, uma dor insuportável, um medo terrível – Como ele... – sussurrei sem conseguir conter as lágrimas

– Está em cirurgia. – suspirou me olhando – Bateu a cabeça, fraturou vários ossos, perdeu muito sangue. – mordeu o lábios soluçando – Ele pode...

– Não, ele não vai! – a abracei forte – Ele é forte, teimoso, vai sair dessa!

– Tomara! – enterrou a cabeça em meu ombro chorando compulsivamente

Jason conversava com Stewart em um canto da sala, Barbara estava sentada em uma poltrona, visivelmente dopada, olhos inchados, olhar distante, me encarava feio algumas vezes.

Passamos horas ali a espera de notícias, a ansiedade nos corroía, a tensão era quase palpável. Stewart andava de um lado para o outro, impaciente. Emily encarava as mãos, tensa. Não consigo explicar o que eu sentia, medo, culpa, ansiedade.

A porta no fim do corredor se abre e um médico sai, se livrando das luvas de borracha e descartando em uma lixeira no corredor. Stewart caminha em sua direção, apreensivo, Emily se levanta e o segue, apoiando Barbara em seus braços. Os três se aglomeram junto ao médico em um canto do corredor, gesticulam excessivamente, Emily abraça Barbara que se põem a chorar, compulsivamente, Stewart soca a parede e se escora no corredor. Sinto meu coração pular no peito, o nó na garganta, mãos suadas, minha mente se embaralha, os piores pensamentos a invadem. Não quero, não posso acreditar no pior, ele não pode, não pode morrer, é minha culpa, tudo minha culpa, sinto um embrulho no estômago, meu corpo pesa. Sinto os braços de Jason me apoiarem para que eu não caia. O médico se afasta e vejo Barbara se virar em minha direção, gritando escandalosamente.

– É sua Culpa! Tudo sua culpa! Você destruiu a vida do meu filho! Você acabou com a vida dele! – grita exaltada me encarando uma fúria assustadora – meu coração acelerado parece querer saltar do peito, minha visão fica turva, as pessoas, as vozes ficam cada vez mais distantes, tudo escurece a minha volta

*”*”*”*”

Meu corpo dói, meus pulmões queimam, minha cabeça pesa, não sei como cheguei aqui, tudo em volta me parece estranho, só vejo vultos. Forço a visão e consigo, com dificuldade distinguir onde estou, em um quarto de hospital, paredes verdes e brancas, cercado por um monte de aparelhos, ligado a vários fios, não consigo me mexer, mal posso respirar. Tento chamar por ajuda, minha voz não sai. Sinto um desespero enorme, como vim parar aqui? O que aconteceu? Não consigo me lembrar, meus pensamentos estão todos confusos.

Tento me acalmar, organizar minha mente, me lembrar do que houve. Fecho os olhos e as lembranças voltam, a discussão com Ash, os socos que Michael me deu, o carro, a luz forte em minha direção, tudo ficando turvo, confuso, meu carro rodando na pista. Novamente o desespero me invade, não há ninguém a minha volta, estou sozinho, estou morto? Tento me mexer, não consigo, minhas pernas não obedecem. É desesperador.

Algumas pessoas se aproximam, um médico, enfermeiras. Os encaro confuso. Eles me examinam, fazem algumas perguntas, não consigo responder a todas, mal posso falar, apenas grunhidos, estou fraco. Reconheço meu pai no quarto, conversando apreensivo com o médico, seu olhar assustado, distante, nunca o vi dessa maneira.

O médico toca minhas pernas, não sinto nada, faz outros testes e nada, absolutamente nada. Os olhos de meu pai, pela primeira vez que me lembro estão cheios d'água, ele parece despertado, desolado. Mais testes, mais perguntas, não sinto, não sei, estou confuso.

– Ele sofreu uma lesão grave na medula, que causou a perda total da sensibilidade nas pernas. – essas palavras, são as únicas que escuto com clareza, e me fazer sentir um desespero incompreensível, indescritível, uma dor, meus olhos queimam, meu pulmão queima, quero gritar, não consigo, quero correr, minhas pernas não se movem, me esforço, me esforço, mas elas não respondem, não consigo respirar, não consigo, os olhos vermelhos de meu pai são a última coisa que vejo

*”*”*”*”

– Me diz que isso é um pesadelo! – minha mãe grita em prantos -ei filho, não meu filho! - se joga em meus braços em desespero, a abraço em silêncio, queria poder dizer que sim, é um pesadelo, mas não posso, é real, é terrível, mas real, lágrimas escorrem involuntariamente por meu rosto, me sinto fraca, me sinto impotente

– É real, Barbara! – meu pai a encara, tentando transparecer sua frieza habitual, embora visivelmente abalado – Chorar, se descabelar, não adianta. Precisamos ser práticos. Contornar a situação.

– Prático? – ela o olha e grita – Você quer ser prático? Seu filho está paralítico e você me fala em ser prático? – se solta de mim e pula em seu pescoço, disparando socos em seu peito – Seja um ser humano! Seja um pai! – grita descontrolada

– Eu estou sendo! – segura seus braços e a encara sério – Eu não vou medir esforços pra reverter isso! Vou atrás dos melhores médicos! Não importa quanto custe, vou tirar meu filho daquela cama! – diz com a voz embargada, uma lágrima solitária cai de seu rosto e ele a abraça

Jason se aproxima lentamente, apoiando Ashley, ainda tonta em seus braços, ela me olha, seus olhos inchados. Meu primeiro instinto é abraça-la e chorar junto com ela.

- Tire essa garota daqui! – minha mãe grita assim que a vê – Você fez isso! Você desgraçou a vida do meu filho! A culpa é toda sua! – pulou em sua direção, Ashley permaneceu imóvel, sem reação

– Mãe! – a segurei – A culpa não é dela! Foi um acidente! Hector foi imprudente.

– Por causa dela! Ela bagunçou a cabeça dele. A culpa é dela!

– Pare com isso Barbara. – meu pai a segura firme – Não é hora para escândalo! Não seja ridícula! – encara Ashley por alguns segundos – Não importa de quem é a culpa, o que importa agora, é garantir que ele tenha o melhor tratamento e reverter essa situação! – nesse momento, apenas nesse momento, invejo sua frieza, sei pensamento prático e sua total falta de emoção, ele não se entrega ao desespero, não se permiti sofrer, ou não transparecer isso – Ashley, ele está dopado, não vai acordar tão cedo. Seria melhor que você, voltasse amanhã, com os ânimos mais acalmados. – se vira para a garota que permanece estática, inerte

– Vamos querida! - Jason a puxa calmamente e a guia em direção a saída – Se precisar de algo. – olha para meu pai que assente com a cabeça

Passamos a noite ali, na recepção, esperando por mais notícias. No fundo, torcendo para que tudo fosse um engano, que os médicos estivessem errados em seu diagnóstico, que Hector sairia dali andando, forte como sempre, pronto para aprontar das suas, cometer suas loucuras e nos fazer surtar de todas as formas possíveis.

Era impossível acreditar que isso estava acontecendo, parecia um pesadelo terrível. Hector sempre foi um rapaz cheio de vida, amava viver, praticar esportes. Como ele irá reagir? Como vai ser? Ele sempre foi tão orgulhoso, tão auto suficiente. É provável que não aguente o choque, tenho medo do que ele possa fazer.


Notas Finais


E então... Conseguiram sentir uma dozinha do Hector agora? Como será que ele vai reagir a isso hein? Palpites?


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