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História Trying Not to Love You - Capítulo 18: Encarando a Realidade


Escrita por: lilwriteer

Notas do Autor


Postar mais um pra me redimir pela demora, e por acostumar mal vcs 😂😂

Mais um pouquinho do sofrimento do nosso babaca favorito, da Ash 💔 é uma confissão do Mike pra vocês surtareeeem ❤

Escolham por qm sofrer mais 😍😂

Capítulo 19 - Capítulo 18: Encarando a Realidade


Fanfic / Fanfiction Trying Not to Love You - Capítulo 18: Encarando a Realidade

Encaro o teto do quarto ainda confuso, nada me parece fazer sentido, nada parece certo. Os médicos vieram algumas vezes, fizeram alguns exames, me medicaram, mas não disseram nada. Até agora, não sei o que está acontecendo comigo. Não sei o que vai acontecer, como eu vou ficar, quando vou sair daqui.

Ainda não sinto minhas pernas, elas não respondem, mas sinto uma dor terrível nas costas, braços, pescoço, cabeça. Meu pulmão ainda queima, é difícil respirar. Meu pai veio me ver, minha mãe ainda não veio, Emy também não, nem Ashley, embora queira muito, tenho certeza de que não virá.

– Hector! – o Dr se aproxima, me tirando de meus pensamentos – Como você se sente? Consegue falar? – me encara atento, reúno todas as forças para tentar dizer alguma coisa

– Minhas pernas... – sussurro em um esforço enorme – Não sinto, minhas pernas... – ele me encara e suspira e pensa um pouco, parece estar escolhendo as palavras

– Hector... – me olha sério e suspira – Você quebrou alguns ossos da coluna, e acabou sofrendo uma lesão na medula espinhal... – explica pausadamente pra que eu possa entender – isso lhe causou uma paralisia nos seus membros inferiores. – suas palavras me atingiram como facas, não sei explicar o que senti, dor, raiva, angústia, desespero, não consegui falar, meu olhos falaram por mim, permiti que o choro lavasse minha alma, fechei os olhos e ouvi, chorando, tudo o que ele tinha a dizer – É cedo para analisar a extensão dos danos, realizamos uma cirurgia de emergência e iremos acompanhar o quadro até termos uma resposta mais completa, e uma melhor forma de tratamento. – ele esperou que eu abrisse os olhos para continuar – Sei que é uma notícia difícil de digerir, mas procure manter a calma, vamos trabalhar para que os danos sejam os menores possíveis.

Ouvi atentamente suas palavras, tentando manter a calma, mas era impossível, não sabia o que fazer, o que pensar. Meus pulmões doíam, era difícil respirar, meus olhos ardiam, forcei novamente minhas pernas tentando provar que ele estava errado, mas elas não respondiam. O desespero me invadiu novamente, busquei várias vezes por ar, que estava cada vez mais escasso, meus olhos não conseguiam se manter abertos, vi a enfermeira se aproximar e me aplicar algo, e logo tudo escureceu

*”*”*”*”

Michael me encara fixamente, escorado na porta do apartamento, seus olhos ternos e solidários me fazem querer chorar. O abraço forte e deixo as lágrimas me dominarem, ele me aperta forte contra seu peito e acaricia meus cabelos, me fazendo chorar ainda mais.

– O que eu faço? – digo entre soluços e aperto seus braços em desespero – Isso dói!

– Eu sei. – suspira me envolvendo ainda mais em seus braços – Eu sei, eu te entendo, te entendo de verdade. – segura meu rosto – Mas não é culpa sua, ok? Foi um acidente, uma fatalidade. Você não deve, e não pode se culpar por isso! – acaricia meu rosto enxugando minhas lágrimas, deito minha cabeça em seu ombro e me permito chorar tudo o que preciso

Meus sentimentos estão confusos agora, me sinto segura em seus braços, e me sinto mal por me sentir assim. Hector está no hospital, preso ao uma cama, não sei se está bem, não sei se vai ficar, se sente dor, se está acordado. Não consigo evitar, me sentir culpada. Talvez eu devesse ter perdoado, continuado ao seu lado e nada disso teria acontecido. Ou talvez devesse ter rompido antes, na primeira insegurança que senti em relação aos meus sentimentos. Talvez não devesse ter me envolvido com Michael, me rendido aos seus encantos. Se eu tivesse pesando diferente, agido diferente, Hector não estaria naquela situação. Esses pensamentos me corroem por dentro, me causam uma angústia tremenda.

- Hey! – Michael se senta ao meu lado, e acaricia meus cabelos, me tirando de meus pensamentos – Fiz um chá pra você, é de camomila. Vai se sentir melhor. – sorri, me entregando a xícara, seu carinho, sua compreensão, sua ternura me causam paz e agonia ao mesmo tempo, é algo tão contudo, tão conturbado

– Eu não posso... – suspiro encarando a xícara – Ficar com você, assim, eu não posso...

– Relaxa. – ele sorri me olhando – Eu estou aqui como amigo. – segura minha mão – O lance era esse, não era? Sem pressão, sem compromisso. Agora, eu só quero estar do seu lado, e te apoiar, como amigos fazem. Tá bem? – seu sorriso me conforta, sua calma e paciência, sorrio e tomo um gole do chá, em seguida deito a cabeça em seu ombro – Você devia ir vê-lo. Saber como ele está. Vai te deixar mais tranquila.

– Não me querem lá. – suspiro – Acham que foi minha culpa.

– Não foi sua culpa. – me envolve em seus braços – Eu já disse, foi um acidente, poderia acontecer com qualquer um... Comigo. – um arrepio frio toma meu corpo, só de pensar na possibilidade, um medo terrível, o abraço forte, como se fosse protegê-lo de meus pensamentos

– Eu não suportaria! – solto sem perceber, sinto minhas bochechas corarem e o escuto sorrir, ele acaricia meus cabelos e beija o topo da minha cabeça, me sinto segura, me sinto bem

– Vá vê-lo. – insiste – Pode fazer bem a ele.

– Eu vou, só que, não agora. – suspiro – Não consigo.

*”*”*”*”

Ouço passos tímidos em minha direção, mantenho os olhos fechados. Sinto o toque suave em meu rosto, um suspiro longo e dolorido. Abro lentamente os olhos e encontro Emy, parada a minha frente, chorando, acariciando meus cabelos. Respiro fundo e a olho tentando não chorar junto como ela.

– Oi. – ela força um sorriso e morde os lábios, na intenção de conter os soluços – Está sentindo dor?

– Não agora. – falo pausadamente, meus pulmões ainda doem – Não chora.

– Desculpe. – leva as mãos ao rosto e para por um tempo encarando o teto – Não consigo.

– Não, quero te ver assim. – puxo o ar com dificuldade e deixo uma lágrima solitária rolar em meu rosto – me dói, ainda mais.

– Você vai ficar bem! – toca meu rosto secando a lágrima e olha em meus olhos forçando um sorriso – Vai ficar bem, eu sei. Isso vai passar. – a encaro por alguns instantes e suspiro, queria acreditar em suas palavras, mas nem ela mesma acredita, isso nos vai passar, eu não vou sair dessa, vou ficar assim pra sempre, inválido, inútil

– Mamãe. – respiro fundo e seguro sua mão – Como ela está?

– Dopada. – suspira e volta a chorar – Ela ainda, não processou muito bem, ela, não teve coragem pra vir te ver. – posso imaginar o desespero de Barbara ao saber que eu, seu filhinho protegido não vai mais andar, vai ficar preso a uma cadeira de rodas e a uma vida miserável pra sempre, deve ter sido terrível, arrasador, sinto meu coração apertar ao imaginar sua agonia

– Ashley? – pergunto, temendo ouvir a resposta, não queria que ela me visse assim, não queria ver seu olhar de pena, mas saber que ela não veio, não se importou seria uma dor terrível

– Ela esteve aqui. – Suspirou me olhando – Ficou muito abalada, mas, a mamãe a expulsou, disse que a culpa era dela, que ela causou isso tudo.

– Não... – suspirei encarando o teto, não foi culpa dela, ou foi, eu não sei, não sei o que pensar, e encontrar um culpado não vai me fazer voltar a andar, tanto faz isso agora, estou com raiva dela, por ter me traído, me trocado, mas de que adianta isso agora? Emy me olha e suspira confusa

– Ela, com certeza vai vir te ver, ela gosta de você. Se sente mal com tudo isso.

– Não quero, piedade de ninguém. – respiro fundo sentindo o peito doer – não preciso, da compaixão de ninguém.

– Não fala assim. – acaricia calmamente meus cabelos – Ninguém sente pena de você, as pessoas se importam com você. Ela se importa com você!

– Não. Não se importa! – meu esforço faz com que meus pulmões queimem ainda mais, a raiva dentro de mim faz minha cabeça doer – Ela me traiu, mentiu pra mim. Por culpa dela eu estou assim! – sim, por culpa dela, de sua traição, da dor que ela me causou, minha vida acabou e a culpa é dela. Sinto uma dor terrível na minha nuca, meus pulmões ardem como nunca, puxo o ar com força, não consigo respirar

– Calma, Hector. – Emy massageia meu peito e acaricia meus cabelos – Não se esforça assim, você precisa descansar. – seu olhar preocupado me faz sentir pior, o ar em meus pulmões, cada vez mais escasso

Logo médicos e enfermeiros se aproximam e a afastam, novamente fios e aparelhos são ligados a minha, meu corpo dói, meus olhos ardem, e mais uma vez, me apagam com um monte de remédios

*”*”*”*”

O acidente de Hector realmente mexeu comigo. Tudo bem, ele é um babaca, mas não merecia algo assim, é realmente muito triste. E claro, Ashley me preocupa, vê-la mal, me deixa mal também, é inevitável, me importo cada vez mais com ela e isso me deixa louco

E agora? É claro que ela está mexida, claro que seus sentimentos por ele ainda são fortes e claro que, com todo esse choque voltaram a aflorar, e claro, ela recua em relação a nós. Isso acaba comigo, mas não posso transparecer, não posso ser insensível a esse ponto. Não tenho direito de cobrar nada, não agora, nessa situação. Pressioná-la agora, seria um erro, e muito mesquinho. Mas não posso evitar, me sentir inseguro, não posso evitar, temer perde-la.

A dias atrás, estava evitando ao máximo sentir atração por ela. Lutava comigo mesmo para não me envolver, e aqui estou, apaixonado. Perdidamente apaixonado, sim. Apaixonado e inseguro, feito um adolescente, e não posso fazer nada a respeito. Eu sabia, sabia desde o início onde isso iria dar, sabia que essa atração iria me causar problemas, mas não evitei, não quis evitar. E agora preciso lutar contra meus instintos de toma-la nos braços e gritar que amo e implorar que fique comigo. Eu estou perdido.


Notas Finais


Mano, confesso q ao msm tempo que quero colocar o Hector no colo e cuidar dele, quero esfregar a cara dele no asfalto. É assim c vcs tb? 😂😂😂

E Mike, será q vai ter coragem de se declara pra Ash, no meio dessa confusão? Han? Fica a "?"


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