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Nagisa On
Huckleberry me guiou até um humilde quarto. Ele era bem apertadinho e era todo feito de uma madeira velha, igual ao orfanato inteiro. Havia duas camas boliches que mal cabiam dentro do quarto. Havia uma janela no meio da parede, e seus vidros estão quebrados. Havia apenas dois cobertores, o que indicava que provavelmente duas crianças ficariam no frio.
- Esse vai ser o quarto em que você vai ficar, junto de mais 8 crianças. - Fala Huckleberry rigidamente.
- Oito? Mas só tem 4 camas! - Exclamo surpreso com a quantidade de crianças que cabe em somente um quarto apertado.
- Exato, mas as crianças dividem a cama. Esse orfanato recebe muito pouco para cuidar de tantas crianças, então esse é o máximo que consiguimos fazer Nagisa. - Responde Huck com um sorriso triste no rosto.
- Certo...
- Ótimo. Qualquer coisa, pode pedir a minha ajuda. Ah, quase ia me esquecendo! Esse orfanato é bem rígido com regras, então você precisa segui-las ou pode sofrer consequências. - Diz Huck voltando a ter jma postura rígida.
- E quais são as regras? - Pergunto na esperança de não ser nada de tão difícil a ser comprido.
- A hora do almoço está quase chegando. Eu preciso preparar as refeições. O senhor pode pedir para alguém te falar sobre as regras. É um bom jeito de fazer amigos, não? - Responde Huck com um sorriso gentil, porém falso.
-Certo... - Falo observando Huck sair do quarto.
#QUEBRA DE TEMPO#
Havia passado alguns minutos e eu estava sentado em uma das camas pensando em que tipo de regras devem ser.
Olho para a janela e vejo dois garotos que provavelmente estão intimidando uma garotinha de cabelos amarelos que está chorando.
Me levanto e saio do quarto me deparando com uma das mulheres que trabalham nesse lugar.
- Quem é você? Nunca te vi aqui... Ah, ja sei! Você é o novo garoto que veio fazer parte da nosaa grande família, não? - Pergunta a moça com um pano na cabeça.
-Ah... Sim, sou eu... Sou Nagisa, prazer em conhece-la. - Respondo gaguejando um pouco.
-Prazer, Marta. O que estava fazendo nesse quarto a essa hora? As crianças não podem ficar em seus quartos das 9:00 ás 7:00. - Fala Marta.
- Ah, desculpa... Eu ainda não conheço as regras. A senhora poderia me contar, por favor? - Pergunto o que já queria saber a algum tempo.
- Senhorita, ainda não sou casada... Bom, vamos começar. - Diz Marta retirando um pequeno livro de seu bolso. - Regra número 1: É proibido qualquer criança ficar acordada depois das 7:20 da noite.
Regras número 2: É proibido mudar de quarto.
Regra número 3: É proibido qualquer criança sair desta casa sem permissão.
Regra número 4: É proibido dividir sua comida com o seu colega.
Regra número 5: É proibido falar com crianças que estão sendo punidas.
Regra número 6: É proibido insultar a proprietária desta construçã (Dona Ceguinha).
Regra número 7: É proibido falar mal das condições desta construção.
Regra número 8: É proibido ter qualquer tipo de relacionamento com crianças que não pertencem a esse orfanato.
Regra número 9: É proibido tentar ajudar alguém que está sendo punido.
Qualquer um que infringir essas regras, será julgado e punido adequadamente. - Fala Marta.
- Obrigado Marta. - Agradeço-a pelo favor que ela me fez.
- Não foi nada docinho. Agora eu vou arrumar o quarto e você vai brincar com as crianças.
Eu sai do quarto me deparando com um único corredor. Caminho rapidamente por ele e saio do orfanato. Me aproximo dos garotos tentando escutar o que eles estão falando, mas ainda estou muito longe para conseguir. Corro para uma árvore e me escondo atrás dela. Agora sim consigo ouvir!
- Você vai ver só quando eu contar para a Tia Ceguinha! - Diz o garoto baixo e um pouquinho gordo.
- M-mas eu nãofiz nada!- Responde a garota de cabelos loiros presos em Pigtails.
- Eu já te falei Cordélia, quanto mais você negar seu amor por mim, mais vai doer!- Fala o garoto alto e muito magro.
- EU NÃO TE AMO! - grita a garotinha que se chama Cordélia, na qual está chorando.
- Então boa sorte com a sua punição! - Diz o garoto alto que saiu correndo junto ao outro.
Quando eles entram no orfanato, eu me aproximo de Cordélia e delicadamente encosto minha mão em seu ombro.
-Está tudo bem? - Pergunto com a voz mais doce que consigo fazer.
- Não... Está tudo péssimo! - Responde Cordélia.
- Quer me contar o que aconteceu? Posso tentar te ajudar! -
- Para que te contar? Você só vai ser mais uma pessoa para me acusar...
- Não vou te acusar. Eu sou novo aqui, não tenho nada contra ninguém. Pode confiar em mim! - Falo gentilmente.
- Bom... Então eu vou te contar. Tudo começou quando uma mulher queria ter dois filhos. Ela já tinha um, mas quando ficou grávida do outro teve alguns problemas e o bebê morreu. Ela queria ter uma filha, então veio até esse orfanato adotar uma garota. Ela estava acompanhada pelo seu filho, que tem a mesma idade que eu. Eu e o filho da moça viramos amigos no curto período de tempo em que ele estava aqui. A mulher gostou de mim e quis me adotar. Quando estava prestes a assinar o certificado, ela teve uma ligação de um familiar avisando-a que a sua irmã havia falecido e que a filha de sua irmã ficaria sobre a guarda dela. Ela desistiu de me adotar e foi embora. Mas antes de ir embora, seu filho me falou para ir vita-lo quando eu quiser e me deu o endereço de sua casa. Eu me apaixonei por ele e eu fui até sua casa, mesmo sabendo que é proibido... Agora eu vou ser punida porquê fui atrás do meu amor...- Explica Cordélia me deixando pasmo com sua história.
- Que horrível... Eu sinto muito. Tem algo em que posso te ajudar? -Me ofereço para tentar ajuda-la
- Para falar a verdade... Tem sim.
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