História Tudo o que eu preciso - Carente

Senti os braços de S/n rodearem-me por trás e a sua pele a tocar no tecido da blusa que eu tinha. Não acredito nisto, ela só pode adorar provocar-me visto que me está a abraçar e apenas tem o sutiã. Ela encostou a cabeça às minhas costas e respirou para a minha blusa, o que fez aquela parte ficar quente. Ela riu-se com aquilo e eu virei-me para ela. Olhei para os seus lábios e ela também olhou para os meus. Sentia-me de uma forma estranha, mas acho que não importa quanto tempo passe, eu vou sentir-me sempre desta forma com ela. Sem eu estar à espera, S/n pôs os seus braços à volta do meu pescoço e puxou-me para um abraço, apoiou a sua cabeça na curvatura do meu pescoço e pude perceber que ela fechou os olhos. Nesse momento senti algo estranho no meu coração. Sou demasiado vulnerável com ela perto de mim…

- Está tudo bem? – Perguntei eu. Ela acabou com o abraço mas ficou a agarrar-me nas mãos enquanto brincava com os meus dedos. Saber que ela ainda está apenas de sutiã deixa-me um pouco descontrolado, mas depois deste abraço alguma coisa mudou.

- Hm… - Disse S/n enquanto abanava a cabeça em sinal de afirmação. – Eu só queria um abraço… é difícil ficar longe de ti muito tempo… tenho quase sempre aquela necessidade de te tocar, nem que seja apenas com um dedo…

- Meu amor, tu estás carente. – Disse eu enquanto me ria. S/n concordou com o que eu disse e ficou envergonhada, e por isso encostou a sua cabeça ao meu peito, enquanto continuava a mexer nos meus dedos.

- Não é carente daquilo… se é que entendes… acho que só quero carinho.

- Estou a entender. E eu sou a melhor pessoa para te dar carinho.

- Sim! – Disse ela sorrindo para mim. – Vamos para casa, quero passar o resto do dia deitada no sofá contigo.

- Tudo bem.

Vestimos rapidamente as nossas roupas. Eu já estava mais calmo, e mesmo que eu quisesse muito fazê-la minha, não o vou fazer. Ela quer carinho e eu vou dar-lhe isso sem passar dos limites. Antes de irmos para casa passámos por um restaurante e levámos comida para casa, não nos apetecia cozinhar e hoje não tínhamos nada feito portanto esta foi a opção mais fácil. Almoçámos na cozinha. S/n estava realmente nos dias de mais carência, até o olhar dela representava carência e eu confesso que estou feliz por isso porque significa que posso passar o tempo todo agarrado a ela e não tenho que a largar durante um segundo.

Depois do almoço fomos para a sala, deitámo-nos no sofá, a ver tv mas ao fim de um bocado S/n levantou-se, agarrou-me na mão e levou-me para o quarto. Ela pediu que eu me deitasse na cama e de seguida deitou-se a meu lado, encostada a mim. Eu sorri com tudo aquilo, acendi a tv do quarto, pus num canal qualquer e depois olhei para S/n.

- Que querida. – Disse eu. Ela olhou para mim e sorriu. Puxei-a mais para mim e comecei a mexer-lhe no cabelo e enquanto isso ela agarrava a minha blusa com alguma força. Ao fim de um bocado ela parou e eu percebi que se tinha deixado dormir. Continuei a mexer-lhe no cabelo e fiquei a olhar para ela enquanto dormia.

A minha namorada é a pessoa mais querida e fofa a dormir. Nem parece aquela pessoa chata que se irrita facilmente com o Kihyun e com o Minhyuk pelas coisas que ele fazem. Não tenho noção do sentimento que tenho por ela, mas sei que é algo mais do que aquilo que eu consigo descrever ou demonstrar… a única coisa que posso dizer é que a amo mais do que tudo... ela é mesmo tudo o que eu preciso.