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História Tudo Por Esse Bebê. - Pequena traidora


Escrita por: Tori18

Notas do Autor


Oi, guys! Devo dizer, que tenho quase certeza que esse capitulo está curtinho. Mas eu decidi posta-lo, espero que gostem do caps. Beijinhos.

Capítulo 3 - Pequena traidora


Fanfic / Fanfiction Tudo Por Esse Bebê. - Pequena traidora

Enquanto comia uma panqueca e bebericava o leite morno, Laura procurava por algum filme na televisão. A pequena Anna dormia tranquilamente no sofá ao lado da Marano.

— Cheguei. — Ela ergueu os olhos para porta, Ross entrou com sacolas penduradas nos dois braços. — Encontrei Kevin no caminho, ele me ajudou com as compras.

— O que você comprou? — Perguntou.

— Tem alguns pacote de fraldas, chupetas e uma mamadeira.

— Ah. — Murmurou, largando o controle ao seu lado e se levantando. — Eu preciso ir para casa, nos vemos mais tarde.

— Certo, obrigado por me ajudar Laura. — Agradeceu. 

— Está me devendo uma. — Disse brincalhona, inclinando-se para deixer um beijo no rosto do amigo. — Me ligue se precisar.

— Ligarei. — A morena sorriu antes de sair do apartamento, encostando a porta atrás de si. Pegou o elevador, esperou pacientemente chegar na recepção. Comprimentou o guarda e o porteiro, desligou o alarme do carro e entrou, dando partida até a casa de seus pais. Estacionou o carro em frente a grande e bela casa e desceu, abriu a porta com a chave que sua mãe insistia que ela tivesse.

— Mãe? — Chamou, livrando-se das pantufas. Pendurou o roupão no cabide e caminhou pela espaçosa sala de televisão. — Mãe! — Chamou mais alto, e fora surpreendida pela jovem senhora de cabelos loiros compridos e olhos azuis.

— Bebê! — Ela exclamou, correndo em em seus saltos até Laura. Abraçou a menina e beijou o seu rosto. 

— Oi, mãe. — Ela sorriu. Ellen Marano era uma mulher moderna. Gostava de vestidos colados, que realçavam a beleza de seu corpo e lhe dava um ar mais jovem, usava saltos, dizia o que vinha a sua mente e era uma grande feminista.

— Achei que você tinha se esquecido do caminho de casa. — A loira disse, pousando as mãos em sua cintura. A jovem revirou os olhos, afastando-se da mãe.

— Eu estava ocupada, mamãe. 

— Sei. — Murmurou, puxando os cabelos louros para cima e prendendo em um rabo de cavalo alto. — O que foi? Você parece um pouquinho abatida.

— Podemos conversar depois? No momento eu preciso de um banho.

— Tudo bem. — Ela disse. — Tem roupas suas dentro do closet. — Laura assentiu, subindo os degraus da escada. Ellen pousou as mãos no quadril e caminhou até a cozinha.

Com um suspiro baixinho, Laura entrou no seu antigo quarto, estava como ela havia deixado. A cama perfeitamente arrumada, o violão antigo sobre a cama, os ursinhos alinhados na prateleira, taco de hoquei e as sapatilhas de ballet. Abriu o closet, e observou as roupas dobradas e alinhadas. Pegou uma blusa vermelha e um short jeans, seguindo para o banheiro, tomou um banho longo e relaxante, secou-se e vestiu a roupa separada. Secou o cabelo na toalha, deixando-o natural e colocou o óculos no rosto, voltando para o quarto.

— Sente-se aqui, bebê. — Ellen disse, batendo ao seu lado na cama de casal. — Eu trouxe achocolatado. — Cantarolou, estendendo a caneca de porcelana branca para filha.

— Obrigada. — Agradeceu, sentando-se ao lado da mãe e bebericando o leite.

— Pode falar. — Disse Ellen, dando uma golada em seu achocolatado.

— É... — Suspirou, passando o polegar na bochecha, secando uma lágrima que escorreu. — Ah, mamãe. — Ela deitou a cabeça no colo de Ellen, que colocou as canecas na comoda e afagou o seu cabelo. Laura soluçou, abraçando o corpo da mulher e deixando as lágrimas escorrem.

— Tudo bem, bebê. — Ellen murmurou, passando as mãos no cabelo da filha. A loira deixou que a filha chorasse em seu colo, até a jovem se acalmar. Secou as lágrimas da menina e deu-lhe um sorriso acolhedor.

— Um bebê. — Ela disse. Ellen lhe encarou por alguns segundos, antes de soltar um gritinho e cobrir a boca.

— Você está grávida, de novo? — Ela perguntou.

— Não, não, não! — Exclamou. — Não é isso. Tinha um bebê na porta de Ross.

— Abandonaram um bebê na porta do Ross? — Ela assentiu. — Continua.

— Ross ligou-me pedindo ajuda. Eu fui até a casa dele, ajudei ele a cuidar do bebê. — Ela sussurrou. — Ele deu um nome a ela, mamãe. Eu sei que ele irá se apegar a ela, e consequentemente, eu irei me apegar a ela também.

— É uma menina. — Ellen disse. Laura assentiu.

— Anna. — Murmurou. — Ele chamou-a de Anna. Eu não consigo, mamãe. Eu não quero me apegar, eu não posso me apegar, por que eu sei que ela será tirada dos meus braços como a Rachel foi.

— Laura, minha filha, você não pode pensar assim. Eu sei que é dificil, muito dificil. Aquela bebê precisa de um lar, ela precisa de amor e carinho, ter um colo para acalentar o seu choro. Se Ross quer adota-la, apoie ele, ajude-o. O bebê não será retirado dos braços de vocês, e se for, vocês irão superar, tenha em mente que você cuidou dela, amou ela até ela ter outro alguém para ama-la. Não digo que será facil, bebê, por que não será, mas você deve tentar.

— Eu vou pensar. — Murmurou.

— Ok. — Ellen disse, levantando-se e beijando o rosto da filha. — Descance, meu amor. Estarei lá em baixo. — Piscou o olho direito para filha, pegou as canecas e saiu, apagando a luz. Laura chorou mais um pouco, até cair no sono.

•••

Laura sentiu a cama afundar ao seu lado, piscou algumas vezes e virou-se, encontrando o rosto alvo de sua irmã mais velha. Vanessa sorriu, circulando a ponta do nariz da irmã com o indicador.

— Oi. — A mais nova murmurou, grogue.

— Oi, baixinha. — Vanessa sussurrou. — Como você está, uhm? — Indagou.

— Levando. — Respondeu. — Mamãe ligou para você?

— Ligou. Estava levando Aiden para o parque.

— Ele está aqui? — Vanessa balançou a cabeça.

— Está lá em baixo com a mamãe. — Laura sorriu. Aiden era o seu único sobrinho, uma garotinho esperto de dois anos. Tinha os cabelos escuros e compridos até a linha do queixo, uma franja até as sobrancelhas, nariz largo e empinado, as bochechas coradas e os lábios largos e cheios. — Eu soube do bebê.

— Eu não quero falar sobre ela. — Vanessa assentiu.

— Então, não vamos falar sobre ela. Agora levanta daí, eu liguei para as meninas, vamos sair e fazer algo.

— Ahn, Vanessa. — Resmungou.

— Deixa de ser reclamona, garota. — Vanessa pulou da cama, arrumando o short jeans e colocando as mãos na cintura. — Levante logo.

— Você é muito chata. — Laura reclamou, levantando da cama. 

— Não é o que dizem. — A mais velha cantarolou, tirando um vestido azul do closet e entregando para irmã. Laura revirou os olhos, puxando a camiseta pela cabeça e tirando o short, vestiu o vestido, fez um coque no cabelo e passou um gloss vermelho nos lábios.

— Vamos. — Ela desceram e Laura sorriu quando Aiden correu em sua direção.

— Tia! — Exclamou, levantando os braços para ela pega-lo.

— Oi, gatinho. — Ela disse, beijando a bochecha do menino.

— A mamãe me levou no paque

— É? E você se divertiu?

— Muitão. — Ele sorriu. Aiden era uma gracinha de menino, Vanessa era uma incrivel e independente mãe solteira. Havia engravidado de um namorado da faculdade, aos 22 anos, o rapaz nem quis saber do bebê, deixando a Marano sozinha. Mas, ela conseguiu enfrentar tudo, com a ajuda de Riker, que estudava na mesma faculdade que ela. Apesar dos dois não terem um relacionamente, Aiden vê Riker como um pai.

— Oi! — Laura sorriu, indo até a amiga de braços abertos, após passar Aiden para sua irmã.

— Raini. — Raini sorriu, dando um apertãozinho na amiga.

— Eu quero saber o que aconteceu para você precisar levantar o astral, mas não se preocupe — Continuou, ao ver a careta que se formou no rosto da amiga. — Não é agora.

— Onde está Delly? — Vanessa perguntou, trocando o peso do corpo de perna.

— Ela deve estar chegando. — Raini disse, olhando em seu celular. — Mandou-me uma mensagem há três minutos.

— Ok. — A Marano disse, sentando-se no sofá, equilibrou Aiden nos joelhos, agitando as pernas e tirando gargalhadas do garotinho.

— É claro que é da minha conta. É sobre as minhas filhas, é da minha conta. — As três viraram-se para porta da cozinha, onde Ellen caminhava com a mão na cintura e o celular na orelha, discutindo com o Ex marido. Ellen e Damiano haviam se separado há quase quatro ano, mas pouca coisa havia mudado, já que eles sempre estavam discutindo, seja ao celular, seja ao vivo.

— Delly já chegou. — Raini disse, após checar o celular outra vez. — Vamos.

— Tchau, mamãe. — As Maranos disseram, enquanto a Rodriguez acenou sorridente para mulher, que mandou á elas um beijo no ar.

— Melhorar o astral é comigo mesmo. — Rydel disse, quando avistou as meninas. Abraçou Laura, beijou o rosto das meninas e pegou Aiden no colo.

Durante a tarde, as meninas passaram no shopping, fizeram o cabelo, lancharam na praça de alimentação, assistiram ao filme de aventura que estava no cartaz, levaram Aiden para brincar no playground, compraram algumas coisas, depois se reuniram no apartamente de Vanessa. A morena deu banho no filho, amamentou e o colocou no berço. Depois, fizeram maratona de filmes, comendo besteiras e adormeceram espalhadas pela sala.

•••

Laura soltou um resmungo baixinho quando o som estridente de um celular atrapalhou o seu sono. Sentou-se, tirando a perna de Raini de cima das suas e se levantou, tateou o sofá a procura do aparelho. Encontrou o seu celular em baixo da almofada, atendeu e o levou até a orelha.

— Oi. — Resmungou.

Oi, Laura. Pode vir até a minha casa, por favor? — A Marano bocejou, esfregando a mão no rosto.

— O que houve? — Disse, enquanto enfiava o par de all star's nos pés.

É a Anna, ela não quer pegar a mamadeira, eu não sei o que fazer. — Ele disse, desesperado. Laura soltou uma risada baixinha, jogando a bolsa sobre o ombro.

— Eu esqueci de te avisar, a garotinha não mama na mamadeira.

Ah, meu Deus! — Laura pode ve-lo andar de um lado para o outro com a mão na testa, desesperado. Ela cutucou a melhor amiga, que bufou, balançando a mão no ar.

— Pode ir. — Raini sussurrou.

— Estou chegando, Ross. — Desligou o celular, pegando a chave do carro da irmã e desceu, deu partida e dirigiu pelas ruas em direção ao apartamento do amigo. Estacionou, e saiu digitando uma mensagem para Vanessa, avisando que havia pego o carro dela. Acenou para o porteiro, que lhe deixou entrar sem ter que interfonar. Pegou o elevador e esperou chegar ao andar do loiro, abriu a porta do apartamento dele, ouvindo o chorinho sofrego da garotinha. — Ross. — Chamou, colocando a bolsa no sofá e tirando os all star's dos pés.

— Estou no quarto. — Gritou. Ela largou suas coisas na sala, e caminhou descalço até o quarto do loiro. Ross usava apenas uma calça de moleton cinza, pés descalços e balançava a garotinha de uma lado para o outro. — O que eu vou fazer? — Indagou, virando-se para amiga. — Eu tentei todas as formas, mas ela não quer. — Ele disse. Laura caminhou até ele e esticou os braços, tirando o bebê de seus braços.

— Você tem uma garotinha muito manhosa, Ross. — Disse, sentando-se na poltrona branca, descendo a alça do vestido e começando a amamentar Anna. O loiro suspirou, sentou-se na cama e cobriu o rosto.

— Eu me meti em um grande problema. Calum está estudando os papeis da adoção, tenho que passar em alguma pediatra que me diga como amamenta-la. — Ele disse.

— Então você decidiu adota-la. — Afirmou.

— Sim, eu decidi. — Confirmou. — Estou esperando Calum me dizer alguma coisa, segundo ele, é muito dificil um homem recem formado na faculdade e solteiro conseguir adotar uma criança. Mas, ele está tentando e Dr. Allen está ajudando ele. 

— Ah. — Murmurou, abaixando os olhos para Anna, que examinava o seu rosto com seus grande olhos avelãs.

— Ela gosta de você. — O loiro disse.

— Nem comece. — Laura resmungou.

— Eu não disse nada. — Ross disse, rindo.

— Eu conheço você muito bem, Lynch. — Apontou o indicador para ele. — E sei o que está tentando fazer. — O garoto riu, jogando a cabeça para trás.

— Você está paranoica, baixinha. — Bagunçou o cabelo dela, levantando-se. — Vou preparar algo para comermos. — Avisou, saindo do quarto.

— Paranoica, é claro. — Sussurrou, encarando os olhinhos de Anna que insistiam em ficar abertos. — Você é uma comilona, sabia. — Disse, baixinho. — E eu não vou me apegar a você, não mesmo. — Anna piscou, segurando firmemente a alça da blusa da Laura. Em poucous segundos, ela fechou os olhos e suspirou cansada. Laura ergueu a alça da blusa, balançando o corpinho da bebê. Em seu sono tranquilo, Anna bocejou emitindo um som agudo e soltou um leve sorriso. 

A Marano comprimiu os lábios, piscando rapidamente para evitar que as lágrimas chegassem aos seus olhos. Seus lábios subiram em um pequeno sorriso, por mais sufocante que fosse a vontade de explodir em lágrimas. Era impossivel não pensar em Rachel nos seus braços, aninharia o corpo de sua garotinha, amamentaria até que ela estivesse satisfeita e velaria o seu sono, para ter a certeza de que ela estava bem. Mas não podia fazer isso, Rachel havia sido tirada de seus braços. Lembrava com clareza dos olhos triste da jovem enfermeira loura, e de suas palavras. " Eu sinto muito, o bebê não resistiu.''  

Laura balançou a cabeça, afastando aqueles pensamento. Levantou-se da poltrona, deitou Anna na cama, tirou a roupinha que ela usava - a mesma que usava quando chegou - soltou a fralda e caminhou até o banheiro. Abriu a torneira da banheira, deixando a aguá quente cair. Fechou quando achou que estava cheia o suficiente. Ajoelhou-se e molhou o corpo de Anna, que abriu os olhinhos, lhe observando.

— Laura. — Ouviu o amigo lhe chamar.

— Estou no banheiro. — Disse. O loiro empurrou a porta que estava entre aberta e sorriu. — Pegue o sabonete para mim, por favor. — Pediu. Ele assentiu, abrindo o gabinete e pegando um sabonete fechado, abriu e colocou na mão da jovem. Ela molhou o sabonete, passou no corpo de Anna, que agitava as mãos e os pés. Após ensaboar todo o pequeno corpo da menininha, enxagou e a tirou da banheira.

— Aqui. — O loiro disse, quando ela se virou com Anna rente ao seu corpo. Ele colocou a toalha sobre o bebê, e deu espaço para Laura sair. — Ah, deve ser o Calum. — O rapaz disse, saindo do quarto e seguindo para cozinha, onde seu celular tocava. Laura enrolou Anna na toalha e seguiu para o quarto ao lado. Abriu a porta e parou na entrada, suspirando. Engoliu a imensa vontade de chorar, e entrou no quartinho de bebê. O comodo estava impregnado com o perfume de bebê que Raini havia lhe dado durante a gravidez, as paredes pintadas de vermelho, com desenhos florais, o berço de madeira, a poltrona branca, comoda com diversas roupas femininas e unissex, trocador, chupetas, mamadeiras, fraldas, e pelúcias. 

Abriu a primeira gaveta da comoda, pegando um macacão rosa, pegou uma fralda, talco, pomada e meias. Secou o corpo de Anna e lhe vestiu, pegou-a no colo novamente e saiu do quarto, suspirando e secando o canto dos olhos.

— Ei. — Ergueu a cabeça, encontrando os olhos esverdeados de Ross. Ele abraçou-lhe, tomando cuidado com a garotinha entre eles. — Eu sei que não está sendo facil, eu também queria que ela estivesse aqui. — Sussurrou. Laura soluçou, afundando o rosto no peito do amigo. — Está doendo em mim, também. — Murmurou, deixando um beijo no topo da cabeça dela. — Vou coloca-la na cama. — Afastou-se da amiga, pegando Anna dos braços dela e seguindo para o quarto. 

Laura seguiu para cozinha, abriu a geladeira e pegou a jarra de suco. Pegou dois copos no armário e serviu, sentou-se na cadeira, inclinando a cabeça para trás. Ross entrou na cozinha, pegando a frigideira do cima do fogão e colocando a panqueca salgada no prato e entregando para a amiga. Colocou a outra em seu prato e sentou-se em frente á ela. Comeram em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

 

•••

Alguns dias se passaram, Ross e Laura haviam estabelecido uma pequena rotina com Anna. O loiro apresentou o bebê para a familia Marano, que se encantou logo de cara com a garotinha, e Ellen, logo tratou de marcar um consulta no pediatra de Aiden.

— Nós temos tudo, não é Borboletinha. — Ross disse, erguendo a cadeirinha de bebê que Ellen havia lhe entregado. Ele segurou a cadeirinha com firmeza, checando mais uma vez a bolsa com fraldas, roupas, chupetas e brinquedos. — Vamos, se perdemos essa consulta as meninas me matam. — Desceu até o hall, distraindo Anna com um brinquedo, seguiu para garagem e destravou o carro.

— Ross! — Ele virou-se para direita e sorriu para Valentina a sua vizinha. Valentina era uma pré-adolescente de 11 anos, pele negra, cabelos cacheados, olhos escuros e nariz levemente arrebitado.

— Oi, Tina. — Sorriu para a menininha, que usava uma roupa preta de ballet.

— Quem é esse bebê? — Perguntou curiosa, sorrindo para o bebê.

— Essa é a Anna. — Eles sorriram. A menina examinou o bebê por alguns segundos antes de voltar os olhos para o mais velho.

— Ela é tão lindinha.

— Tina, vamos filha. — A menina acenou com a mão para o pai.

— Vou indo Ross, nos vemos depois. Tchau princesinha. — Sorriu, saltitando até o pai.

— Até mais. — O loiro abriu a porta do carro e colocou a cadeirinha lá, prendendo com cinto. Entrou no carro e deu partida até o hospital de California.

Estacionou o veiculo e desceu, pegando o bebê e checando o celular. Respondeu uma mensagem da irmã, que perguntava se ele já havia levado Anna ao médico e enfiou no bolso, entrando no hospital. Comprimentou a recepcionista, arrumando o corpinho de Anna contra o seu.

— Bom dia, em que posso ajuda-lo?

— Bom dia. — Sorriu. — Eu tenho uma consulta com o Dr.Sykes. — A mulher assentiu, começando a digitar em seu computador.

— Nome, por favor. — Pediu. O rapaz suspirou, olhando para a garotinha, ainda não havia registrado a bebê, o doutor estava fazendo um favor.

— Licença, Angela. — Ross suspirou aliviado, quando o homem ruivo com jaleco branco aproximou-se. — É a minha paciente especial. — Sorriu, comprimentando o garoto com um aperto de mão. — Eu tenho duas pacientes, se você não se importar em esperar.

— Não, imagina doutor. — Disse.

— Certo, venha. Aguarde na sala de espera. — O Lynch seguiu o doutor, que pediu gentilmente para se sentar entre as três mulheres com crianças. — Lilian, por favor. — Chamou a garotinha ruiva que estava agarrada a mãe, as duas entraram no colsultório. O loiro aguardou pacientemente o doutor atender os dois menininhos que aguardavam depois de Lilian, e então chama-lo para entrar.

— Licença. — Ross pediu, encostando a porta.

— Vou cuidar muito bem desse princesa, ordens de Ellen Marano. — Os dois sorriram. O doutor pegou Anna no colo, colocou-a na balança apenas de fralda e meias. Anotou na prancheta, e colocou o aparelho para ouvir o coração dela, examinou seus ouvidos, e pediu para enfermeira coletar uma pequena amostra de sangue para exames. — Anna está pesando 2,5, um pouco magrinha para idade dela, o tamanho dela também não é proporcional, ela tem o tamanho de um bebê prematuro, vamos aguardar o resultado do exame e veremos.

— Mas, ela está bem? — Perguntou, acomodando Anna entre seus braços.

— Pode melhorar, traga ela no proximo mês, Anna tem que engordar 3 kilos.

— Certo. — Anna começou a chorar, o rapaz levantou balançando o seu pequeno corpo. — Shiii.... — Murmurou.

— Quando foi a ultima amamentação dela? — O doutor perguntou.

— As 06:00 da manhã.

— Já é 09:10, ela está com fome. — O ruivo disse.

— Droga. — Resmungou. — Anna não pega mamadeira, só mama no seio.

— E a mãe? — Perguntou.

— A minha amiga está amamentando ela, mas eu disse que daria um jeito. — Respondeu.

— Me siga. — O homem disse, abrindo a porta e saindo. Ross o seguiu, balançando Anna levemente. — Aqui na maternidade, nós temos mães que se prontificam a amamentar crianças que precisam.

— Certo. — Disse, continuando a seguir o homem. Ele parou em uma porta branca, com o desenho de duas corujas rosas de diferentes tamanhos, com a escrita "Maternidade". Passaram alcool em gel nas mãos e entraram, era um lugar tranquilo e lotados de brinquedos, havia mulheres gravidas e com crianças no colo passeando de um lado para o outro. O homem bateu na porta de um dos quartos e uma moça abriu, ela sorriu para o doutor e deixou os dois entrarem.

— Oi, doutor.

— Oi, Cecilia. — O homem sorriu encantado para a mulher baixa de cabelos negros e olhos levemente puxados. — Esse é Ross, o pai adotivo da pequena Anna.

— Oi, é um prazer. — Ross disse, a moça sorriu murmurando um 'O prazer é meu'.

— E como está o nosso pequeno? — Ele disse, aproximando-se da encubadora. Um bebe prematuro, com varios fios ligados ao seu corpo ressonava tranquilamente.

— Ele teve uma crise hoje, mas está bem. 

— Eu trouxe... — Cecilia interrompeu.

— É, eu acho que já sei. Se importa? — Disse, estendendo os braços para pegar Anna. O loiro colocou o bebê em seu colo, ela sentou-se na poltrona e desceu a alça da blusa.

— É, eu vou... esperar ali fora. — Ross murmurou encabulado, causando riso nos dois.

— Não tem problema, Ross, pode ficar. — Ele assentiu, olhando para os pés. Cecilia acomodou Anna em seus braços, e depois de muito insistir, conseguiu fazer Anna mamar um pouco. — Bom, eu acho que ela não gostou muito de mim. — Ela disse, devolvendo Anna para o loiro. — Eu diria para leva-la até a sua amiga. — Ele assentiu.

— Doutor? — Os três viraram-se para a porta, a enfermeira negra sorriu para eles, entregando um papel para o homem.

— Obrigado, April. — Ela assentiu, saindo. Ele abriu o exame, observou por algum tempo antes de se virar para o loiro apreensivo. — Sua garotinha tem uma fraca anemia, Ross. Vamos tratar com sulfato ferroso e uma boa amamentação. — Ele assentiu.

— Obrigado, doutor. — O homem sorriu, entregando a ele o exame e a receita que havia rabiscado. — Tchau, Cecilia. Foi um prazer. — A mulher sorriu.

Ross despediu-se deles e voltou para fora do hospital, entrou no carro e fez o caminho para a casa de sua amiga, enquanto cantarolava alguma canção agitada. Estacionou o veiculo em frente a casa da amiga e desceu, pegando Anna. Com a sua chave, ele abriu a porta e entrou, largando o casaco no armário.

— Hey, bom dia. — Saudou. A morena que comia sorvete assistindo a 3°temporada de Flash, virou-se para ele.

— Bom dia. — Comprimentou. — Como foi a consulta?

— Foi tudo bem. — Disse, sentando ao lado dela, brincando com os dedinhos de Anna. — Ela está com anemia. 

— Sério? — Perguntou, tentando esconder a repentina preocupação.

— É, preciso comprar os remédios. Se importa de tomar conta dela? — Ela negou, colocando o pote de lado e recebendo o bebê em seu braços. — Ah, o pediatra nos levou para cohecer uma moça. — Comentou, levantando-se e puxando o celular.

— Para que? — Indagou, com um leve franzir de sobrancelhas.

— Amamentar Anna. — Disse.

— Oh. — Murmurou, apertando o bebê contra o seu peito. — E ela mamou?

— Uhum. — Disse, olhando para a amiga por sobre os ombros, reprimindo um riso ao ver o bico em seu lábios, o franzir de sobrancelhas e o olhar enciumado.

— Pequena traidora. — Sussurrou, com o rosto proximo ao da garotinha.

— Na verdade, ela mamou só um pouco. Chorou a maior parte do tempo. — Riu, virando-se e seguindo para a porta. — Eu não irei demorar. — Disse, seguindo para fora.

Laura acenou para ele, e observou o rostinho sereno da menininha. Anna era um bebê encantador, tinha os lábios pequenos e avermelhados, nariz arrebitado, olhos grandes e castanhos, com um pequeno traço verde, sobrancelhas castanhos e ralas, pele clara com pequenas sardas na região do nariz até o pescoço. A Marano tentou ignorar a sensação de paz que lhe atingiu, e o calor em seu peito, voltou os olhos para televisão e sorriu vendo uma cena 'SnowBarry', baixou os olhos novamente quando Anna começou a resmungar. Sabia que ela deveria estar com fome, baixou a blusa e começou a amamentar a pequena, que mantinha os olhinhos presos ao seu.

— Você continua sendo uma pequena traidora. — Sussurrou, deixando ela segurar o seu dedo indicador.


Notas Finais


Hey, gente. A maternidade desse hospital, é algo que eu criei, sabe? Eu queria algo com mais espaço, mais conforto, e foi o que consegui escrever. Dr.Sykes e Cecilia não irão sumir, eles irão aparecer, vocês irão conhecer o bebê e descobrir sobre esses sorrisos que o ruivo estava mandando a ela. Hahah. Espero que tenham gostado, beijinhoos. ♥♥♥♥


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