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História Tudo que ele sonha [Malec] - Capítulo 47


Escrita por: AngelV

Notas do Autor


Olá meus amores! Como estão?

Fiquei meio sem tempo esses dias então, sorry😁

Aproveitem😘

Capítulo 49 - Capítulo 47


Fanfic / Fanfiction Tudo que ele sonha [Malec] - Capítulo 47

# Flashback (1 ano antes)

Alec observou a sala lotada de pessoas que sua vista já não era mais capaz de focar, teve a impressão de estar sendo observado e olhou ao redor, se sentindo um pouco tonto.

- Simon? – Alec perguntou para si mesmo, tentando focar a visão em um ponto do outro lado da sala. Piscou fortemente sentindo os olhos arderem, e, quando os abriu novamente, quem quer que estivesse o olhando, já havia sumido.

Resmungou baixo pegando a cerveja e bebendo um grande gole. Aquela seria a décima? Ele havia perdido a conta quando passara da quinta e ainda havia virado alguns copos de vodca em uma aposta com os garotos do time de natação do colégio. Quem se importava em ficar sóbrio? Aquela era sua última festa do colégio. Poderia ser a última vez que teria que socializar com aquelas pessoas, mas Magnus insistia em fazê-lo ir para a formatura.
 

Alec levantou-se rapidamente e caiu novamente sentado no sofá. Riu sozinho dando um tapa na própria testa e se levantou novamente com mais cuidado. Atravessou a sala entre dancinhas ridículas e risos histéricos, e quando chegou ao jardim olhou ao redor reparando na quantidade de casais praticamente transando ao ar livre.

- Arrumem um quarto! – Alec falou alto, caminhando para o fundo do jardim que dava para um riacho que atravessava o condomínio.

Alec sentou em uma área mais vazia e abraçou as pernas. Que droga de festa era aquela? E o que ele estava fazendo ali? Lembrou de quando ele e Magnus eram pequenos e diziam que não havia diversão se estivessem separados. Velhos hábitos dificilmente morrem. O motivo real de ter ido aquela maldita festa foram os gritos de seu pai e dos amigos. Pra variar as coisas não andavam nada bem em casa, desde que ele assumira que era gay as coisas pioraram drasticamente. Se levasse a mão a sobrancelha ainda podia sentir a dor do soco que seu pai lhe dera dias atrás, tinha sorte que o roxo já sumido.

- Ei, garoto! – Alec ouviu uma voz masculina e virou a cabeça, encontrando um par de olhos azuis a encarando. O menino sorriu e a estendeu um cigarro.

- Hm, não, obrigado. – Falou sem graça.

- Ah, qual é, gatinho! Achei que você fosse diferente daqueles menininhos mimadinhos. – Apontou a casa.

Alec olhou a casa toda iluminada e mordeu o lábio em dúvida. Ele era diferente daqueles garotos, e afinal, um cigarro não poderia matá-lo, poderia? Alec sorriu, aceitando o cigarro que ainda lhe era estendido e acendeu com o isqueiro que o garoto jogou em sua mão. Na primeira tragada ele tossiu tanto que pensou em devolver, mas com um pouco de incentivo, continuou tragando e aos poucos foi se sentindo mais leve.

Alec acendeu o segundo cigarro entre risos histéricos por causa de alguma história sem nexo que Tyler contava.

 

- Cala boca, Tyler! Lógico que isso não é verdade! – Alec falou, tentando controlar o riso.

- Tô falando que é! – Tyler rebateu. – Droga os cigarros acabaram. Eu devia ter feito mais. – Comentou, pegando o cigarro da mão do menino. – Você me deu prejuízo hoje, Alexander.

- Desculpe por isso! – Alec riu, pegando o cigarro de volta.

- Primeira vez? – Tyler perguntou curioso. Alec ficou calado por alguns segundos e depois balançou a cabeça confirmando. – Então vamos aproveitar! – Tyler falou, já se levantando e puxou Alec pela mão.

Entraram novamente na casa e foram se esgueirando pelas pessoas até o meio da casa. A música agitada estava ensurdecedora e eles mexiam o corpo de acordo com a batida entre gritos e risos.
 

Alec sentia o sangue ferver e o coração acelerar enquanto tudo a sua volta parecia ser apenas um flash. As pessoas iam se tornando apenas borrões na medida em que ele se sentia mais leve e desligado de tudo a sua volta. Aos poucos seus movimentos foram se tornando constantes e iguais, não importando a batida da música.
 

Tyler sorriu observando o menino já um pouco mais afastado dele e sentiu alguém dar um tapinha em suas costas. Sorriu para um menino de cabelo comprido e pegou dois tubos na mão dele, lhe mostrando o polegar em seguida. Caminhou novamente até Alec e passou os braços por sua cintura.

- Consegui uma coisa pra gente! – Falou em seu ouvido. – Vem comigo. – Tyler segurou em sua mão sem sentir nenhuma resistência da parte de Alec.

Subiram as escadas rapidamente e entraram no último quarto do corredor.

- Aqui. – Tyler entregou um dos tubos para Alec que o olhou sorrindo. Seu rosto parecia entorpecido e o sorriso era bobo e permanente.

- Não sei cheirar lança, Tyler! – Alec riu sozinho. – Vai você primeiro. – Falou, sentando na cama relaxadamente. 

O menino pegou o tubo também sentando na cama e deu uma grande inalada sentindo imediatamente uma euforia. Depois outra novamente, e mais outra, até praticamente esquecer que Alec estava sentado ao seu lado.
Alec o observou sentindo a euforia dele praticamente se desprender do corpo e pegou o tubo repetindo o ato do menino. Riu sozinho depois da primeira inalada. A música alta que chegava até o quarto a fez levantar da cama e começar a dançar sozinho sendo seguido, segundos depois, por Tyler. 

 

Alec caiu na cama sentindo Tyler beijar seu pescoço com vontade enquanto ele ainda ria sem motivo algum. Sua cabeça estava pesada e Alec estava alheio aos acontecimentos ao seu redor, sentia seu corpo leve demais, praticamente flutuando. O único momento em que sentiu alguma coisa foi quando Tyler atacou sua boca e o beijou com vontade, Alec retribuiu o beijo abrindo a boca deixando que a língua do menino fosse de encontro com a sua. Minutos parecias horas Alec fechou os olhos por alguns segundos e ouviu um barulho alto. Segundos depois Tyler já não estava mais em cima dele e a língua dele não molhava mais seu pescoço. 
 

Abriu os olhos vendo tudo girar e só o que conseguiu ouvir foram algumas vozes que lhe pareciam distantes demais.

Magnus?– Alec sufocou, levando a mão até a garganta.

- Fala logo o que você deu pra ele, porra! – Um grito pareceu puxar Alec de volta para a realidade, mas sua vista ainda estava desfocada demais. – Fala antes que eu arrebente a sua cara!

- É efeito do lança! – A voz de Tyler gritou.

- Alexander, fala comigo! – Duas mãos seguraram em seu rosto e Alec riu bobo. – Foi só lança? – A voz perguntou alto.

- Lança e maconha, porra! Eu não sabia que ele ia reagir dessa forma!

- E o que você pensou, seu imbecil? Ele tem dezessete anos e nunca se drogou! Sai daqui antes que eu acabe com você! – Magnus gritou.

- Magnus! – Alec sufocou novamente. Procurou por ar, mas parecia que o oxigênio não estava chegando até seus pulmões.

- Tenta respirar, Alec. Por favor. – Magnus falou afastando a mão dele da própria garganta.

- Eu não consigo respirar direito. – Alec falou baixo.

Magnus puxou ele da cama e apoiou Alec com um braço, tomando cuidado para não deixar a cabeça dele pendendo e saiu do quarto rapidamente. Durante todo o caminho até o lado de fora da casa, sentiu os olhares curiosos das pessoas e os cochichos sobre o garoto que estava se drogando no quarto. 

Quando chegou ao jardim avistou Simon ao lado de seu carro já com a porta aberta.

- Obrigado, cara! – Magnus falou sentando Alec no banco. – Alec? Consegue me ouvir? – Deu alguns tapinhas no rosto dele.

- Eu quero sair daqui. – Alec pediu encostando a cabeça no banco .

- O que deram pra ele? – Simon perguntou preocupado, olhando o menino.

- Maconha e lança. – Magnus respondeu fechando a porta do carona. – Obrigado pela ajuda, cara! Vou levar ele pro loft.

- Quer que eu vá com você? – Simon o olhou, mas Magnus apenas balançou a cabeça negando. 

Entrou rapidamente no carro e arrancou, ouvindo o barulho dos pneus cantando. Alec no banco do passageiro respirava pesadamente como se ali dentro não houvesse oxigênio suficiente,  Magnus abriu os vidros vendo-o se mexer desconfortável e balbuciar algumas palavras sem sentido. Olhou o relógio que marcava quase três da madrugada e imaginou há quanto tempo ele havia cheirado o lança perfume, o efeito provavelmente passaria em alguns minutos.
 

Alec abriu a boca e inspirou uma enorme quantidade de ar, abrindo os olhos em seguida. Magnus segurou sua mão com força, recebendo um olhar amedrontado do menino que foi relaxando aos poucos enquanto ainda respirava com dificuldade. Magnus fez menção de soltar a mão de Alec, mas ele segurou com mais força, encolhendo as pernas e encostando a testa nos joelhos.

- Me desculpe. – Alec falou por baixo fôlego. 

- Guarde suas desculpas pra si mesmo. – Magnus rebateu sem se importar se estava sendo grosso. Sentiu Alec apertar sua mão, mas nenhum dos dois disse mais nada.

Magnus estacionou o carro mais rapidamente que o normal e soltou indo até a porta do carona e a abrindo. 

Alec continuava com as pernas encolhidas e sua mão estava solta no banco do mesmo jeito que ele deixara ao soltá-lo. Magnus respirou fundo tentando controlar a raiva e viu Alec levantar a cabeça e o olhar, envergonhado. Assustou-se um pouco com os olhos vermelhos dele e engoliu em seco, sentindo uma pontada no peito.

- Vamos. – Magnus falou, puxando Alec novamente e o apoiando com os braços.

- Me desculpe, me desculpe, me desculpe. – Alec sussurrava com a cabeça encostada no peito dele.

Magnus bufou rolando os olhos. O efeito do lança perfume já havia passado, mas ele sabia que o da maconha ainda demoraria um pouco para passar e Alec ainda não tinha noção do que falava ou fazia.
 

Abriu a porta do loft com cuidado e subiu rapidamente para o seu quarto, deitando Alec na cama. Magnus olhou o rosto ainda perturbado de Alec e sua boca que estava seca e levemente arroxeada.

- Fica aqui! – Alec falou baixo quando ele se afastou. Magnus o olhou rapidamente e desceu as escadas. Em menos de um minuto estava novamente ao lado dele com um copo de água na mão.

- Bebe. – Magnus ordenou sentando ao lado dele na cama.

Alec pegou o copo com a mão trêmula e quase o deixou cair. Magnus bufou, afastando a mão dela do copo e ajudando-o a beber calmamente.

- Vem tomar um banho. – Magnus falou, o pegando pelo braço e o ajudando a andar até o banheiro.

Antes que Alec pudesse reclamar, Magnus puxou a blusa que ele vestia pra cima lançando em algum lugar do banheiro, depois se agachou desamarrando o all star dele em seguida os tirando e arremessando pra fora do banheiro, e por último a calça. Magnus o colocou embaixo do chuveiro somente de cueca. Alec murmurou algumas palavras que Magnus não entendeu e nem se preocupou em perguntar o que era. Ainda sentia seu sangue ferver de raiva só de imaginá-lo consumindo drogas.

Magnus deitou o menino na cama, sentindo o quão mole Alec estava, seus olhos não conseguiam se manter abertos por mais de dez segundos.

- Eu tô com muito sono. – Alec falou, tão baixo que Magnus quase não pôde ouvir.

- É o efeito da... droga passando. – Magnus explicou, sentindo a garganta apertar. Levantou-se, tirando a camisa e, antes de entrar no banheiro, ouviu Alec resmungar.

- Não me deixa aqui sozinho.

- Eu só vou tomar banho. – Magnus falou, se aproximando e passando a mão pela testa dele. – Não vou te deixar sozinho.

- Obrigado. – Alec conseguiu abrir os olhos por alguns segundos e encará-lo. – Eu amo você. – Suspirou fechando os olhos e sentindo o corpo todo se render ao sono.

- Também amo você. – Magnus sorriu fraco dando um beijo na testa do menino e vendo um pequeno sorriso se formar no canto dos lábios dele.

# End of flashback


Notas Finais


Espero que tenham gostado do Cap.

Até qualquer hora♡


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