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História Tudo que ele sonha [Malec] - Capítulo 52


Escrita por: AngelV

Notas do Autor


Oi meus amores☺️☺️
Como vocês estão?

Levanta a mão quem não dormiu nada noite passada🙋🤚 (Insônia😡)

Música do cap:
Don't Deserve You - Plumb
https://www.youtube.com/watch?v=nqik0YECdsg

Aproveitem💗

Capítulo 54 - Capítulo 52


O táxi parou em frente ao hotel e Alec olhou a enorme estrutura do lugar, parecia ser no mínimo caro uma diária por ali, se por fora assustava, mal conseguia imaginar por dentro. Nunca conseguiria entrar ali, o que iria dizer? Que é o primo de um dos rockstars que está hospedado ali? Como se alguém fosse acreditar.

 

E se estivesse no lugar errado? Não podia nem ter certeza se era ali que eles estavam e sabia que não adiantaria perguntar, os seguranças não iriam responder. Por que foi seguir o conselho de uma senhora de sessenta anos? Por que não foi para casa? Poderia estar em sua cama, tentando esquecer que aquela noite um dia existira. Tudo bem, a senhora de sessenta anos havia sido a única pessoa na festa que pareceu o ver caído no chão e se oferecera para ajudá-lo. Também havia sido a única a lhe dar um copo de água com açúcar e xícaras de café para recuperar a sobriedade. Mas por que ele não podia ter ouvido sua consciência e ido para casa? Agora estava ali, sozinho na chuva, tentando imaginar se algo podia acontecer para salvá-lo naquele momento.

 

Você é o primeiro rosto que eu vejo

E a última coisa que eu penso

Você é a razão pela qual estou vivo

É sem você que eu não posso viver

É sem você que eu não posso viver

 

Alec passou a mão pela testa, tirando o cabelo, que começava a ficar grudado à medida que a intensidade da chuva aumentava, e olhou em volta, tentando encontrar alguma saída para a enrascada em que tinha se metido. Não tinha dinheiro suficiente para pegar outro táxi e voltar pra casa e o celular insistia em dizer que estava fora de área, grande porcaria essa tal de tecnologia. Não podia ligar para Catarina e, mesmo se pudesse, ela provavelmente não atenderia. Não queria imaginar o que ela devia estar fazendo àquela hora. Um dos funcionários do hotel o olhou com pena e Alec sorriu sem graça. Quanto tempo até ele o expulsar dali achando que ele era algum maluco bolando um plano maligno para invadir o hotel? Pelo menos estava bem vestido.

 

 

- Alec?! – Uma voz conhecida chamou sua atenção e ele viu Jace o olhar com os olhos apertados por causa da intensidade da chuva, apesar dele estar embaixo de um enorme guarda chuva que o funcionário do hotel segurava.

 

Jace ainda vestia a roupa da festa e parecia ter acabado de sair de lá. Alec acenou, em dúvida do que fazer, e viu o menino acenar para que ele fosse até a entrada do hotel, ainda do lado de fora da recepção.

 

- O que aconteceu? Por que você estava parado na chuva? Alec, você tá encharcado. – Jace observou o estado do menino e tocou seu braço gelado.

 

- Eu vim... – Alec falou sem saber que desculpa poderia dar. Abriu a boca algumas vezes, mas nenhuma resposta convincente lhe veio em mente.

 

- Vem, não vou deixar você aqui. – Jace sorriu gentilmente. – O Magnus tá lá em cima, meu quarto é do lado do dele. 

 

- Jace, eu não... – Alec respirou fundo. – Essa não é uma boa ideia. 

 

Você nunca desiste

Quando eu estou caindo aos pedaços

Seus braços estão sempre abertos

E você é rápido para perdoar quando eu cometo um erro

Você me ama em um piscar de olhos

 

- Não vou te deixar aqui, Alexander. Assim você até me ofende. – Jace colocou a mão no peito, magoado.

 

- Desculpe, não foi minha intenção. – Sorriu.

 

- Vamos, você precisa se secar e tomar alguma coisa quente para te esquentar. – Jace tocou o braço dele e o guiou pela recepção do hotel até os elevadores. Apertou o vigésimo quinto andar e encostou-se à parede ainda analisando o garoto com os braços cruzados e o queixo tremendo de forma quase imperceptível.

 

- Por que não subiu? – Jace perguntou, calmo. Alec deu de ombros.

 

- Não sei o que vim fazer aqui. Não deveria estar fazendo nada disso. – Alec sussurrou, observando o número no mostrador ir mudando rapidamente.

 

- Eu fico feliz que você esteja fazendo. Nós sentimos sua falta. – Jace usou o plural deixando claro que não estava se referindo a Magnus. Quem sabe esse nós se referisse apenas a ele, Ragnor e Simon? Magnus deveria odiá-lo, assim como ele mesmo se odiava por tê-lo deixado dois anos antes.

 

- Também senti saudade de vocês. – Alec sorriu sincero.

 

O elevador apitou, parando no andar em que os garotos estavam hospedados e Alec mordeu o lábio inferior sem saber o que fazer. Jace entrou no enorme hall e olhou o menino ainda parado dentro do elevador, sorriu o encorajando e segurou a porta, vendo-o sair a passos lentos. Jace seguiu andando ao lado dele e parou em frente a uma das portas de madeira clara. Tirou o cartão do bolso e se virou para Alec.

 

- Alec, eu realmente quero que você e o Magnus se entendam. – Jace começou a falar, vendo que ele iria o interromper, e levantou a mão para impedi-lo. – Eu sei o quanto vocês se amam e sei que nem dois, nem cinco e nem vinte anos destruiria esse amor. Acredite, ele nunca te julgou nem por um segundo por você ter decidido seguir seu sonho, ele nunca te julgou por... você sabe. Ele sempre quis o melhor pra você. – Alec olhou para as próprias mãos sentindo a garganta apertar. Jace lhe deu um abraço e sorriu. – Se eu estou fazendo isso, é porque eu amo vocês dois e ainda acho vocês o casal mais bonito que eu já vi, por mais gay que eu possa soar agora. - Riu.

 

Alec o olhou sem entender o que ele quis dizer, o garoto se virou e bateu na porta, caminhando rapidamente até uma outra porta e entrando ainda mais rápido, deixando o garoto boquiaberto.

 

Filho da mãe!

 

- Jace? – Alec perguntou em dúvida, sentindo todo o corpo tremer. Ouviu a porta em frente a ele se abrir e um Magnus apenas de boxer e com uma cara de sono surgir.

 

Meu Deus!

 

Alec abriu a boca pelo menos quatro vezes na tentativa de ao menos pedir desculpa por acordá-lo, mas os olhos verdes de Magnus o encaravam com tanta atenção que a única coisa que ele pensava era como precisava abraçá-lo e ouvir suas palavras sempre tão doces e sinceras.

 

Eu não mereço seu amor

Mas você o dá para mim de qualquer maneira

Eu não sou o suficiente

Você é tudo que eu preciso

E quando eu fujo

Você sai correndo

E vem atrás de mim

É o que você faz

E eu não mereço você

 

- Entra. – A voz tranquila de Magnus o assustou. Olhou novamente para a porta fechada de Jace e hesitou alguns segundos antes de entrar no espaçoso quarto. Virou-se, pronto para pedir desculpa, mas Magnus tinha sumido. Arqueou as sobrancelhas sem entender, e ouviu um barulho vindo do banheiro. Segundos depois ele saiu de lá e lhe estendeu uma toalha branca.

 

- Obrigado. – Alec sorriu fraco pegando a toalha e passando-a levemente pelo cabelo, reparando pela primeira vez no quão encharcado estava.

 

Magnus caminhou até a janela fechada e observou as luzes da cidade, podia praticamente ver seu coração batendo em seu peito tão acelerado e desritmado que estava com medo que Alec pudesse ouvi-lo. 

 

- Magnus. – A voz baixa do menino o fez engolir em seco. Tanto tempo sem ouvir aquele timbre suave e calmo, suas memórias não faziam jus a realidade. Magnus virou-se de frente para ele e encarou seus olhos amedrontados. – Desculpe por te acordar.

 

- Não estava dormindo. – Magnus deu de ombros. Como se ele fosse conseguir dormir depois de tudo que acontecera. – Como você conseguiu vir até aqui? Digo, ao meu quarto. Disseram que a segurança daqui é pesada e ninguém da recepção me ligou pra avisar. – Sua curiosidade foi maior que o medo de magoá-lo com a pergunta, ele não se importava com o fato de Alec estar parado no meio de seu quarto, completamente encharcado e sem saber o que dizer.

 

- Desculpe por isso também, eu subi com o Jace.

 

Você é a luz dentro de meus olhos

Você me dá motivos para continuar tentando

Você me dá mais do que eu poderia sonhar

E você me traz de volta para a realidade

Você me traz de volta para a realidade

 

- Não tem problema. – Magnus caminhou até onde ele estava e estendeu a mão para pegar a toalha quando Alec terminou de se secar. Alec sorriu agradecido e passou a mão pelo cabelo, numa tentativa frustrada de arrumá-lo.

 

- Você deve estar com frio. Quer tomar uma sopa ou um chocolate quente? Posso ligar para a recepção e pedir que tragam. – Magnus o olhou, preocupado.

 

- Não precisa. Obrigado. – Alec sorriu sem graça e respirou fundo. Magnus estava parado a menos de dois metros de distância e Alec podia sentir o perfume dele. Era o mesmo de sempre, o mesmo que ele amava, o mesmo que fazia seu coração se acalmar.

 

- Então... Como você tá? – Magnus perguntou, sentando na beirada da cama e tentando iniciar uma conversa normal.

 

- Bem. – Alec respondeu controlando a vontade de dizer “com saudade de você”. – E você? Fiquei feliz de saber do Rock Solid. – Sorriu.

 

- É, conseguimos. – Magnus abriu um sorriso sincero. – Foi um pouco depois de você... – Parou, se arrependendo por ter dito aquilo. Alec olhou para o chão, sentindo o coração apertar.

 

- Eu fico feliz que tenha dado tudo certo, vocês merecem.

 

- E o curso de Design?

 

- Continua ótimo. Tem sido uma experiência e tanto pra mim. – Alec explicou. 

 

- E quando terminar... Você vai voltar? – Magnus perguntou, inseguro, tentando não demonstrar toda a esperança que havia ressurgido em seu peito. – Digo, pra Nova York. – Consertou.

 

Seu coração é de ouro

Como eu sou o único

Que você escolheu para amar,

Eu ainda não posso acreditar

Que você está ao meu lado

Depois de tudo que eu fiz

 

- Eu não sei ainda. – Alec mordeu o lábio inferior. Seu corpo inteiro queria gritar que sim. – Mas acho que sim, vai ser difícil achar um lugar onde morar mas, não quero trabalhar por aqui. – Deu de ombros. – Quando vocês vão embora?

 

- Só vamos ficar mais dois dias aqui. Vamos dar algumas entrevistas e depois voltamos pra casa. – Alec concordou, com um sorriso um pouco forçado. – Talvez a gente possa sair, se você quiser. Pode nos mostrar a cidade. – Magnus sugeriu.

 

- Hm, claro. Eu adoraria. – Concordou com um sorriso.

 

Um silencio se instalou pelo quarto, Alec fechou os olhos respirando fundo antes de dizer as palavras que já deveria ter falado a muito tempo.

 

Eu sinto muito... – Alec fez uma pausa quando os olhos de Magnus pousaram nos seus. – Eu realmente sinto muito, por tudo, Magnus.

 

Eu não mereço seu amor

Mas você o dá para mim de qualquer maneira

Eu não sou o suficiente

Você é tudo que eu preciso

E quando eu fujo

Você sai correndo

E vem atrás de mim

É o que você faz

E eu não mereço você

 

- Eu entendo se você me odiar agora, eu mereço. - Alec olhou pra baixo por alguns segundos antes de continuar. - Eu fui um idiota, deixei que nossa relação fosse se acabando daquele jeito e não me esforcei o bastante. Depois de tantos anos tentando ser forte, estando ao seu lado e te amando em silencio... Eu fui fraco.

 

Alec abaixou a cabeça sentindo a garganta se fechar e olhou para os próprios pés, era como se olhar para Magnus naquele momento fosse difícil demais

 

- Alec, você não foi o único responsável pelo fim do nosso relacionamento. – Magnus falou quase como num sussurro, atraindo o olhar de Alec para o seu novamente.

 

- Eu nunca te julguei por... por ter ficado com outra pessoa.

 

- Isso só faz com que eu me sinta pior – Magnus o olhou confuso e Alec continuou – Escutar que você nunca me julgou, faz com que eu me sentir pior. – Explicou.

 

- Escutar um “Eu te odeio”, seria mais fácil pra você? – Alec engoliu em seco, Magnus não estava tentando ser rude e Alec sabia disso. Aquela conversa estava sendo tão difícil pra Magnus quanto pra ele mesmo.

 

- Não vou mentir e dizer que não fiquei puto, porque eu fiquei. Eu sempre fui egoísta em relação a você – Magnus soltou uma risada baixinha - nunca permiti que ninguém se aproximasse e não me importava se você brigasse comigo por conta disso – Se interrompeu apenas para olhar no fundo dos olhos do garoto a sua frente – eu nunca te julguei por você tentar viver sua vida, assim como você nunca me julgou. Eu nunca seria capaz de te odiar, Alec.

 

Alec mordeu o lábio inferior absorvendo as palavras de Magnus enquanto sentia o olhar do garoto sobre si.

 

- Então você me perdo... – Magnus o interrompeu.

 

- Não há nada o que perdoar. – Magnus se levantou e foi ao frigobar no canto do quarto, ficando de costas para Alec enquanto procurava algo para beber. Ele fora sincero em suas palavras, teve dois anos para pensar no assunto, não havia nada o que perdoar pelo simples fato de nunca ter culpado Alec de nada. Quando voltou a olhar para o garoto, ele estava no mesmo lugar de minutos atrás agora, porém, com um sorriso triste nos lábios.

 

Eu não mereço

Uma oportunidade como esta

Eu não mereço

Um amor que me dá tudo

Você é tudo que eu quero

 

- Obrigado.

 

- Pelo quê? – Magnus perguntou, se aproximando do lugar onde Alec estava.

 

- Por ter falado comigo, me escutado.

 

- Você esperava que eu fechasse a porta na sua cara?

 

- Era... – Alec soltou uma risada triste – era exatamente isso.

 

- Por que eu faria isso? Quando eu cometi meus erros no passado Alec, você sempre estava com a porta aberta pra mim. – Magnus explicou e viu Alec esboçar um meio sorriso, aquilo era a mais pura verdade, não importa o quão grave fossem seus erros.

 

Aquilo aqueceu seu coração.

 

- Eu posso te dar um abraço? – Alec perguntou ainda incerto do que estava fazendo mas, não com medo de ser rejeitado.

 

- Pode. – Magnus se surpreendeu com o pedido mas não negou. Chegou mais perto do garoto e envolveu a sua cintura com os braços, e Deus, foi ainda melhor que na festa sem todo aquele barulho e pessoas em volta. Assim como fizera antes, Magnus tentou aspirar o máximo que podia do perfume que exalava do corpo de Alec, mas por mais que tentasse, ainda não era o bastante.

 

- Obrigado. – Alec repetiu quando se afastaram, minutos depois. Os dois ainda estavam muito próximos, e olhavam um nos olhos do outro.

 

Era isso. O fim. Alec sentia um alivio e uma dor no peito que se entrelaçavam a cada segundo, não tinha se preparado muito para aquela conversa mas era isso, ele ia deixar Magnus partir. Magnus merecia ser feliz.

 

- Eu quero que você seja feliz. Você merece ser feliz. – Uma lagrima brilhava no seu olho, para qualquer pessoa que não o conhecesse, aquilo passaria completamente despercebido. Magnus percebeu. - Eu quero que você tenham tudo que sempre sonhou, do fundo do meu coração eu espero que você consiga tudo que sempre sonhou, Magnus.

 

Ele estava se despedindo

 

Magnus percebeu no segundo em que Alec começou a falar. Naquele momento Alec estava fazendo o que ele fizera dois anos atrás, abrindo mão da própria felicidade para que o outro fosse feliz. Magnus não teve forças para impedir que seu coração não doesse ao constatar aquilo.

 

- Eu acho melhor eu ir e deixar você descansar. – Alec falou dando alguns passos pra trás. – Sei que deve estar cansado por causa do show, me desculpe novamente por incomodar.

 

Eu não mereço seu amor

Mas você o dá para mim de qualquer maneira

Eu não sou o suficiente

Você é tudo que eu preciso

E quando eu fujo

Você sai correndo

E vem atrás de mim

É o que você faz

E eu não mereço você

E eu não mereço você.

 

Alec se virou, agradecendo por já estar perto da porta e, quando girou a maçaneta para abri-la, a mão de Magnus empurrou novamente, fechando-a fortemente. Alec respirou fundo por conta do susto virou-se de frente para o garoto se assustando com a proximidade dele, seus rostos estavam tão perto e Alec queria tanto tocá-lo. Sem que precisasse mandar esse comando até seu cérebro, sua mão tocou o rosto de Magnus levemente, acariciando sua bochecha. Magnus fechou os olhos, respirando fundo, como conseguira viver tanto tempo sem aquele tipo de toque? Sem aquela respiração calma que tocava seus lábios fazendo-o lembrar o gosto dele.

 

- Eu não vou embora daqui sem você. – Magnus confessou baixinho, abrindo os olhos e o encarando. – Eu preciso que você diga que quer voltar e ir embora comigo também.

 

- Magnus, eu não posso. – Alec sussurrou, deixando clara a dor em seu tom de voz. – Preciso receber o certificado do curso de Design, é importante pra mim.

 

- Mais importante do que eu? – Magnus perguntou, sério. Alec balançou a cabeça negativamente.

 

- Não. – Alec respondeu. – Nunca.

 

Magnus aproximou ainda mais os rostos e colou o corpo no dele, sentindo as respostas imediatas. Era aquilo que ele nunca sentiria com nenhuma outra pessoa. Seu corpo sempre pediria pelo de Alec, somente ele lhe dava todas aquelas sensações, somente ele o fazia sentir vulnerável. Passou o nariz calmamente pelo dele, e segurou seu rosto com as duas mãos, vendo Alec fechar os olhos.

 

Seus lábios se encontraram num misto de expectativa e hesitação, nenhum dos dois poderia negar aquela vontade, seus corpos os entregariam. A calma não foi mantida durante muito tempo, a saudade e o desejo gritavam, lhes dando pressa. Suas línguas se moviam com intimidade e intensidade e suas mãos inquietas estavam se redescobrindo, ainda incertas diante de algumas mudanças.

 

- Magnus... Eu acho melhor nós... – Alec não conseguiu terminar a frase foi impedido pelo dedo de Magnus em seus lábios, o impedindo de falar.

 

- Shhh... – Foi só o que Magnus disse, antes de afastar seus dedos da boca do garoto e voltar a beija-lo.

 

Alec não conseguia se decidir entre a nuca e as costas de Magnus. Uma de suas mãos acariciava os cabelos dele, deixando que seus dedos se perdessem entre eles, enquanto a outra arranhava levemente suas costas. Era aquele desejo mais forte que seu próprio auto controle que Alec nunca encontrara em Ethan, aquela vontade de ter o corpo dele tão colado junto ao seu até que parecesse ser apenas um. Não sabia se o que estavam fazendo era certo, a única coisa que sabia era que estava impossível de parar. Alec sentiu Magnus puxar seu lábio inferior e gemeu baixo, sentindo a respiração ficar cada vez mais descompassada. Uma das mãos dele foi até a sua nuca e puxou levemente seu cabelo, enquanto seus lábios desceram lentamente pelo pescoço. Alec inclinou a cabeça deixando que as mãos dele passeassem por seu corpo sem restrições, Magnus tinha direito certo? Era dele, sempre fora.

 

Magnus puxou o casaco de Alec pra baixo, deixando que caísse aos pés do menino. Suas mãos imediatamente desceram até os glúteos e as coxas dele, percebendo que estavam mais firmes, assim como todo o corpo estava mais forte. Magnus conseguiria, de olhos fechados, dizer todas as mudanças que ocorrera em cada parte do corpo de Alec. Ainda era aquele corpo que atormentava seus sonhos e tirava sua concentração, aquele mesmo corpo que ele vira mudar ao passar dos anos.

 

Desencostaram-se da porta e caminharam cegamente até o meio do quarto. Magnus subiu um pouco as mãos até chegar à barra da blusa que Alec usava e a puxou pra cima, vendo o menino se afastar e levantar os braços, o ajudando a tirar a peça de roupa com um sorriso. Magnus sorriu de volta depois de jogar a blusa no chão e desceu os olhos pelo corpo dele, ainda era aquele mesmo corpo capaz de despertar seus melhores e piores desejos. Ainda era seu pedaço faltando, a outra metade que o completava, o único corpo que se encaixava perfeitamente ao seu, como se tivesse sido cuidadosamente desenhado. Alec mordeu o lábio inferior quando os olhos de Magnus encontraram novamente os seus. Alec não sentia vergonha de ter o corpo tão calmamente estudado pelos olhos dele, aquilo lhe parecia natural. Magnus segurou novamente em sua cintura e ele fechou os olhos, suspirando, nunca se dera conta de como sentia falta do contato das mãos dele em seu corpo nu. O nariz de Magnus passeou por seu ombro subindo por seu pescoço muito lentamente. Alec sentia a respiração pesada dele tocar sua pele com a mesma delicadeza que suas mãos acariciavam suas costas e cintura.

 

- Eu te amo tanto. – Alec sussurrou, deslizando as próprias mãos para o pescoço de Magnus. Aquelas palavras lhe pareciam tão certas.

 

- Mais do que qualquer outra coisa. – Magnus respondeu no mesmo tom, sem parar de passear o nariz pelas bochechas quentes do menino.

 

- Eu não quero te deixar de novo. – Alec confessou, sentindo um peso sair de seu coração. Era aquilo que ele queria dizer, para isso tinha ido até ali.

 

- Eu vou esperar e, se você não se atrasar demais, eu posso esperar por toda minha vida. – Os dois riram baixo, antes de deixar que seus lábios voltassem a se encontrar.

 

- Promete? – Alec estendeu o dedo mindinho, abrindo um sorriso ao copiar a mania que Magnus tinha quando eram mais novos e queria que ele jurasse alguma coisa.

 

- Prometo. – Magnus riu e entrelaçou o mindinho com o de Alec, voltando a beija-lo logo em seguida.

 

Alec empurrou o garoto em direção a cama e fez com que ele se sentasse, o empurrando para trás. Sorriu, indo até a parede perto da porta e abaixando um pouco a luz do quarto. Caminhou até a ponta da cama novamente e desabotoou a calça, jogando-a no chão sem se importar muito. Magnus o observou daquela forma e sorriu calmamente, vendo-o subir na cama e trilhar um caminho de beijos lentos e provocantes desde sua barriga até sua boca. Magnus o segurou pela cintura, enquanto deixava que seus dedos se perdessem nos cabelos de Alec e girou o corpo, deixando-o sob si.

 

- Faça amor comigo – Alec implorou em um sussurro quase sem folego. – Faça amor comigo, Magnus. Toque em mim, ponha suas mãos sobre mim. - Alec segurou o elástico da boxer que Magnus vestia e mordeu o lábio inferior, imaginando que seu pescoço já devia estar com algumas marcas, tamanha era a intensidade dos chupões que o garoto dava. Desceu a última peça de roupa que cobria o corpo dele e deixou que Magnus terminasse de tirá-la. Alec sorriu quando ele voltou a deitar sobre seu corpo e passou os braços pelo pescoço dele, sentindo sua pele esquentar por estar em contato com a sua pele. Deixou que Magnus descesse sua cueca por suas pernas lentamente, enquanto os olhos dele analisavam cada parte de seu corpo com tanta atenção que parecia estudá-lo minimamente.

 

- Não posso perder você, Magnus. – Alec disse deixando que uma lagrima solitária rolasse por seu rosto, enquanto acariciava o rosto do garoto.

 

- Você não me perderia nem se quisesse. - Magnus respondeu limpando a lagrima que Alec deixou cair e desceu as mãos calmamente pelo corpo dele até alcançar sua perna, levantando-a um pouco para que se encaixasse entre elas e roçando seus corpos minimamente. Seus lábios percorreram toda a mandíbula do menino, chegando até seu pescoço, ainda tão tentador quanto ele podia se lembrar. Magnus depositou pequenos beijos sensualmente naquela área e sentiu Alec apertar seu braço e se mover contra ele soltando o ar pesadamente em seu ouvido. Magnus segurou firmemente na coxa do menino e movimentou sua cintura em cima da dele, Alec arqueou as costas. Súplicas roucas saíam dos seus lábios. Magnus sorriu satisfeito e deixou que sua língua acariciasse aquele pescoço tão macio e convidativo enquanto escorregava uma mão ao membro do menino o acariciando, estimulando, sem pressa alguma.

 

Alec jogou a cabeça pra trás, gemendo em deleite por conta daquele toque, aquele era Magnus, fazia tanto tempo, era isso que precisavam. Suas mão percorreram as costas de Magnus, escorregaram até a cintura e deslizou por entre eles, tomando o membro de Magnus em uma das mão numa caricia tão provocante quanto a que recebia. Magnus voltou a beijá-lo e deixar que suas mãos explorassem o corpo dele, ainda procurando por mudanças, enquanto sentia as unhas de Alec subirem e descerem lentamente por suas costas, o provocando. Partiu o beijo apenas para pegar a carteira que estava no móvel ao lado da cama e pegou uma camisinha, colocando-a com cuidado.

 

- Olhe pra mim, Alexander. – A voz de Magnus estava tão rouca que Alec quase não conseguiu reconhecê-la. Alec o olhou intensamente nos olhos dele, sorrindo ao perceber que Magnus precisava daquilo tanto quanto ele. Era mais que vontade, mais que desejo, era a necessidade de senti-lo novamente, sentir seus corpos se entregarem da mesma forma. Alec abriu mais as pernas e selou os lábios calmamente nos de Magnus e correu as mãos pelas costas do menino agarrando sua bunda o puxando pra si, antes de ouvir um gemido escapar por entre eles e as mãos dele apertarem seu braço com força quando Magnus o penetrou lentamente, com todo cuidado. Alec pressionou a cabeça contra o travesseiro à medida que Magnus chegava mais fundo, tomando conta do seu corpo centímetro por centímetro, não existia dor.

 

Quando entrou por inteiro, Magnus começou a se mover em investidas calmas. Os dois fecharam os olhos, apenas sentindo o que havia entre eles. As estocadas ritmadas de Magnus faziam o prazer se espalhar em ondas pelos corpos de ambos. Aquilo era muito bom, era como uma volta para o que eram, uma volta pra casa. As pernas de Alec envolveram os quadris de Magnus em movimento, o fazendo tocar mais e mais fundo arrancando quase um grito de prazer de seus lábios, a respiração de Alec acelerou quando Magnus encostou a testa na sua gemendo contra sua boca e os olhos cravados nos seus.

 

- Eu te amo, Magnus.

 

- Eu também te amo.

 

Agarrando a bunda do menino, Magnus ajeitou a posição dos quadris de Alec e atacou de novo e de novo o mesmo lugarzinho. O orgasmo dos dois estava perto e os movimentos de Magnus eram incansáveis, implacáveis, ele continuou metendo com força até os dois, ao mesmo tempo, perderem o controle do próprio corpo e se entregarem ao orgasmo violentamente. Um grunhido rouco reverberou pelo peito de Magnus quando ele enterrou o rosto na curva do pescoço de Alec e sua visão ficou turva. Alec mordeu o ombro de Magnus para abafar seus gemidos enquanto o abraçava e se contorcia embaixo dele, sentindo seu abdômen molhado e seus músculos contraírem em espasmos de êxtase.

 

Magnus deitou ao lado de Alec ainda ofegante sentindo o olha do menino sobre si e virou-se ficando cara a cara com Alec vendo seu peito ainda subir e descer depressa. Eles ficaram assim, sem falar nada, aquele não era o momento de falar e eles sabiam disso.


Notas Finais


O cap não teve imagem para não estragar a experiência 😂😆

Desculpem qualquer erro, as vezes passa despercebido.

Espero que tenham gostado do Cap.
Até qualquer hora😘😘


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