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História Tunnel Vision - Parte 2


Escrita por: Sunkrich

Capítulo 3 - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Tunnel Vision - Parte 2

Uma hora depois, meus dedos já estavam enrugados e fui me trocar. Revirei minha mala á procura de uma roupa adequada. Nada. É claro que eu havia trazido roupa pra sair á noite, mas eu não esperava ser convidada pra um jantar com Mr. JT! Optei por um tubinho preto básico e tomara que caia. Era simples, mas não tinha erro! Coloquei sandálias pretas de salto, brincos, pulseiras, prendi o cabelo num rabo alto, maquiagem esfumada e só!

Olhei no visor do celular: 22h30. Liguei a enorme TV de plasma pra me distrair um pouco, deitando na cama.  Mudei de canal e em um deles estava passando um especial de clipes dele… Fique assistindo! Fui até o frigobar e peguei uma garrafa com água. Bebi tudo de uma só vez. Olhei novamente no celular: 23h. Torci as mãos e estralei os dedos de nervoso. Fui até o banheiro e me olhei no espelho, retocando o batom. Abri a porta do quarto e saí.

Andei até o lobby do hotel e perguntei por Nina. Me disseram que ela estaria de folga até na segunda e me entregaram um bilhete: “Te ligo domingo. Vou aproveitar o fim de semana e espero que você aproveite o seu! Beijo, Nina”

Perguntei á recepcionista aonde era o salão menos e ela foi comigo até lá. Parei na porta e me vi de frente á dois seguranças barrando a entrada.

- Deseja alguma coisa?- um deles me perguntou educadamente.

- Fui convidada!- respondi.

- Só um instante!- o outro disse entrando e fechando a porta.

Demorou alguns minutos até que ele voltasse.

- Sinto muito, mas você não pode entrar!

Espiei por entre a fresta da porta que estava meio aberta agora. Pude ver Justin falando ao telefone, distante do restante das pessoas do jantar que estavam reunidos numa grande mesa. Olhei uma ultima vez e voltei por onde tinha vindo. Definitivamente, ele estava ao telefone com a esposa e eu não era ninguém, apenas a ‘menina da pasta’.

Não sei dizer o porquê, mas tive vontade de ir até o quarto dele e assim o fiz. Parei diante da porta e me sentei no chão, cruzando as pernas junto ao corpo. Não havia muita movimentação aquela hora, achei que passaria despercebido ali. Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos… 

Escuto passos e risadas. Será que eu dormi? De repente, silêncio.

- Hey! - Sinto uma mão tocar delicadamente o meu braço, uma voz familiar. Abro os olhos e o vejo agachado junto á mim. Ele sorri, se levanta e me estende a mão, me ajudando a levantar também.

- Desculpa, eu… Acho que peguei no sono!- disfarço. Ele faz um sinal e o segurança e a mulher loira que conversei de manhã se afastam.

- Tudo bem?- ele me pergunta franzindo a testa.

- Sim, eu só… Tentei ir ao jantar, mas… Não pude entrar!-fitei meus próprios pés.

- Não te deixaram entrar?- vejo seu semblante mudar e ele ficar sério.

- O segurança disse que eu não podia- falei.

- Só um minuto! Ele pediu que eu esperasse, fazendo um gesto com a mão. Ele se virou e foi falar com o segurança que estava á poucos metros dali. O vi gesticular, mas não pude ouvir o que ele dizia.

- Me desculpe por isso!- ele diz juntando as duas mão rente ao queixo- Avisei que você iria, mas por alguma razão aquele cara li (ele apontou pro segurança!) não estava sabendo!

- Não tem problema!- respondi dando um sorriso.

- Quem sabe você não queira jantar comigo? – ele abre os braços, estreitando os olhos e sorrindo grande. Tentei dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas somente assenti.

Então ele abre a porta do quarto e a segura pra que eu entre. As luzes se acendem e me vejo ali, no quarto dele. Passo os olhos devagar pelo lugar, tentando gravar todos os detalhes. O quarto era o dobro de tamanho do meu: arejado, aconchegante e muito bonito! Reparei que havia uma mesa na ante sala, talvez jantássemos ali.

- Sente-se, por favor- ele puxa a cadeira gentilmente pra mim, me tirando dos meus devaneios.

- Obrigada!- digo enquanto ele se senta de frente pra mim.

- Gostaria de algo especial ou..?

- Não, o que você escolher está bom!- respondo sem jeito.

- Dois pratos de macarrão e frango com queijo e um vinho branco. – ele fala pegando o telefone. Sim, obrigada!- desliga. Espero que você goste de macarrão e frango!- ele ri gostosamente, mostrando os dentes perfeitos!

- Gosto, gosto sim!- sorrio de volta.

- Então, você é do Rio? Vai ao show?- ele engata uma conversa enquanto a comida não chega.

- Não, eu moro do outro lado do país. Vou ao show sim, mal posso esperar!- tentei transparecer o máximo de empolgação possível.

 Batidas na porta e o jantar chega. Eu estava morrendo de vergonha, mas ao mesmo tempo extasiada por ter um momento assim, tão íntimo, com ele. Jantamos e trocamos algumas palavras sobre o repertório do show, o Rio de Janeiro e até mesmo São Paulo, cidade que ele me disse que gostaria muito de conhecer! A comida e o vinho estavam maravilhosos, a propósito! Entramos no assunto música brasileira e vi os olhos dele brilharem á menção da palavra “samba”.

- Gostaria de aprender alguma coisa nova pro show. Será que você poderia…?

- Te ensinar? Claro!- sorrio grande conforme nos levantamos da mesa.

Corri até o Mack book  que estava em cima da mesa, próxima ao quarto. Ele me acompanhou.

- Posso?- perguntei á ele sobre colocar uma musica da minha escolha, só que dele, claro. Ele fez um gesto de “vá em frente!”. Procurei no Youtube e dei o play em “Let the groove get in”.

Começamos a dançar animadamente, ele me encorajando a ‘me soltar’ mais, apesar de toda a minha vergonha. Voltei rapidamente até a antessala, enchi o copo duas vezes e tomei mais vinho. Era preciso ter um controle sobre humano pra poder dançar com ele, nós dois sozinhos no quarto… 

Era extremamente difícil pra mim estar tão perto dele, milhares de pensamentos vinham á tona á minha mente, sensações, desejos, sentimentos… Tudo vindo de dentro pra fora e eu tinha que me controlar ao máximo pra que não exteriorizar isso.

Ao final da música, nos sentamos no chão, cansados e suados…

- Nada mal!- ele me diz.

- Obrigada! – falei- Posso ser uma das suas dançarinas?!- nós dois rimos.

- Posso pensar sobre isso!- ele pisca pra mim. Meu Deus!- E então, como foi que você se tornou minha fã?- ele apoia um dos braços nos joelhos, com as pernas entreabertas. Não consegui não olhar.

- Bom, a primeira vez que reparei em você foi no clipe de “Girlfriend”, quando você ainda estava no N’sync- falei- Tentei ver vocês no Rock In Rio em 2001, mas não pude. Depois veio a sua carreira solo e eu continuei acompanhando seu trabalho assim como nos cinemas também… Mês passado soube que você viria e então planejei tudo pra poder te ver!- resumi.

- Nossa!- ele se espanta- Você me disse que mora do outro lado do país, não deve ter sido fácil chegar até aqui!- ele conclui.

- Não mesmo!- respondi- Na verdade, minha prima trabalha de recepcionista aqui no hotel, ela me ajudou pra que eu conseguisse me hospedar aqui!- disse deixando bem claro todas as minhas loucuras por ele.

- Você fez tudo isso, por mim?- ele me olha incrédulo e solta um: “Wow”, me deixando sem graça pela primeira vez.

- Você não sabe do que eu seria capaz por você!- rebati sem ao menos pensar. Tive medo ao perceber que acabou soando como algo psicótico, do tipo “mataria alguém se você me pedisse”.

- Hum- ele ficou pensativo- E você veio sozinha pro Rio? – ele muda de assunto.

- Vim! Tirei uns dias de folga do trabalho !- eu disse.

- E você trabalha em que?- ele se interessa.

- Sou professora de inglês numa escola de idiomas!

- Por isso do sotaque perfeito!- ele brinca- Cuidado ou você pode acabar se passando por uma americana e seduzir algum americano por aí!- ele sorri fitando o chão. Estremeci ao detectar isso como uma possível indireta e acho que ele também percebeu o duplo sentido, ficando sem graça em seguida.

- Não quero conquistar ninguém… - falei rapidamente- Não, eu quero. Mas não acho que… - parei- Deixa pra lá!

- Não acha que…?- Justin me interroga- Pode terminar de dizer!- ele parecia querer ouvir a verdade.

- Não, é melhor você não saber!- senti vergonha e desviei o olhar do dele- Você não ia querer saber o que se passa aqui dentro!- apontei pro meu peito.

- Adoraria!- ele me olha fixamente. Engulo em seco. Me levanto e vou até a sacada.

Fico olhando a vista lá embaixo. Pelos movimentos, percebo que ele sentou na beirada da cama, esperando pra ouvir o que quer que eu diga. Respiro fundo…

- Eu te amei desde a primeira vez que te vi- comecei- Por ser muito nova, achei que fosse passageiro, mas não. Por você eu seria capaz de qualquer coisa! Com o tempo, esse sentimento foi crescendo dentro de mim e eu aprendi a viver com ele. Jamais sonhei em confessar isso pra alguém, é loucura demais. Como você pode amar alguém que jamais viu pessoalmente? Mas eu te amo e isso foge completamente do meu controle. Pensei em você a cada segundo desses doze anos, sonhando acordada que um dia… – não contive as lágrimas e desabei no choro.

- Um dia, você vai encontrar alguém… – sinto as mãos dele percorrerem os meu braços enquanto ele sussurra perto do meu ouvido. Me arrepio.

- Não quero ninguém- me viro de frente pra ele- Quero você!- o encaro. Ele olha através da vidraça aberta e seu olhar se perde em algum lugar ao longe.

Passo a mão pelo seu rosto. Ele segura minhas mãos entre as dele e as beija delicadamente. Lágrimas escorrem pelo meu rosto.

- Não chora…- ele as enxuga, passando o polegar pelo meu rosto- Por favor!

Acaricio seu cabelo e o vejo muito próximo a mim. Me perco nos olhos azuis dele que brilham . Imagino que são duas estrelas, me indicando a direção. Encosto meus lábios nos dele e o beijo vagarosamente. Ele não recusa. Abro espaço entre sua boca e sinto nossas línguas se tocarem, avançando pra um beijo calmo, mas receoso.

- Não posso… - ele se afasta- Seu rosto está sério agora.

- Me desculpe!- me limito a dizer.

- Eu também quis- ele rebate- Mas é errado, minha esposa, eu… - ele coloca as mãos na cabeça.

- Isso é errado?- levo a mão dele ao meu peito pra que ele sinta meu coração bater aceleradamente.  Não me importa que você seja casado, não estou te pedindo nada em troca. Só não me peça pra parar de sentir, de te querer assim, tão livremente…

- Você não merece isso!- ele diz- Não merece apenas uma noite e…

- Eu daria tudo de mim por uma noite com você!- desabafo, secando as dezenas de lágrimas que molham o meu rosto.

Justin se aproxima de mim e me beija com desejo. Sinto minhas pernas amolecerem e me escoro na parede pra não cair. O beijo é quente, úmido, com gosto de sal devido ao meu choro. Mas mesmo assim, é incrível!  Ele me conduz até a cama sem interromper o beijo. Nos separamos gentilmente e ele senta encostando na cabeceira, pegando em minha mão pra que eu sente em meio ás suas pernas. Obedeço.

- O que vamos fazer?- ele me pergunta, beijando meu rosto enquanto acaricia meu cabelo, me estreitando num abraço apertado em seguida. Não sei o que dizer.

- O que você quiser, mas… - falo olhando-o nos olhos- Canta uma música pra mim?- peço. Escolhe uma!

Alguns chamam isso de destino. Outros de conexão. Eu chamo de amor… Justin começou a cantar ‘Tunnel Vision’ pra mim…

Didn’t I seem like I’ll get you something?

That’s because it’s true,

I can’t deny it, I won’t try it

But I think that you know

I look around and everything I see is beautiful

Cause all I see is you

And I can’t deny it, and I stay by you

And I won’t hide it anymore

A crowded room everywhere

A million people around all I see is you

And everything just disappears, disappears, disappears

Yeah, a million people in the crowded room

Put my camera lenses on will be set to zoom

And it all comes so clear, it comes so clear, it comes so clear

Lágrimas molharam meu rosto mais uma vez aquela noite. Era tudo tão imensamente mágico e surreal e tão perfeito…

- Não sei por que, mas te amo tanto!- falei rente á boca dele.

*Nota: a autora sugere que escutem a música enquanto leem.

http://www.youtube.com/watch?v=CpDBQYVQHc8

Ele me beijou com doçura, vagarosamente. Aprofundei o beijo, encostando minha língua na dele… Com ambas as mãos, ele segurou-me pela nunca, colando nossas testas. Desci o beijo até sua orelha e pescoço e o vi fechar os olhos enquanto eu o fazia… Eu precisava dele mais do que tudo!

- Fica comigo!- sussurrei em seu ouvido. O vi olhando pra aliança que brilhava em seu dedo. Ele a tirou, colocando-a em cima do criado mudo ao lado da cama.

O beijei com loucura e ele se entregou ao beijo. Meu coração pulsava rapidamente. Eu só queria beijá-lo e me entregar completamente á ele… Nos deitamos na cama e coloquei a mão até a barra de sua calça, abrindo a fivela do seu cinto. Ele me virou gentilmente de lado e abriu o zíper do meu vestido, me ajudando a tirá-lo por completo juntamente com minha calcinha. Tive vergonha e coloquei os braços diante dos meus seios, tapando-os. Ele beijou-me a testa numa frase muda de “tá tudo bem”. Enfiei ambas as mãos por debaixo de sua camisa, tocando-o. Ajudei-o a tira-la, assim como toda a sua roupa. Ele era extremamente perfeito com seu corpo definido, esculpido milimetricamente por algum anjo… Ele me causava sensações incríveis só de olhá-lo. Meu corpo respondia a cada olhar seu, me deixando extasiada!

Percorremos o corpo um do outro com as mãos, nos acariciando e nos proporcionando prazer. Era surreal demais pra ser verdade! Ele me beija novamente e se posiciona em cima de mim. Me sinto estremecer.

- Você tá tremendo!- ele diz rente ao meu ouvido, num sussurro- Se acalma!- e beija meu rosto incansavelmente até que eu me acalme.

Assenti indicando que estava pronta. Justin me penetra vagarosamente enquanto arqueio minhas costas pra trás num gemido. Nos beijamos com desejo, paixão, medo, curiosidade de ambas as partes, tudo misturado. Ele me invade de um jeito próprio, me levando á loucura. Enlaço as pernas em seu quadril pra que ele me vá mais ‘fundo’ em mim. Ouço-o gemer e dizer coisas sem sentido e isso me excita. Ficamos assim durante vários minutos, querendo um ao outro, nos tendo e aproveitando cada segundo do que mais parecia um sonho…

Noto que estou quase lá. Ele tem a testa enrugada e os olhos fechados de um jeito extremamente sexy e apaixonante. Ele investe contra mim e sinto minhas pernas amolecerem, me levando ao clímax. Justin também relaxa seu corpo, exausto. Continuamos assim, tentando manter cada segundo de tudo.

Ele deita sua cabeça entre meus seios enquanto eu acaricio seus cabelos amorosamente. Não é possível descrever com palavras tudo o que senti. Se o amor é a essência da vida, então eu estava vivendo!

- Posso dormir aqui?- pergunto- Se preferir posso ir pro meu quarto.

- Fica!- ele diz sonolento.

Me aconcheguei na cama ficando de frente pra ele. Notei que ele estava longe dali, culpa talvez.

- Me desculpa por te fazer sentir assim…

- Eu nunca tinha traído ela- ele desabafa. Não sei se me sinto mal ou lisonjeada por ser a causa disso.

Virei-me pro lado, dando as costas pra ele, pensando. Justin me puxa contra seu corpo, me cobrindo com o lençol e me abraça por trás.

- Não estou te culpando, me desculpa!

- Tudo bem- digo. Ele beija meu rosto- Você deve estar cansado…

Ele afirma que sim e vejo seus olhos quase se fechando. Acabei dormindo também. (…)



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