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História Turbulências - Repensando.


Escrita por: ddwertrud

Notas do Autor


Oiiiis.
Ai está mais um capitulo. Eu ia postar ontem mas eu fiquei meio abalada com o fato da chapecoense e acabei deixando pra hoje.
Ah, e alguém assistiu o vsfs? O que acharam?

Capítulo 4 - Repensando.


Fanfic / Fanfiction Turbulências - Repensando.

Cidade de Germering, estado da Baviera. - 06/09/2016 07:00 a.m. – Apartamento da Maria.

Maria P.O.V

Acordo com um peso na minha barriga. São exatas 7 horas da manhã e minha gata está pedindo por comida. Me espreguiço um pouco e tateio a cama atrás do meu celular. 11 chamadas perdidas da mamãe. E é só aí que me cai a ficha. Meu irmão não é mais uma criança, ele enfrentou minha mãe por ela não o aceitar como é de verdade. Fico feliz por minha borboleta estar criando assas. Mas me entristece demais o fato de que minha mãe, a mulher que me criou, esteja negando seu próprio filho. Nas histórias, as mães sempre aceitam e lutam pelos seus filhos, e pensar que minha mãe não fez nada disso, me magoa fortemente.

Meus pensamentos são dissipados quando sinto que minha gata mordeu meu dedo do pé por não estar lhe dando atenção.

- Tudo bem Lady, você venceu. - Lhe faço um breve cafuné na cabeça e levanto já sentindo um friozinho percorrer o meu corpo. Primeiro vou ao banheiro, escovo os dentes e jogo uma água no rosto. Depois vou até a cozinha, despejo a ração na vasilha e coloco o café pra fazer. Boto algumas coisas na mesa e vou até o quarto que Bob está.

 Olhando-o assim, dormindo tão tranquilamente, nem parece que o meu menino está passando por tantos problemas em sua vida. E o que me magoa mais é o fato de que é a nossa mãe que está causando grande parte deles. Um menino tão cheio de vida. Sempre alegre e disposto a ajudar qualquer um. Imagino o quanto uma pessoa que só vê o bem sofre quando alguém lhe faz mal.

Depois de verificar que ele está bem, volto para a cozinha. O café já passou. O despejo em uma xícara e belisco alguns biscoitos.

Uns quinze minutos depois Bob aparece na cozinha com uma cara de sono.

- Bom dia raio de sol. - Digo indo até ele dar um beijo. - Dormiu bem?

- Um pouco. - Noto que ele força um sorriso. Faço um gesto para que ele tome café e ele o faz. Nós nos sentamos na mesa e o silencio reina por um tempo. O que será que ele está pensando? O que se passa na cabeça de uma pessoa que foi praticamente negada pela pessoa que o gerou e o colocou no mundo? Não consigo imaginar o sofrimento que meu menino esteja passando. Meus pensamentos são cortados por Bob. - Eu estive pensando em uma coisa.

- Prossiga. - Digo após bebericar um pouco do meu café.

- Eu não posso ficar aqui, dada. Eu não quero te incomodar, e se - O interrompo.

- Você não está incomodando Bob. Pode ficar o tempo que for preciso. Eu sou irmã mais velha, sou responsável por você na ausência da mamãe.

- Não, meu responsável na ausência da mamãe é o nosso pai. - Ele ter dito isso me surpreende, nosso pai sempre meio que foi um assunto proibido entre nós.

- Eu não estou entendendo aonde quer chegar com essa conversa. - Franzo a testa em sinal de interrogação.

- Você está começando uma vida dada. Você faz faculdade e tem o seu trabalho, e eu não. Você também saiu de casa cedo e está construindo seu caminho. Eu também preciso fazer isso. - Ao ouvir isso eu não sei se sinto orgulho por meu irmão estar crescendo ou se fico triste pelo motivo que o está o levando a fazer isso.

- Querido, acho que não há necessidade disso. Eu sei que está magoado com a mamãe, mas respeite o espaço dela. Ela teve outra criação, e também tem o Denis que fica colocando coisa na cabeça dela. Mas ela te ama e logo vai perceber que está errada. - Dito isso sinto que Bob começa a ficar com os olhos marejados. - Vocês dois tiveram um briga feia eu sei, não estou desmerecendo seus motivos de estar magoado, mas acho que você precisa pensar um pouco mais sobre isso, pensar que ela não deixou de ser sua mãe, e que ela acha que está fazendo isso pro seu bem.

- Ela não é mais minha mãe Maria - Ele diz já com as lagrimas molhando seu rosto e a minha única reação é abraça-lo.

- Ela é sim meu amor. Ela só está confusa. Vocês dois estão, e só precisam de tempo para raciocinar tudo que aconteceu. - O afasto de mim e olho em seus olhos. - Não quero mais ver você chorar, meu raio de sol. E quero que saiba que pode ficar aqui o tempo que for necessário. Você nunca vai atrapalhar. - Digo e o abraço de novo.

- Obrigado por tudo, eu amo você demais dada. - Ficamos mais um tempo abraçados e depois Bob me ajuda a dar uma arrumada na cozinha.

O que Bob falou me fez repensar no passado, pensar no meu pai, o qual já não falo faz uns meses ou anos, não sei. Eu acho que nunca o perdoei, e o fato de Bob querer recorrer a ele me faz pensar que ele sim. E se o Bob o fez por que eu também não consigo? Ele é meu pai, e dizer tudo aqui pro Bob foi meio que dizer pra mim também, eu nunca o dei uma segunda chance, eu simplesmente lhe virei às costas e tomei as dores da minha mãe como se fossem minhas, quando na verdade ele errou como marido e não como pai, ele sempre fora um bom pai, eu não tinha um total direito de fazer o que fiz. Pensar nisso me faz sentir culpada. E eu não quero me sentir assim, então talvez esteja na hora de eu dar a chance que meu pai merece, isso se ele ainda me quiser em sua vida. 


Notas Finais


Ficou curto, de novo, mas é só pra dar inicio a história.
No próximo o Manuel vai aparecer.
Fiz um pequeno trailer da historia pra quem tiver interesse: https://youtu.be/VqnNmKyiko8 (eu não sou boa com videos, me perdoem)
Estou aberta a criticas! Beijos.


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