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História Turn To You - The Dream


Escrita por: MSCanadian

Notas do Autor


Fiquei com preguiça de ler e corrigir os erros. Depois farei isso, me desculpem. Espero que gostem do cap.
Beijos de Luz,
Ass:
Eu!

Capítulo 18 - The Dream


Margot POV

Acordei e Justin não estava ao meu lado, já era de se esperar. Sentei na cama e a porta foi aberta. Justin entrou com um roupão sobre o ombro e um pote de vidro com sais de banho. Ele fechou porta e não notou que eu estava acordada, apenas quando passou pela cama para ir ao banheiro. 

- Que susto, Margot. - ele disse assim que me notou. 

- A vingança sempre é maravilhosa. - ele sorriu. - O que está fazendo com meu roupão?

- Eu ia arrumar pra você tomar um banho quando acordasse, mas aí você estragou todos os planos. - voltei a deitar assim que ele terminou de falar. - Não adianta mais, você já sabe da surpresa. - eu olhei e fiz bico. - Eu escolhi o de Mandarina, que segundo minhas pesquisas, acalma os nervos e alivia o corpo e a mente. 

- Você está tão bom com aromas que se melhorar estraga. - ele riu. - Mas por que quer acalmar meus nervos? 

- Pra você ir tranquila ao jantar.

- Mas é amanhã. 

- Margot - ele riu - Ingênua e inocente Diane - eu o fuzilei com o olhar - Você dormiu como uma pedra, meu bem. O amanhã, já é hoje. E o seu hoje, já é ontem. 

- O que? - eu peguei meu celular. - Eu dormi tanto assim?

- Sim, você dormiu. Agora espere aqui enquanto eu preparo seu banho com sais de mandarina. - eu ri.

- Não moverei meu corpo daqui. 

Ele entrou no banheiro e eu comecei a pensar no jantar. Será que a esposa de Lorenzo irá me receber bem? E se o filho dele também tiver vindo? Justin estará comigo, então eu não devo me preocupar. Mesmo sabendo disso, meu coração segue batendo forte, como se algo fosse acontecer, não sei, alguma coisa para complicar ainda mais essa minha vida complicada. Despertei dos meus pensamentos com Justin estalando o dedo na minha frente.

- Você estava em outro planeta - ele disse e sentou na minha frente. - Algo errado?

- Eu não quero ir a esse jantar. - eu falei. 

- Margot, calma. Eu vou estar com você. Ninguém vai te fazer mal, eu não irei deixar.

- Eu sei, mas é que... sei lá, eu tô com uma sensação estranha. 

- Isso se chama ansiedade. Vamos, seu banho com mandarina já está pronto. - ele ficou de pé, segurou minha mão e só me soltou quando eu já estava dentro do banheiro. - Vou deixar você aqui. Se derem mais de trinta minutos e você não estiver na mesa comendo seu café da manhã, eu volto pra buscar você. - eu neguei com a cabeça - O que foi?

- Fica aqui comigo. - eu o abracei. 

- Margot, eu preciso fazer umas coisas pro seu pai.

- Mas você trabalha pra mim. 

- Eu sei, mas quem paga o meu salário é o seu pai. Não quero que ele pense que estou misturando as coisas. Ele já me deixou fazer isso para você, não quero forçar a barra. 

- Tudo bem, eu entendo. Pode ficar apenas para se certificar que eu não vou cair antes de entrar na banheira? - ele riu. 

- Assim que você estiver dentro da água, eu vou precisar ir. - eu assenti com a cabeça. 

Penteei meu cabelo com a escova, tirei meu pijama, prendi meu cabelo num coque e tirei a minha calcinha. Eu podia ver Justin me olhando pelo espelho e ele não tinha reação alguma mesmo me vendo daquele jeito. O que há de errado?

- Margot, você já deveria estar dentro da água. - ele disse - Por que me olha tanto?

- O que há de errado comigo? - eu perguntei. 

- Com você? Não há nada de errado. Por que está perguntando isso? - eu me virei na direção dele. 

- Porque eu estou assim e você não faz nada - ele riu - Do que está rindo?

- Eu sou ótimo com autocontrole, você sabe. Eu posso não demonstrar nada por fora, mas por dentro, tem muita coisa acontecendo. - eu fui até ele e o abracei - Pra água, Margot.

- Você me trata como se eu fosse uma criança. - eu falei ainda abraçada a ele. 

- Porque as vezes você age como uma.

- Talvez porque eu queria que você cuide de mim mais vezes. 

- Eu cuido de você até quando você acha que eu não estou cuidando. Vinte e quatro horar por dia, durante os sete dias da semana. 

- Sério?

- Sim. - eu sorri e ele me deu um selinho - Agora vá para o banho. Não quero problemas com o seu pai. 

- Tudo bem. - me soltei dele, fui até a banheira e entrei na água. 

- Não demore. Você precisa tomar o café da manhã.

- Não irei demorar, Justin. - encostei a cabeça na borda da banheira e fechei os olhos, me permitindo relaxar um pouco. 

Justin POV

Eu precisava ir trabalhar, mas não conseguia tirar os meus olhos dela. Apenas fiquei encostado na porta a vendo relaxar dentro da banheira. Margot as vezes parece sim uma criança, talvez porque não tenha tido uma infância tão boa. Independente de ter dinheiro, um irmão parceiro, pais incríveis, Margot é assombrada pelo passado. Ela não sabe que eu sei, talvez suspeite, mas nunca tocou no assunto. Esperarei que ela me fale, não quero invadir o espaço dela. Por isso que cuido tanto de Margot, para que ela não sinta mais medo. 

Uns quinze minutos depois, me permiti sair dali, apenas porque tive certeza que ela estava bem. Desci as escadas e Ryan me olhou com cara feia. Eu demorei, eu sei que demorei, ele praticamente teve que fazer o trabalho por mim. Saí da casa e o senhor Lamartine me chamou assim que notou minha presença. Fui até ele rezando para não vir uma bronca.

- Você demorou. - ele disse me entregando uma caixa não muito pesada.

- Desculpe senhor. Margot é um pouco insistente as vezes. - eu respondi.

- Eu sei a filha que tenho. Mas preciso da sua ajuda para outra coisa.

- Claro, o que precisar. 

- Essa caixa tem coisas pertencentes a Lilian. - eu afirmei com a cabeça - Quero que leve para o meu quarto - ele começou a falar baixo - E coloque os de valor no cofre. Você saberá quais são. 

- Sim senhor. 

- Depois de feito, você estará livre para preparar o café da manhã de Margot. Assim que terminar, certifique-se de que ela ira comer. Hoje ela irá ao médico comigo, para entregar os exames que ela fez depois que saiu do hospital, sabe, os de rotina. 

- Deseja que eu a leve?

- Não. Eu faço questão de levar. Enquanto eu estiver com ela, peça que limpem o quarto dela e prepare-se para o jantar na casa de Lorenzo. Margot me deu ordens explicitas de que sua presença hoje era indispensável. 

- Margot dando ordens ao snehor?

- Ela sempre faz isso, mas eu só obedeço as que me convém. 

- Claro. Bom, se me permite, irei iniciar meu trabalho. Com licença. 

Margot POV 

- Eu nunca gostei dessa safada. - eu disse.

- Eu sei que Justin não irá acreditar quando você falar, mas precisa manter seus olhos bem abertos. Ela não é boa pessoa. 

- Drew, você não precisa me falar isso. Eu já tenho cem por cento de certeza que aquela fulana não presta. 

- Não se rebaixe, isso apenas afastará Justin de você e não queremos isso.

- Claro que não. 

- Mas por favor, tome cuidado. 

- Eu sei me cuidar.

- E hoje, dê um jeito de entrar no quarto de Lorenzo. Ele tem uma caixa num fundo falso do guarda roupa. Pegue essa caixa e dê um jeito de olhar o conteúdo. Você vai começar a entender muita coisa. 

- O que quer dizer com isso?

- Eu não sou uma coisa da sua cabeça e você vai entender quando pegar essa caixa. 

- E como é essa tal caixa?

- Você saberá quando vê-la. 

- Eu sabia que ia ter alguma coisa errada nesse jantar. 

- Não há nada de errado no jantar. Mas com sua criadagem sim. Abra os olhos. 

- Estão abertos, não está vendo? 

- Sim, estou. Apenas mantenha-os assim. Nos falamos depois. 

- O que? Não! Eu quero saber mais.

- Eu já falei até o que não deveria. Até depois. 

- Drew, espera. DREW!

De repente tudo ficou escuro e logo depois eu me vi novamente em Paris. Eu amo a minha cidade, apenas não amo o lugar que estou. No quarto que tem na casa dos meus tios por parte de mãe. A última vez que estive aqui foi quando tudo aconteceu. Calma Margot, você está apenas sonhando. Ou será que não? Parece real, muito real.

- Olá querida. - Não, essa voz não. Olhei para trás lentamente. - Precisa de ajuda para tirar o sapato?

- Não, de novo não. - eu falei. Eu tentava gritar, correr, mas meu corpo estava travado no lugar. 

- Eu posso ajudar você com os sapatos. - ele disse chegando perto. - com o vestido também.

- Não encosta em mim. - ele pegou a minha mão. 

- Você tem mãos pequenas, bebê. - ele levou ela até o membro dele. - Ele está louco por você desde que a viu entrando. - ele colocou uma das mãos em um dos meus seios. - você é uma delicia, princesa. 

- Não - eu já estava chorando - Pare. 

- Isso é um sonho, Margot. - pude ouvir a voz de Drew ao longe. - Vamos, acorde. - Olhei para a porta e lá estava ele. - Acorde Margot. ACORDE. 

Acordei no susto, fazendo a água cair para fora da banheira. Justin estava completamente assustado me olhando. O que havia acontecido? Eu não acredito que sonhei com aquilo. Ele estava com as mãos nos meus braços e eu apenas comecei a chorar. Isso mesmo, do nada. Eu estava chorando de medo. 

- Não chore. - ele me abracou. - Você estava tendo um pesadelo? - eu concordei com a cabeça. - Eu percebi. Você estava falando e mexendo-se demais. - eu solucei - Eu estou aqui, não precisa de tudo isso. 

- Eu estou com medo. - falei entre soluços. 

- Eu sei. - ele beijou a minha testa - Mas já passou, eu estou com você agora. - eu o olhei. - Vamos, você precisa se secar. 

Fiquei de pé e saí da banheira. Justin disse que eu fosse para o quarto enquanto ele limpava a água no banheiro. Vesti o roupão e saí do banheiro ainda fungando. Sentei na ponta da cama e fiquei ali esperando Justin vir. Eu achei que tivesse superado isso, mas não, segue no meu subconsciente e me atormenta sempre que possível. Sequei minhas lágrimas assim que vi Justin saindo do banheiro. 

- Quer me falar do sonho? - ele perguntou e eu neguei com a cabeça. - Tudo bem, não irei insistir. Apenas não chore mais. - ele segurou meu rosto com as mãos e me deu um selinho. - Quer que eu traga seu café da manhã? - eu neguei. - por que não?

- Porque você terá que me deixar sozinha novamente e eu não quero. Eu vou descer. Apenas deixe-me trocar de roupa. - ele assentiu com a cabeça e sentou na cama. 

Eu entrei no meu closet, peguei uma calça de moletom cinza, uma regata branca e minhas pantufas de sapato também cinzas. Vesti minha lingerie, depois minhas roupas e por último minha pantufa. Saí do closet, fui até minha penteadeira, arrumei o meu cabelo num rabo de cavalo, pus o perfume e fui até Justin. 

- Pronta? - ele perguntou e eu assenti com a cabeça. - Vamos. 

Ele ficou de pé, entrelaçou os dedos dele nos meus e nós saímos do meu quarto juntos. Descemos as escadas e meu café da manhã estava preparado em cima da mesa. Sentei na cadeira e Justin sentou ao meu lado. Ele apenas ficou me olhando enquanto eu comia, como se estivesse vigiando para ver se eu não deixaria nada no prato.

- Posso saber pra que tudo isso? - eu perguntei.

- Seu pai me deu ordens de ficar enquanto a senhorita come. Ele quer ter certeza que não deixará nada no prato.

- Só ele?

- Eu também. 

- Por que eu não fico surpresa com isso?

- Coma. - eu bufei. - Depois, você terá que se arrumar. Seu pai irá levá-la ao médico e provavelmente irão passar a tarde juntos.

- É hoje?

- Sim. Por que? Não quer ir?

- Não, eu só... Sei lá. Eu queria pedir desculpas

- Pelo que?

- Ontem você me chamou para sair e eu acabei dormindo. 

- Tudo bem. Você saiu do hospital ontem, Margot. Tomou o remédio para dormir e acabou dormindo mesmo.

- Remédio? Que remédio? Justin, você botou alguma coisa pra eu dormir?

- Não exatamente. É que, o médico falou que você tinha que descamsar, então seu pai pediu que ele te passasse um medicamento, já que você é mais ativa do que uma criança hiperativa. 

- Por isso que eu dormi no banho. 

- É. Acho que o remédio ainda está no seu corpo. Desculpa. 

- Deveriam ter me contado.

- Desculpe, não foi por mal. Apenas queremos ajudar você.

- Dessa vez eu deixo passar. Pode pegar a manteiga para mim? - ele pegou o pote de manteiga e me entregou. - Obrigada. 

[...]

Justin entrou no quarto e eu estava lutando para fechar o meu vestido. Ele riu fraco, mas veio até mim e me ajudou com o zíper. Logo em seguida, recebi um beijo em meu ombro exposto depois que terminou de fechar o meu vestido e me abraçou por trás.

- Você está muito bonita, Lamartine. - ele disse. 

- Você não passa por baixo, Bieber. - eu respondi e ele beijou minha bochecha.

- Está pronta?

- Só preciso pôr o batom. 

- Seu pai, Pierre e eu estamos esperando lá embaixo. 

- Tudo bem. - ele saiu do quarto. 

Passei o batom vermelho e me olhei uma última vez no espelho. Estou vestindo um vestido tubinho preto, de alças finas, todo de veludo, com um decote não muito grande e que ia até abaixo dos meus joelhos. O meu salto também era preto, mas a sola vermelha. Peguei minha bolsa carteira, pus o celular, um documento e o batom dentro, a fechei, arrumei um pouco mais meu cabelo, pus o perfume e saí do quarto. De jóias eu estou com um brinco grande prateado e a pulseira que Lorenzo me deu, apenas isso, não quero muito brilho em mim. 

Desci as escadas e la estavam os três e únicos homens da minha vida. Papai estava com um terno preto, gravata cinza escura, calça social preta e os sapatos sociais. Pierre estava com um blazer cinza, a camisa preta com uma gola V, jeans escuros e o sapato social. E Justin, estava com uma Jaqueta de couro marrom, uma camisa cinza escura de botões, um jeans claro e um sapato marrom mais claro que a jaqueta. Fui até o meu pai e segurei o braço dele. Justin foi na frente, abriu a porta e a fechou depois que passamos. Pierre, papai e eu ficamos esperando Justin vir com o carro para podermos ir. Um tempo depois ele parou o carro na frente da porta, abriu a traseira onde Pierre e papai entraram e logo depois ele abriu a porta dianteira pra mim. Depois que se certificou que os três estavam no carro, ele deu a volta e entrou. Um mísero tempo depois, estávamos andando pelas ruas de Stratford. 

Eu estava apertando minhas mãos uma na outra de nervosismo, até que senti a mão de Justin segurando a minha. O olhei e ele me deu um rápido sorriso, mas logo voltou a olhar a estrada. Como será esse jantar? Será que essa caixa realmente existe ou foi apenas uma coisa da minha cabeça? Eu darei um jeito de descobrir. Um tempo depois chegamos a uma casa não muito grande. Assim que saí do carro e me permiti olhar o lugar, meu coração apertou como se eu já tivesse estado ali antes. Eu senti uma mão no meu ombro, olhei para o lado e Justin me olhava. 

- Algum problema? - ele me perguntou.

- Eu sinto como se já conhecesse esse lugar. - eu respondi. - Essas duas casas. - Eu apontei para a de Lorenzo e para a casa vizinha.

- Estranho, eu também tenho a mesma sensação - eu o olhei. - Mais forte com a casa vizinha. 

- Eu deveria achar isso estranho?

- Óbvio que não. Acho que seu nervosismo está passando pra mim. Relaxe Margot.

- Bieber? - chamou meu pai. - Vamos. Estão parados aí tem horas.

- Só um minuto papai. - eu disse e fiquei de frente para Justin. - Eu estou com medo. - ele segurou minhas mãos.

- Se esse tal de Lorenzo, fizer qualquer coisa que seja com você, pode ter certeza que eu acabo com ele.

- Não estou com medo dele. E sim da esposa. Afinal, eu vim de um relacionamento fora do casamento.

- Eu falei com ela no aeroporto, não foi nada demais, mas pelo pouco que conversamos, ela parece ser uma boa pessoa. Confie em si mesma, Margot. Você é uma menina incrível, vai tirar isso de letra. - eu respirei fundo e soltei o ar lentamente pela boca.

- Ok, estou pronta. Vamos.

Fui andando até a porta e toquei a campainha. A cada passo que eu dei para chegar a aquele lugar, meu coração batia mais forte, como se eu estivesse voltando para casa, como se ali fosse o meu lugar. Aquele jardim tinha cheiro de infância boa, eu sentia aquilo. Um tempo depois, eu estava calma, não sei o por que, apenas aconteceu. Meu coração acalmou, a sensação de estar em casa tomou conta de mim e no momento em que a porta foi aberta por Lorenzo, eu já estava confiante, como nunca estive. 

- Boa noite. - disse Lorenzo.

- Boa noite. - Eu respondi. Espero seguir assim até o fim dessa noite.



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