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História Turning Point - Virada


Escrita por: marianalondon

Notas do Autor


"Opte por aquilo que faz seu coração vibrar, apesar de todas as consequências"
Osho.

Capítulo 16 - Virada


Fanfic / Fanfiction Turning Point - Virada


   Naquela manhã ensolarada, Erin acordou e sentiu que um grande peso tinha saído de suas costas. Não que o passado ainda não fosse um pesadelo mas as cores do dia tinham feito mais sentido, mais vivacidade. Ela observou o homem adormecido ao seu lado e acariciou os cabelos loiros dele. Tão quieto e inocente, era um verdadeiro gentleman. Mas, Erin sabia que ele podia ser cruel se quisesse. Lembrou-se de quando ele deixou-a tão irada que ela deu-lhe um tapa em pleno saguão do prédio que trabalhava, de quando viu fúria naqueles olhos azuis ao perder o papel de James Bond. Ela sabia que ele era mais do que só aquela ponta do ice berg. Que dentro dele residia força e coragem mas também resiliência para nunca se soltar cem por cento.
Ela estava envergonhada aidna por suas marcas e manchas, por seu corpo estar iferente e mais fragilizado, contudo, tinha conseguido encarar a verdade: que gostava dele e que nada poderia, de fato, prendê-la ao passado mesmo que há tão pouco tempo.
Ela levantou-se, vestiu uma roupa e saiu do quarto. Fechou a porta com delicadez para não acordar Thomas que agora se aconcehgava ainda mais ao travesseiro e encolhia as pernas em sono profundo.
Ela tinha contas a acertar com uma certa pessoa ruiva e grande.
— Bom dia, minha filha. — disse sua mãe, um pouco abalada ainda. — Estão todos dormindo ainda, podemos conversar?
— Claro...— Erin disse sentando-se na cadeira, enquanto a mãe fazia café.
— Você deveria ter me contado tudo! Eu teria ido pra Londres, te ajudaria...Não fazia ideia de que você estivesse morando com esse rapaz...não fazia ideia de tudo isso que você passou ultimamente... — a mulher terminou o de passar o café e puxou uma cadeira ao ldo de Erin. — Por que não me contou nada?
— Mãe — Ela começou — Eu saí daqui porque fui traída, saí com vergonha porque todos me viam sempre como uma coitada. A pobre coitada dos irmãos, a pobre menina indefesa, a pobre filha do papai, a pobre coitadinha. Não queria mais ser tratada desse jeito. Queria uma nova chance pra recomeçar...Só queria isso, sabe? E, o que aconteceu ia ser ainda pior.
— Minha filha —  senhora puxou as mãos de Erin — não precisa ter vergonha de mim...você a vida inteira foi assim, fechada nesse casulo. Nunca se expondo muito e sempre que costumava se expor...algo ruim aconteceia, mas a culpa não é sua, é o mundo que é assim.
Erin abraçou a mãe e algumas lágrimas escorriam por seu rosto. Bem singelas e reconfortantes.
— Desculpa não ter te contado antes...— Erin abriu seu coração. — Desculpa por ter fugido daqui praticamente porque não queria mais ser atleta quando fui pra faculdade, desculpa por ser tão boba...De ter fugido quando o Gerard me traiu...
— Você não é boba, Erin — a mulher fitava seu rosto e acariciou as bochechas da filha — Você é uma mulher forte, só precisa encontrar o seu caminho...novamente. Mamãe não queria te proteger, mamãe só queria que você não sofresse nunca mais.
— Acho que é impossível não sofrer, mãe...
— Volta pra Escócia. Fica aqui com a gente. Eu mando Josh pegar tudo que é seu lá em Londres. Fica comigo e com seu pai. Você é reconhecida aqui, pode voltar pra revista ou pro jornal. Não precisa ficar caçando empregos em Londres. Ficar na aba desse homem. 
Erin engoliu seco. Ela nunca tinha se visto tão amedrontada quanto agora. Sua ficha realmente começava a cair porque ela já não sabia mais que rumo daria para sua vida, apesar de ter coragem de lutar como sempre teve, estava com medo de que nunca mais conseguisse nada na vida...Tinha transado com Thomas, tinha se aberto para ele novamente, para o amor, porém, ainda sofria intensamente na alma por talvez nunca mais superar que ela podia ser um fracasso eterno a partir de agora...Muitas incertezas...
De um lado a menina indefesa chorava e queria ficar escondidinha num canto, por outro, a mulher firme que tinha se tornado uma jornalista ansiava por vingança, por daro troco, virar a mesa contra a vida...contra quem fosse preciso!
— Vou pensar, mãe. Não sei ao certo o que eu quero...
— Saiba que sempre poderá voltar pra casa...— o pai dela disse, entrando na cozinha. 
Erin se levantou e os dois deram um abraço longo e apertado. Tão apertado quanto poderia ser possível.
— Oi, mana — disse Danny entrando no ambiente, seus cabelos ruivos todos desgrenhados. Sua cara era sem graça.
— Seu filho da puta! — ela disse, saindo dos braços do pai e marchando até o irmão mais velho. — Olha aqui, nunca mais ouse fazer nada contra o Tom, entendeu? Você perdeu a cabeça? 
— Eu estava com raiva dele. Pensei que tinha agredido você. Você berrou, ele estava com as mãos em você...— ele se desculpou. — Eu fiquei furioso.
— Eu estava em choque. Em pânico, não foi culpa dele. Nunca mais toque nele, entendeu?
Danny fez menção de continuar a falar mas ela não deixou.
— O que você fez ontem merecia uma bela surra. Não sei por que não te dou.
Os pais dela riram. Até mesmo o irmão riu. Erin bufou, ouvindo as risadas. Ela tinha passado do choro para a agressividade. isso era comum em sua personalidade e a assustava.
— Estamos entendidos, Danny? Ou eu acabo com você!
— Até parece! — ele riu e foi buscar café — Ele bem me acertou feio. É bom de briga, sabe? Até que valeu a pena. Aquele mané do Gerard foi bem mais fácil...
Erin bufou porque sabia que os irmãos tinham brigado no pub com Gerard e o deixaram terrivelmente roxo. Erin ficou furiosa na época mas até o pai os acobertou. Por mais que Gerard merecesse levar uma surra, era ela quem tinha que ter dado nele e não os selvagens dos irmãos.
Os olhos dela se estreitaram e refletiu que o irmão talvez fosse igualzinho a ela. Talvez não conseguisse guardar a fúria por muito tempo dentro de si. A ponto de explodir facilmente. Ela tinha acertado-o ontem com uma joelhada e ele ficara quieto. Também não tocara mais no assunto do estupro, mas provavelmente, o pai, quem ela tinha contado todos os detalhes na manhã anterior, já havia relatado tudo.
— Eu sinto muito, Erin. — Danny murmurou enquanto a enlaçava. — Sinto muito por tudo e sou grato a esse cara. Devo uma vida inteira pra ele mesmo assim não vou conseguir pagar minha dívida. Dormi aqui porque queria falar com você logo cedo, queria pedir desculpas a ele também.
— É melhor você pedir mesmo...
Nesse momento, Erin observou enquanto Josh e Becca chegava cambalheantes da rua. Os dois tinham saído? E, estavam voltando aquela hora? Erin já não sabia bem o que o irmão e a amiga tinham. Mas, não era amizade somente. E, aquilo deixou Erin com um pouco de ciumes ainda que ela não admitisse.
Os dois passaram como flechas rápidas, apenas acenando e se mandaram para o segundo andar. O pai de erin riu com a situação e puxou papo sobre como o tempo estava bom. Estava tentando quebrar o gelo da situação horrível que ela tinha trazido, Erin pensou.
— Eu vou caminhar um pouco. — Ela informou, após beber seu café com ovos.
No caminho, Erin observou o verde da propriedade imensa. Observou com pesar a saudade que nutria daquela cidade pequena. Daquele lugar tão bucólico e tão amado. Sentiu-se deslocada quando chegara a Londres, ao mesmo tempo que mais viva. A cidade grande tinha sua dualidade porque era mais caótica mas ao mesmo tempo agitada e pulsante.
Seus olhos vagaram para uma árvore e ela se perguntou se apesar de suas raízes ter crescido naquele lugar, se ela realmente pertencia ali e se tudo que tinha acontecido de mal foi a forma como a vida teve de recolocá-la onde ela nunca deveria ter saído? As dúvidas assaltaram sua mente.
Pensou em Tom. No quão deveria sentir-se sortuda por tê-lo conhecido. No quanto ela desejou que desse certo. No quanto eles tinham sofrido. Mas, será que tudo aquilo tinha sido necessário para uní-los? Nem mesmo a mãe dele queria ela como mulher para ele.
No caminho de volta, ela ainda estava com mais dúvidas do que quando saiu para andar. Talvez pensar não fosse a melhor saída. Talvez fosse melhor deixar a vida ela mesma tomar seu rumo.
Thomas a esperava sentado numa cadeira na varanda. Tinha em suas mãos algo e brincava com o objeto preto e pequeno. Ele a viu se aproximar.
— Já tomou café? — ela disse subindo as escadas.
— Já. E você?
— Também já tomei. Só estava andando por aí.
— Pensando na vida? 
— Em tudo.
— Em nós?
— Em tudo... em nós. 
Thomas se levantou, ajeitou sua roupa e guardou o objeto dentro do bolso da calça.
— Aqui é lindo. Tranquilo. Calmo. É mágico. Foi bom ter vindo. — ele constatou, palavra por palavra, seu semblante era relaxado.
— Ainda dói? — ela disse apontando pro estômago dele.
— Não. Eu acho que as cenas como Loki me deixaram casca grossa.
— Que bom...
— Erin, errr, você está legal? — ele disse tocando o ombro dela — Parece meio aflita...
— Só cansaço. Andei umas 10 milhas. Só isso mesmo. — ela desconversou. 
Tom a observou por alguns segundos, antes de tirar a caixinha do bolso. 
— Erin, eu já pedi antes mas quero que me responda agora...— ele abriu a caixa preta e um anel resplandeceu — Quer casar comigo?
O sangue de Erin gelou. Gelou tanto que ela sentiu-se desconfortável. Um frio percorreu sua barriga. Uma sensação ruim tomou conta de seu ser. Algo que ela nunca pensara em a atingiu. Uma onda de pânico e um pouco de tristeza.
Ela meneou a cabeça. 
— Agora não, Tom. Por favor. — ela disse baixinho — Não posso. Não ainda. Não quero...
Thomas fechou a caixinha com um pouco de desanimo aparente. O rosto dele se fechou também. Sua boca se firmou numa linha reta. Os olhos ficaram pesados e cansados. Estava certo que depois da noite de ontem, ela aceitaria. Porque para ele tinha significado muito. Muito mesmo. Ela tinha se entregado a ele uma vez mais. Ele tinha acreditado que tudo estava certo entre eles.
— Tudo bem, Erin... — ele disse e enfiou a caixinha do anel no bolso. Olhou para ela com pesar e virou as costas. Sem dizer nada mais. Apenas a deixou lá.
Um peso atingiu Erin de forma branda e depois pareceu uma tonelada inteira. Ela se esgueirou contra a pilastra roliça e sentiu-se mal. Não queria ter que dizer não pra ele uma vez mais. Mas dizer sim para ele nesse momento, era dizer não para si mesma. Então, ela optou pelo caminho mais fácil. Ainda não estava certa se voltaria pra Londres ou se ficaria em Paisly para retomar sua vida monótona e sem muitas emoções como a da capital inglesa.
Ela segurou os cabelos e desejou que nem o tivesse ao menos conhecido. teria facilitado absolutamente tudo. Tudo mesmo.
Alguns minutos depois, ela entrou na casa, para procurá-lo. Subiu as escadas e o encontrou no quarto. Ele estava de costas para a porta, colocando as roupas dentro da bagagem de mão que havia trazido consigo.
— O que está fazendo? — ela perguntou fria.
— Não é óbvio? — ele disse, se virando para encará-la — Estou arrumando as malas. Vou voltar pra Londres. 
— Por que? — Erin o fitou bem nos olhos.
— Me ligaram hoje de manhã. Preciso voltar pras gravações de Night manager 2. Querem adiantar umas cenas e eu preciso voltar.
— Por que não me falou?
Thomas suspirou e deixou as mãos caírem dos lados em frustração.
— Acabei de levar um fora seu...Só por isso. Por que por acaso eu deveria ter te comunicado da minha volta antecipada no lugar do meu pedido de casamento? Será mesmo Erin que eu deveria sempre estar no seu cronograma?
Erin meneou a cabeça, sem entender o motivo dele estar agindo daquele jeito. 
— Não dei um fora, Thomas! Deixe de ser infantil. Você sabe dos meus motivos.
— Sei?  Será que eu sei? Porque ontem a noite você me enganou direitinho, não foi? Parecia que estava tudo bem...Que você me amava. Mas, agora eu vejo que me confundi. — Tom falou rápido e ríspido. — Eu não conheço você, Erin! Nem pra sua família você contou tudo. Demorou e acho que só o fez por minha culpa, não foi?
— Não...eu...você não entende nada, Tom!
— Não entendo? Eu perdi um papel por sua causa, eu fui chamado de traidor por você, eu apanhei por sua culpa, vi a mulher que eu amo sendo estuprada , eu fiquei em frangalhos. Arrisquei minha carreira pedindo uma semana de folga e é assim que você me vê? Como um infantilizado? Obrigada, Erin por ser tão compreensiva assim. Realmente. 
Thomas estava com fúria e ódio até de si mesmo. Erin só queria sumir.
Ele continuou:
— Sabe qual o seu problema? Você é sempre uma vítima. Vítima porque não tem bolsa, vítima porque não tem emprego, vítima por tudo...Porque foi traída...A vida é assim. Todos corremos muitos perigos e fazemos do que a vida nos deu, o que der. Não ficamos atrás de máscaras com medo de pavor. Nos abrimos e nos entregamos. Você não faz isso. Não quer ser vulnerável. Você é covarde.— ele jogou no ar.
Erin piscou uma vez, não acreditava no que tinha acabado de sair da boca de Thomas. Ela não sentia-se uma vítima por querer...
— Ah, e foi isso que te atraiu, né, Tom? Quem um príncipe encantado gosta? De uma donzela em defesa. Foi por isso que você me escolheu pra fazer esse teatrinho de amor. Não foi? Você nem mesmo deve me amar. Você acha que ama. Sabe por que? Porque nos conhecemos num dia e no outro você já estava se jogando de bandeja pra cima de mim. Vai desmentir?
— Erin, você sabe muito bem que não é assim. Eu me apaixonei por você. Você estava solteira. Não era problema nenhum eu tentar algo. Nunca me joguei pra cima de você ou de mulher alguma. Pelo contrário, sou reservado e sei respeitar...
— Tom — ela começou, o interrompendo — Eu sei muito bem como você é. 
— Você vive me criticando. Dizendo que eu te traí com a Andrea. Mas, sabe que ela ganha de você num quesito? Ela não tem medo de lutar pelo que quer...
Aquilo tinha sido como uma facada no coração de Erin. Ela ficou parada, sem reação. Sem ter palavras para dizer.
— Você vive dizendo que transei com ela, não é? Saiba que eu nunca teria tocado sequer num fio de cabelo dela enquanto estavamos juntos. Mas eu fui homem suficiente pra nunca dizer o que eu penso de você com aquele monstro que te atacou. Nunca tive a coragem de te apontar um dedo e querer saber porque você levou ele pra sua casa!
— Eu estava drogada — ela disse se aproximando dele — Ele me drogou e você sabe disso muito bem.
— É? Mas por que estava lá naquele bar com ele? Por que aceitou a bebida que ele trazia? Por acaso se ele não fosse um monstro você ficaria com ele? Ele era bonito, né? ele queria você...
Erin queria esbofeteá-lo, mas segurou-se. Seu rosto estava ruborizado e suas mãos suavam mais do que nunca. Ela estava com raiva. As mãos de Thomas cerradas e seus olhos estreitos.
— Nojento! — ela disse para ele com uma cara feia. — Você está me dando nojo. Sabe muito bem que ele era meu chefe. 
— Será que você não vê que a infantil aqui é você, Erin?
— Sabe, Tom, a sua mãe tem razão. Não sou mulher pra você!  Andreia deve ser. Fica com ela. Dá esse anel pra ela. Vai oferecer seu coração, sua casa pra ela, então!
— Deixa minha mãe fora disso, Erin! — ele berrou.
— Ah, não posso nem tocar no nome dela, não é? Já te deixa irritado...Imagina você tocando no nome do Gabriel?! Me dá náuseas. — Erin disse e realmente estava com náuseas ,a boca do estômago revirando. Mas ela se segurava.
Thomas virou-se e continuou a enfiar as roupas de qualquer jeito na sacola de viagem.
— É ruim, não é? Você estar um dia bem e no outro, péssimo. Isso é terrível! Eu odeio isso que você faz, Erin comigo. Me deixa achando que me ama e depois me enxota da sua vida.
— Você se enxotou! Você cria as brigas também!
— Disse que ia pensar, não foi? Que ia pensar sobre a gente...Mas, acho que já tomou seu veredito há muito tempo. Não devia ter me ligado quando ficou sozinh na chuva. Já que você acha que eu só queria uma vítima pro meu papel de Príncipe Encantado. Desculpa, Erin, desapontar você e sua vidinha. Mas, eu não sou perfeito. Eu te pedi em casamento. Se isso não é prova suficiente do meu amor, então, eu não sei de absolutamente nada. Você não é mulher pra mim e nem eu sou homem pra você!
— Foi tudo um grande erro. — Erin disse. — Nos enganamos. 
Thomas sentiu-se invadido por uma força. Algo atravessava seu peito bem forte. Ele sentia que podia até mesmo chorar de tamanha decepção com Erin. Ele não queria mais aquela brincadeira de gato e rato. Só queria ficar em paz. Decepcionado, fechou a bolsa e se virou para ela uma vez mais. 
— É o fim, não é? Terminamos por aqui, certo? Melhor assim.
— É! Melhor assim. 
Thomas tirou a caixa do anel de dentro do bolso e deixou na mesa, ao lado da sua bolsa.
— Fica com isso. Não quero mais. Não faz mais sentido carregar isso.
— Leva. Vende, é seu.
— Comprei pensando em você... Não faz mais sentido. — ele pegou a bolsa com uma das mãos e segurou-a. — Desculpa por tudo que causei.
— Você não precisa se desculpar, Tom. Se for assim, eu também preciso me desculpar. Erramos em muitas coisas. Volta pro seu mundo de séries, cinema e teatro. Volta pras suas mulheres lindas e exuberantes. Me deixa seguir a minha vida. 
—Sempre uma afronta saindo da sua boca...— ele disse murmurando. — Você não tem compaixão...Adeus, Erin.
Ele arfou antes de ir. Esperou alguns segundos intermináveis na soleira da porta do quarto antes de descer as escadas a passadas largas. Thomas estava irritado, chateado e desolado. tinha dito coisas que não queria dizer, tinha ouvido coisas que não queria escutar. Tinha sido massacrado por sua própria paixão. Estava triste e só queria voltar pra casa. Pro trabalho. Sua vida tinha sido uma montanha russa ultimamente desde que se apaixonara por ela na festa. Maldita hora que tinha puxado assunto com ela no bar da festa. Maldita hora que tinha ido até aquela festa. Antes tivesse ficado em casa lendo o script que seu agente o enviara. Antes não tivesse nem conhecido Erin.
Novamente, ele estava num mundo da solidão. A solidão que ele conhecia bem desde que fora enviado pro colegio interno quando adolescente. Thomas sabia que era horrível mas ia sobreviver. Já tinha se acostumado com a solidão dos livros. Nunca mais deixaria que seu coração o magoasse daquela forma. Nunca mais. Naquele momento, Thomas perdeu a esperança no amor. Tinha sido o momento de virada da sua vida, logo ele que sempre fora um apaixonado, um amante do amor, um sonhador. Seu coração gelara e agora só existia uma rocha sólida no lugar. 



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