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História Tuyo - Eu quero mais!


Escrita por: BowieLover

Notas do Autor


Obrigada por todo o cariño até aqui, meus amores!
Chequem os vídeos novos no instagram da Paola, estou morrendo de amores!!

Capítulo 4 - Eu quero mais!


Tentei me mexer na cama, mas seu braço pesava sobre minha costela. Sorte que minha mão estava livre, e ainda consegui checar a testa e o pescoço da Fran, com as pontas dos dedos. Minha filha já estava um pouco melhor, de vez em quando tossia, mas não acordava. O perfume dele já estava impregnado em minha roupa, em meu lençol e travesseiro... Ele estava ali, e eu ainda não acreditava.  Por um instante me distraí com suas tatuagens. Percorria os desenhos do braço dele, com o indicador, tentando não acordá-lo, mas não tive sucesso. Muitas perguntas vinham à minha mente. Eu não me adaptava bem às coisas que não tinha controle, eu gostava de ter certeza de tudo; Tentei pensar com clareza sobre as coisas que sentia por ele. Estava eu, enamorada? Tinha medo, por Jason... Por ter tan poco tiempo sem ele.

- O que nós somos? – Perguntei quando vi que ele despertara, e escondera o rosto na curva do meu pescoço, fazendo os pelinhos da minha nuca arrepiarem. Era gostoso senti-lo ali, abraçando-me com carinho, enquanto supervisionávamos o sono de minha filha. Ele esteve ali toda a tarde e a noite, e agora a madrugada. Deu alguns telefonemas para a equipe, avisou sobre Fran, inventou algo para si mesmo, e não me lembro de termos pegado no sono. Francesca havia acordado uma ou duas vezes, o reconheceu, acenava e fazia uma carinha que só ela sabia fazer. As amídalas estavam inflamadas, e ela pouco falava. Um “Mamá”, “dói”, quase que sempre que abria os olhos e me encontrava ao seu lado.

- Perfeitos um pro outro. – Sua voz rouca e abafada por meus cachos, me fez sorrir. Fitar o teto me deixava mais segura. Se ele tivesse dito isso, olhando-me nos olhos eu juro, teria derretido, virado sopa Argentina.

- No... O que tenemos un com outro? – Continuei a questionar, e ele me abraçou um pouco mais, repousando sua mão logo abaixo dos meus seios. Era tudo novo para mim, e controlar-me diante dele, era quase impossível. Queria agarrá-lo, beijá-lo, senti-lo, mas toda a confusão em minha mente, e toda a preocupação daquele dia, me deixava meio lenta.

Henrique era o tipo de homem que faria qualquer mulher molhar a calcinha, e desde que nos conhecemos, tem sido assim. Um desconforto excitante constante, algo que eu nunca consegui evitar. Mesmo quando estava sozinha, mesmo quando estava com Lowe, mesmo assim. Ele sabia o poder que tinha sobre mim, e deixou para usá-lo na hora certa. O quão natural isso tinha sido? Estaria eu, constantemente nos planos dele? Solteiro recentemente, e investindo.

- Paola, são 4:15. Eu sou seu, é disso que sei. – Ele resmungou, deixando-me sem palavras. Sua voz estava aborrecida, e me fez questionar se pelo horário, ou pela pergunta. Ou pelos dois. Hoje, um pouco mais tarde, gravaríamos todo um episódio, e precisávamos descansar. Ou pelo menos, era disso que eu precisava. Agarrar-me ao peito musculoso e tatuado dele. O homem que eu... amava? Eram tantos pensamentos que eu mal consegui fechar os olhos novamente.

Fogaça’s POV.

Ela dormia serena. Finalmente. Porra, nunca vi uma mulher com tamanha boca inteligente. Não queria parar de falar, mas eu gostava. Já havia reparado nela, e sempre fora assim quando estava nervosa, e hoje especialmente, com razão. Meus dedos deslizaram com facilidade nos cabelos dela, e vê-la com a filha ali, enrolada em um lençol, me trazia sentimentos e um nó na garganta que eu nunca havia sentido.

Me levantei, e decidi aprontar o café. Elas precisavam disso. Difícil seria me encontrar em uma cozinha nunca explorada. Deixei que meus instintos falassem mais alto, e preparei deliciosas panquecas. Um suco, o mais natural possível. Ri sozinho... “Ao padrão Carosella”. Cortei frutas para elas, ajudaria a menor. Ao terminar, ouvindo risos baixos das duas vindo do quarto, preparei uma bandeja, levando o nosso café até lá.

Paola’s POV.

- Ei, você tem que ficar quietinha, Franchi... – Fazer Fran cumprir isso era uma tarefa e tanto! Seus cachinhos dourados caiam sobre o rosto, e ela estava sentada em minha barriga, com as costas apoiadas em minhas coxas, agora flexionadas, para que ela pudesse se reclinar.

- Mamá... Cadê o tio Fogaça? – Ela tinha uma voz manhosa, e carinhosa, e a julgar pelo cheiro sabia bem onde ele estava, preparando um delicioso café para nós três. Sentei-me mais na cama, ajeitando as alças da minha camisola, quando fomos pegas de surpresa.

- Bom dia, meninas... – Disse, todo animado com uma bandeja recheada nas mãos. Era aquilo um sonho? – Especialmente para as duas mulheres mais lindas desse quarto! – Franchi batia palmas, mesmo sonolenta, e agarrou meu pescoço, sussurrando rapidamente em meu ouvido: “És usted mamá, muito guapa.” Meus olhos encheram de água, e minha reação foi apertá-la carinhosamente em um abraço.

- Você é maravilhoso... – Foram minhas únicas palavras, acentuando o sotaque de propósito, sabia que ele gostava, e logo seus lábios vieram de encontro aos meus. Entre abertos, pude adentrar minha língua em sua boca, de forma delicada, explorando-o com cautela, mas ainda sim aproveitando do seu gosto. Era Fogaça misturado com frutas. Ele havia provado o suco. Delicioso, pensei. Mas eu queria mais. Eu quero mais.


Notas Finais


Um capítulo mais longo para vocês. <3


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