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História Tuyo - Nunca mais, Carosella.


Escrita por: BowieLover

Notas do Autor


Olá, meninas! Me perdoem pela demora. Estou emocionalmente abalada, e se escrevesse antes, seria pior ):

Capítulo 8 - Nunca mais, Carosella.


- Ela vai ficar bem?

- Não podemos ter certeza, ela está desacordada desde que os paramédicos a encontraram, não sabemos se ela fez lesões neurológicas. - Eu podia ouvir claramente a voz de Henrique e de outro homem. Pelo linguajar supus que era um médico. Meu corpo doía e a cabeça latejava, eu queria me mover mas a dor me impedia.

- Paola? - Senti seus dedos adentrarem meus cabelos, todo o meu couro cabeludo ardia, e instintivamente consegui protestar, abrindo os olhos lentamente. As luzes super brancas do quarto me assustaram no começo, mas logo minhas vistas se acostumaram, notei que em uma delas, tinha um borrão, que deixava tudo embaçado. - Graças à Deus, você acordou... - Ele se afastou e sentou ao meu lado na maca, olhando-me apreensivo. Uma lágrima escorreu do meu rosto quando os flashs inevitáveis daquele episódio voltavam a minha cabeça. 

- Henri... - Minha garganta seca, fez minha voz falhar. - Como se já esperasse por isso, me ofereceu um copo de água, e foi aí que comecei a tomar consciência das coisas. Minha mão direita estava machucada, alguns arranhões vermelho escuro no lugar dos anéis que usava, e nas juntas. Os braços com hematomas não passaram desapercebidos. Tomei um gole lento do copo, sem tirar os olhos dele, que ainda parecia borrado para mim, diria que 40%. Essa visão turva me dava náuseas. - Há quando tempo estoy dormindo? - Perguntei com a voz rouca, era difícil até respirar. 

- Dois dias. - Ele respondeu seco, seus olhos estavam cheios de raiva. Suspirei pesadamente e aquilo fez meu tronco doer, era forte, sentia pontadas agudas bem em meu abdome. A cena do sangue jorrando da minha boca voltou.

- Onde está Francesca... onde ella está? - Perguntei, minha voz agora era trêmula e angustiada, precisava ver minha filha. Fogaça segurou minha mão, e se aproximou mais, deitando-se de lado na cama, e me ajeitando no espaço que sobrara.

- Meu amor... Ela está com a Ana. Está segura. - Ele disse ao pé do meu ouvido, e eu apenas cedi, encostando meu rosto em seu peito. Com os dedos tremendo, forcei alguns botões de sua camisa e me encostei em seu peito nu, sentindo as lágrimas voltarem aos meus olhos.

 

Vê-la naquela situação por dias deixava Fogaça furioso. Incontáveis foram as discussões dele com a polícia e com médicos dela. Neste momento o relacionamento deles já estava exposto, e todos os sites de fofoca falavam daquela noite.
"Caralho, como doía, vê-la cheia de hematomas, ferimentos por todo o seu corpo." Ele pensara. As gravações foram paradas por tempo indeterminado, os restaurantes dela estavam um caos, Francesca há duas noites em outra casa, perguntava insistentemente por Paola.
Fogaça estava completamente desnorteado, caminhava a passos largos até a recepção e exigia por respostas, queria vê-la. Sempre fora forte, autoritário, e nunca admitia seus sentimentos, a não ser agora. E agora que estava finalmente com ela em seus braços, mesmo que ali, naquela maca desconfortável de Hospital, faria de tudo para protegê-la. Não deixaria mais que nada, nem ninguém a fizesse mal.
 

A noite estava sendo tranquila, até que Paola começou a se mexer na maca. Henrique, que apenas cochilava, estava de prontidão na poltrona desconfortável ao lado, e logo se pôs de pé, sentando-se ao lado da morena, e tentou acalmá-la como pôde, acariciando o rosto, e os cabelos dela. Paola estava tendo um pesadelo, estava suando frio, e inquieta, até que despertou, ofegando e agarrando-se ao braço dele. 

- Eu quero ir para casa, Fogaça. - Ela disse, o sotaque estava cada vez mais evidente. 

- Nós iremos... - Ele sussurrou com os lábios perto do ouvido dela. 

- Eu quero minha vida de volta, masterchef, mis restaurantes... Minha filha. - Ela dizia com os olhos úmidos.

- E eu? - Ele perguntou, tentando arrancar um sorriso dela, e conseguiu.

- Não, você não... Só se for para cozinhar para mim. - Ele comentou baixo, deitando a cabeça sobre o ombro dele, que a abraçava. - Eu quero você siempre, Henrique. Desde la primera vez que te vi. Ainda bem que flertei com aqueles cozinheiros, e chamei sua atención.

- Você chamou sim... Mas não por isso, argentina. - Ele disse, um pouco nostálgico, e a colocou deitada, logo a envolvendo e ficando assim de conchinha. - Tente dormir um pouco... Eu não vou sair do seu lado. Eu não vou sair do seu lado nunca mais, Carosella. Lembre-se disso. - Henrique fazia um carinho lento e cuidadoso nos cachos da morena que tanto amava, estava olhando para sua cabeça, e durante muitas noites, essa era a sua visão, e de alguma maneira o deixava confortável. Deu um suspiro longo, e beijou-lhe a nuca, notando que ela se arrepiara. Estava certo de que ela, era o amor da sua vida.



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