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História Origins - Como dizer adeus a quem amamos


Escrita por: DixBarchester

Capítulo 41 - Como dizer adeus a quem amamos


Fanfic / Fanfiction Origins - Como dizer adeus a quem amamos

 

 

Alexander Pierce
Alexandria

Eu e Charlotte caminhávamos lado a lado por uma rua qualquer de Alexandria, ela encarava aquela faca como se fosse algum tipo de joia, estava totalmente fora do ar. Eu podia entender, depois do que tinha acabado de acontecer, aquela faca se tornara o maior símbolo do amor dela e do Daryl, era como uma aliança.

Fiquei feliz que as coisas finalmente estivessem andando para os dois. Parecia que toda aquela tensão sexual tinha chegado ao fim, não que Charmy tivesse me dado qualquer detalhe. Ótima hora pra ela bancar a discreta.

O importante é que aquela coisa de "casal problema" tinha chegado ao fim e algo novo estava começando pra eles.

Claro que os méritos eram meus por dar um baita empurrão no senhor Dixon, não esqueçamos disso.

— Eu não acredito que ele disse... — Comentou, ainda meio boba. — Eu sabia que ele me amava, mas nunca pensei que ele diria, ainda mais assim na frente de todo mundo. Aquele beijo já foi uma bela surpresa.

— Falando em beijo: Que puta beijo, hein? — A empurrei de leve.

— Isso é porque você não viu os beijos de ontem. — Se gabou de forma insinuativa.

— Que bom que eu não vi, não é? Ou você está pretendendo transformar a sua vida em algum tipo de reality show pornô?

Charlotte me deu um tabefe no ombro, mas acabou rindo enquanto revirava os olhos.

— As coisas estão finalmente dando certo, mas eu ainda tenho essa sensação no topo do estômago, como se tudo fosse dar muito errado a qualquer momento. — Confidenciou meio mórbida.

— Isso se chama fome. Vai passar depois do almoço. — Debochei, tentando despreocupá-la.

Negou com um sorriso mínimo, parando onde estava. Charmy não iria pra casa comigo, isso ficou bem claro.

— Eu tenho que voltar e arrumar as coisas na casa do "não-encontro". — Explicou meio sem jeito.

— Ah tá, o ninho de amor. Tinha esquecido. — Insinuei.

Charlotte acenou e seguiu pela rua lateral, enquanto eu caminhava de volta para casa.

Encontrei Eugene no caminho, a rede elétrica da cidade tinha dado pane e ele foi chamado pra consertar. Resolvi ajudar naquilo, não que eu entendesse do assunto, mas todo aquele ócio dos últimos dias estava começando a me irritar.

Depois de algumas horas examinando o gerador solar, Eugene teve uma ideia pra turbinar o sistema, mas ele precisava de algumas peças. No fim da manhã, outro grupo estava prestes a deixar a cidade: Glenn, Tara, Eugene, Noah, o filho mais velho da Deanna, Aiden e o amigo dele Nicholas.

Cheguei a cogitar ir junto, mas sabia muito bem que Charlotte não ficaria na cidade se eu fosse, e eu tinha feito uma promessa ao senhor Dixon.

Observei enquanto Maggie se despedia de Glenn, e depois que todos partiram Reg e Deanna saíram abraçados como dois namorados. Não pude evitar um gosto amargo na ponta da língua.

— Qual o problema? — Maggie perguntou franzindo as sobrancelhas.

— E só que... — Respirei fundo. — Sei lá, é como se eu estivesse em uma temporada ruim de "Are you the one?", por todo lado que eu olho eu só vejo casais.

— Suponho que isso seja bom, não é? Quer dizer, acho que isso prova que as pessoas estão seguindo em frente, que ainda acreditam na vida. É definitivamente uma coisa boa.

Encarei Maggie por um momento e o otimismo dela apenas me trouxe melancolia. Eu sentia que éramos duas faces da mesma moeda. Mas eu nunca seria capaz de despejar minhas preocupações cinzentas nas alegrias coloridas dela, então apenas assenti.

— Acho que agora que o Daryl e a Charlotte se entenderam você podia deixar de bancar o cupido e achar um match pra você também. — Sugeriu com um sorriso.

Se ela tivesse me dado um soco teria doido menos, senti vontade de perguntar se ela conseguiria achar um match depois de ver o Glenn morrer nos braços dela. Mas seria algo cruel pra se dizer, principalmente quando o cara tinha acabado de sair em uma busca. Ela não merecia aquilo, não merecia sequer a imagem mental que minha frase causaria nela. Ninguém merecia.

Respondi qualquer coisa e me despedi, fazendo o caminho de volta pra casa. Estava subindo a rua, quando vi Rick na garagem da Jessie, eles conversavam sobre algum tipo de coruja destruída.

Não demorei dois segundos pra perceber que Rick não estava ali pela escultura, e sim pela garota. Ele estava interessado nela, um interesse perigoso levando em consideração que Jessie era casada com o médico da comunidade, um cara chamado Pete, que simplesmente não me descia pela goela.

Charlotte não gostaria daquilo, principalmente porque tinha se tornado shippadora de Richonne. Era até irônico que ela não fosse com a cara da Michonne no início e depois tivesse se tornado a defensora número um do fanclub.

Continuei andando, me dando conta do quanto Alexandria era bizarra com aquelas ruas muito limpas e casas caras, era como viver em uma bolha. Um mundinho de sonho no meio de um pesadelo. O cenário perfeito para um filme de terror.

Estava a um quarteirão de casa, quando vi Carol abrir a porta e empurrar o pequeno Sam pra fora. Ele saiu caminhando com aquela cara que as crianças tem quando estão pra fazer alguma travessura.

— E aí, nanico? Tudo em cima? — Perguntei com um sorriso.

O garoto arregalou os olhos e assentiu rapidamente passando por mim como se estivesse escondendo um grande segredo. Apenas dei de ombros e entrei em casa. Carol ainda estava perto da porta, os olhos perdidos em um ponto qualquer.

— Então qual o lance? Aliciamento infantil? — Brinquei, jogando os sapatos em um canto qualquer.

— Ele te contou alguma coisa? — Retrucou desconfiada.

— Tinha alguma coisa pra contar?

Carol não respondeu, apenas caminhou até a cozinha e se encostou no balcão totalmente pensativa.

Às vezes ela me lembrava a Nicole Kidman em um filme chamado "Mulheres Perfeitas", se fingia de submissa e perfeitinha e depois acabava com a porra toda. Era assustador.

Me joguei no sofá e, sem querer, minha mente vagou exatamente para o assunto que eu queria evitar. Eu nunca fui de empurrar as coisas com a barriga, mas minha conversa com Maggie tinha despertado esse sentimento em mim. Era como se eu estivesse apenas enrolando.

— Essa casa está muito vazia. — Comentei apenas pra escapar da minha linha de raciocínio.

— E vai ficar mais, Glenn e Maggie vão se mudar logo. Entre hoje e amanhã talvez. — Ouvi Carol responder da cozinha. — Quanto tempo acha que vai demorar pra Char e o Daryl fazerem o mesmo?

Pensei por um instante. O casal vinte tinha demorado uma eternidade pra se acertar, mas eu tinha a impressão que eles acelerariam as coisas pra compensar o tempo perdido.

— Acho que se dependesse da Charmy ela mudaria hoje mesmo. Mas eles estão levando as coisas no ritmo do Daryl. Então, como uma perita em Daryl Dixon, me diga você: quanto tempo eles vão levar pra se mudar?

Carol apareceu na sala e se sentou no sofá a minha frente, o esboço de um sorriso brincava em seus lábios.

— Não imaginava o Daryl que eu conheço beijando uma garota na frente de todo mundo, mas foi o que acabou de acontecer. Então, acho que não sou tão perita assim. — Deu de ombros. — Qual é seu palpite?

— Vamos apostar então. Você chuta uma data e eu outra e vemos quem ganha. — Sugeri, me endireitando no sofá.

— Okay. Apostaremos o que? — Carol pareceu animada.

— Se eu ganhar posso te pedir uma coisa qualquer e se você ganhar pode me pedir o que quiser.

— Feito. — Me estendeu a mão e eu apertei. — Eu acho que eles se mudam antes do inverno. — Ela opinou.

— Sério? Deve faltar tipo uns dois meses pro inverno. Isso é bem cedo. Acho que eles vão esperar a neve, talvez mudar depois da geada. — Afirmei com convicção. — E quando eu ganhar você vai fazer uma fornada daqueles biscoitos de chocolate só pra mim.

Carol riu e apenas negou.

— E quando EU ganhar, você vai ter que fazer todas as tarefas de casa por um mês. — Retrucou superior.

— Um mês? Posso lidar com isso. — Desdenhei dando de ombros.

— Acho que no fim vamos mesmo é ficar pra titios. — Brincou, se levantando. — Quer dizer, eu vou ficar pra titia, porque tenho certeza que você vai acabar arrumando alguém logo, logo.

Foi como levar outro soco. Eu me sentia alguém que está se afogando e consegue um pouco de ar pra então ser tragado pra dentro da água outra vez. Levantei do sofá ainda desnorteado.

— Você está bem? — Carol perguntou medindo a minha expressão.

— Claro, claro. Eu só... — Sacudi sutilmente a cabeça pra espantar aquelas sensações de mim. — Eu tenho que fazer uma coisa.

Era mentira, eu não tinha nada pra fazer, mas saí da casa como se fugisse do próprio demônio.

Fiquei andando sem rumo por um tempo, as lembranças povoando a minha mente, deixando a cabeça a mil e o coração em frangalhos.

Acabei na porta da casa em que Charlotte estava. Sem pensar muito bati, mesmo que sem vontade. Ela abriu segundos depois.

— Acho que essa sua faxina já durou muito tempo. — Tentei usar o tom de sempre, mas não sei se deu certo.

— É, mas os lençóis estavam com o cheiro dele e eu acabei pegando no sono. — Sorriu meio de canto.

Eu não podia fazer aquilo com ela, despejar minhas incertezas e tristezas em alguém que parecia perfeitamente feliz depois de tanto tempo. Não era justo.

— Bom, agora que eu sei que está viva, posso voltar pro que estava fazendo. — Apontei a rua com o polegar e dei meia volta.

— Lex? — Me virei quando Charlotte chamou. — Entra e me diz o que houve pra te deixar tão triste.

Não era como se ela tivesse me deixado outra escolha e também não era como se eu pudesse guardar aquilo pra mim por mais tempo. A vantagem te ter alguém que te conhece tão bem, como Charlotte me conhecia, era que, mesmo eu não falando nada, ela soube o que eu sentia.

Simplesmente entrei, praticamente me jogando no tapete felpudo no meio da sala. Charmy deitou do meu lado e ficou apenas me olhando por um tempo.

— A Maggie acha que é um bom sinal casais estarem se formando. Ela disse que isso significa que as pessoas seguiram em frente. Depois sugeriu que eu arranjasse um match. — Contei olhando para o teto.

Charlotte segurou a minha mão e se arrastou pra mais perto, encostando a cabeça no meu ombro. Ela sabia do que aquilo se tratava. Ela sempre sabia.

— Então eu me dei conta de que não estou seguindo em frente. Eu achei que estava, mas não estou. Ainda estou no mesmo lugar de quando Ethan morreu. Achei que tocar a vida seria suficiente, mas percebi que isso não significa seguir em frente. Quando era "um dia de cada vez" eu não tinha que me preocupar, mas agora que podemos pensar em um futuro, tudo que eu vejo é: solidão e vazio.

Me calei e Charlotte apertou ainda mais a minha mão.

— Eu queria saber o que dizer pra você, mas a verdade é que eu não sei, pois eu não sei o que eu faria se perdesse o Daryl como você perdeu o Ethan. — Se calou por um tempo. — Mas eu sei uma coisa: — Ergueu a cabeça e me encarou. — Ele não gostaria de te ver assim, ele nunca desejaria ser a lembrança que te tira a alegria de viver.

— Infelizmente ele não está aqui pra me dizer isso. — Declarei com a voz embargada enquanto uma lágrima escorria do meu olho.

Vi a mesma lágrima descer pelo rosto de Charlotte, enquanto ela pousava a cabeça no meu peito.

— Desculpe. Eu não queria te entristecer. — Pedi, limpando o rosto.

Ficamos em silencio digerindo aquela dor por algum tempo, até que Charlotte apenas se levantou e me estendeu a mão.

— Vem comigo. Quero te mostrar uma coisa.

Ainda sem entender, aceitei e a segui pra fora da casa até onde ficavam as armas e suprimentos.

— Olivia, nós vamos dar uma volta. Pode me dar nossas armas? — Pediu assim que avistamos a mulher que tomava conta do lugar.

— O que está fazendo? — Perguntei confuso.

— Confia em mim? — Charmy devolveu muito convicta.

— Existem controvérsias....

— Vamos lá, Lex, confia ou não? — Insistiu, enquanto pegava as armas e me estendia uma.

Assenti brevemente, ainda não muito certo sobre aquilo. Charlotte tinha umas ideias malucas às vezes.

— Se você confia, não questione, apenas me siga. — Apontou, saindo na frente.

Resolvi pagar pra ver e a segui até os carros. Charlotte simplesmente entrou e deu a partida em um deles, pegando um mapa no porta-luvas e abrindo a porta do passageiro pra mim.

— Não podemos sair da cidade, eu prometi ao Daryl que...

— Não vamos fazer nada perigoso, eu prometo. — Me cortou. — É perto, estaremos de volta antes de anoitecer, eu só quero te mostrar uma coisa.

Apenas entrei no carro, totalmente confuso e não entendendo o que aquilo tinha a ver com a conversa de antes.

Charlotte dirigiu calada, parecendo seguir algo que observava no mapa. Depois de meia-hora, mais ou menos, eu já estava convencido que aquele passeio nada tinha a ver com Ethan. Ela só queria tirar o foco da tristeza e resolvi que tudo bem pra mim.

Eu não podia obrigar alguém a sofrer a mesma dor que eu.

Um pouco depois disso, ela parou o carro perto da floresta e disse que tínhamos que seguir a pé. Cortamos por uma pequena trilha de um terreno íngreme, a melhor parte era que, por conta da dificuldade de andar ali, nenhum errante estava por perto.

— Aquele idiota do Aiden me falou desse lugar quando me cantou na festa da Deanna. Ele apontou no mapa e disse que um dia podia me trazer para um piquenique. — Charlotte revirou os olhos enquanto contava. — Achei a informação inútil na hora, mas agora veio a calhar, se o panaca falou a verdade, o que eu vim te mostrar está bem ali.

Eu podia ouvir o barulho da água caindo e assim que passamos mais algumas árvores entendi porque. Estávamos no topo de uma cachoeira, era uma queda de uns três metros, e lá em baixo uma piscina natural se formava.

— Pois é, era verdade mesmo.... Aiden não é tão inútil quanto parece. — Ela deu de ombros e eu ainda não tinha entendido o propósito daquilo. — O que você vê, Alex?

— Uma bonita cachoeira, uma piscina natural, um lugar pra vir com os amigos tomar umas cervejas. Eles improvisariam uma churrasqueira naquele descampado, e nós poderíamos subir por aquelas pedras e pular aqui de cima... Acho que é um ótimo lugar. — Falei como se fosse óbvio.

Eu não estava muito animado e nem no clima pra festas, mas era exatamente o que aquele lugar gritava. Era como se estivesse escrito "Festa" em letras de neon bem no topo da montanha.

— Sabe o que eu vejo? — Charlote olhou pra mim por um segundo. — Vejo aquelas pedras cheias de musgo bem ali, onde alguém poderia escorregar e então ser carregado pela correnteza até despencar cachoeira abaixo e terminar com a coluna fraturada ou o pescoço quebrado. Onde você vê vida e festa, eu vejo tragédia e morte. O que eu quero dizer, Lex, é que você vê o mundo de uma forma única... — Sorriu meio de canto. — Essa era a coisa que o Ethan mais amava em você.

— O que? — Perguntei meio confuso, pois não imaginava que iriamos voltar ao assunto "Ethan".

— Ele disse uma noite, enquanto estamos de vigia e você dormia. Eu ainda me lembro de todas as palavras porque o Eth tinha um jeito muito poético de falar de você. — Os olhos dela se perderam em algum ponto no horizonte. — Ele disse: "Sabe, o Alex está apaixonado por uma mulher, ele sempre foi, ela é o grande amor dele. Se chama: Vida"

"Quando eu o vi pela primeira vez eu soube, porque ele transpirava Vida por todos os poros. E eu era só um garoto com medo, muito medo da Vida, porque ela era assustadora. Mas quando você está perto do Alex descobre muito rápido que a Vida não é assustadora, o mundo é. E ele nunca deixou o mundo moldá-lo. Ele mesmo moldou o mundo a volta dele. E logo eu, que sempre quis ser um herói pra poder mudar o mundo, descobri que podia ser heroico o quanto quisesse, mas se não fosse corajoso como Alex, eu nunca seria capaz de mudar nada. Eu nunca seria capaz de mudar a mim mesmo, e de, finalmente, ser a pessoa que eu queria ser. Eu me apaixonei por ele, porque eu queria aspirar toda a vida que ele transpirava."

Charlotte terminou ainda com o olhar perdido em tanta nostalgia e eu só conseguia deixar as lágrimas rolarem.

— Eu sei que você vai seguir em frente Alex, você ama demais a vida pra simplesmente deixá-la passar pelos seus olhos. — Me fitou com as orbes castanhas muito claras. — Eu não sei se você vai compartilhar com outra pessoa a conexão que você tinha com o Ethan, isso só o tempo dirá. Mas eu tenho muita certeza que o seu futuro não será solitário e vazio. Eu estou aqui com você, Lex, e não importa o quanto do meu coração um certo caçador roube, uma parte dele sempre vai ser seu. Eu te amo, você é meu irmão.

Ela me abraçou e eu a envolvi também. Eu sabia que ela estava certa, todas aquelas coisas que Charlotte disse me fizeram ver que eu tinha amado Ethan demais e que ele tinha tornado minha vida muito colorida, não seria justo transformá-lo em uma lembrança tão amarga e cinzenta. Eu tinha que seguir em frente e dizer adeus.

Fechei os olhos e vi a imagem dele perfeitamente em minha mente, Ethan era vida também, ele só não sabia disso, por esse motivo eu o amei desde o primeiro momento que o vi.

— Eu te amo, eu sempre vou te amar. Você sempre vai ter seu lugar aqui dentro, mas eu tenho que dizer adeus, porque meu coração é grande demais e eu tenho que amar outras coisas e pessoas também. Adeus, Ethan. — Pensei, enquanto o via descansar junto com o Sol no horizonte.

➷•➷•➷•➷•➷

Quando voltamos a Alexandria já era noite. A cidade parecia estranha, quer dizer, mais que o usual. Havia um silêncio mórbido ali.

— Algo aconteceu. — Charlotte falou assim que entramos.

E aquele foi um dos momentos em que percebemos que as coisas só duram um segundo. Naquele mundo em que vivíamos nunca havia tempo.

Daryl não tinha voltado. Mas esse não era o problema. O problema era que o grupo de Glenn tinha voltado... Com uma pessoa ferida e duas a menos.

Tara estava na enfermaria inconsciente. Noah e Aiden estavam mortos.

Quando olhei pra Charlotte, percebi que ela sabia, assim como eu, que tinha uma tempestade se formando no horizonte e que estávamos bem no centro dela....


Notas Finais


Ain gente como eu ainda sofro com a morte do Ethan, pode parecer besteira pq ele quase não apareceu, mas como eu tenho a historia inteira dos dois na minha cabecinha eu sempre fico chorosa.
Aqui foi meio que um desfecho para o Alex, um sinal de que ele vai seguir em frente (mesmo que não vejamos isso)
Agora começa o plot final, focado na season finalle da quinta temporada. Então podem esperar algumas tretas pro próximo.

Devo demorar um pouco mais pra postar agora pq vai ser um cap decisivo, então quinta ou sexta estou de volta.
Vou responder os comentários atrasados agora s2

Bjss e até o próximo


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