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História Twenty-Two - Falling asleep


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Haaaaaaaa advinha quem voltou mais cedo <3
FIquei com uma vontade imensa de trazer mais um capitulo para voces, e pelo que pude ver voces leem as minhas loucuras aqui nas notas <3 adorei isso.

Trouxe mais um por que pensei, e se eu postase mais será que teria mais pessoas acompanhando já que assim eles podem ler um atras do outro certo?
Então se preparam por que vou estar soltando mais capitulos por aqui <3

Vamos ao que importa, O CAPITULO
Não é spoiler se foi isso que voce pensou, mas gente é bom qeu estejam lendo o capitulo sentadas por que esse... Me deixa de cabelo em pé...


Desculpem os erros de portugues, não foi feita a Betagem ainda <3

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
- Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo no dia seguinte, se não o próximo capitulo saira dentro de 3 a 4 dias <3
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do Capitulo.
Até as notas finais.

Capítulo 12 - Falling asleep


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - Falling asleep

No capítulo anterior...

— É maravilhoso — Me abracei contra ele, sendo envolvida por seu perfume. — Você nunca tinha vindo aqui?

— Na verdade não — Ele disse e respirou profundamente, e eu me perguntei o que é que ele fazia antes então se não aproveitava coisas assim. Eu olhei para ele que me olhou em seguida, e nossos lábios se encontraram mais uma vez.

E sabe em livros ou filmes que a moçinha diz sentir fogos de artifícios explodem ao seu redor? Eu nunca tinha acreditado em coisas assim, acreditava que era possível encontrar um grande amor, mas não achava que ele vinha para todos. Ali nos braços de Brian, eu ouvia fogos de artifício ao nosso redor, e naquele momento eu percebi que eu tinha acabado de achar o amor da minha vida.

Sábado, 04 de Julho de 2015, Huntington Beach, Califórnia.

Sete anos depois…

 

Abri meus olhos e sentei na cama, ao olhar ao redor percebi que não conhecia o lugar, ao meu lado dormia um homem sem camisa, uma tatuagem de um quadro com uma paisagem de praia desenhada dentro estava no meio das suas costas, e ela não fazia o menor sentido.

A cama king size tinha espaço para pelo menos mais dois de nós, o quarto branco e moderno era enorme, e confortável, eu vestia uma camisa de Jesse, olhei para ele que dormia ao meu lado.

Tirei as cobertas de cima de mim, e me sentei na cama colocando os pés no chão. A noite de ontem tinha sido melhor que a minha semana inteira, e isso me frustrava. Jesse foi um amor comigo, me deixou chorar e desabafar com ele, ficamos até as 5h da manhã conversando, e foi quando eu percebi que teria que dormir ali. E eu sabia muito bem que não conseguiria dormir sozinha, não queria por nada no mundo ficar sozinha naquele momento, então acabei convencendo ele a dormir comigo, admito que não foi nada difícil também.

Coloquei meus pés no chão gelado, e sai ao corredor, passei pelas portas de vidro saindo para a cozinha e a sala, o apartamento dele é impecável, branco e super limpo, antes de entrar na cozinha segui reto para a sala, as paredes brancas eram enfeitadas com quadros coloridos, com molduras vermelho sangue.

Uma das fotos que mais me chamou a atenção foi a de uma mulher, ela estava dentro de uma banheira, descansava relaxada de olhos fechados, seus lábios vermelhos eram cheios, e me faziam querer prová-los, os bicos de seus seios fartos estavam acesos, e davam oi para a câmera.

A mulher na foto estava tão relaxada que por um segundo achei que talvez ela não visse que estavam batendo fotos dela.

Embora a casa dele fosse ao lado da minha, as duas eram totalmente diferentes, enquanto minhas paredes tinham cores extravagantes, e o meu apartamento era bem mais aberto, o dele era bem mais límpido e tranquilo, contendo um pouco menos de espaço.

Com passos lentos e abraçada a mim mesma, andei até a cozinha, preparada para começar a fazer o café da manhã de agradecimento a Jesse.

———

As omeletes estavam prontas, as panquecas também. Agora só faltava fritar o bacon. Eu sabia que assim que o cheiro de bacon se espalhasse pela casa, era bem provável que Jesse acordasse. Dito e feito, dez minutos depois de eu ter começado a fritar, Jesse apareceu só de samba canção coçando os olhos, eu precisei de um minuto para me recuperar daquilo, parou em frente a porta da cozinha e olhando para mim disse:

— Achei que o cheiro era efeito da maconha de ontem — Falou se referindo aos diversos cigarros que tínhamos fumado antes de ir dormir. Sorri para ele e vi-o virar o rosto em direção à bancada que havia na cozinha. — Você fez tudo isso?

Apontou para as comidas que já estavam prontas, afirmei com a cabeça concentrada no que fazia na frigideira.

— Meu deus eu não acredito — Falou sorrindo, achei então que ele iria caminhar em direção à mesa e começar a atacar tudo que já estava pronto, mas em vez disso ele andou até perto de mim com um sorriso no rosto, começou a abrir as prateleiras e a pegar pratos e copos para arrumar a mesa, eu sinceramente fiquei surpresa — Acho que eu não tenho um café da manhã assim, desde que estava com Anabel — Ele disse, parecia entusiasmado, olhei para ele de relance, querendo saber mais daquilo, ele sorrindo continuou a me contar — Quando eu e Anabel fomos morar juntos, nos primeiros meses ela fazia isso, acordava cedo e preparava o café para a gente, mas logo depois as coisas começaram a dar bem errado.

Ele ajeitou toda a mesa, era a primeira vez que falava sobre ele mesmo, andou até a cafeteira e começou a passar o café. Os bacons já estavam prontos então foi só colocá-los na mesa.

— Você não precisava fazer isso — Falei dando um sorrisinho.

— Você fez a comida, o mínimo que eu posso fazer é arrumar a mesa e lavar a louça depois — Meu sorriso se desfez, e eu me sentei à mesa de cabeça baixa, senti Jess me olhar por alguns instantes.

— Brian não faz isso, faz? — Ele me perguntou olhando de canto. Eu olhei para ele e dei de ombros.

— Se fosse ele, já estaria comendo antes mesmo de estar pronto, e daí sairia correndo pela casa, me deixaria comer sozinha e limpar a bagunça, mas não é culpa dele é só uma mania que ele sempre teve.

— Sinto muito por isso — Ele falou a voz mansa, virou para frente da cafeteira, e eu pude admirar a sua estranha tatuagem nas costas mais um vez.

— Se eu perguntasse você me diria o significado dessa tatuagem nas suas costas? — perguntei sorrindo sapeca, me sentia mais leve, embora não tivesse decidido nada ainda.

— Por que você não tenta? — Perguntou enquanto tirava o jarro de café da cafeteira e trazia para a mesa.

— Qual é o significado dessa sua tatuagem nas costas? — Perguntei acompanhando os seus movimentos com os olhos, ele se sentou à minha frente na bancada, estava sério e por um segundo eu achei que ele não iria me contar, ou que o significado fosse obscuro. Só que ele então balançou a cabeça de um lado para o outro e sorriu.

— Não tem nenhum significado na verdade, eu só tive a ideia e fui e fiz. — Ele pegou os talheres e começou a se servir, e eu copiei seus movimentos.

— Isso é super sem graça, tatuagens têm que ter um significado. — Falei e ele deu de ombros, me estiquei para servir o café.

— Não necessariamente, é só pele, são só desenhos, e se eu me apaixonar por um desenho e resolver desenhá-lo em meu corpo? Não tem significado, mas ainda sim é uma coisa importante. — Balancei a cabeça de um lado para o outro meio concordando, mas não querendo dar o braço a torcer. — Me deixe adivinhar — ele falou e levantou as mãos para o alto, mudou para uma voz fina tentando imitar a minha voz — Todas as tatuagens do Brian tem um significado.

— Hey — Disse e joguei um pedaço do meu bacon nele, que começou a rir — Maldade zoar com a minha dificuldade de separar o mundo do meu ex/atual namorado.

Ele deu mais umas risadas e me olhou engraçado. Jesse era assim, divertido e conseguia me fazer rir com uma facilidade tremenda, e eu sabia que depois de ontem à noite eu tinha arranjado mais um amigo. Em nenhum momento Jess tentou algo comigo, ou me fez sentir desconfortável. Na verdade foi totalmente ao contrario ele me fez sentir em casa, segura.

Terminamos o café da manhã brincando e conversando um com o outro, e enquanto ele lavava a louça, eu fui para o quarto me arrumar. O que foi rápido e fácil já que eram só um vestido, sandálias e um moletom.

Sai do quarto e caminhei até a cozinha, Jess terminava de lavar a louça, passei reto até a sala aonde peguei minha bolsa no sofá e voltei até a cozinha, me colocando atrás de Jess encostada no balcão.

— Eu vou ir porque como vimos, estou dando incomodação demais para você.

— Esta nada, eu é que queria ser o flash para roubar todas as chaves do seu apartamento — Ele jogou o pano úmido no mármore da pia e se virou para mim, se se encostando à ela na minha frente. — e fazer você ficar aqui. É um saco ser sozinho — Eu tinha completa e total visão do seu peito nu e meio molhado da água da louça, e de repente eu estava com uma vontade tremenda de passar a minha língua pelo seu tórax, lambendo as suas enormes tatuagens.

Meu sorriso vacilou com esse pensamento, e senti meu rosto esquentar, tentei desviar a atenção do cara a minha frente, mas eu não conseguia. Depois de completamente ignorar o que ele disse por simplesmente não ter prestado a menor atenção, eu disse:

— Eu realmente tenho que ir — Fiz sinal em direção à porta, ele balançou a cabeça e me acompanhou até a porta de entrada, abriu para mim, assim que eu coloquei os pés no tapete e olhei para o lado, vi uma loira esbelta tocando a campainha da minha casa. — Valary?

Perguntei alto, estava confusa. Ela olhou na minha direção, e então seus olhos passaram para Jesse que ainda estava seminu a minha frente. O primeiro pensamento que veio a minha cabeça foi “merda”. Ela arregalou os olhos e seu queixo caiu, voltou os olhos para mim;

— Taylor? — Sua voz saiu completamente estranha e engraçada. Virei-me para Jesse que tinha um sorriso divertido no rosto enquanto encarava a minha amiga. Ele voltou seus olhos castanhos e seu sorriso sapeca para mim, e então inesperadamente ele me abraçou, e falou alto no meu ouvido.

— Foi ótimo, Taylor, realmente espero que possamos repetir mais vezes — Ele me soltou e se afastou, piscou para mim e entrou em sua casa gargalhando.

Em choque me virei para minha amiga que tinha os olhos arregalados, e seu queixo quase batia no chão. Apontei um dedo para ela e séria disse.

— Nem pense nisso — Arrumei minha bolsa no braço e engoli em seco, com medo de que Val falasse algo a Brian, aliás por que eu ainda tinha medo que ele descobrisse? Ele fez bem pior — Não rolou nada.

Fiz bico e andei em direção ao elevador.

— Olha, amiga eu não te julgo. — Ela falou enquanto me seguia — Se eu morasse do lado de uma tentação dessas, deus sabe que eu também me perderia no caminho para casa.

Parei abruptamente e me virei para trás, ela se atrapalhou e tropeçou batendo em mim.

— Eu não transei com o Jesse — Falei mais alto do que o necessário. Tapei rápido a minha boca com a mão, e olhei em direção a porta dele, moramos só nós dois naquele andar, mas não queria que ele pensasse que estava desdenhando ele, porque era totalmente ao contrário. Val sorriu para mim achando graça.

— Se você tá dizendo eu acredito. Agora me conte o que você estava fazendo na casa dele às 8h da manhã? E pode querer me explicar também o porquê de ele estar só de samba canção — Ela cruzou os braços na frente do peito e levantou uma de suas perfeitas sobrancelhas como se tivesse me pegado em uma mentira.

— Eu esqueci a chave do meu apartamento na casa de Brian. E Jesse me abrigou até eu poder ir pegar com o porteiro a outra cópia,que é o que eu vou fazer agora — Me virei para o elevador quando escutei o barulho dele abrindo, Val entrou comigo.

— Por que você não voltou até a casa de Brian para pegar? — ela perguntou como se não fosse óbvia a resposta.

— Por que eu não estou falando com ele. — Disse simplesmente e cruzei os braços na frente do peito fechando a cara.

— Ata, — Ela falou e se virou para a porta do elevador, também cruzou os braços, e ficamos ali escutando a música chata que tocava. — Por acaso tem algum motivo para isso?

Ela virou a cabeça para mim com as sobrancelhas franzidas, em total confusão.

— Você tá brincando comigo né? — Disse olhando para ela de boca aberta — Você tava lá ontem.

— Claro, mas o que a Michelle falou não tem nada a ver.

— Se você considerar que eu não sabia de nada daquilo, por que o meu namorado nunca me contou, talvez até tenha algo haver. — Comecei a levantar a minha voz, sentindo a dor horrivel me dominar

— Você não sabia? — Balancei a cabeça dizendo que não, seu queixo caiu mais ainda — Eu achei que você soubesse.

— Você sabia?

— Claro que eu sabia.

— E você nunca sei la cogitou falar isso comigo? — Nós gritavamos uma com a outra dentro do elevador.

— Claro que não, eu achava que você não queria tocar no assunto... — Ela parou e pensou um pouco — Brian me falou que você não queria falar sobre isso.

— Exatamente, porque aquele retardado estava me traindo com a ex-noiva dele.

— Epah — Ela falou alto e fez sinal com as mãos, arregalou os olhos, ela parecia chocada — Da onde foi que saiu isso?

— Brian confessou ontem — Eu disse já mais calma e me virando para frente, as portas do elevador se abriram e nós saímos caminhando até a recepção.

— Isso é impossível — Ela parecia fervilhar em pensamentos.

— Oi Joseph — Disse sorrindo ao moço atrás do balcão, desde que eu tinha decidido construir esse prédio Joseph já me acompanhava, então enquanto ele cuidava de tudo eu só ficava na sua sombra.

— Taylor é sempre um prazer vê-la.

— Eu digo o mesmo de você — me apoiei no balcão ficando nas pontas dos pés — Então acabei esquecendo a minha chave na casa do meu namorado, você pode, por favor, me dar a outra cópia da chave?

— Claro que sim — Ele falou sorrindo — Só um minutinho, por favor.

Ele então me deu as costas entrando na sua sala, eu me virei para a minha amiga que ainda estava com cara de pensativa.

— Não faz sentido Taylor, porque eu acompanhei toda essa lenga, lenga pelo lado da minha Irmã, e ela me disse que tentou seduzir ele algumas porradas de vezes e nenhuma tinha dado certo. Ela sempre vinha falar comigo triste. Não faz o menor sentido ele falar isso para você.

— Ele não chegou a falar isso com todas as palavras — Falei olhando para qualquer outro canto que não fosse ela — Ela só respondeu a minha pergunta de um jeito suspeito.

— ATA — Ela gritou — E você simplesmente resolveu acreditar na sua imaginação?

— É — Dei de ombros, abaixando o olhar para meus pés.

— Momsen, faz o favor né? — Revirei os olhos para ela e me virei para o balcão, Joseph saiu de sua sala com as minhas chaves na mão, eu abri um enorme sorriso para ele.

— Muito obrigada Joseph — Disse quando ele colocou as chaves na minha mão — Assim que eu pegar as outras te devolvo essa.

Ele acenou com a cabeça para mim e me virei para Val.

— Vamos lá para cima, eu preparo um café para a gente, e podemos discutir isso a fundo. — Ela fez uma careta.

— Pior que não dá amiga, eu só vim fazer um favor a Brian — Ela falou e sorriu de canto — Vim te entregar o seu carro e pegar o dele.

Engoli em seco, por que Brian pediria a Val para pegar o carro dele? Ele não poderia esperar uma semana? Até parece que eu nunca fiquei com o carro dele por algum tempo, um sentimento ruim se acumulou em meu estômago.

— Então você sabia que não estávamos nos falando?

— Saber eu sabia, mas não sabia o porquê, agora eu sei... — Ela pegou uma chave de dentro da sua bolsa e esticou para mim, e suspirou em seguida. — Olha só. Vocês são Taylor e Brian, Brian e Taylor. Vocês se completam, são como peças de um quebra-cabeça, você sem ele não é você e ele sem...

— Não — A interrompi, um nó se formava na minha garganta — Realmente um dia eu e ele já fomos assim. Só que não somos mais Valary. Hoje em dia ele é o nosso relacionamento e eu estou ali só de coadjuvante. Eu estou ali só porque o amo demais para sair. Porém, eu estou cansada de jogar esse jogo.

Abri minha bolsa e peguei a chave do Impala, coloquei na mão de Val e peguei as minhas.

— Passar bem — Eu disse a ela e dei as costas indo para o elevador. Cliquei no botão e fiquei esperando ele chegar.

De canto de olho, eu vi minha amiga me olhar com dó, depois ela me deu as costas e saiu pela entrada do prédio.

Quando já estava dentro do elevador subindo para o meu andar, eu lembrei que não havia perguntado a ela onde meu carro estava.

 

Uma semana depois...

Escancarei a porta do meu apartamento e entrei rápido fechando a porta com o pé, joguei a bolsa em cima do sofá e corri para o corredor entrando no meu banheiro em seguida, eu estava passando muito mal.

Minha semana tinha sido tão caótica por conta do álbum novo da banda que comer e outras necessidades básicas eram esquecidos, pelo menos nisso Brian estava sempre lá, me lembrando de comer e de que eu era humana. Joguei-me em frente ao vaso, e abri a tampa, tudo que poderia sair de mim saiu naquele momento.

5 minutos depois eu ainda estava sentada em frente ao vaso, mas agora o enjoo já havia passado e tudo estava bem. Já havia três dias consecutivos a que eu vinha tendo esses enjoos repentinos, e estava começando a duvidar se não estava grávida, só que estava evitando a resposta e o fato de sempre tomar os anticoncepcionais certinho me dizia completamente o contrário.

Sai do banheiro e caminhei em direção ao meu quarto, já passava das dez horas da noite então meu planejamento era colocar um pijama e assistir netflix até a manhã seguinte.

Dormir não era mais uma opção, já que eu não consegui mais esse feito, uma semana havia se passado e eu não tinha decidido nada ainda, a única coisa que eu sabia agora é que a saudade de Brian me assolava como um fantasma que eu carregava pra todo lado.

Mais de cinco vezes ao dia eu pegava meu celular e discava seu número antes de perceber que eu não poderia ligar para ele. E todos os dias eu passava em frente à rua da sua casa e quase entrava.

Suspirei pesadamente cansada de pensar nele. Coloquei meu pijama e caminhei em direção à sala. Joguei-me no sofá e liguei a TV.

Então a campainha tocou. Eu abaixei o volume da TV e esperei. Não falava direito com Jesse fazia uma semana, nos rápidos momentos em que nos vimos trocamos somente “oi” rápidos, então talvez pudesse ser ele, mas eu sentia que Jesse sabia que eu queria ficar sozinha. Talvez fosse Brian, talvez ele tivesse desistido de esperar eu me decidir e veio cobrar uma resposta, não, Brian não faria isso. Ele pode ser meio idiota, mas ele tem paciência e me respeita.

A pessoa desistiu de tocar a campainha e começou a bater na porta, naquele momento eu me lembrei de que havia se esquecido de tranca-la. Provavelmente deveria ser algum conhecido, os porteiros não tinham a permissão de deixar ninguém estranho subir, somente quem a gente autorizava, mas mesmo assim eu estava com medo.

De joelhos no estofado do sofá eu estava apoiando meus cotovelos no encosto dele e olhando para a porta fixamente enquanto esperava a pessoa parar, mas ela não parou.

— Taylor, qual é eu sei que você está aí — Disse uma voz grossa do outro lado da porta, eu reconheceria aquela voz até no inferno.

Pulei para fora do sofá e caminhei até a porta, abrindo ela sem nem olhar para o olho mágico. Dei de cara com um Matt de cara amassada, parecia exausto. Suas roupas estavam amassadas e sua cara não era de bons amigos.

Olhei duas vezes ele de cima em baixo, ele tinha barba por fazer e rugas ao redor dos olhos.

— Meu deus Matt o que foi que aconteceu? — Matt me lançou um sorriso cínico.

— O que aconteceu? Você quer realmente saber o que aconteceu? — Ele parecia uma fera, Matt não ficava assim facilmente, então eu sabia que tinha algo muito errado, balancei a cabeça, duvidando se eu queria mesmo saber a resposta, só que sabia que ele me falaria de qualquer jeito — O que aconteceu foi que o seu namorado bebeu todas e resolveu que dirigir bêbado era uma boa, aí então o desgraçado sofreu um acidente — Ele gritava alto e fazia gestos com as mãos, quando ele falou que Brian havia sofrido um acidente senti como se fosse desmaiar, e nada mais importava no mundo. — Mas até então ele estava bem, ele teve a sorte danada do banco dele ter quebrado com o impacto, mas momentos antes de ele ter alta ele resolveu ter um infarto.

A bile começou a subir na minha garganta, eu sentia que ia vomitar, que ia desmaiar que iria cair, me segurei na porta por que não conseguia me manter de pé, um zumbido forte me fez perder a audição e eu não escutava mais nada a não ser ele, que parecia uma furadeira entrando a força dentro da minha cabeça. Matt parecia não ligar ou não ver o que estava acontecendo comigo, e continuava gritando as informações no meu ouvido mesmo que eu não conseguisse mais ouvir nada.

A porta do lado direito abriu, quando estava prestes a desmaiar, eu vi Jesse no meu campo de visão, e só deu tempo de ele empurrar Matt do caminho, e eu senti suas fortes e frias mãos em mim.

---

Acordei em sobressalto e sentei rápido na cama, olhei ao redor reconhecendo o meu quarto, e respirei aliviada. Havia sido só um sonho. Levei a mão no peito me acalmando aos poucos.

E foi quando eu ouvi as vozes, sussurros gritados vindos de trás da minha porta. Tirei a coberta de cima de mim, e rápida corri até a porta colocando meu ouvido nela tentando entender o que falavam.

Mas eu não conseguia entender o que diziam. Uma das vozes era grave e grossa. A outra era mais suave e educada. E de repente eu senti como se estivesse caindo do vigésimo andar de um prédio. Se as vozes fossem de quem eu achava que eram Brian realmente havia sofrido um acidente.

Não conseguia respirar direito, era como se alguém tivesse resolvido me enforcar, abri a porta rápido, antes que voltasse a ter algum ataque e caminhei rápida em direção à cozinha.

Quando Jesse me viu ele pulou da cadeira e veio em minha direção.

— Taylor, vamos manter a calma, certo? — Ele falou para mim enquanto se aproximava.

Mas quem eu queria não era ele, parei na frente de Matt e olhei séria para ele.

— Ele está vivo? — Disse com os olhos arregalados, só de pensar nisso minha boca secava e meu coração batia frenético. Brian não poderia ter feito isso comigo, ele não faria isso comigo. Matt me olhava como se eu fosse louca, mas ele não tinha dito nada ainda. — Ele está vivo?

Gritei para ele, eu sentia que estava prestes a perder a cabeça.

— Sim — Ele gritou de volta para mim assustado com a minha reação — Ele está vivo, são e salvo.

Minha respiração se suavizou, mas eu ainda não me sentia bem. Minhas pernas estavam bambas e eu tremia por inteiro. Sentia que iria cair, precisava me segurar em alguma coisa. Fui dar um passo à frente com intenção de me sentar e saber o resto da história, quando simplesmente minhas pernas não me aguentaram mais e eu caí no chão.

Na mesma hora Jesse veio me socorrer.

— Mas que merda Taylor, o que ta acontecendo? Você nunca foi assim — Matt falou tinha a testa franzida, seu semblante era de preocupação.

— Eu sempre fui assim — Disse seria para ele, enquanto me apoiava em Jesse para poder sentar — Eu tenho um ataques de pânicos intensivos, é bem raro poucas pessoas tem e por isso eles ainda não sabem se tem cura ou tratamento. Ele faz com que eu desmaie ou entre em estado de hipnose em momentos de crise, os piores ataques são quando esse problema ataca os meus nervos, mas são também os mais raros.

— Brian sabe disso? — Matt me perguntou sério, olhei para ele de cara fechada.

— Não, e ele não vai ficar sabendo tão cedo. — Jesse me ajudou a sentar e se sentou ao meu lado passando os braços por trás da minha cadeira. Matt olhou de canto para Jess.

— Posso apostar que Brian ia querer ficar sabendo disso. — Ele falou me olhando fixo, dei de ombros.

— Sabe quantas pessoas sabiam disso até agora? — Perguntei para ele levantando a sobrancelha — Cinco, eu meus pais e meus avôs, e eu pretendo que continue assim. Mas será que podemos voltar para o assunto em questão? O que aconteceu com Brian?

— Eles conseguiram salvar ele a tempo, e ele teve que ficar um tempo a mais em observação, mas já está bem, já recebeu alta. A questão é que Papa Gates estava conversando com Brian na hora que ele teve o infarto, e por coincidência ou sei lá ele teve um derrame.

Levei a mão a cara e esfreguei meus olhos, não era possível que isso estivesse realmente acontecendo.

— Brian não tá nada bem, ele não sai do hospital se nega a comer, eu já tentei de tudo o possível. Passei esse tempo todo do lado dele, e tentei ser compreensivo com ele com tudo que está acontecendo, mas eu não posso mais fazer o seu papel. Ele precisa de você não de mim. — Suspirou pesadamente e bateu na mesa — Então eu vim aqui dizer que está na hora de você parar com esse castigo e voltar para o seu lugar de direito.

Olhei para o nada por alguns instantes, eu estava em uma tremenda briga interna comigo mesma. Suspirei e olhei para Matt que levantou uma sobrancelha era como se dissesse que eu tinha que escolher qual bombom levar para casa, não em engolir todo o meu orgulho de volta e ser a boneca de Brian.

Eu sentia os olhos de Jesse em cima de mim como um gavião vigiava a sua presa, eu tinha passado uma noite inteira com ele, chorei em seu colo e lhe contei todos os detalhes da minha vida com Brian, tudo que sempre esteve preso na minha garganta Jesse sabia, sabia coisas que nem Gena sabia.

Engoli em seco e olhei para Jess. Ficamos nos olhando por um longo momento.

— Ele precisa de mim — Falei com a voz fraca.

— Ele pode se virar sem você. — Ele falou levantando uma sobrancelha, parecia fazer com que deixar Brian nesse momento fosse simples e fácil.

— Ele não sabe como fazer isso. — Eu disse, Jess deu de ombros.

— Pode até ser que ele não saiba, mas ele tem que aprender a se virar sozinho, porque senão ele nunca vai poder ficar sem você. — Engoli em seco e olhei para frente, Matt nos olhava de cara fechada e sobrancelha arqueada, eu sabia o que parecia, mas não ligava. Sabia que ele não contaria nada a Brian.

— Ele precisa de mim — Repeti a minha frase como se só isso explicasse o porquê eu tinha que ir.

— Legal, mas você também precisa de você — Ele falou. Eu olhei para ele, e nós ficamos em silêncio por mais um tempo, até ele balançar a cabeça e dizer — Não importa não é? Você vai de qualquer jeito.

— Nunca me perdoaria se não fosse.

Ele afirmou com a cabeça, e eu coloquei meus pés no chão e fiquei de pé, demorou um pouco para recuperar o equilíbrio, mas eu já conseguia andar. Caminhei até o quarto para trocar de roupa.


Notas Finais


Mais um capitulo que chega ao fim amoras
E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=iz1gzfJx5N8&feature=youtu.be

Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


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