1. Spirit Fanfics >
  2. Twenty-Two >
  3. This Moment

História Twenty-Two - This Moment


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Oláa amoras, cá estou eu para a cotinuação do prologo <3
Gostaria de agradecer a Gicah Lovato pela betagem <3

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
Os capítulos vão ter em média de 3 a 4 mil palavras, mas pode ser que alguns mais outros menos.
Por conta de os capítulos serem bem detalhados, e eu quero que tudo fluía com muita calma, a fanfic tem bem mais de 50 capítulos.
Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo em seguida. Se não o próximo capitulo será postado até amanha, vou postar sempre sem falta, mas pode acontecer de atrasar.
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do prólogo.
Até as notas finais.

Capítulo 2 - This Moment


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - This Moment

LINK PLAYLIST DO CAPÍTULO: https://www.youtube.com/watch?v=J_8xCOSekog&list=PLau6aZAxZ_Ko4AOb8CmoyByzVG6YUxxuu

No capítulo anterior...

E finalmente tive coragem de olhá-lo, ele tinha uma expressão de luxúria no rosto, secava meu corpo como se estivesse pronto para tomá-lo para si. Eu tomei fôlego para falar alguma coisa e chamar a atenção dele, mas não sabia o que dizer, ele se despertou de seu transe e voltou a me olhar nos olhos.

— Juro que se fosse uma situação normal, provavelmente eu estaria tendo a ereção mais forte que já tive, na vida. — Revirei os olhos para ele e lhe dei as costas caminhando para dentro do Box do chuveiro, liguei e me virei para ajudar Brian a entrar ali dentro, mas ele já estava de pé encostado na parede.

...

— Hey, você não pode fazer isso. — Disse a ele, indo rápido em sua direção e, colocando seus braços sob meus ombros. — Tem que me deixar ajudá-lo.

Caminhamos para dentro do chuveiro e, o coloquei exatamente embaixo da água que caía rápida como navalhas caindo do céu, se é que essa comparação faz algum sentido.

— Merda está gelada. — Ele disse, mas já não adiantava, ele estava todo embaixo da água.

— Você ainda está bêbado, o que te ajuda a não sentir dor, mas eu preciso saber quais são as suas lesões para poder te ajudar. — Olhei ao redor, tentando achar o sabonete, quando achei me ajoelhei aos seus pés.

— Achei que tinha dito que era atriz não médica. — Fui ensaboando cada parte de pele de suas pernas torneadas e fortes, eu nunca havia dado banho em um cara desse jeito.

— Impossível alguém ser médico com 19 anos. — Disse para ele, que não voltou a me responder. Cada vez eu ia subindo em suas pernas e chegava mais perto de sua virilha, ficava mais tensa. O silêncio era como uma pedra de uma tonelada em cima da gente.

— Então, quer me contar como você sabe o que fazer em uma situação dessas? — Disse, percebi que ele seguia todos os meus movimentos com seus olhos castanhos, como estava claro, provavelmente, via como eu estava vermelha, eu me sentia pegar fogo.

— Minha mãe, ela é médica, ela fez eu e meus irmão aprendermos a costurar alguém. — Disse lhe lançando um rápido olhar dali de baixo, e voltado a me concentrar no que estava fazendo.

— Acho então que eu devo ter tido muita sorte. — Eu pude ouvir o sorriso em sua voz. Eu ri e voltei a terminar de ensaboar suas pernas, me sentindo mais confortável. — Sabe o que eu acho? — Olhei brevemente para cima, dando sinal para ele continuar a falar, e então fiquei de pé para poder alcançar o chuveirinho que ficava atrás dele, o que deu uma plena visão dos meus seios para ele, voltei ao meu lugar e liguei o chuveirinho enxaguando suas pernas eu passava suavemente a palma da minha mão contra sua pele, acariciava e tirava o excesso de sabão, olhei de relance para ele esperando ouvir o que ele tinha para falar, mas sua boca estava entreaberta, seus olhos me encaravam e pude ver mais do que luxúria em seus olhos.

— O que você acha? — Perguntei a ele, que balançou a cabeça para os dois lados, parecia estar tentando recobrar a consciência.

— Que poderíamos conversar. — Falou como se fosse indiferente.

— Conversar? Por que você quer conversar? — Ele me olhou cético.

— Porque eu preciso me distrair dessa merda que você está fazendo. — Ele disse e eu pude notar que ele estava com raiva. — Me distrair da água gelada que não me deixa ficar nenhum pouco excitado enquanto uma loira gostosa de 19 anos está me dando banho só de roupas íntimas e elas são minúsculas e sexy. — Deixei minha mão onde estava e olhei para seu rosto, a água continuava a correr do chuveirinho, e eu não conseguia tirar meus olhos de seu rosto, não sabia o que dizer a ele. Ele então suspirou e continuou a falar. — E também preciso me distrair da dor. — Meu queixo caiu, ótimo era só o que me faltava, levei pelo menos mais um minuto para conseguir me recuperar disso.

— Tudo bem então, mas já vou avisando que não sou boa nisso, eu nunca falo sobre mim. — Ele me olhou como se isso fosse à mentira mais horrenda que alguém já tivesse contado na vida. — Sua vez, eu já falei da minha mãe.

Ele suspirou e encostou a cabeça na parede, olhando para o teto, eu voltei a enxaguar suas pernas.

— Meu pai é um guitarrista também. Ele não queria que eu tocasse guitarra, não queria ser o tipo de pai que obriga o filho a seguir tal caminho, mas eu sempre fui apaixonado por guitarra, então, eu mesmo aprendi sozinho. — Eu desliguei o chuveirinho e o deixei pendurado ao lado de Brian, peguei novamente o sabão e de pé comecei a ensaboar seu peito.

— Minha mãe foi quem me fez ser quem sou hoje, quando eu tinha 3 anos ela me levou para fazer alguns testes, e depois disso ela não parou mais, com 7 anos eu já tinha feito dois filmes, com 11 eu fiz um de sucesso e com 15 ela me deixou sozinha em NY para cuidar da minha carreira. — Conseguia sentir a raiva crescer em meu peito. — Não tive infância, porque ela é o tipo de mãe que obriga seus filhos a serem o que ela quer. — Dei de ombros olhando para ele por um momento e voltando a me concentrar em seu tórax, pedi para ele virar de costas e ensaboei ali.

— Sinto muito por isso. — Eu sabia que isso despertava desconforto nas pessoas, por que quase ninguém gosta desse papo de pais que manipulam seus filhos, mas ninguém pode fazer nada para mudar isso.

— Pode se virar para mim novamente. — Disse e me afastei — Sua vez. — Ele se virou para mim, e eu fiquei olhando seu peito. Ele tinha um enorme machucado estava meio vermelho, era bem na lateral de seu tórax, nas suas costelas. Olhei para seu rosto e ele me olhava atento.

— Minha mãe biológica deixou meu pai, eu e meu irmão mais velho quando eu tinha 5 anos, — Eu me inclinei na direção do tórax de Brian, e suavemente pressionei minhas mãos no enorme hematoma em suas costelas. — Meu pai não fala sobre isso e, eu tenho muita raiva, mas quando eu fiz 10 anos...Uhr. — E então pressionei em algum lugar que Brian deu um gemido de dor no meio da frase, com mais atenção voltei a verificar o local, e ele não parou de falar. — Meu pai conheceu Suzy, e não me entenda mal, eu a amo, ela é uma mãe para mim, mas parece que algo sempre está errado sabe? — Encontrei então um pequeno trincado no uso de suas costelas, Brian cerrou os dentes de dor. — Sua vez.

— Eu sou famosa, eu sempre soube que eu não gostaria muito de ser famosa, mas achava que com o tempo eu poderia me acostumar, mas quanto mais tempo passa... — Eu alcancei o chuveirinho, e mirei no peito dele, deixando a água tirar o sabão dali. — Mais eu odeio, parece que faz você se tornar algo diferente, sabe? Eu atuo acho que desde os meus 5 anos, mas a música... — Fui massageando seu tórax com cuidado, até estar bem limpo. — Isso sempre foi quem eu sou. Mas agora eu estou sendo obrigada a atuar e a aturar Leighton Meester, ela é uma tremenda vaca, e olha que já foi minha melhor amiga.

Voltei a deixar o chuveirinho de lado e, peguei o sabão, eu esfregava o sabão com as mãos, fazendo espuma.

— Eu gostei dessa brincadeira. — Falei para ele, que riu para mim. — Sua vez.

Estiquei meu braço tocando as mãos dele e, pude sentir uma onda de choque se espalhar pelo meu corpo, larguei sua mão na hora e dei um passo para trás desnorteada. Quando olhei para os olhos castanhos a minha frente, eu soube que ele também tinha sentido aquilo. E ficamos ali, nos encarando tentando entender o que tinha acontecido, mas sem trocarmos uma palavra, o único som que preenchia o ambiente era a água do chuveiro que não deixava de cair.

— Eu... Haam. — Brian começou a gaguejar, eu dei um passo à frente e novamente peguei em sua mão, e a mesma sensação estava ali de novo, era como se tivesse injetado heroína na veia, sentia-a percorrer seu caminho. E depois de alguns momentos simplesmente sentindo aquela sensação, eu então subi minha mão até a parte de cima do seu braço e estiquei-o para mim, e comecei a ensaboá-lo, Brian limpou a garganta e fingimos que nada havia acontecido. — Eu... Não terminei o ensino médio, depois que cheguei ao primeiro ano, comecei a aprontar demais, e então conheci meus melhores amigos, formamos uma banda e aos 17 anos eu já estava perdido. — Eu então peguei o seu outro braço e olhei para ele, estava com a cabeça levantada de baixo d’água. — Qual o nome? — Brian perguntou quando tirou a cabeça de baixo d’água, eu olhei para ele confusa.

— O nome do que criatura? — Perguntei, ele riu e disse:

— Do filme que você fez de sucesso. — Eu guardei o sabonete e alcancei o chuveirinho.

— Haa... É o Grinch. — Liguei o chuveirinho e novamente fiz todo o processo de tirar o sabão de seu corpo. — Sabe aquela menininha que incomodava o Grinch? Eu sou ela. — Disse tirando e olhei para ele, ele tinha a boca aberta de espanto, eu ri e resolvi trocar de assunto. — Você quebrou algumas costelas... Disso eu tenho certeza. – Sussurrei, ainda analisando seu tórax. — Vamos ter que enfaixar, você vai precisar de remédios fortes, e seus machucados vão demorar em curar. Eu acho que vou conseguir ver se você tem alguma lesão interna, mas não vou poder ter certeza, teria que ser um profissional, que fez faculdade. Que trabalham em grandes hospitais.

— Não acredito que você era a Cindy Lou. — Foi à única coisa que ele disse. Eu suspirei, não gostava disso, não gostava de contar coisas minhas para ninguém, mas ele queria que eu falasse com ele, precisava que eu fizesse isso e eu poderia contar meus segredos para um estranho. Mas, eu teria que evitar que ele se tornasse um conhecido.

— Bom pode acreditar, a série da qual eu atuo hoje em dia e que eu estou louca para sair é Gossip Girl, não vou me impressionar se você nunca tiver ouvido falar.

— Já ouvi sim. — Ele estava mais relaxado, eu desliguei o chuveirinho e olhei para ele. — Já até assisti. — Fiz uma carreta.

— Bom isso é um pouco vergonhoso. Não tenho a mesma personalidade que a Jenny.

— Eu só assisti a um episódio. — Ele disse e me lançou um sorrisinho cínico — Porque a minha irmã estava assistindo, eu vi você... Reconheci-te hoje, mas não me lembrei da onde. Agora eu já sei.

— Huuum. — Ficamos em silêncio por um tempo, eu olhei para ele de cima em baixo, tentando lembrar se faltava alguma coisa. — Eu preciso de uma cadeira, para você sentar e eu poder cuidar do seu rosto.

— No quarto tem uma, é só ir reto no corredor é a próxima porta. — Balancei a cabeça, e me afastei. Peguei uma toalha que estava à vista me sequei superficialmente e me enrolei nela.

— Já volto. — Eu disse e sai do banheiro, adentrando no corredor, foi extremamente fácil de achar o quarto dele, quando abri a porta e entrei, senti como se estivesse invadindo a sua privacidade, olhei ao redor com o objetivo de somente achar e pegar a cadeira, estava ao lado da cômoda, peguei ela e voltei ao banheiro.

Brian me deu espaço e eu coloquei a cadeira em baixo de onde a água caia, dei o braço a Brian e ele se sentou na cadeira e então aconteceu tudo tão rápido, de repente ele tinha travado e ele gritava e gritava,  parecia que não ia parar, caiu com tudo na cadeira, e eu tentei imobilizá-lo respirei fundo e levei minhas mãos até suas costelas.

— É aqui que dói? — Disse com a mão em cima do grande hematoma, ele balançou a cabeça afirmando que sim e, eu então agilmente procurei alguma coisa de diferente da ultima vez que eu toquei, e pude sentir uma elevação na sua décima costela. — Tá tudo bem. — Olhei ao redor atrás de algo que ele pudesse morder e, foi quando eu achei a toalha que usei pendurada no Box rapidamente a peguei e alcancei em sua direção. — Morda isso. — Falei, ele já tinha parado de berrar, mas a sua expressão era de uma tremenda dor. — MORDA ISSO. — Gritei, ele pegou da minha mão e levou a boca. — Vai doer, mas vai ser rápido. — Eu disse e ele arregalou os olhos, antes que ele tivesse tempo de contestar, levei minhas duas mãos até o pedaço da costela que estava desalinhado e em um movimento o coloquei no lugar, Brian gritou de dor. Eu me afastei dele, com as mãos para cima querendo mostrar que tinha acabado e que estava tudo bem.

Tirei a toalha molhada da sua boca e a pendurei novamente no Box, sai dali e fui procurar mais toalhas no armário do banheiro. Peguei duas e coloquei em cima do vaso sanitário. Quando me voltei para Brian ele estava de olhos fechados, sua expressão era de dor, a água escorria pelo seu rosto e descia pelo seu corpo, ele abriu os olhos, e me encontrou ali parada, babando nele.

Seus olhos castanhos desceram até os meus peitos, e seus lábios finos se abriram em um sorriso safado.

— Eu achei mesmo que tinha visto seus peitos. — Ele disse os encarando, eu senti seu olhar e sua voz terem efeito sob o meu corpo.

— Desculpa por isso. Eu não sabia que iria cuidar de alguém hoje. — Falei, querendo que a minha voz saísse firme, fracassando miseravelmente.

— Você achou que iria transar. — Ele abaixou a cabeça, como se sentisse mal. — Desculpa por isso, mas eu também. — Ele replicou.

— Já superei. — Minha boca estava seca, ignorei o final da frase. — Para você não precisar olhar para eles, vou ir atrás de você. E continuar tagarelando. — Eu já não sabia sobre o que falar, então andei calmamente até atrás dele, desliguei o chuveiro e peguei o sabonete e passei em minhas mãos. — Sabe o que eu queria fazer de verdade? Eu queria poder pegar os caras da minha banda e arrastá-los por aí. — Quando elas já estavam cheias de sabão, coloquei o sabonete de lado, e fui limpar seu rosto. — Tocando mesmo que fosse em bares, só com gente bêbada, eu só queria poder cantar, não atuar.

— Você tem uma banda? — Ele perguntou surpreso.

— Eu tenho uma banda. Por conta de Gossip Girl, eu até tenho atingido um pequeno público, mas eu sinto como se no final devesse o sucesso da minha banda para eles. — Eu olhei de onde eu estava para sua testa, tinha uns pequenos cacos de vidro nela, descendo a sua bochecha e pescoço, alguns pedaços grandes também estavam ali, imaginei alguém batendo na cabeça dele com a garrafa e, ele se rolando no chão de dor e os cacos o machucando.

— Você poderia cantar para mim. — Ele disse, poderia de fato, poderia, mas não sei se faria isso. Peguei o xampu e espalhei na minha mão e levei-a até o cabelo dele, onde com muito cuidado tentei achar outros cacos de vidro.

— Poderia. — Foi só o que eu consegui dizer. — Não consegui achar nenhum caco de vidro pela sua cabeça só no rosto mesmo. Acha que já está pronto para me contar o que aconteceu?

Ele ficou um tempo em silêncio, talvez organizando os pensamentos, ou criando coragem.

— Só se você cantar para mim primeiro. — Ele disse, e eu dei uma risadinha. Comecei então a cantar uma de minhas músicas preferidas para ele, cantei “You” uma das minhas recentes composições, liguei o chuveiro para poder enxaguar a cabeça dele, e depois desliguei, alcancei o condicionador, só parei de cantar quando a cabeça dele ficou completamente limpa.

— Você canta muito bem, tem a voz de um anjo caído. — Ele disse sorrindo, sua voz tinha um tom melancólico, depois de suspirar ele continuou. — Tudo bem, está na minha hora de cumprir o prometido. — Parou de sorrir e ficou um pouco em silêncio. — Depois que você saiu, eu passei mal e vomitei em cima do sapato de uma cara, enquanto ainda vomitava ele acertou uma garrafada na minha cabeça. — Fui para frente dele, queria olhar em seus olhos enquanto falava, alcancei a toalha e comecei a me secar. — E então ele e os amigos me deram uma surra, eu não sei... Eles só não paravam de me chutar e de me bater, e eu já tinha desistido de tentar lutar, mas então eles simplesmente afastaram-se, saíram rindo e se gabando, deixando-me ali. Acho que se você não tivesse me tirado de lá. Não sei o que teria acontecido.

Fiquei quieta por um tempo enquanto terminava de me secar e colocava a toalha na cabeça.

— Eu preciso que você se sente de novo no vaso. Acha que consegue?

— Se você me ajudar sim. — Então fui ao lado dele e o ajudei a levantar, o coloquei sentado no vaso sanitário, e comecei a secá-lo. Quando terminei o ajudei a ir para o quarto, o coloquei sentado na cama e olhei em volta.

— Onde ficam suas cuecas? — Perguntei, ele me lançou um sorriso safado. — É para você pervertido.

— Ficam na terceira gaveta no armário. — Caminhei até o armário e empurrei as portas de correr, achei as gavetas e peguei uma cueca para ele, andei de volta para a cama e a entreguei.

— Acha que consegue colocar ela ou precisa de ajuda?

— Não me entenda mal, eu adoraria que você tirasse minha cueca, mas você colocar ela para mim não me parece uma ideia que eu gostaria de realizar. — Dei risada da gracinha dele. — Obrigado, mas pode deixar que eu faço isso.

— Tudo bem. — Disse sorrindo tímida. — Vou ir pegar gelo na cozinha, deite na cama quando terminar.

Caminhei para fora do quarto, fechando a porta atrás de mim. No caminho parei no banheiro e tirei as peças íntimas molhadas, achei um roupão e coloquei fechando-o no meu corpo, tirei a toalha dos cabelos e os penteie, depois os prendi firmes no alto da cabeça. Quando finalmente cheguei à cozinha, caminhei até a geladeira, abri o freezer e peguei a bandeja de gelo, os coloquei em um plástico e depois coloquei um pano. Da onde estava eu podia ouvir os pequenos urros de dor que Brian dava. E de repente eles pararam e eu sabia que estava liberado. Caminhei novamente até o quarto, abri a porta sem bater e entrei.

Brian estava ali deitado na cama somente de cueca. E eu só conseguia pensar em como eu iria me conter com um homem desse.

— Foi difícil? — Perguntei e abri um doce sorriso.

— Acho que você tinha total razão, se tivesse tentado fazer tudo sozinho estaria chorando no chão agora. — Eu ri da piada dele, ficamos algum tempo em silêncio.

— Meu pai lutava. — Eu disparei a informação do nada e isso pareceu levantar o interesse dele já que levantou uma das sobrancelhas. — Lutas clandestinas. Ele normalmente vinha assim para casa ou bem pior. Mamãe nem sempre estava, normalmente estava de plantão. Então aprendemos a cuidar dele. Mas isso já faz algum tempo, claro ele ainda luta, mas eu não cuido mais dele. — Me aproximei dele e então coloquei um dos sacos de gelo em seu olho roxo, as lembranças pareciam me consumir, fazia tempo em que não pensava na minha infância igual hoje.

— Juro que normalmente não sou assim, eu não me meto em brigas. — Eu ri do que ele disse e, balancei a cabeça.

Coloquei então as duas últimas bolsas de gelo no grande hematoma em sua costela.

— Eu preciso ir pegar uns remédios para você, não vou demorar muito. Já vou voltar. — Ele então ficou ali me encarando, e eu fiquei esperando que ele me falasse qualquer coisa.

— Minhas camisas estão no guarda-roupa, eu tenho uns calções que podem servir em você do outro lado dele. – Afirmei e andei até o guarda roupa, peguei uma camisa que me pareceu velha, e um short.

Dei um fraco sorriso para ele e sai do quarto indo até o banheiro me trocar, juntei todas as minhas outras roupas e antes de ir passei em seu quarto.

— Se por acaso eu não voltar em meia hora, tire o gelo dos machucados. — Saio da casa, com as chaves do carro na mão, entrei nele e dei a partida indo até a minha casa.

———

Exatos 27 minutos depois eu estacionei em sua garagem, sai do carro e caminhei pela entrada da casa com uma sacola de remédios em uma das mãos, outra sacola com tequila, e uma bolsa nas minhas costas. Levei comigo até o quarto, falando antes para não assustá-lo.

— Cheguei. — Com uma cara de quem acabou de acordar de um cochilo ele sorriu me cumprimentando. — Desculpe por ter te acordado.

— Imagina, creio que teria que fazer isso do mesmo jeito. – Sorri para ele. Sentei ao seu lado coloquei a tequila em cima do criado mudo e tirei os remédios da sacola.

— Acho que você assaltou uma farmácia. — Ele falou incrédulo pelo tanto de remédios que tinha ali, olhou para o seu criado mudo que tinha um relógio. — Aliás, onde você conseguiu uma farmácia aberta há essa hora? — Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas. — São três da manhã.

— Minha mãe, são todos da minha mãe. Ela é viciada em remédios tinha tantos que ela nem vai notar, acho que só não usa morfina em si mesma porque isso ela não conseguiria roubar e passar despercebida.

— To pensando em parar de beber, o que você acha? – Eu percebi a mudança de conversa.

Enquanto catalogava cada remédio e tentava lembrar qual era e para que servia, olhei de relance para ele.

— Quer o que eu acho de verdade, ou a resposta programada?

— Eu com certeza quero a resposta verdadeira. — Disse e pude sentir um tom de falsa ofensa em sua voz. Ele sorria enquanto falava.

— Perda de tempo. — Foi só o que eu disse e, eu sabia que havia cortado o barato dele para alguma de suas brincadeiras. Depois de anotar na embalagem as dosagens, me virei para ele. Expliquei cada remédio, e quase pude ouvir seu cérebro me ignorando, mesmo assim expliquei tudo até terminar. — Tudo bem, se por algum acaso você não melhorar não foi culpa minha.

— Desculpe, mas eu juro que vou obedecer às embalagens. — Ótimo, pensei, como se fosse só isso, ele tinha cara de cachorro perdido e eu só consegui bufar para ele.

Caminhei até a minha bolsa, peguei a pinça, o esparadrapo e a agulha e as coloquei no criado mudo do lado dele, perto dos remédios, tirei as bolsas de gelo de seu corpo e fui até a cozinha guardá-las, aproveitei que estava lá e peguei dois copos pequenos. Voltei ao quarto e coloquei os copos ao lado da garrafa de tequila, que ainda estava na sacola.

— Sabe você fica maravilhosa em meus shorts. — Claro que ele falaria isso, olhei para ele com cara de tédio, o fato de ele dar em cima de mim já não me incomodava mais.

— Eu trouxe o melhor e o mais fiel anestésico já conhecido. — Disse servindo dois copinhos, ele se endireitou na cama e quando eu o olhei, ele sorria para mim, coloquei a garrafa no criado mudo e então ele virou junto comigo o pequeno copo de shot de tequila. Viramos juntos somente três doses, ele sozinho virou seis.

— Não aguento mais, se eu continuar vou vomitar, isso é horrível. — Eu ri, realmente era horrível.

— Você é um fraco. — Disse, e fiz uma careta para ele, que revirou os olhos. Mas eu sabia que realmente era horrível. — Tudo bem. Acho que já deve anestesiar um pouco as coisas, eu vou precisar subir em cima de você.

— Querida, você pode fazer o que quiser comigo. — Então eu realmente subi em cima dele com a confiança que a tequila me dera, sentei exatamente em cima de sua pélvis.

Minhas mãos estavam fortes e ágeis como a de um cirurgião. Costurei o pequeno corte que ele tinha na testa, depois com a pinça terminei de tirar os cacos de vidro de seu rosto, e durante tudo isso as mãos dele não pararam de subir e descer pelas minhas coxas, me acariciando.

Quando eu coloquei a pinça no criado mudo e anunciei que havia terminado, Brian levou suas mãos até debaixo do tecido do short onde agarrou firme a minha bunda, por conta do fino tecido de sua cueca e do short de tactel que eu usava eu pude sentir seu pênis crescer em baixo da minha entrada, e na mesma hora eu pude a sentir ficar úmida, e quase rezei para que ele estivesse bom, para que eu pudesse fazer tudo o que eu queria fazer com ele.

Brian não parava quieto, a bebida o fez sentir menos dor e o deixou mais feliz. Impulsionei-me e sai da cama, querendo ficar longe dele para não perder o controle, peguei o creme que eu havia trazido e espalhei-o em todo o seu tórax, depois com muito cuidado fiz uma massagem ali, e enfaixei todo o seu peito com esparadrapo.

Arrumei os remédios que estava em seu criado mudo do lado dele, deixando a descrição de cada um para ele ler. E então eu não tinha mais nada que me mantivesse ali, embora eu quisesse que tivesse.

— Bom acho que está na hora de eu ir para casa. — Suspirei, eu não queria ir, pela primeira vez em dois anos que estava solteira, não tinha transado com ele e mesmo assim queria ficar.

— Não, por favor, não, fazia tanto tempo que eu não se sentia assim, livre e feliz, fica mais um pouco, vamos prolongar esse momento. — Ele pegou na minha mão e me puxou para cima da cama, mas não satisfeito com isso, me puxou para cima dele. Suas mãos acariciaram a minha bunda quando me sentei sobre seu colo. — Eu esperei por isso a noite inteira.

Vendo que eu ainda estava incerta sobre beijá-lo, ele me puxou para ele. O beijo não foi como eu achava que seria... Não foi avassalador, nem provocante, foi como um experimento.

Estávamos experimentando os lábios um do outro, senti a vontade de tê-lo crescer dentro de mim, Brian abriu sua boca e pressionou a língua em meus lábios pedindo passagem e eu deixei, o deixei entrar. O beijo foi doce, foi de reconhecimento, fiquei com medo de me encostar-se a ele e machucá-lo. Brian quando percebeu isso pegou minhas mãos que estavam ao lado de sua cabeça, e me puxou para ele… Ele as colocou nos seus cabelos e a outra sobre seu tórax nu.

Ele passou sua mão enorme e forte em meu corpo inteiro, sua boca tinha gosto de tequila e menta, o que me alertou sobre ele ter escovados os dentes. Brian me fez se afastar dele e levantou a camiseta que eu estava usando, eu tinha trocado em casa. Deixando-me sem nada por baixo, então ele sentou na cama, não sem antes dar um urro de dor.

Logo depois abocanhou um dos meus seios. Eu já estava molhada antes de tudo aquilo, mas agora estava um mar entre minhas pernas e ele não demorou em levar sua mão para lá.

Mas como se eu fosse feita de fogo ele tirou as mãos e a boca de mim, mas então gritou de dor, com cuidado o fiz deitar novamente na cama, e abaixei a minha blusa novamente.

— Tudo bem, não precisamos fazer isso. — Eu disse me deitando ao seu lado. — Que tal nós conversarmos?

— Você prefere conversar comigo? — Ele levantou uma sobrancelha.

— Não distorça minhas palavras. — Apontei um dedo para ele que abriu um sorriso para mim — Posso perguntar uma coisa?

— Claro que pode. — Ele disse — Depois do que fez por mim, pode me perguntar o que quiser.

— O que exatamente aconteceu com você e a sua noiva? — Isso pareceu pega-lo desprevenido, ele olhou para o teto por um tempo, pensando.

— Quando eu a conheci eu estava ferrado. Ela me tirou do buraco em que me meti. E no nosso primeiro anos juntos, ela foi tudo para mim, mas não pelo motivo certo. EU não a amava, nunca a amei, mas ela me ajudou, ela estava lá quando eu não tive mais ninguém. E só pareceu certo eu continuar com ela. E logo quando eu vi já não tinha mais controle do que eu fazia, ela me pegou 6 vezes com mulheres diferentes. A sétima foi ontem. — Ele olhou para mim depois que disse aquilo, uma parte de mim queria socar a cara dele, e a outra queria não ter ajudado ele hoje e não sabia se isso me tornava menos ou mais humana.

— Isso é horrível. — Falei para ele, e sabia que eu não deveria estar com cara de bons amigos.

— Ela sabia. — Ele falou e eu arqueei as sobrancelhas sem entender. — Depois que ela me pegou pela segunda vez, eu deixei claro para ela que não conseguiria parar, que eu não amava, mas que mesmo assim eu ficaria com ela. Eu acho que quando eu a pedi em casamento ela achou que eu tinha parado, que eu tinha percebido alguma coisa, mas eu só a pedi em casamento por que não aguentava mais ela me enchendo o saco com isso.

— Continua sendo horrível. — Falei para ele e olhei para o teto, por algum motivo mesmo depois disso eu não queria deixá-lo ali, sozinho.

— Eu sei — Ele resmungou. — Infelizmente eu sei que nenhuma desculpa vai tornar o que eu fiz melhor.

Ficamos algum tempo assim, olhando para teto em silêncio, absorvendo tudo aquilo, mas então de repente começamos a conversar, até que ele finalmente caiu no sono, eu ajeitei tudo em sua casa que indicava que eu estive ali, deixei sua camisa e seu short dobrados ao lado da cama.

Vesti as roupas que eu tinha pegado em casa, e quando terminei tudo já passava das 6h da manhã.

Jimmy já deveria estar em casa e era literalmente aqui do lado, passei deixando a chave sobre sua bancada e sai pela porta da frente, fui caminhei lentamente para a casa de Jimmy revivendo cada segundo da noite mais estranha que já tive. E triste por nunca mais vê-lo novamente.


Notas Finais


Então amoras é isso, esse foi o prólogo e eu espero de coração que vocês tenham gostado. E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...