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História Twenty-Two - It's my Real Life (2-2)


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Haaaaa cá estou eu novemente...
Primeiramente quero dedicar esse capitulo para a ~MrsHanerr, ela comentou em literalmente todos os capitulos, e o vigessimo deve ser dedicado a voce amora <3 muito obrigada mesmo pelo apoio.

Não se esqueçam de ler o cap com a Playlist do capitulo, e me digam o que estão achando, o que estão esperando que aconteça, quero saber de tudo.
Peço desculpas se houver algum errinho ortográfico, ainda não foi feita a betagem.

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
- Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo no dia seguinte, se não o próximo capitulo saira dentro de 3 a 4 dias <3
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do Capitulo.
Até as notas finais.

Capítulo 20 - It's my Real Life (2-2)


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - It's my Real Life (2-2)

No Capítulo anterior…

— Por favor, — Ele falou e indicou os sofás. — Se sente.

E foi o que Taylor fez, ela se sentou ao meu lado, e nós demos as mãos, depois de trocarmos um olhar por um momento ela se virou para o irmão.

— Acho que eu devo algumas explicações — Ele disse enquanto se inclinava para frente e juntava as suas mãos, seu semblante era sério agora. Ele voltou o olhar para Tay que afirmou com a cabeça. Antes de começar ele pigarreou.

E eu escutei a mesma  história que havia escutado no telefone. Não era como se eu tivesse resolvido vir até aqui, sem saber aonde estava metendo a minha garota antes.

...

Ele começou a contar como aos 21 anos ele não tinha controle da própria vida, estava terminando a faculdade de advocacia para assumir a firma da família, mas não queria aquilo, até que então seu pai o apresentou para Isabel, filha do seu sócio, disse que os dois deveriam de se conhecer melhor por que iriam casar.

Ele então contou como fugiu na mesma noite, indo conversar com a outra sócia com a qual vinha tendo um caso, e lhe pediu ajuda. Ela o mandou para NY onde estava até 2 anos atrás, quando recebeu uma proposta incrível de trabalho em Mónaco.

— Você morou durante anos em NY? — Taylor perguntou se inclinando na direção do irmão, tinha a testa franzida em preocupação, os olhos aflitos, havia morado anos em NY afinal. — Eu morava lá na época em que você sumiu, por que não foi me procurar?

— Eu não podia — Ele falou se aproximando mais e se inclinando, percebi na hora em que estava no meio dos dois, e isso estava atrapalhando — Michael disse que se eu fugisse ele não iria deixar quieto, e disse que se descobrisse que você estava nessa, também iria sofrer, então eu tive que dar o meu jeito, não pensei duas vezes nisso, não podia colocar você e Slo naquela confusão.

Ele terminou de falar ainda mais perto, estava me sentindo desconfortável ali, e queria dar lhes privacidade. A mulher de Joshua apareceu bem na hora, e os dois se afastaram desviando os olhos quietos, a mulher colocou uma travessa na mesa e eu me voltei para Taylor e a abracei.

— Tudo bem? — Perguntei baixinho, ela balançou a cabeça concordando e eu voltei a me afastar.

— Espero que gostem de café — A mulher disse.

— Quer café amor? — Taylor me perguntou enquanto se inclinava para pegar um pouco para ela. Os cabelos loiros cairam sobre o rosto, e ela se ajoelhou no chão colocando o cabelo para trás da orelha. Fora tão comum e simples, mas meu coração parou de bater enquanto eu via aquilo. Ela é perfeita. Pisquei voltando a realidade quando vi Taylor me encarando com uma sobrancelha levantada.

—  Quero — Disse e sorri para ela, que foi servir uma outra xícara.

A mulher dele se aproximou.

— Sabe o que eu estava pensando Brian? — Ela me chamou pelo nome, o que me impressionou já que ela tinha me ignorado totalmente mais cedo — Em te mostrar o resto da casa.

Ela falou sorrindo e apontando para o resto da casa, eu peguei o café que Taylor me estendia e olhei para o irmão dela, que tinha a cabeça baixa.

— Claro — Falei me levantando e indo em direção a ela.

Saimos da sala em silêncio. Ela me levou até a cozinha onde havia uma menina na mesa desenhando, e uma mulher lavando a louça.

— Brian, essa é minha irmã Melissa — Apontou para a outra morena, seus cabelos lisos caiam em ondas pelos ombros, e os olhos verdes junto com o sorriso maravilhoso, chamavam a atenção, engoli em seco, e abri um sorriso.

— Boa tarde — Falei a moça, que me olhou de cima em baixo.

— Essa aqui — A mulher disse indicando a criança. — É a nossa outra filha, que eu falei. Valentina — A mulher chamou a criança, que olhou na direção da mulher — Venha conhecer seu tio. — Disse e eu me agachei enquanto a criança caminhava até mim. — Ele é marido da sua tia — Ela falou apontando em minha direção. Podia corrigi la, mas não queria. Gostava de me imaginar como marido de Taylor.

— Meu tio. — A menina falou quando se aproximou, eu abri um sorriso para ela.

— Eu sou Brian — Falei — Olha como você é alta. Quantos anos você tem?

Ela abriu um sorriso, e ficou na ponta dos pés.

— Eu tenho três — Disse mostrando a idade com os dedos, dando um sorriso onde faltava alguns dentinhos, eu ri e começamos a conversar, ela é esperta, me levou para a mesa que desenhava, e me mostrou seus desenhos. Ficamos pelo menos uma hora e meia naquela, e eu provavelmente poderia ficar mais quatro. Adorava crianças.

Logo a mulher voltou a aparecer, e na hora percebi que não lembrava qual era o nome dela. Unique, talvez? Preferia não arriscar.

— Vou ter que levar Valentina, está na hora de tomar seu banho. — Valentina reclamou um pouco, mas quando prometi brincar com ela outra hora se ela fosse, ela abriu um sorriso e se mandou dali.

Eu a vi desaparecer com um sorriso, a morena se virou para a irmã cujo o nome eu milagrosamente lembrava e é Melissa.

— Pode fazer algo para ele comer? — Perguntou a ela.

— Que isso, não precisa eu estou bem — Falei caminhando até as bancadas onde me sentei.

— Aposto que eles vão demorar bastante lá, então prometa-me que ficara a vontade, se quiser comer alguma coisa, pode fuçar na geladeira.

— Pode deixar, eu prometo — Abri um sorriso e a mulher me deu as costas, peguei no bolso da calça meu celular e desbloqueie a tela, tinha diversas mensagens de trabalho ali, suspirei resolvendo que iria aproveitar o tempo vago para isso.

A irmã então começou a fazer um café ou chá, e logo se sentou bem ao meu lado. Eu fiquei quieto na minha, e a mulher demorou um pouco a tomar a iniciativa.

— E então — Ela começou, olhando para frente — Quantos anos você tem? Vocês dois parecem ter uma diferença bem grande.

Ela estava mesmo me chamando de velho? Desviei o olhar do celular para a parede do outro lado, e então olhei curioso para a mulher ao meu lado.

—Eu tenho 37 anos, nós só temos 10 anos de diferença — Não achava que 10 anos eram tanta coisa como as pessoas faziam parecer, isso não parecia ser nada entre mim e Taylor.

— É algum tempinho. — Falou e então tomou um gole do que tinha em sua caneca — A quanto tempo estão casados? Um ano?

— Na verdade — Eu disse e olhei para a tela bloqueada do meu celular, não queria dizer que não éramos casados, eu também podia sonhar, não poderia? — estamos a 7 anos juntos — A mulher ao meu lado arregalou os olhos.

— Ela era jovem então — Falou e pareceu tentar fazer uma conta de cabeça.

— Ela tinha 19 anos — Falei afirmando com a cabeça.

— Que fofo que vocês tenham durado tanto assim — Ela disse, e me lançou um sorrisinho venenoso, desceu da cadeira indo para fora da cozinha. Eu fiquei ali olhando incrédulo para a porta, essa mulher era estranha. Suspirei e voltei a mexer em meu celular.

Uma hora e meia depois, eu estava quase me matando de tédio ali, quando pude escutar duas vozes virem do corredor, uma era rouca, e eu reconheceria em qualquer lugar. Os dois passaram pela porta rindo, e olharam juntos na minha direção. Eu bloquei a tela e guardei o celular no bolso, ficando de pé e indo em direção a Taylor, que tinha uma expressão de felicidade no rosto. Ela caminhou sorrindo até perto de mim, e passou um braço pela minha cintura, eu postei um braço sobre seus ombros.

— Vocês querem ficar para o jantar? — Joshua perguntou erguendo uma das sobrancelhas, ele parecia animado para aquilo. Taylor me olhou questionando. Se ficássemos para o jantar, o meu plano para de noite melaria por completo, só que não ligava se fosse ver esse brilho em Taylor o resto da noite.

— Cê que sabe — Falei para ela sorrindo. Taylor olhou dentro dos meus olhos por mais alguns instantes e então se virou sorrindo para o irmão.

— Tínhamos programado, uma outra coisa para o jantar — Ela começou, e tentei não passar a surpresa para a expressão do meu rosto — Mas vamos ficar até o final do mês, então planejo vir te incomodar muito ainda.

Ela falou com um dos seus sorrisos mais lindos, e eu continuei olhando-a.

— Você pode vir quando e a hora que quiser — Joshua falou e eu olhei para ele, e então apontou para mim — Você tem meu celular certo?

— Tenho sim — Disse sorrindo contido — Pode deixar que passo ele para a  Taylor depois.

— Bom, — Ela começou colocando a palma da mão aberta sob meu tórax e olhou para mim sorrindo — nós temos que ir.

— Claro — Ele falou, e então o seguimos em silêncio de volta para a sala, no meio do caminho Taylor se afastou e procurou pela minha mão, entrelaçando nossos dedos. Olhei para ela que sorriu para mim. Ela parecia estar feliz e tranquila, mas quis sair dali tão rápido que não pude deixar de estranhar.

Chegamos na porta de entrada, e Joshua a abriu nós dando espaço para passar, Taylor se virou para o irmão que continuava na porta.

— Devo vir ainda essa semana fazer mais uma visita, ai te aviso quando for vir. — disse com o mesmo sorriso em seu rosto.

— Quando você quiser vir — Ela falou sorrindo, e então nós viramos para continuar pela calçada. Atrás de nós podemos escutar a porta fechando, e assim que escutei me inclinei em direção a Taylor e a olhei curioso.

— E então? Como foi? — Perguntei a ela que riu da minha reação. Deu de ombros.

— Foi normal. — Disse, e eu não gostei nenhum pouco da reação dela. Entramos no carro, e antes de eu dar partida me virei para a loira.

— Você não vê seu irmão por pelo menos uma década, e tudo que você tem para me dizer sobre isso tudo, é que foi normal? — Perguntei a ela, que com os olhos cravados nos meus começou a abrir um sorriso. — Nada nessa situação é normal.

Taylor riu antes de me responder.

— O que eu quis dizer com normal é que, nós conversamos, ele me contou tudo o que aconteceu, me contou como foi terminar a faculdade em um lugar totalmente diferente, e como conseguiu um emprego ótimo e foi se destacando, me contou como conheceu Abeni, — Esse era o nome dela então — e contou sobre o casamento. — Ela suspirou e desviou o olhar para fora da janela ficando quieta — Ele me contou toda a vida dele, sem nem exitar, continua sendo o mesmo.

Sua voz era distante. Parecia quase magoada.

— O que aconteceu? Algo parece estar errado. — Ela virou os olhos azuis em minha direção, por um milésimo de segundo vi ódio em seu olhar, e ele era dirigido a mim, ela piscou e na hora aquilo desapareceu, e eu fiquei sem saber se havia imaginado, ou estava realmente certo.

— É só que eu não estava preparada para tudo isso quando acordei hoje — Ela falou rindo, só que em sua voz eu pude escutar um tom a menos, ela estava mentindo, e não fazia a menor questão de mascarar. — Preciso respirar e distrair a cabeça um pouco.

Sabia que toda essa estranheza dela, estava relacionada a mim. Taylor provavelmente tinha contado tudo ao seu irmão também, e em 7 anos a única coisa que tinha acontecido entre a gente, era que tínhamos começado a namorar, eu não dei nada mais a ela. Depois de desviar meus olhos da loira ao meu lado, e olhar por um momento para frente, tentando recuperar meu humor.

— Bom, eu tenho a solução perfeita para isso — Disse a ela sorrindo e finalmente saindo com o carro dali.

— Mais um surpresa? — Ela perguntou levantando uma sobrancelha e sorrindo. Nós dois não queríamos que nada atrapalhasse essa viagem, e por mais que tenhamos viajado até o outro lado do oceano, os nossos medos e fantasmas pareciam continuar com a gente nós perseguindo.

— Você sabe que não sou audacioso o suficiente para responder essa sua pergunta com todas as palavras — Taylor riu.

— Tudo bem então — Falou se virando para a janela — Pode me dizer só para onde estamos indo então?

Ela perguntou antes de virar o olhar para a janela também.

— Agora, nós estamos indo pra casa — Falei, conforme cortava as ruas no limite de velocidade da cidade.

Estacionei o carro na garagem, já passava das 19h, e tínhamos até bastante tempo para nós arrumarmos, Taylor não me esperou abrir sua porta, assim que eu abri a minha ela já estava saindo do carro.

Caminhamos lado a lado para dentro da casa, Taylor me contava animada algumas coisas que seu irmão havia contado para ela, enquanto subíamos as escadas para o quarto. Assim que chegamos até lá, ela caminhou até a cama enquanto tirava os enormes saltos, eu caminhei até o enorme bar que havia ali, e a escutava atentamente enquanto preparava um drink para nós dois.

Terminei rapidamente e os deixei em cima do balcão, ainda conversando com Tay, caminhei até o closet, e peguei a enorme caixa de presente escondida entre as minhas coisas. Respirei fundo, podia escutar a voz dela abafada enquanto continuava falando no quarto. Dei o primeiro passo para sair dali com a enorme caixa na mão, a loira tirava os enormes brincos em frente ao enorme espelho, quando me aproximei com a caixa. Sorrindo enquanto falava, ela olhou para meu reflexo no espelho, quando viu que eu segurava uma enorme caixa com uma fita de presente em cima, perdeu a fala no meio da frase.

Eu parei aonde estava, e ela se virou em minha direção. Os olhos vidrados na caixa de presente em minhas mãos. Depois de vê-la respirar fundo, ela finalmente começou a caminhar em minha direção. Chegou até a minha frente, e levantou o olhar para meus olhos, eu prendi o fôlego.

— Eu preciso perguntar — Ela disse, a voz tinha um tom de mágoa — Se nós fossemos casados de verdade, seria assim sempre, não seria?

Eu sabia que para ela, tudo isso era um assunto muito delicado, sempre soube. Talvez seja por isso que eu nunca tive coragem de lhe pedir em casamento realmente, não queria brincar com os seus sentimentos. Eu a amo, tudo que eu quero é vê-la feliz, e saber que sou o motivo da sua felicidade, sempre foi gratificante para mim, só que ser o que a chateia, e o que a mágoa, acaba comigo.

— Eu não sei se… — Comecei a dizer, mas Taylor me interrompeu.

— Eu preciso saber — Falou séria, me olhava fundo nos olhos. Engoli em seco e olhei para o presente em minhas mãos, respirei fundo e voltei a olhá-la.

— Não sei por que precisa me perguntar — Disse meio nervoso, e dei de ombros — Com toda certeza.

Minha voz não vacilou em momento algum. Ela balançou a cabeça para cima e para baixo, e então levou uma mão a cada lado da caixa. Antes de ela poder tirar a tampa eu comecei a falar.

— Eu vi em uma das lojas que fomos hoje, e não consegui não comprar para você, achei que seria perfeito para você usar hoje a noite — Ela me lançou um sorriso curioso, e então levantou a tampa da caixa, revelando um vestido cor de pele, cheio de brilhantes por todo ele.

Taylor ficou por tempo demais olhando o vestido, então limpei a garganta e segurando a caixa com uma mão tirei-o dali, joguei a caixa na cama e estendi o vestido na frente dela. Ela o olhava vidrada, estendeu a mão e tocou as pequenas pedrinhas costuradas a mão.

— Aonde nós vamos? — Ela perguntou me olhando de canto. Eu abri um sorriso enorme para ela.

— Acho que é melhor você começar a se arrumar — Falei para ela esticando em sua direção o vestido. — E fique o mais deslumbrante que você puder.

Ela abriu um sorrisinho e pegou o vestido das minhas mãos.

— Vou ver o que consigo fazer — Disse me lançando um sorriso de canto enquanto estendia o vestido na cama. Depois de olhá-lo por mais um momento, seus olhos se voltaram para mim, em um sorriso doce. — Muito obrigada, eu adorei.

Ela me falou, e eu fui caminhando até o seu lado com as mãos nos bolsos.

— Fico muito feliz que tenha gostado — Disse olhando nos olhos dela, estávamos tão próximos que podia me abaixar e nossos lábios se tocaram. Como se ela tivesse um imã eu não pude manter minha boca longe da sua por mais nenhum segundo.

---

Depois de tomar um banho, não levou mais que 30m para terminar de me arrumar, Taylor pelo contrário já estava a mais de 30 minutos trancada no banheiro, e parecia estar longe de sair de lá. Contornei o balcão do bar e abri uma das gavetas que ali haviam, pegando a carteira com alguns baseados bolados. E então levantei o pequeno compartimento escondido que tinha colocado.

Vi a pequena bucha, com pó branco, e minha boca pareceu salivar, olhei para a porta do banheiro, podia escutar a água caindo lá dentro. Ela iria demorar, acho que não perceberia se eu cheirasse só uma carreira. Soltei o ar de vagar pela boca, acontece que se eu cheirar só uma nada vai acontecer, eu só vou querer mais.

Joguei com raiva a bruxa no pequeno esconderijo novamente, e segurando forte a carteira com os baseados sai dali descendo as escadas o mais rápido que conseguia. Não poderia fazer aquilo, Taylor merecia mais e eu tinha que dar a ela mais do que eu podia.

Me joguei em uma das espreguiçadeiras que haviam ao redor da piscina com certo cuidado para não amassar o terno, e apreciei a visão esplêndida a minha frente. Podia ver parte da cidade nos enormes rochedos, enquanto lá em baixo a areia branquinha se abria para o mar.

Minhas costas estavam encostadas contro o encosto almofadado da espreguiçadeira de madeira, a piscina com água cristalina, chamava a atenção. Levei o baseado até a boca acendendo-o em seguida, e tragando forte. Enquanto olhava para a incrível visão a minha frente, meus pensamentos só conseguiam voltar para a bucha escondida na gaveta. Podia sentir meu corpo implorando por aquilo.

Taylor confia em mim, e para ela eu cheiro de vez em quando, ou quase nunca. O que não é necessariamente mentira. Comparado ao que eu já fiz em minha vida, ultimamente tem sido muito menos. É bem mais fácil quando todos os seus amigos param, mas no fim só um já basta para acabar com a sua vida. Larry nosso empresário, era a minha exceção. Ele conseguiu fazer com que voltar a cheirar parecesse um parque de diversões. Só que eu não sou mais criança, eu sei o que isso faz.

Sei o que faço e gosto de pensar que assumo essas merdas. Ele só precisou me oferecer algumas vezes, fui fraco demais para não aceitar. Engoli em seco e me perdi em pensamentos olhando para frente. Estava já na metade do enorme baseado quando escutei uma voz angelical vindo da porta.

— Você está aqui — Ela disse, eu virei a minha cabeça na direção da voz, e engoli em seco. Meu deus, e eu achando que era impossível fazê-la ficar ainda mais linda.

Seus cabelos enormes e loiros formavam um coque no alto da cabeça, enquanto parte da sua franja caia ao lado dos olhos, seus lábios se abriam em um sorriso vermelho, a maquiagem dos olhos estava forte o suficiente para destacar os olhos azuis de todo o resto.

Pousado em sua clavícula delicadamente, estava a gargantilha de diamantes e rubis que comprei a ela, o vestido cor de pele, tinha um decote que deixava a pele entre os seus seios a mostra, e o tecido descia caindo perfeitamente em suas curvas, o corte que ele tinha vinha até acima da coxa dela, fazendo suas lindas pernas esbeltas parecerem ter quilômetros.

— Eu preciso arrancar esse vestido do seu corpo — Disse para ela gemendo diante da visão, enquanto me sentava na beirada da espreguiçadeira. Taylor riu, e veio caminhando até ao meu lado os enormes saltos batiam no chão fazendo barulho, ela se sentou na outra espreguiçadeira com cuidado.

— Você não vai é fazer nada — Disse esticando a mão querendo o baseado — Tive um trabalho danado para fazer tudo isso sozinha.

— Tudo bem — Disse lhe passando o baseado e levantando as mãos a lateral da cabeça — Você quem manda, só que quando voltarmos não vai ser tão fácil se livrar de mim.

Ela levou o baseado a boca, tragando e prensando em seguida. Soltou a fumaça e me olhou.

— Rezo mesmo para que não seja — Falou me olhando com um sorriso de gato de alice, quando voltou a tragar o cigarro, sua expressão ficou mais neutra — Então vai me contar para onde estamos indo? — Soltou a fumaça — Ou vai continuar fazendo segredo?

— Não haja como se não soubesse aonde vamos — Falei sorrindo para ela, e em seus olhos pude ver diversão.

— Por favor, — Começou me passando o cigarro — haja como se eu não soubesse o porquê de estar vestida assim — Ela disse sorrindo travessa.

— Nó vamos no Cassino Monte Carlo — Comecei, ela levantou uma sobrancelha para mim— Normalmente as pessoas não podem entrar para a área de jogos, por que tem que pagar e nem todas podem jogar, e normalmente ficam em uma fila de espera estratosférica. Só que eu me lembrei de um cara com quem você jogou a muito tempo atrás.

Taylor abaixou o olhar e afirmou com a cabeça, quando voltou a me olhar ela disse:

— Leopoldo Cordopatri — Ela pronunciou o nome do homem como se fosse doce em sua boca — Admito que foi bem divertido tirar o dinheiro dele.

Ela deu uma risada e voltou a fumar.

— Bom eu conversei com ele, que ficou mais do que feliz em ajudar você a acabar com mais alguns jogadores por aqui —

— Claro que ele ficou — Ela disse revirando os olhos debochada, não adiantava mentir para ela — O que você prometeu em troca?

Perguntou na lata e suspirei, sabendo que não adiantava mentir, dei de ombros e contei a verdade.

— 10% de tudo o que você ganhar hoje — Falei, sorrindo amarelo para Taylor.

— Achei que fosse ser algo pior — Ela disse e suspirou. — Bom, se vamos para um cassino — Ela começou e então respirou — Precisamos de bastante dinheiro vivo.

— Não precisa se preocupar com isso — Disse enquanto metia a mão por dentro do terno e tirava dali um molhinho com 50 mil dólares em dinheiro vivo.

— Eu não vou usar o seu dinheiro para jogar — Ela falou séria para mim enquanto balançava a cabeça negando, eu deveria ter previsto que ela falaria isso.

— Aonde que você quer sacar dinheiro a essa hora? — Perguntei levantando uma sobrancelha a ela.

— Quem disse que eu vou precisar sacar dinheiro? — Me perguntou com uma das perfeitas sobrancelhas levantadas e abrindo um sorriso, e me estendendo o baseado, ri e revirei meus olhos para ela.

Continuamos mais um tempo ali, e antes de sairmos fumamos um cigarro juntos.

---

Assim que passei com o carro pelos enormes portões de ferro, e contornei a fonte parando perto de um manobrista, Taylor resmungou um “UAU”.

— Eu te disse que é demais — Falei saindo do carro, um manobrista abriu a porta de Tay, e nós seguimos andando, quando chegamos em frente ao carro entrelaçamos nossas mãos e seguimos para dentro do salão.

— Boa noite, meu nome é Abel — O homem de cabelos castanhos cheios de gel disse em nossa direção nós parando — O nome de vocês está na lista ou são visitantes? — Perguntou olhando de mim para Taylor

— Estamos na lista, Brian Elwin Haner Jr. e Taylor Michel Momsen — Ele começou a digitar algo no tablet que tinha em sua mão.

— Achei vocês, bom eu os acompanharei pelo resto da noite, então o que precisarem não exite em pedir. — Ele disse levantando o olhar e sorrindo — Me acompanhem, por favor.

E nós então o seguimos para dentro do enorme palácio que era aquilo. Ele explicava as regras do lugar, nós contando como era estritamente proibido bater fotos ali dentro, e que trapaças também não eram aceitáveis.

— Se vocês não se importarem vou ter que confiscar seus celulares — Falou parando a nossa frente, Taylor e eu trocamos olhares, mas eu tirei meu celular de dentro do bolso do paletó, e ela da pequena bolsa de mão que carregava, entregamos então nossos celulares a ele que sorrindo guardou os dois e voltou a caminhar.

Ditou mais um livro enorme de regras, as quais ignorei completamente, já Taylor conversava e perguntava sobre quase todas elas ao cara. Quando finalmente chegamos em frente a uma enorme porta, Abel tirou uma chave do bolso a levando até a tranca e abrindo-a.

A porta se abriu para um enorme salão, bem ao lado da porta um enorme bar se seguia até o final dele, o resto dele era dividido por jogos.

— Aqui em frente ficam as mesas de Blackjack — Abel disse enquanto nós seguíamos para dentro do salão, e ele voltou a fechar e a trancar a porta. Taylor olhava tudo atenta e experiente, sabia que ela não gostava de jogos de azar, para ela era muito mais fácil você perder em um jogo com a sorte, do que algo em que se pode blefar e calcular. — Ali os caça níqueis, — Ele foi nos guiando pelo salão e nos mostrando tudo, quando finalmente chegamos ao final do salão, pude ver uma porta bem menos chamativa contra a parede ao lado das mesas de pôquer. — E aqui estão as mesas das pequenas apostas.

Ele falou apontando para um conjunto de 5 mesas, e como era de se esperar, todas estavam lotadas de homens, Taylor ignorou o resto da explicação de Abel e foi olhando cada uma das mesas atentamente, sabia que levaria um certo tempo então me virei para a misteriosa porta.

— E onde ficam as mesas das grandes apostas? — Perguntei com as mãos no bolso do terno. Era desconfortável estar vestido assim, mas tentava não transparecer.

— As mesas com grandes apostas ficam depois daquela porta — Ele apontou para ela.

— E nós conseguimos acesso para lá como? — Perguntei levantando uma sobrancelha para ele.

— Tem dois modos de entrarem nessa sala — Ele começou a falar, e pude ver um brilho no olhar, algo me dizia que ele também queria conhecer o outro lado da porta, olhei ao redor buscando pela minha loira, que continuava entretida no jogo de uma das mesas. — O mínimo que se pode apostar ali é 20.000, e tem uma taxa de 10.000 dólares pela entrada. Ou então se preferirem ganhem 5 vezes seguidas nessas mesas, e vocês ganham passa para lá.

— Sorte a sua que eu não gosto de perder meu tempo — Taylor falou e andou até ao meu lado, abriu a pequena bolsa que tinha em mãos, e tirou um mole com 10 mil dólares em notas de 100 e estendeu ao garoto, que olhou de olhos arregalados para o dinheiro.

— Não é para mim, que vocês devem pagar — Ele falou meio atropelado.

— Bom, — Disse e dei de ombros — Então nós leve para quem recebe.

Ele afirmou com a cabeça e voltou a mexer em seu tablet, nem 5 minutos depois um homem com um terno muito mais caro, e com cara de importante apareceu, tinha um sorriso enorme no rosto se eu tivesse acabado de ganhar 10 mil dólares de graça, também estaria.

— Vocês querem entrar para as mesas das apostas altas, pelo que soube — Taylor sorriu ao homem e lhe estendeu a mão com o dinheiro, ele pegou e contou rapidamente — Bom, sejam bem vindos ao cassino Monte Carlo — Falou enquanto andava até a porta e a destrancou, qualé a desse lugar de deixar as portas trancadas? Não impediria em nada um ladrão de roubar esse lugar. Eu ofereci meu braço a Taylor que com um sorriso aceitou.

Ele abriu a porta e começou a explicar as novas regras que tínhamos. Não fiz nem questão de prestar atenção, podia ouvir o cérebro de Taylor tomar notas de tudo. Passamos pela porta sendo apresentados a um lugar extravagante, as garçonetes eram esbeltas e altas, andavam em uma roupa minúscula, as mesas eram de madeira polida e tinham lindos acabamentos, todos ali pareciam ser importantes o suficiente.

— Espero que tenham entendido as regras — O homem falou se colocando de frente para nós no meio do salão.

— Fique tranquilo, ouvimos todas e vamos obedecê-las — Taylor tinha um sorriso ensaiado no rosto, sempre me perguntei se ela sabia jogar tão bem, e blefar do jeito que blefava por causa de ser uma atriz tão boa.

— Bom, lhes desejo sorte então — O homem disse e antes de sair estendeu uma cópia de chave a Abel.

— E então, quer dar uma olhada nas mesas? — Ao todo haviam 10 mesas, 5 de um lado e 5 de outro. Taylor se virou para as da direita e varreu esse lado do salão com o olhar.

— Quais são as mesas com as apostas mais altas, Abel? — Taylor perguntou sem nem olhá-lo. Abel mexeu rapidamente no tablet.

— As duas mesas desse canto — Abel falou apontando para o canto onde Taylor olhava — Estão com as apostas na base dos 50.000 — Isso fez os olhos de Taylor brilharem, ela se virou para o outro lado.

— Aqui tem alguma mesa com a aposta alta nesse nível? — Ela perguntou indicando o outro lado.

— Não, as com as apostas mais altas são aquelas.

— Você conseguiria algumas informações dos jogadores para mim? — Perguntou mordendo os lábios enquanto o olhava.

— Consigo os nomes, mais que isso seria impossível. — Taylor morder as bochechas por dentro olhando ao redor pensando rapidamente.

— Você não pode nos devolver o celular pode?

— Não aqui dentro — Abel falou, ele nos olhava assustado, e eu o entendia, parecíamos dois loucos prestes a assaltar um banco.

— Mas — Disse apontando um dedo em direção Abel e me virando pra minha namorada. — se por acaso eu fosse fumar lá fora não teria problema nenhum certo?

Abel demorou para responder pois precisou pensar alguns instantes, mas no final declarou que poderia sim devolver. Eu o peguei pelo braço rapidamente e saímos dali. Caminhei apressado para fora do enorme lugar, e quando finalmente senti o vento gelado bater em meu rosto quase pulei de felicidade.

Aproveitei para realmente fumar um cigarro enquanto pesquisava, e descobri algumas coisas bem interessantes. Com um sorriso no rosto, joguei o cigarro no chão e o apaguei com o pé antes de voltar correndo com Abel atrás de mim.

Ele abriu a última porta e passei por ela, calmamente. Fui adentrando o salão enquanto olhava atento para tudo, tentando encontrar os lindos cabelos loiros de Taylor. já estava quase no final do cômodo quando a vi sentada no canto do bar, ela bebia olhando para frente, enquanto um homem com um terno engomado estava inclinado em direção a ela, mesmo de longe pude ver um sorriso sedutor no rosto do homem, e quase gargalhei.

Fui caminhando mais lentamente ainda em direção a ela. Quando cheguei atrás de sua cadeira, me inclinei sobre seus ombros, e senti ela se arrepiar com meu toque. Beijei seu ombro direito que estava mais perto do homem, e voltei a me afastar dela o olhando nos olhos.

— Ele está te incomodando, meu amor? — Perguntei a ela, e sabia que tinha um olhar assassino no rosto.

— Não mais — Ela falou caçoando, e levando o copo até os lábios tomando em um gole o resto do liquido incolor. O homem então realmente saiu de mansinho, eu o acompanhei com o olhar até ele sumir no mar de pessoas.

— Não posso te deixar 10 minutos sozinha que você já arranja outra sarna pra se coçar? — Perguntei me sentando no lugar onde o homem estava a momentos atrás, Taylor riu e me olhou.

— O que você descobriu? — Me perguntou e eu abri um sorriso de coringa.

— Em uma das mesas temos Mikel Migueli — Falei me aproximando dela — Você vai adorar saber que ele conhece seu avô — Falei e ela levantou uma sobrancelha — Eu sei, demais não é? Ele e seu avô montaram o negócio imobiliário juntos, e antes de seu avô conseguir o primeiro milhão, Mikel vendeu todas as propriedades e ações que tinha para o seu avô, sumindo de vez do país.

— Isso é estranho — Ela falou cerrando os olhos e se virando em direção às mesas

— Isso é incrível — Eu disse, me sentia animado — Imagina o que não deve ter rolado entre os dois? Por que eu tô imaginando.

Taylor sorriu, mas seus pensamentos estavam longe.

— Qual mesa é a dele? — Perguntou, e eu me virei para Abel que estava ao meu lado esquerdo, ele olhou no tablet rapidamente.

— Última mesa do canto, a N4 — Ele falou voltando a nós olhar, Taylor só precisou disso, para pular da cadeira, e começar a caminhar entre as mesas, deixei ela ir na frente e pude apreciar a visão que era minha mulher naquele vestido. E como se o mundo se abrisse diante dos meus olhos, eu vi a maioria dos olhares masculinos se voltarem para ela conforme passava.

Ela parecia flutuar, andava calmamente em direção a mesa, e não conseguindo aguentar os olhares dos outros pulei rápido do balcão e andei até ela, me colocando ao seu lado, com a mão em sua cintura.

— O que você está fazendo? — Ela me perguntou quando comecei a andar ao seu lado.

— Estou andando ao lado da minha garota, não posso? — perguntei com sarcasmo na voz.

— Tire a mão da minha cintura, e fique um passo atrás. — Falou sem nem me olhar, já estávamos chegando à mesa — Você sempre soube jogar muito bem esse jogo.

Bufei e me afastei dela, uma das regras mais severas dela quando entra em um cassino é que ela sempre está sozinha. Eu posso ficar ao lado dela e acompanhá-la, mas ela sempre tem que estar sozinha.

Finalmente Taylor se pôs a frente da mesa, e eu parei logo atrás dela, com Abel ao meu lado.

— Boa noite, cavalheiros — Taylor disse com a voz aveludada, podia escutar um sorriso em sua voz — Será que posso me juntar a vocês?

Passei os olhos rapidamente por todos os jogadores da mesa, bem em frente a Taylor, Mikel olhava para suas cartas impassível. Pigarreei avisando que iria me aproximar, e com a boca perto de seu ouvido, sussurrei quem era Mikel.

— Taylor Momsen — O homem a frente dela tinha a voz rouca, como se passasse todos os dias de sua vida, fumando cigarros e charutos, ele levantou os olhos para ela — Achou mesmo que poderia vir aqui e eu não saberia quem você é? — O homem perguntou a ela, eu fiquei estático na hora, preparado para defendê-la de qualquer situação.

— Bom, — Taylor disse e seus ombros relaxaram, ela tinha a voz mansa. — Eu com toda certeza não esperava por isso.

— Como está Astrid? — Perguntou a ela enquanto entregava as cartas para o carteador, pude ver um brilho no olhar do homem ao falar de Astrid, a avó de Taylor.

— Ela faleceu faz alguns anos já — Taylor falou de modo delicado, o homem do outro lado da mesa, arregalou os olhos e se encostou na cadeira.

— Astrid faleceu? — O homem perguntou.

— Faz algum tempo já — Taylor disse pigarreando, faziam 4 anos. Então contou a ele um pouco da morte de sua avó, Mikel parecia realmente abalado com aquilo. Talvez até demais. Depois que Tay terminou de falar o homem à sua frente ficou tremendamente quieto. Depois de suspirar ele apontou para a cadeira a sua frente.

— Sente-se — Taylor não exitou. — Quero ver o que seu avô lhe ensinou.

— Ele está comigo — Disse se dirigindo a mim, depois de estar confortável na sua cadeira.

— Claro, — O homem disse e acenou para a cadeira ao lado dela — Seu noivo certo?

Mikel perguntou a ela, e tive que morder o meu lábio inferior para não rir, me encaminhei para a cadeira ao seu lado.

— Mais ou menos isso — Ela falou e quando me sentei ao seu lado, tinha fogo no olhar enquanto eu mantinha um sorriso convencido no rosto.

A mesa então se silenciou enquanto o carteador começava embaralhar as cartas, logo cortando o baralho e distribuindo-o aos jogadores. Eu continuei estático e tremendamente quieto ao lado de Taylor, apenas observando todo o jogo.

Nas primeiras duas rodadas, como sempre Taylor esbanjou tiques e blefes, perdendo ao final de cada partida propositalmente.

— Tenho que dizer, você joga bem — E então curvou um dos lábios para cima, esbanjando veneno. — só que esperava mais da neta de Abani e Astrid.

Taylor mantinha a cabeça baixa e pude ver que queria muito mesmo deixar um sorriso se abrir no rosto, só que em vez disso suspirou e limpou a garganta.

— Você se importa de tentarmos mais uma vez? — Perguntou ao velho com a voz novamente aveludada e levantando olhos azuis inocentes para o homem.

— Você está querendo perder todo o seu dinheiro? — Perguntou a ela se inclinando para frente — Por que garota eu não vou ter dó de você.

— Não estou pedindo que tenha dó de mim — Ela o respondeu tranquilamente — Só estou querendo aprender a jogar direito.

O velho a encarou por alguns instantes e voltou a se encostar na cadeira.

— Tudo bem, mais uma vez por favor. — E então o carteador começou a embaralhar as cartas, dois jogadores que estavam antes sairam ficando so 4 pessoas. Assim que as cartas foram distribuídas, e Taylor pegou as suas, a expressão em seu rosto sumiu completamente.

Seus olhos eram duas bolinhas de diamante dançando em suas órbitas sem vida alguma. já na metade do jogo Taylor tinha virado a mesa a seu favor os outros dois jogadores desistiram do jogo, antes que acabassem sem dinheiro algum, eu observava atentamente Mikel, e pude ver quando ele percebeu as táticas de Taylor, a olhei rapidamente e ela olhava para o homem à sua frente também.

Foi então que chegou a vez de Mikel que ao invés de apostar, passou a sua vez. Taylor abaixou o olhar para as cartas em suas mãos, e as olhou atentamente, pude ver sua sobrancelha direita se levantar em um toque quase imperceptível, mas quando olhei para o homem do outro lado da mesa ele tinha percebido. Engoli em seco, e respeitando as regras rígidas de Tay continuei quieto ao seu lado.

Ela abriu levemente a boca e soltou todo o ar preso em seus pulmões, abaixou as cartas e empurrou o resto das fichas para o meio da mesa.

— Eu aposto tudo — Disse com uma tremenda confiança na voz. Eu me inclinei para frente e prendi a respiração, Mikel abriu um sorriso em seu rosto, e com as mãos em todas as suas fichas as empurrou para perto das de Taylor.

— Eu aposto tudo — Ele disse debochado. Taylor estava prestes a perder 50 mil dólares, eu só conseguia sentir o coração bater acelerado em minha garganta. O homem colocou as cartas na mesa, ele tinha em sua mão uma sequência 5 de paus, seis de copas, sete de ouros, oito de paus e nove de paus.

E em seguida Taylor soltou na mesa um Full House, e tive que me conter para não comemorar, a loira ao meu lado sorria discretamente.

— Não pense que eu não sei o que você fez — O homem disse com as costas contra a cadeira, e tinha um sorriso no rosto. — Você conseguiu me fazer cair direitinho. Parabéns.

Disse e se levantou, Taylor o acompanhou e eles deram as mãos se comprimentando.

— Espero nos encontrarmos novamente, para quem sabe uma revanche?

— Esperarei ansiosa. — Disse enquanto o homem lhe dava as costas e seguiu seu caminho. Ela se virou para traz e com um sorriso no rosto disse:

— Pode me dar a minha grana Abel.


Notas Finais


Mais um capitulo que chega ao fim amoras
E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=iz1gzfJx5N8&feature=youtu.be

Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


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