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História Twenty-Two - Now


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Oláa amoras, cá estou eu para mais um capitulo <3
Peço desculpas se houver algum errinho ortográfico, ainda não foi feita a betagem.

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
Os capítulos vão ter em média de 3 a 4 mil palavras, mas pode ser que alguns mais outros menos.
Por conta de os capítulos serem bem detalhados, e eu quero que tudo fluía com muita calma, a fanfic tem bem mais de 50 capítulos.
Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo em seguida. Se não o próximo capitulo será postado até amanha, vou postar sempre sem falta, mas pode acontecer de atrasar.
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do prólogo.
Até as notas finais.

Capítulo 3 - Now


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - Now

No Capítulo Anterior…

 

Ficamos algum tempo assim, olhando para teto em silêncio, absorvendo tudo aquilo, mas então de repente começamos a conversar, até que ele finalmente caiu no sono, eu ajeitei tudo em sua casa que indicava que eu estive ali, deixei sua camisa e seu short dobrados ao lado da cama.

Vesti as roupas que eu tinha pegado em casa, e quando terminei tudo já passava das 6h da manhã.

Jimmy já deveria estar em casa e era literalmente aqui do lado, passei deixando a chave sobre sua bancada e sai pela porta da frente, fui caminhei lentamente para a casa de Jimmy revivendo cada segundo da noite mais estranha que já tive. E triste por nunca mais vê-lo novamente.

 

Domingo, 27 de Junho de 2015, Huntington Beach, Califórnia.

Seis anos depois...

 

As pessoas parecem meras formigas daqui de cima, eu sempre adorei sentar aqui e ficar olhando lá para baixo, por alguma razão isso me faz sentir a dona do mundo, olhei para a praia ao longe de relance.

Pela décima vez em menos de meia hora olhei para o relógio, o tempo parecia não passar. Lancei-me para trás batendo a minha cabeça com um pouco de força no piso. Brian já deveria ter chegado em casa, já deveria de ter me ligado. Eu sabia que ele iria ligar, eu simplesmente odiava ficar na casa dele esperando ele voltar do show, não acontecia muito isso, é verdade, normalmente um de nós dois sempre está em um show, ou está com o outro de acompanhante, mas nessa noite acabei me enrolando no estúdio e me perdi no tempo. Minha fama como cantora ainda é bem recente e, tem crescido cada vez mais, e isso acaba por tomar quase todo o meu tempo, suspirei e o telefone finalmente tocou.

Olhei para a tela, e o sorriso radiante de Brian enquanto me abraçava a iluminava, e a lembrança daquele dia me fez sorrir para a foto, e com a expectativa de escutar a sua voz, deslizei o dedo pela tela, e levei o aparelho à orelha rapidamente.

— Boa noite senhora Haner.

— Nós não somos casados. — Falei com um tom de deboche na voz, me levantei do chão com certa dificuldade.

— Bom, saiba que você está perdendo um partidão. — Ele disse entrando na nossa brincadeira.

— Tenho certeza de que estou. — Fui andando até o sofá que ficava de frente para a televisão e peguei a minha bolsa.

— Sabe, eu dei uma andada aqui por essa enorme casa, e adivinha só, eu não encontrei a minha namorada loira e gostosa em nenhum lugar, onde será que ela deve estar? — Caminhei calmamente até a porta, desliguei as luzes e fechei a porta trancando em seguida.

— A sua namorada loira e gostosa odeia ficar sozinha nessa sua casa imensa, que ela insistiu tanto para você não construir, porque amava a sua outra casa. — Caminhei lentamente até o elevador, onde apertei o botão e esperei.

— Muito triste, porque eu construí para você e, aquela casa era muito pequena. — Revirei meus olhos, um barulho de portas se abrindo veio atrás de mim, e a curiosidade me fez virar ver quem é. Era meu novo vizinho, Jesse Rutherford, ele  me deu um de seus famosos sorrisos de derreter calcinhas e eu simplesmente sorri timidamente de volta.

— Mas aquela casa tinha ótimas lembranças e, eu a adorava. — Disse depois de voltar para frente, o elevador se abriu, segurei-o para Jesse que encontrou ali.

— Aquela casa já não tinha mais espaço para nós dois. — Brian disse do outro lado do telefone, parecendo meio distante.

— Amor, eu já to indo, to saindo do prédio agora, devo chegar em menos de 10 minutos. — Disse enquanto vasculhava minha bolsa, atrás de nada em especial só para evitar o cara ao meu lado.

— Tudo bem, to te esperando. Beijos, eu te amo.

— Também te amo. — Disse e desliguei o telefone o jogando dentro da bolsa e voltei meus olhos para a porta metálica do elevador.

O silêncio foi um pouco constrangedor, pelo canto dos olhos pude ver Jesse sorrir e se virar para mim.

— Então, prazer em te conhecer oficialmente Taylor Momsen. — Estendeu a mão. Fiquei olhando algum tempo para a mão dele, e depois de 10 segundos com a mão esticada já estava ficando ridículo, olhei para ele e dei um sorriso contido e finalmente apertei a sua mão.

— O prazer é meu, Jesse. — Já havíamos nos encontrado, várias vezes, mas sempre em festas e coquetéis, e nessas coisas eu sempre vou com o Brian e quando vou com ele, ele desfila comigo como se eu fosse um pedaço de filé e os outros caras são cachorros famintos, ele nunca tira a mão de mim.

— Então sabe me dizer se o prédio tem mais alguma estrela do Rock por aí? — Tinha e vários, mas era extremamente proibido falar de quem morava ali, era por isso que o prédio era tão chique e requisitado. Os donos conseguiam manter tudo em segredo.

Sorrindo eu ri.

— Os caras da minha banda moram na cobertura. — Disse, ele levantou uma sobrancelha para mim.

— Por que você não mora com eles? — Perguntou.

— Pode acreditar, eu já morei com eles e é um caos, não aguentei nem por três meses, então me mudei para meu próprio apartamento.

— Me mudei faz um mês e essa deve ser a primeira vez que nos vemos.

— Sim, é que normalmente eu fico com meu namorado.

— E agora você está de mudança para a casa dele?

— A não! De jeito nenhum, entre loucuras de carreiras, namorado e própria casa, só acaba ficando mais fácil eu ficar com ele de vez em quando. — O elevador parecia não chegar nunca, e eu queria me livrar desse interrogatório horrível. Ele balançou a cabeça, como se não acreditasse muito em mim, resolvi virar o jogo. — E você se mudou por quê?

— Acabei de terminar um relacionamento de 12 anos, então estou buscando coisas novas. — Eu fiquei envergonhada, sabia que deveria estar vermelha, por que sentia meu rosto pelando, acontece que não sou nenhum pouco ligada em revistas, nunca fui e nem vou ser. Revistas de fofocas me entediam. — Relaxa, não é como se todas as revistas estivessem publicando isso. — Ele disse e riu, eu entendi a intenção dele de amenizar as coisas, mas não deu certo. E como se fosse minha salvação as portas se abriram, devo ter saído correndo de lá.

— Foi muito legal falar com você, nos vemos por aí, tchau. — E corri para o conforto do meu carro.

Respirei fundo, antes de dar a partida no carro e sair dali. Pelo retrovisor o vi parado atrás do próprio carro com as mãos no bolso e olhando para o meu carro. Não percebi que estava segurando o ar até virar a esquina.

———

Eu sabia que normalmente depois dos shows, os caras se reuniram na casa de algum deles e faziam uma festinha, então já estava preparada para um monte de marmanjos pulando para lá e para cá, por conta da adrenalina pós-show.

Dito e feito quando encostei o carro no portão da casa de Brian, tinha alguns carros estacionados, os contornei e estacionei ao lado do de Brian na garagem e caminhei para dentro da casa, uma música alta saia de lá, junto com barulhos de tiros. Abri a porta, e acabei dando de cara com o corredor, segui em frente e entrei na sala.

Matt estava sentado no sofá, com um balde de salgadinhos, berrava freneticamente para o jogo com a boca cheia, enquanto dava tiros para tudo quanto era lado. Eu bati duas vezes em seu pé, pedindo para ele me dar espaço ele resmungou, mas deu espaço.

— Onde é que está todo mundo? – Perguntei para ele, ele fechou a cara e não olhou para mim enquanto falava.

— Estão lá fora, fumando, é claro que eu tenho que ser o único a ficar de fora.

— Você sabe que não é culpa de ninguém, foi você que quis parar. — Coloquei a minha bolsa ao lado do sofá e os pés na mesinha de centro.

— É por que eu sou um adulto, não um adolescente. — Falou, parecia quase bravo. Eu me levantei do sofá e caminhei até a porta.

— Eu vou atrás do meu namorado. — Continuei em frente no corredor e cheguei até as enormes escadas, virei à direita e pude ver os três rindo pela grande porta de vidro. Cheguei até elas e as abri, o  forte cheiro de maconha chegou rápido ao meu nariz, fechei a porta atrás de mim e fui até Brian, que estava sentado na área de festas coberta. Desci minhas mãos pelo seu tórax e as encontrei um pouco acima da sua cintura, ligeiramente coloquei minha cabeça em seu pescoço, e senti seu
cheiro.

Eu amava o cheiro de Brian, ele cheirava sempre a menta e whisky como da primeira vez que o conheci, dei um doce beijo em seu pescoço e me afastei. Puxei uma das cadeiras e me sentei ao seu lado. O tempo todo, seus olhos me seguiam. Zacky e Johnny se envolveram em uma conversa um com o outro. Eu me virei para ele e enlacei minhas mãos nas suas, e finalmente meus olhos azuis encaravam seus lindos olhos castanhos.

— Oi. — Eu disse sorrindo de orelha a orelha, eu me sentia eufórica só de estar ao seu lado.

— Oi, você está linda. — Ele falou sussurrando, colocou meu cabelo atrás da orelha e puxou meu rosto em sua direção, me dando um calmo beijo na boca. Não passou de um selinho, mas a sensação de seu toque se espalhava pelo meu corpo, estávamos a seis anos juntos, mas a sensação de estar apaixonada por ele parecia não passar nunca.

— Como foi o show? — Perguntei quando me afastei dele, ele suspirou e voltou a olhar para os amigos. Zacky estava com o beck ele puxou duas vezes e estendeu na minha direção.

— Foi normal. — Johnny disse. — Como um show de rock pode ser.

Peguei o beck da mão de Zacky e antes de fumar lancei um sorriso cínico na direção de Johnny.

— Ah! Amor, não cai no palco, acho que é uma notícia boa.— Brian disse. — Ninguém estava transando com ninguém na plateia, e foi muito bom.

Prensei um pouco mais antes de me virar para Zacky.

— Gena está em casa? Por que ela não veio? — Zacky quase fez uma careta.

— Não sei onde ela está. Não sou dono dela para saber onde está. — Por um segundo eu achei que ele fosse dar as costas e sair dali bufando, ele continuou no lugar, mas agora a sua cara não era de bons amigos. Pensei em perguntar o que tinha acontecido, mas Brian apertou minha mão assim que eu abri a boca.

Virei-me para ele que fez sinal de não com a cabeça. Suspirei e voltei a fumar meu beck, ao meu redor os três voltaram a conversar como antes, contando coisas e rindo. Depois de algum tempo Zacky e Johnny voltaram para dentro da casa, me deixando sozinha com Brian.

Bruscamente Brian puxou minha cadeira, deixando ela de um jeito extremamente próxima a sua, ele puxou meu rosto em sua direção e nos colocamos nossas bocas em um beijo urgente e apressado.

Meu celular começou a tocar, ignorei por um momento e continuei no beijo com Brian, mas quando ele não parou de tocar, Brian nos separou.

— Vai atender, depois nós terminamos. — E abriu um sorriso safado para mim, sorri para ele e peguei meu celular do bolso da calça.

Olhei para ver quem era e a foto de Sloane dormindo brilhava na tela, mostrei para Brian, que sorriu para mim, era difícil eu conseguir falar com minha família, Brian mesmo, só os viu três vezes, no dia em que os apresentei, foi o momento mais longo que já tive com meus pais em anos, jantamos todos juntos, isso foi muito no início, e só porque Brian insistiu até eu me cansar, e a segunda vez foi quando minha mãe fez um escândalo quando descobriu que eu tinha saído da série Gossip Girl. E Brian teve que me ajudar a catar minhas coisas na frente de casa.

A terceira foi há três anos quando todos nos encontramos, armadamente pela Sloane, em sua apresentação de teatro, naquele dia minha mãe me pediu desculpas. Não mantemos contato regularmente, mas ela sabia mais de mim mesma e da minha vida do que eu. Desmontei-me de Brian e de mãos dadas entramos na grande sala, onde havia a escada, eu atendi assim que entramos ali.

— Boa noite, flor da noite. — Falei quando atendi, continuei caminhando e cheguei até a porta da cozinha, Brian apertou a minha mão e fez sinal de que ia seguir para a sala.

— Achei que não ia me atender. — Balancei a cabeça para Brian e entrei na cozinha

— Eu nunca faria isso, escutou? Nunca. — Disse de forma dramática. Andei até a cozinha e peguei uma maçã dentro da vasilha de frutas, dei uma mordida enquanto escutava minha irmã.

— Tá bom, só liguei para saber das novidades, me conta tudo que puder. — Então contei todas as fofocas de celebridades que não foram para as revistas que me lembrei. Depois de uns 15 minutos, eu finalmente terminei de contar.

— Tá agora é sua vez me conte como estão mamãe e papai. — E então ela me contou, contou que os dois estão indo na terapia de casal, mamãe tem ficado menos no hospital, e papai começou a ficar mais na empresa de advocacia da família, e então passou para as fofocas, do bairro e da família, e ela me ganhou, 30 minutos depois ainda estávamos falando sobre a garota de 12, a nova vizinha de Sloane grávida, filha da grande pastora da região. — Bom eu sempre conversei com você sobre isso, é horrendo, mas nessas horas o arrependimento não bate.

E então ouvi um barulho do outro lado da linha, uma porta sendo aberta e fechada, e a voz da minha mãe.

— Oi mãe. — E então sua voz abafada e distorcida novamente — 'Tô falando com a Taylor. — Outra pausa. —É mãe, a Taylor, a outra filha que você pariu e que nunca te liga. — E então mais uma pausa. — Tay, ela quer falar com você, boa sorte.

— Taylor Momsen, sua mãe adoraria saber que você está viva.

— Aposto que você sempre se mantém atualizada nas revistas e por isso saberia se eu morresse. — A voz abafada de Sloane do outro lado chamou minha atenção, as duas pareceram trocar algumas palavras, e aí minha mãe voltou.

— Falando em revistas… — Ih, lá vem — Eu vi em algumas que você e Brian estão morando juntos. — Revirei meus olhos.

— Mãe, eu e Brian não estamos nada, a não ser transando. — Disse e escutei um sinal de surpresa do outro lado, sorri travessa para mim mesma.

— Mais modos Taylor Momsen, isso é jeito de falar com a sua mãe? — Ela falou em tom de repreensão, eu revirei os olhos, minha mãe era uma babaca, depois de tudo que ela aprontou, ainda exigia um palavreado apropriado.

— Não, não é, mas minha vida com Brian não é da conta de ninguém, a não ser minha e dele. — Falei com certa raiva na voz, queria que ela não se metesse na nossa vida, porque depois de tudo ela não tinha esse direito.

— Taylor, já chega, não importa o que seja, não tem o direito de tratar sua mãe assim. — Ela disse com o tom de voz ríspido.

— Eu sei mãe, e sinto muito, mas eu não consigo evitar, me sinto uma bomba relógio quando falam de mim e do Brian e, parece que tudo é um campo minado na nossa relação depois dos meus 22 anos, e isso já faz tempo.

— Essa era a idade. — Foi à única coisa que minha mãe disse, mas não precisava mais que isso, ela sabia e eu sabia o que significava, quando eu tinha 22 anos, a minha avó faleceu. Ela foi tudo para mim, ela foi minha mãe, minha melhor amiga, e minha avó, e então ela simplesmente morreu, foi o pior ano da minha vida, mas desde aquele dia eu comecei a querer mais de Brian, mais da nossa relação.

— Eu deveria estar casada e, pensando ou tendo meu primeiro filho. Agora provavelmente vou adiar mais um ano até ter coragem de terminar com ele.

— Você tem certeza que é isso que quer? Quer que seu filho tenha outro pai? Um pai que você não ama e que não sente que deveria ser o pai do seu filho? — Mamãe perguntou, e eu fiquei com raiva dela, raiva por ser quem ela é e ter feito o que fez, mas eu ainda amar como uma filha ama a sua mãe. Bufei.

— Não mãe, eu quero o Brian. — Comecei a gesticular com os braços. — O Brian como pai dos meus filhos, como a última pessoa que eu vejo a noite, e a primeira ao acordar. Como o último cara na minha vida que vai ter o meu corpo. — Andei até a lixeira e joguei a maçã inteira fora, de repente não tinha mais vontade de comer. — Mas, ele não quer, ele não quer ter filhos, nunca me pediu em casamento, eu posso amar ele quase tanto eu amo estar viva. — Senti minha garganta se fechar em um nó, e minha voz enfraqueceu. — Eu posso achar que sem ele minha vida não é vida, mas tem muitos caras lá fora e tenho certeza de que um deles pode me fazer sentir pelo menos metade das coisas que Brian faz, e essa pessoa vai querer uma família.

— Minha filha. — Mas, eu não escutei o que ela estava falando, sons de passos vieram da entrada da cozinha bem atrás de mim, e eu fiquei tensa, não me mexi nenhum centímetro. Sempre quando Brian entra em algum lugar eu sei que ele entra, eu sei que é ele por que meu corpo responde a ele, minha mão começa a suar, minha garganta fecha e borboletas passam a brincar na minha barriga, então quando a pessoa foi contornando a bancada e começou a aparecer na minha visão, eu já sabia que era Brian.

Sua testa estava franzida, como se estivesse tentando entender uma conta complexa de matemática, os lábios finos formavam uma linha reta, mas seus olhos, em seus olhos eu não via expressão nenhuma. Do outro lado da linha minha mãe tentava chamar a minha atenção.

— Taylor, filha fala comigo, eu to ouvindo a sua respiração, querida. — Eu estava tentando achar as palavras, mas a única coisa que eu fiz foi abrir a boca e fechar.

— Agora você não sabe o que dizer? Porque há 3 minutos você estava cheia de palavras na sua boca. — Brian disse bem alto, e o tom frio da sua vez, me fez arrepiar, nunca tinha ouvido nada como aquilo.

— Haam, mãe. — Eu comecei a dizer, mas era como se eu fosse muda, as palavras não saiam.

— Ele ouviu o que você disse? — Mamãe perguntou do outro lado da linha.

— Isso. — Disse, e como da segunda vez que nos vimos uma força magnética prendeu meus olhos no dele.

— Me ligue assim que puder. — Foi tudo que minha mãe disse, e então desligou na minha cara, eu baixei o celular o colocando no bolso da calça.

Balancei a cabeça para reorganizar os meus pensamentos, e andei até estar de frente com Brian, eu não me sentiria culpada pelo que ele ouviu, infelizmente é tudo verdade.

— Ouviu desde que parte? — Eu perguntei quando finalmente estava recuperada, e com a cara fechada se ele queria brincar de quem podia mais, nós íamos fazer isso.

— Desde que parte eu ouvi? — Sua testa estava tão franzida que a sobrancelha batia na raiz do cabelo. — Não faz diferença, até porque a gente só transa. — Ele jogou os braços para cima, ele gritava, eu podia sentir a raiva dele. — Nós não fazemos mais nada, além disso.

— Não seja cínico. — Apontei o dedo para ele e aumentei a voz. — Você sabe que eu não falei nada que significasse isso, nós estamos juntos há seis anos. — Eu sentia meu sangue começar a esquentar — Juntos a seis anos de merda, então não aja como se fossemos adolescentes.

A expressão em seu olhar mudou se suavizou, mas se tornou algo pior, eu pude ver mágoa, dor e angústia. E comecei a me sentir mal.

— É isso que você pensa? É assim que você acha que são as coisas para nós dois? Que não temos futuro? E que um dia vamos acabar? Que o que passamos juntos foram seis anos de merda? — A voz dele era tão baixa que, se não estivéssemos pertos, não teria escutado. Olhei no fundo dos seus olhos, e eu sabia que a expressão dele refletia a minha, já com os olhos marejados eu disse:

— Eu não acho, e nunca vou achar que os seis anos que passamos juntos foram seis anos de merda, por que não foram. Você foi a melhor coisa que me aconteceu e você sabe muito bem disso, e esses seis anos foram os melhores da minha vida só por te ter do meu lado, mas Brian, não vamos tentar nos enganar achando que nós vamos dar certo, porque não vamos. Eu quero um marido, e um pai para os meus filhos, e você só quer uma mulher troféu, e esse papel eu não interpreto bem. — Dei as costas para ele, querendo acabar com aquela briga inútil.

— Você não vai sair dessa cozinha depois de me dizer isso. — Eu olhei de volta para ele. — Eu perdi seis anos da minha vida também, achando que você iria se casar comigo, e que ficaríamos juntos nessa merda de vida até o final. — Cada vez mais ele aumentava o volume da voz, e a raiva nos seus olhos ia ficando maior. — E você não pode vir agora, e falar que outro cara pode fazer você se sentir como eu faço você se sentir. — Ele então deu um passo à frente e apontou um de seus enormes dedos para mim, olhei do dedo para seu rosto que já ficava vermelho de raiva. — Não pode me dizer que outro cara vai sentir você, tocar você, ouvir você. — Ele disse a última parte sussurrando. — Sou só eu, entendeu? — Eu poderia sentir a raiva engajado em cada tom em sua voz. Os ciúmes que ele sentia irradiavam de toda a sua pele.

Busquei seu rosto com as minhas mãos, acariciei a sua bochecha, olhava cada detalhe de seu rosto, querendo que a imagem dele ficasse impregnada no fundo da minha mente, para sempre poder tê-lo comigo.

— Não posso mais fazer isso Brian, eu já não tenho mais forças para isso. — Falei cada uma das palavras com dor no coração, minha voz estava embargada, tirei minhas mãos do rosto dele e me virei para sair, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, e então algo me prendeu no lugar. Quando eu fui olhar para ver o que era, Brian segurava minha camisa. — Me solte. — Sussurrei.

— Eu não posso te deixar ir, eu nunca vou te deixar ir. — Ele se endireitou e olhou nos meus olhos, a culpa que vi, me fez querer abraçá-lo e confortá-lo. — Me desculpa, eu não posso deixar você ir... — Lágrimas escorreram de seus olhos e então eu o abracei. Ele colocou a cabeça na minha nuca, e soluçou. —Desculpa, me desculpa, por favor, me desculpa. — Ficou sussurrando sem parar essas palavras. — Você me faz sentir tão possesso eu não posso, não consigo suportar a ideia de outro homem ter você, não posso, dói tanto, e ativa esse monstro dentro de mim, me desculpa.

— Hey, chega. — Eu disse. Eu sabia lidar com todos os Brian’s que ele poderia ser. Brian mandão? Moleza. Brian apaixonado? Era mais fácil ainda. E Brian possessivo? Deixava-me com tesão, mas agora o Brian chorão, não era minha zona de conforto. — Vem cá. — Eu disse e levantei a cabeça dele, fiz ele me beijar, e o que começou com um beijo apaixonado e calmo, se tornou algo avassalador e primitivo.

Ele levou a mão direita a minha nuca, onde enrolou meus cabelos como uma corda, os prendeu em seu pulso e puxou eles para trás, deixando o meu pescoço completamente livre para a sua boca brincar, a outra mão ele desceu até a minha coxa, me fez pular em seu colo e rápido ele levou para a mesa de jantar, me jogou ali e eu me esparramei de todos os jeitos, ele me olhava com paixão e desejo e isso me deixava excitada.

Brian passou as mão no meu calcanhar e foi subindo, até chegar ao cós da minha calça, ele abriu os botões e o zíper e tirou ela de mim jogando longe, e então começou a beijar minha perna direita, fazendo o mesmo movimento que havia feito com a mão, e quando chegou até a minha calcinha ele tirou com a boca. Quando voltou ele me puxou e me deu um beijo e naquele momento eu sabia que não iria mais embora, eu sabia que o assunto e a briga, estavam totalmente esquecidos.

Ele sabia o que estava fazendo, e era por esse Brian que eu tinha me apaixonado, é para esse Brian que eu sempre acabava voltando. Com as pontas dos dedos, ele brincou com o meu ventre, bem na ponta do cós da blusa, se separou de mim e quando eu levantei os braços, a blusa já tinha saído eu estava sem sutiã o que proporcionou a ele total visão dos meus seios. Ele prendeu o fôlego, e levou o rosto no meio dos meus peitos.

— Meu deus, como eles são maravilhosos. — E então abocanhou um, colocando o pico na ponta os lábios, e mexendo com a língua nele, eu gritei, e empurre para a boca dele.

Ele beliscou o outro seio, e ficou brincado com os dois enquanto eu aproveitava, então ele parou, e me puxou para sua boca, minhas mãos foram rápidas até o cós da sua calça e trabalhavam mais rápidas para abrir seu zíper, nós sempre estávamos em sintonia. Abaixei sua calça e cueca, e mexi no seu pênis, ele gemeu na minha boca, me aproximei da sua virilha, queria senti-lo dentro de mim.

— Por favor. — Falei para ele, que tomou seu pênis de mim, e o colocou na minha entrada, antes que ele pudesse dar a estocada para estar dentro de mim eu coloquei minhas pernas ao redor da cintura dele e o puxei, quando ele estava quase completamente dentro de mim, eu perdi todos os meus sentidos, levei minha pélvis, o mais para frente possível, o queria por inteiro, queria senti-lo e amá-lo de todo jeito.

Ele começou a estocar devagar, e conforme foi aumentando ele tirou uma das minhas pernas da cintura e colocou no seu ombro, ele ia tão rápido e tão fundo, eu já não fazia ideia de onde estava só conseguia pensar nele e na sensação que estava crescendo em mim, e quando eu finalmente gozei, gritei o nome dele, e o repeti enquanto sentia a maravilhosa sensação se espalhar pelos meus membros, eu amoleci, Brian deu mais umas duas estocadas, e caiu em cima de mim.

Fui recuperando os sentidos aos poucos, ouvi nossa respiração ofegante em sintonia, ele ainda estava dentro de mim, e eu o queria ali, amava senti-lo.

— Esse é o meu Brian, não o chorão. — Disse e acariciei o rosto dele quando ele me olhou e sorriu para mim. Deu-me um beijo, e então finalmente saiu de dentro de mim.

Desci da mesa com a ajuda de Brian, nos vestimos lado a lado, e de mãos dadas e satisfeitos caminhamos de volta a sala, quando chegamos à enorme porta da sala não havia mais ninguém lá, quer dizer tinha somente Matt, que estava concentrado no seu jogo, o volume era ensurdecedor, eram tiros e explosões e pessoas falando, era uma poluição sonora. Fiquei na porta enquanto Brian caminhava até o amigo, quando colocou a mão no ombro dele, Matt pulou de susto.

— Ah. Oi gente, espero que não se importem de eu ter ficado, e desculpa pelo volume, é que vocês fazem bastante barulho. — Matt pegou o controle que estava ao seu lado e jogou para Brian que abaixou o volume.

— Tá tudo bem entre você e Valary? — Perguntei com cautela, cruzei os braços na frente do corpo, me aproximando deles, Valary é a mulher de Matt, e também é uma das minhas melhores amigas, então gostava de pensar que se algo tivesse de errado com eles eu saberia.

— Meu deus, não, está tudo ótimo, é só que eu não quero ir pra casa, tá chovendo muito. — Como para confirmar a desculpa falsa um trovão ecoou no céu.

— Tudo bem, então. — Eu disse desconfiada, e dei dois passos para trás — Vou deixar vocês dois. Preciso rever umas matérias que me mandaram, estarei no estúdio.

Dei um beijo em Brian antes de sair, e então escutei antes mesmo de dobrar a saída, Matt falando.

— Meu deus, eu to desesperado para falar com você desde que cheguei. — Encostei-me à parede ao lado da porta para ouvir. — Michelle está lá. — Michelle é ex-noiva do Brian, não era como se eu tivesse ciúmes, mas também não era como se eu tivesse superado o fato de que com ela, ele queria ter uma família. Fiquei tensa no mesmo minuto. Para piorar minha situação ela é irmã de Valary. Então eu e a ex-noiva de Brian acabamos por vivermos se esbarrando, e não nos dávamos muito bem. Ela já tinha tentado me humilhar de todas as formas possíveis, voltei a prestar a atenção na conversa deles. — E final semana que vem vai ter um churrasco lá em casa, e eu juro que nem sabia, ela convidou meus pais, seus pais, convidou toda a porra do mundo, mas deixou para mim a missão de chamar vocês.

“Olha só eu sei que a Michelle ainda é um calo no relacionamento de vocês, qual é, nem a Valary seria tão cega e não veria as merdas que ela faz com a Tay. Então já deixo bem claro que se quiserem passar o dia na cama transando, eu apoio, nem quero a resposta agora, vocês precisam conversar antes.”

Em seis anos eu já vi a Michelle incontáveis vezes e, tenho certeza de que Brian também, mas nunca falamos sobre ela, nem a enfrentamos juntos, o nome de Michelle era tocado somente nas nossas brigas, quando brigávamos de verdade, quando eu jogava na cara de Brian a vida que eu queria  e a vida que era para estar levando, mas ele não queria, essas brigas só aconteceram no máximo 4 vezes em todo o nosso tempo de relacionamento.

Em choque não esperei ouvir a resposta de Brian, deixei os dois ali e fui para o estúdio improvisado que havia na casa, sentei em frente ao computador e fiquei por alguns minutos olhando para o nada, e pensando em nada. Minha vida estava um desastre, parecia que tínhamos passado esses seis anos construindo esse lindo castelo de cartas, e agora estava pronto para ser derrubado.

Peguei um violão que estava perto, e abri o computador em minha frente, fui até os e-mails e abri minha composição mais recente, depois de olhar para ela por um tempo, comecei a dedilhar um ritmo no violão e, a cantá-la.


Notas Finais


Então amoras é isso, esse foi o prólogo e eu espero de coração que vocês tenham gostado. E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


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