1. Spirit Fanfics >
  2. Twenty-Two >
  3. I have no Ideia what I should do

História Twenty-Two - I have no Ideia what I should do


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Haaaa olha quem voltooou
como prometido, quartaaaa

Esse capitulo definitivamente é o meu xodó, e espero que se torne o de voces <3

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
- Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo no dia seguinte, se não o próximo capitulo saira dentro de 3 a 4 dias <3
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do Capitulo.
Até as notas finais.

Capítulo 36 - I have no Ideia what I should do


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - I have no Ideia what I should do

No Capítulo Anterior…

— Se eu escondesse isso, — Comecei a dizer com a voz no tom mais dócil e amável que conseguia — seria por que não me arrependo, seria por que não me sentiria envergonhada e humilhada por causa disso, mas eu me sinto assim. — não queria que ele achasse que eu me orgulhava de algo sequer parecido com isso — Quero que saiba que nunca em todos os anos que tive com outros caras, e com certeza muito menos com você eu pensei em trair, não queria isso tivesse acontecido. Eu amo você.

Jesse ficou mais algum tempo em silêncio me olhando depois passou a andar em direção à porta que dava para o hall, no caminho pegou um casaco, eu fiquei de pé rápido o acompanhando com o olhar.

— Aonde você vai? — perguntei colocando a mão sobre o coração e já sentindo a preocupação me tomar.

— Eu preciso sair daqui, preciso ficar bem longe de você, e das suas merdas. — Jesse gritou e saiu me deixando em pé perdida no meio da sua sala.

Sábado, 26 de Julho de 2016, Huntington Beach, Califórnia.

Jesse

A chuva caia fina sobre a minha toca, enquanto eu continuava andando de cabeça abaixada.

Tenho medo do que posso fazer, tenho medo de mim mesmo, sei do que sou capaz já vi isso acontecer mais de uma vez, e nunca gosto de como me sinto depois.

Pela primeira vez na minha vida, eu achei que tinha encontrado algo que finalmente fosse deixar meu passado para trás, eu tinha a esperança de que Taylor estivesse me transformando em outro homem, um muito melhor do que um dia fora, mas então ali estava o meu balde de água fria.

Eu não conseguia acreditar que ela tinha feito isso comigo, sabia que já tinha passado por isso antes, virá isso acontecer comigo, mas mesmo assim quis esfregar na minha cara que havia acontecido novamente. Eu tenho mais que um belo par de chifres.

Meus passos se tornaram mais pesados, acompanhando meus pensamentos que se tornavam mais nublados, conforme eu ia andando pelas calçadas nem se quer ver onde estava indo, a chuva aumentava ficando mais forte, caindo sobre os meus ombros e me deixando encharcado, coisa que eu não conseguia se quer ligar.

Tudo com Taylor sempre pareceu ser tão diferente, como se antes eu visse o mundo em preto e branco, mas aí ela apareceu colorindo meu mundo com sua risada escandalosa, e seus olhos azuis. Não me sentia como da primeira vez, eu me sentia pior, me sentia verdadeiramente enganado e traído.

Não conseguia decidir se o fato de ela ter ou não realmente apagado mudava alguma coisa, ainda era o corpo dela, com o de outro homem. Meu pulso doía, não conseguia parar de mexê-lo constantemente, sabia o porquê disso e talvez fosse o que mais me incomodava.

Continuei andando sem rumo algum enquanto ficava cada vez mais molhado. Não me importava se poderia ficar doente, ou se estava andando há muito tempo, só preciso que o fogo em meu peito se acalme, coisa que não estava acontecendo, na verdade quanto mais andava, e mais molhado ficava mais conseguia pensar e mais sentia os sentimentos ruins me tomarem.

Raiva, rancor, ódio, chame como quiser. Eu crescera longe deles, mas não adiantou fugir do que era para ser a minha fraqueza, do que era para ser a minha ruína. Eu precisei de dois longos anos de terapia para simplesmente conseguir não querer esganar ninguém por me deixar com raiva, mas mesmo os 10 anos não adiantaram para me tranquilizar com a traição de Anabel. E agora isso, precisaria de mais quantos? Mais 30 anos?

Levantei o olhar para a rua finalmente descobrindo onde estava.

Tive que parar no meio da calçada quando percebi que estava a apenas três quarteirões da casa de Brian, fechei meus olhos tentando me concentrar em outra coisa que não fosse meu punho batendo na cara dele, ou o cheiro de seu sangue fresco em minhas unhas.

Dei as costas para o caminho que não podia seguir e ainda de olhos fechados tentei controlar minha respiração, enquanto tentava focar em pensamentos bons.

Não sabia se ter pensado instantaneamente no sorriso da loira poderia ter algum efeito negativo, mas de repente foi como se tudo tivesse apagado, pensar nela me levava para algum lugar bom em minha mente, algum lugar tranquilo e sereno onde não precisava ter medo de mim mesmo.

Isso acabou só me trazendo mais dor. Balancei a cabeça querendo me afastar daqueles pensamentos, e voltei a andar apressado para longe dali, enquanto pegava meu celular no bolso, e ligava para o número que sempre soube de cor.

Depois do terceiro toque, ela finalmente atendeu.

— Jesse? — A voz fina e rouca disse do outro lado, enquanto eu só conseguia prestar atenção nas batidas do meu coração, jurava que podia ouvi-las. — Está tudo bem?

— Você está em casa? — Perguntei rapidamente, não querendo prolongar.

— Estou.

— Tem algum problema se eu for até aí? — Minha voz tremeu pude sentir.

— Claro que não — A mulher falou do outro lado.

— Chego em 10 minutos — Anunciei desligando o celular e colocando-o no meu bolso, enquanto voltava a correr pelas calçadas, querendo chegar o mais rápido possível.

———

Quando o elevador do apartamento de Maggie se abriu para o andar dela, fiquei com vergonha de dar o primeiro passo, estava encharcado, sabendo que não tinha opção foi o que fiz.

Fui caminhando pelo corredor até finalmente dar de cara com uma porta já aberta, fui entrando e não fora nada difícil achá la.

— Meu deus o que aconteceu com você? — Perguntou espantada levando a mão à cabeça.

Para então logo depois sair correndo atrás de toalhas. Maggie é pelo menos uns 15 anos mais velha que eu, na realidade não tenho certeza, nunca consegui descobrir sua idade.

Maggie me deu uma toalha e me fez entrar debaixo do chuveiro, conseguiu roupas de seu filho mais velho que estava na faculdade, e me deu para poder me vestir. Uma hora depois estou sentado no confortável sofá enquanto espero uma xícara de chocolate quente.

Estar ali me remetia aos piores momentos da minha vida, perder meu pai, e ver minha vida quase indo para a merda por um erro cometido, mas mesmo assim era só ali que conseguia encontrar a minha paz.

— Vamos começar do início — Maggie disse enquanto vinha da cozinha com duas xícaras enormes, caminhou até a minha frente e me entregou uma, logo depois se sentando na cadeira a minha frente — Quando você disse que não precisava mais vir, que estava recuperado eu achei que não ia te ver nunca mais.

Enquanto levava a xícara à boca, não pude deixar de dar uma risada debochada,

— Eu também achei isso. — Falei enquanto abaixava a xícara novamente, e com as pontas dos dedos senti a borda de porcelana.

— O que aconteceu com Taylor? — A mulher a minha frente perguntou com as sobrancelhas franzidas, e não consegui desviar meu olhar, ou falar. De repente a voz de Taylor voltava a minha mente, a dor no olhar e as lágrimas escorrendo pelo seu delicado rosto.

Maggie cuida de mim desde meus 15 anos, acho que não tem nada em minha vida que ela não saiba, e nada que não tenha conseguido me ajudar a resolver.

— Jess... — A mulher falou com a voz mansa — Não faça isso, converse comigo vamos — Os olhos da mulher a minha frente estavam esbanjando preocupação.

Mas acontece que não sabia como falar aquilo, não sabia nem como poderia começar a explicar a ela. Tomei mais um gole do chocolate quente querendo que ele me desse à coragem que precisava.

Respirando fôlego reuni as forças que precisava para começar a falar.

— Taylor tem uma doença... — Comecei ainda com o olhar baixo, a minha frente senti a mulher se curvar a fim de querer escutar com atenção — É uma coisa bem rara, e não tem nenhum tratamento, ela simplesmente tem que viver com essa doença por ai...

— Sabe o nome da doença? — Maggie perguntou me olhando a fundo.

— Nunca perguntei um nome a ela — Disse balançando a cabeça — Mas eu já vi ela... Sabe quando acontece...

— E o que acontece?

Lembrei instantaneamente das explicações de Taylor e repeti o que havia ouvido para Maggie. Que confirmou com a cabeça quietamente.

— Conheço essa doença, — Ela falou confirmando quietamente — infelizmente muito pouco... Entendo que isso possa ser complicado Jess, é uma doença neurológica, alguma coisa no cérebro dela é diferente do nosso, provocando assim essas reações.

— Eu não acho que essa doença parece tão horrível assim — Falei alto e fazendo gestos com os braços, mas foi só meu pensamento se focar que lembrei que a culpa do que tinha acontecido na realidade era dela. — Ou pelo menos não achava...

Disse sentindo meus pensamentos vagarem longe.

— O que a doença dela fez? — Maggie perguntou virando a cabeça e me olhando curiosa.

— Ontem tivemos a nossa primeira briga. — Falei olhando-a nos olhos, que confirmou com a cabeça — Eu estava com raiva, porque ela agiu como uma adolescente, e admito que fui mais babaca do que precisava ser, só que não consigo controlar o que falo quando estou com raiva, as palavras somente saem.

— Não está mais praticando o exercício que te passei? — Ela perguntou preocupado.

— Se eu não estivesse sempre fazendo isso, provavelmente nem estaria sentado aqui agora.

Maggie bateu aqueles longos cílios para mim e pude ver um sorriso brincar em seu rosto.

— Continue... — Ela pediu e confirmando com a cabeça contei a ela o resto da história.

Até finalmente terminar contando como estava a passos da casa de Brian, mas dei meia volta.

Ela ficou em um tremendo silêncio por alguns minutos, e não a apressei só continuei ali sentado com a xícara agora vazia em mãos.

Eu me sentia como se estivesse preso dentro de um vidro, podia ver todos vivendo e resolvendo seus problemas, enquanto  não conseguia ter a mínima força para encará-los.

— Você a ama? — Maggie me perguntou calmamente, podia escutar a chuva continuar a cair fora do prédio, enquanto ali dentro o silêncio reinava.

Não precisava parar para pensar nessa resposta, pelo menos eu costumava não pensar. E mesmo aqui, mesmo estando com raiva e magoado, sei que a amo, sei que é o sorriso dela que quero ver todos os dias da minha vida.

Engoli em seco e pisquei, voltando a escutar a chuva cair. Levantei meu olhar para Maggie e soube que não conseguiria mentir.

— Eu a amo como nunca achei possível, sentir isso por alguém.

— Se você a ama. Confia e acredita nela, certo? — Novamente soube que não precisava pensar na resposta, mas mesmo assim pensei.

Pisquei meus olhos algumas vezes ao vazio, enquanto nossas lembranças passavam rente aos meus olhos.

— Taylor nunca me deu motivos para não confiar nela — Suspirei antes de terminar o que eu tinha a dizer — E o fato de termos nos conhecido enquanto ela ainda estava com Brian, sempre me mostrou quem ela é.

—Você já foi traído uma vez Jess, sabe como o sentimento é, o que mudou desse para aquele?

— Eu realmente estou tentando ser uma pessoa melhor, eu não quero ter que ter medo de mim mesmo, não quero magoar as pessoas que amo. — Senti minha cabeça girar, e lágrimas chegarem aos olhos — Eu achei que ela podia me tornar essa pessoa, e por alguns meses me tornei esse homem, finalmente era quem eu queria ser — Já não controlava o que sentia, e sabia que não podia deixar isso acontecer, só que estou tão cansado e exausto — mas pelo visto estava errado, Taylor não deve ser a pessoa certa.

Até eu pude ouvir o quão morta saiu a minha voz. Engoli em seco ao terminar a frase, e finalmente levantei meu olhar.

— Ninguém no mundo pode mudar quem você é Jesse, a não ser você mesmo. Taylor pode ter aflorado o seu melhor lado, o seu lado mais feliz. Só que você está aqui agora, você não tocou em Brian, deu meia volta e fez o que era certo, você escolheu fazer isso. — Ela disse enquanto apontava em minha direção — Taylor não te fez um homem melhor, você mesmo fez isso, mudando e se tornando quem você quer ser por dentro.

“Você não consegue controlar o que diz com raiva, mas se tornou mais sensato ao dizer certas coisas. — Maggie me olhava com determinação e quase podia ver uma ponta de felicidade em seu olhar — Só o fato de você estar aqui... Você não precisa ter medo de si mesmo Jess, não mais.”

Sempre tem certas coisas que estamos acostumados a negar, achamos que nós mesmo não podemos, ou não somo capazes de fazer certas coisas, porque uma vez pessoas nos disseram que não, que não podíamos mudar, ou que não podíamos alcançar nossos sonhos.

E quando alguém diz algo assim, torna tudo ao seu redor diferente, como se você tivesse passado anos dormindo, para só então perceber que na verdade estava vivo esse tempo todo.

Maggie tinha razão, Taylor não havia me feito ser alguém melhor, ao lado dela eu queria me tornar alguém melhor, alguém que de fato a merecesse.

— Você acredita no que ela lhe disse? — Maggie perguntou, eu levantei meu olhar para ela, arqueando uma sobrancelha.

— Sim — Falei, para logo depois me arrepender, pisquei algumas vezes — quer dizer, não — Maggie continuou quieta a minha frente, enquanto eu abaixava o olhar — ... Não sei.

Disse soltando forte o ar dos pulmões, eu confio em Taylor, acredito nela, mas não sinto como se isso mudasse alguma coisa em relação à traição.

— Fale comigo Jess... Fale alto — Disse arqueando as sobrancelhas e se inclinando, engoli em seco e repeti o que tinha pensado. — Ela contou a você, podia ter escondido isso, mas não escondeu, foi sincera.

Neguei com a cabeça enquanto passava a mão no rosto.

— Não queria que ela tivesse me contado — Falei aquilo sussurrando, na esperança de que Meg não ouvisse.

— Por que não queria que ela tivesse falado? Sempre falou que gosta de tudo às claras, sem segredos — Balancei a cabeça negando.

— Se ela não tivesse me contado, provavelmente não estaria aqui agora, não estaria pensando em deixa-lá, estaria em casa, levando ela para jantar e fazendo a merda que eu queria ter feito ontem, que agora não tem mais como fazer — Conforme fui falando, pude ir sentindo a raiva crescer no peito, e como de costume aconteceu minha visão ficou turva e senti a minha garganta fechar, fiquei de pé ao fim da frase e gritando terminei de falar.

Maggie continuou sentada no mesmo lugar, com a mesma feição no rosto. Enquanto eu buscava amenizar minha respiração, sabendo que era assim que recobrava minha paciência. Voltei a me jogar no sofá levando a mão à testa.

— Se ela não tivesse contato, agora você estaria vivendo uma mentira. Sua vida seria baseado em um segredo.

— Minha vida já é feita de segredos — A respondi rindo debochado e jogando as mãos ao alto.

— Não finja que não prefere a verdade, — A mulher falou enquanto arqueava uma sobrancelha — e realmente não é fácil encontrar pedras no caminho, e ter o seu coração despedaçado — Eu sempre odiava quando ela começava a falar e eu sabia que levaria alguns tapas na cara — Só que você não é mais uma criança, ninguém vai proteger seus sentimentos te segurar no colo e te acalmar, sua mãe não vai mais passar a mão na sua cabeça.

“E Taylor não é Annie. Taylor não está transando e saindo com ele, nem fez isso por que queria. Você está confundindo seus sentimentos, está confundindo tudo o que passou e sofreu com Anne com Taylor. Esta colocando a culpa nela como se os pecados de Anne fossem os dela.”

Engoli em seco, não conseguia olhá-la nos olhos. Tudo que Annie já tinha me feito passar, todo o nosso relacionamento é como uma enorme ferida aberta na minha perna.

Não consigo perdoá-la, e não consigo seguir em frente.

— O que Taylor fez ao te contar, mostra quem ela é, saiu direto da onde estava e foi te contar. — Maggie me olhava com carinho enquanto continuava a tentar me mostrar a verdade — Erros sempre são cometidos em relacionamentos, e infelizmente, se ela realmente tem essa doença, se você já a viu com seus próprios olhos, nessa situação sabe como ela fica. Você realmente queria que ela não tivesse te contado?

Joguei minha cabeça para trás bufado, levei a mão ao rosto e fechei meus olhos com força, enquanto sentia as palavras dela mudarem meus pensamentos.

Odiava o quanto ela tinha razão, odiava como sempre me sentia uma garotinha perdida e problemática ali. Fiquei algum tempo calado pensando.

— Eu a amo, — Comecei me sentando direito e olhando para a morena esbelta — confio nela, e a admiro por ter conseguido me contar isso. Só que... — Eu só precisava imaginar se tornava tão vívido em minha memória, como se estivessem na minha frente e pudesse tocá-los — não consigo tirar a imagem deles da minha cabeça, não paro de imaginar o que deve ter acontecido, ou como aconteceu — Ri de mim mesmo com escárnio, me sentia enojado.

— Você precisa se sentar e conversar com ela, precisa contar tudo que me contou, precisa ser sincero se quiser salvar esse relacionamento.

Eu ri novamente, mas dessa vez ri de nervoso.

— Não posso contar a ela o que eu fiz — Falei enquanto negava com a cabeça — Ela não aceitaria. Ela... — Quase podia sentir os olhos azuis brilhando em minha direção, me julgando e me desprezando. — Eu não posso...

— Você não sabe como ela reagiria Jesse, — Maggie me retrucou enquanto se inclinava para frente. — isso que você tem também é uma doença, é algo que precisa de tratamento, era isso que estávamos fazendo e foi isso que te levou aonde está hoje. — Odiava quando ela fazia sentido, ou quando tinha razão, só queria uma vez na minha vida que as minhas paranoias estivessem certas, mas nunca estavam — Você não pode julgá-la Jess, esconde algo dela, esconde quem você realmente é, quem um dia você foi, infelizmente não pode querer apontar seu dedo para ela, porque ela não esconde nada de você. É, houve um deslize, mas não é como se ela quisesse isso.

“Eu entendo o seu lado, entendo sua dor e o porquê de estar assim, e não te julgo porque é horrível, mas o que está sentindo agora é baseado nos erros de outra pessoa...”

Eu não sabia mais o que falar a ela, por que não adiantava o que fosse lhe apresentar como questão ela conseguia me mostrar o outro lado da moeda, e odiava perceber estar errado.

O jeito com que a deixei, o olhar no rosto dela, e as minhas palavras, pensar que fui um tremendo babaca me fazia querer vomitar.

— Eu te odeio Maggie — Falei a mulher enquanto me deitava em seu sofá, estava cansado de pensar, de sentir de me martirizar por tudo.

— Vou fazer algo para você comer, durma um pouco você precisa — Maggie disse enquanto se levantava da cadeira que estava posta a minha frente, e caminhava corredor adentro.

Eu poderia até ser maior que o sofá, mas isso não impediu com que eu me sentisse confortável ali, e momentos depois tinha caído no sono.

---

Acordei em um sobressalto me sentando rápido no sofá, conforme a consciência ia voltando, eu me lembrava de onde estava, e do por que de estar ali.

Me joguei novamente no sofá, levando a mão ao rosto. Havia uma fina coberta me cobrindo, e um travesseiro debaixo da minha cabeça. O cheiro que se espalhava pelo apartamento era algo desumano.

Tirei a mão do rosto, abrindo meus olhos para o teto. Era impossível negar a mim mesmo a saudade que estava de Taylor, estávamos a mais de dois messes longe um do outro, por causa de sua turnê e por causa de tudo que tinha acontecido, não havia conseguido sentir seu gosto em meus lábios, e nem seus dedos acariciando a minha pele.

— Haa! Você já está acordado — Escutei outra voz conhecida falar, e ao levar meu olhar em direção a voz encontrei os enormes e cacheados cabelos morenos de Mikaela.

Sorri enquanto levantava do sofá e caminhava em direção a ela. Não precisava dizer nada, a mulher com quem eu cresci, e que sempre fora minha melhor amiga, abriu os braços e colocando a cabeça na curva de seus ombros, ficamos assim abraçados e quietos.

Eu tinha crescido com uma Irmã mais nova, sabia o que era sentir o instinto de irmão mais velho. Só que com Mikaela ao mesmo tempo em que era o mesmo sentimento, conseguia ser o completo oposto, sentia como se ela fosse minha Irmã mais velha, e sempre fosse me proteger.

— Mamãe me contou o que aconteceu... — Ela sussurrou em meu ouvido baixinho, e suspirei pesadamente. — Eu sinto tanto Jess...

Me soltei dela me afastando um pouco.

— é uma merda — Disse dando de ombros, não sabia o que falar sobre tudo que estava acontecendo se não fosse isso.

— Taylor parecia tão diferente... — Começou dizendo enquanto me olhava profundamente, Mika tinha seguido os perfeitos passos de sua mãe, e também tinha se tornado uma ótima psiquiatra, estar ali era pedir para ser analisado a todo momento.

— O jantar está pronto — Maggie disse colocando a cabeça para a fora da cozinha sorrindo.

Começamos a caminhar para dentro do outro cômodo, e suspirando quando me sentei à mesa falei.

— Ela é diferente — Percebi que as duas trocaram um olhar, e Maggie caminhou calmamente até a mesa colocando a última panela ali, como estava de pé atrás de mim, levou a mão aos meus cabelos os acariciando.

— Conseguiu descansar um pouco? — Me perguntou e deu a volta na mesa se sentando.

— Consegui. Na verdade estou me sentindo bem melhor — Disse e Maggie se levantou para começar a se servir.

— Isso é ótimo. — O silêncio tomou o cômodo, enquanto eu continuava parado estático olhando para frente, ao meu lado Mikaela se levantou para se servir também — Já sabe o que vai fazer?

Soltei o ar que vinha prendendo, eu queria muito dizer que sabia o que deveria fazer, mas na realidade ainda me sentia perdido.

— Na verdade, não faço a menor ideia do que vou fazer — As duas se sentaram e eu me levantei, olhava a comida e me sentia enjoado, não queria comer, não estava com fome.

Mas para não fazer feio acabei colocando algumas coisas em meu prato.

— Se quiser podemos nos sentar e conversar mais um pouco depois, surgiu umas perguntas que eu quero fazer a você. — Maggie disse enquanto divide a sua atenção entre eu e o prato a sua frente.

Levantei o pulso olhando a hora que marcava no relógio, meia noite em ponto, tinha que ter ido para casa já, tinha ficado muito tempo na rua.

— Se quiser pode me perguntar, na realidade já deveria de estar indo para casa — Ao dizer isso, lembrei que lá fora quando eu cheguei chovia, ao prestar atenção, não escutava barulho nenhum.

— Tem certeza disso? — Mikaela me perguntou — Sabe que pode dormir aqui se quiser.

— Sim, eu sei. Mas realmente tenho que ir para casa. — Disse não às olhando, precisava ir para casa porque, sabia que assim que estivesse em um lugar só meu, saberia o que fazer.

— Mais cedo, você disse que ia fazer algo para ela ontem, o que você ia fazer? — Maggie me perguntou logo levando uma garfada à boca.

Engoli em seco, lembrando-se do quanto tinha preparado tudo aquilo com carinho e certeza de que as coisas iam dar certo. Engoli em seco e olhei para meu prato ainda intocado.

— Eu ia convidar ela para ir morar comigo — Disse sem precisar levantar o olhar, sabia como elas deveriam estar me olhando agora.

— Você ia dar um grande passo — Mikaela falou se curvando em minha direção.

Eu ri, levantando o olhar.

— Se eu tivesse a certeza com que eu tinha que ela iria dizer sim para morar comigo, eu já teria a pedido em casamento. — Disse e dessa vez olhei para as duas.

Ambas levaram as sobrancelhas ao alto, me olhando curiosas.

Sempre tive uma visão do que é o casamento, e de estar com alguém diferente do que todos tiveram. Meus pais cresceram sendo apaixonados um pelo outro, se casaram e formaram o que conhecíamos como a família perfeita.

Éramos perfeitos, não brigávamos ou respondíamos uns aos outros, nunca vi meus pais levantarem a voz um para o outro, nunca os vi terem ciúmes, mas também nunca vi o olhar que via um no outro. Isso durou até a morte do meu pai, um dia ele estava lá e como passe de mágica não estava mais, e nada no mundo poderia trazê-lo de volta, nada podia trazer nossa família, ou até mesmo nossa felicidade.

Tudo mudou completamente depois que ele se foi, de repente mamãe não estava mais afim de cuidar da gente.

Pisquei querendo me trazer de volta ao presente, muita coisa tinha acontecido desde aquela época, mas a minha opinião não mudará.

Eu nunca havia pensado sobre pedir Annie em casamento, por que nunca achei que estava preparado para aquilo, para o tipo de compromisso que acho que se tem quando nos casamos. Mas agora vejo que na verdade, ela era meu primeiro amor, não passou disso e nunca passaria, meus sentimentos por ela nunca passariam disso.

Infelizmente as duas a minha frente sabem como sou com esses assuntos.

— Então por que você não esquece isso, e vive o que quer viver com ela? — Mikaela perguntou se curvando à frente na mesa para pegar algo que estava fora de seu alcance. Era por isso que preferia conversar com Maggie, ela tinha um jeito de me mostrar quando estava pensando errado sobre alguma coisa, fazia com que mudasse de opinião, não agia como minha melhor amiga.

Suspirei, me preparando para respondê-la.

— Por que não tem como esquecer — Falei um pouco grosso — não tem como fingir que não aconteceu, por mais que eu queira não consigo fazer isso.

— Você está errado Jesse, — Maggie falou calmamente, eu levantei meu olhar para ela querendo ouvir o que tinha a me dizer — realmente a traição é algo que não dá de se tirar da cabeça, você vê a pessoa e sente aquilo, você beija e pode fazer o que for que esse sempre vai ser um fantasma rondando. — Engoli em seco, nossos olhos estavam cravados um no outro.

“Mas você pode mudar isso Jess, pode dar um bom final a essa história, claro se achar que vale a pena fazer isso por ela, tente... Por que o jeito que essa história pode acabar está em suas mãos.”

Engoli em seco ao ouvi-la dizer isso.

Eu realmente não fazia a menor ideia do que fazer, tinha medo de que perdoá-la acabasse se tornando um erro, mas ao pensar a fundo, só conseguia me perguntar que tipo de erro poderia ser. Não é como se eu achasse que ela fosse capaz de voltar a fazer isso.

Suspirando voltei meu olhar para frente, a mesa ficou em completo silêncio, e me concentrei apenas em terminar de comer.

———

Acabei ficando mais uma hora e meia com elas, conversando sobre qualquer coisa que não tivesse a ver comigo. Já havia marcado hora com Maggie para depois de amanhã, assim acontecesse o tivesse para acontecer, o importante para mim era continuar com a minha sanidade.

As portas do elevador se abriram para o meu andar, e com a sacola de sobras na mão, eu adentrei o corredor. Fui caminhando calmamente até a minha porta, e a vontade que estava de bater na de Taylor, parecia quase me consumir por dentro, mas tinha prometido a mim mesmo que por hoje não precisava de mais emoções.

Abri a porta de casa, a fechando em seguida, estranhei o fato de a porta da sala estar fechada, mas sabia que Taylor ficado ali depois que fui embora. Fui com tudo para abrir a porta o que não esperava era que tivesse panelas atrás dela.

O barulho ecoou pelo apartamento, e da onde estava vi Taylor se sentar no sofá desnorteada passando a mão no rosto.

— Eu estou acordada — Ela falou alto.

Eu fiquei estático no lugar, com a mão na maçaneta as panelas jogadas no chão a minha frente, e a loira pela qual eu estava apaixonado ficava em pé, me olhando com os aflitos, buscando por uma resposta.

Engoli em seco, não sabia o que lhe dizer, não sabia o que deveria fazer.

— Eu... — Ela começou, mas não terminou. Passando a mão no rosto, Taylor voltou a se sentar no sofá.

Engolindo em seco finalmente adentrei a sala, caminhei em silêncio até a bancada da cozinha e coloquei as sobras sobre a mesa.

Ainda em silêncio adentrei o cômodo para guardá-las na geladeira, isso pareceu acalmar meus nervos. Assim que fechei a geladeira, me voltei para a sala e parando atrás de Taylor comecei a falar.

— Eu sinceramente acho que você deveria ir para o seu apartamento — Falei a ela, e Taylor se levantou e ficou de frente para mim.

O olhar aflito em seu rosto me deixava incomodado, podia ver seus olhos azuis inchados, seu cabelo platinado agora curto estava uma confusão de emaranhados na cabeça, e ela ainda vestia as mesmas roupas de ontem à noite.

— Amanhã nós conversamos você precisa de um banho, e eu preciso dormir. — Foi tudo que disse a ela, antes de começar a lhe dar as costas.

— Tudo bem — Escutei ela sussurrar baixinho, a voz embargada, não tive como não parar no meio do caminho.

Era tão difícil para ela quanto estava sendo para mim, engoli em seco, e me virei em sua direção, Taylor estava de costas para mim enquanto amarrava o cabelo e caminhava em direção à porta, pegou algumas panelas nos braços e passou a andar em direção a cozinha.

Foi quando ela percebeu que eu ainda estava parado ali, estava mais perto de mim dessa vez, nossos olhos grudados um no outro, estáticos e sentindo a atmosfera ao nosso redor mudar aos poucos. Os olhos da loira lacrimejaram e ela abriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa, mas não saísse.

— Eu sinto tanto — Falou com a voz embargada e lágrimas desceram dos olhos.

Não tinha como adiar aquela conversa, nos dois não conseguiríamos aguentar e esperar para resolver isso depois. Estar ali olhando para ela, parecia mudar tudo, parecia fazer tudo valer a pena.

Engoli em seco e abaixei o olhar.

— Eu também sinto — Falei a ela, ainda parado no mesmo lugar.

— Eu não queria fazer aquilo, eu juro — As lágrimas se tornaram mais verazes em seus olhos, e caíram rápidas pelo seu rosto.

Taylor ainda estava com algumas panelas nos braços, mas não liguei.

Caminhando rápido em sua direção, fiz todas as panelas em seus braços caírem ao chão ao nosso redor, e a abracei. Com a cabeça em meu peito, e meus braços ao seu redor, Taylor soluçou alto, e me agarrou forte com seus braços finos.

Descansei minha cabeça sobre a sua, enquanto fazia carinho em seus cabelos, Taylor chorava, e chorava. E de repente cai na real o quão egoísta eu tinha sido. Eu não havia pensado no lado dela, no que ela tinha passado. E como era acordar de repente e descobrir que seu corpo fez algo por si só, era como se ela tivesse traído a si mesma.

Em silêncio continuamos ali, Taylor continuava a chorar e eu continuava a abraçá-la, enquanto esperava ela se acalmar. Não fazia a menor noção de quanto tempo tinha se passado, mas finalmente parava de chorar e se afastava.

— Desculpa, eu... — ela soluçou e respirou fundo — Eu sou um desastre. — Se soltando dos meus braços Taylor se curvou para pegar as panelas no chão — Eu vou arrumar isso aqui e deixar você dormir.

— Não — Disse a segurando pelos ombros, Taylor parou e me olhou. A maquiagem estava totalmente borrada, mas ainda sim eram os meus olhos azuis. — Vamos conversar...

Taylor ficou quieta e estática me olhando, parecia não acreditar no que eu dizia. Peguei-a pela mão e nos sentamos um ao lado do outro no sofá.

— Eu quero começar pedindo desculpas pela forma como agi com você... — olhando em seus olhos eu neguei com a cabeça — Não foi nada legal, e eu sinto muito por isso.

Taylor me olhava de olhos arregalados e boca aberta, não esperava por nada daquilo, eu sei.

— Você tá brincando né? — Perguntou, enquanto franzia as sobrancelhas.

— Na verdade, não estou brincando — Falei e não pude deixar de soltar uma risada no final.

— Mas, Jesse eu te trai — Ela falou e pude notar lágrimas se formarem ao redor dos seus olhos, sentindo meu amor por ela aflorar, eu me inclinei em sua direção e suavemente sequei as lágrimas que ousaram cair por suas bochechas, Taylor fechou os olhos reagindo ao meu toque.

— Você não me traiu, — Comecei a dizer, e isso fez ela voltar a abrir os lindos olhos azuis — por que não era você. Queria muito que você soubesse o quanto me arrependo da outra noite, eu não deveria ter ficado tão bravo, eu deveria ter conseguido me controlar, e então nada disso teria acontecido.

— A culpa não é sua, a culpa não é de ninguém na realidade — Taylor engoliu em seco e abaixou o olhar.

— Uma parte de mim, quer saber o que aconteceu, e a outra realmente não quer — Falei enquanto fechava os olhos, depois de soltar um suspiro pesado voltei a grudar meus olhos nela — Qual das duas eu devo escolher?

— Bom, se você quer uma boa notícia, acho que deveria escutar pelo menos parte do que rolou — EU afirmei com a cabeça, ficando momentaneamente curioso — Eu não me lembro de absolutamente nada. Depois de você virar as costas para mim, eu não faço a menor ideia do que aconteceu. Brian me contou algumas coisas, mas nada com muitos detalhes, não queria ouvir também.

— Você conversou com ele? — Perguntei arqueando uma sobrancelha, Taylor confirmou com a cabeça e suspirou.

— Nós brigamos antes de eu sair — Disse rindo. — Falamos algumas merdas um para o outro.

— Sinto muito — Falei a ela.

— Não sinta — Ela disse enquanto um sorriso se abria em seu rosto — Eu sei que não tem nenhum motivo para algo assim ser bom, mas eu me sinto livre — Falou e riu, realmente tinha outro ar ao redor de si — Descobri que ele está saindo com outra mulher, e sabe... Falar o que eu precisava falar foi ótimo. Antes eu me sentia presa a ele de alguma maneira, como se estivéssemos ligados por alguma coisa. — Ela levantou os olhos azuis para mim, com brilho sincero neles. — Sinto muito mesmo que isso tenha acontecido, mas se eu pudesse voltar no tempo faria qualquer coisa para simplesmente mudar tudo o que aconteceu. Quero que saiba que eu te juro nunca mais fazer nada desse tipo.

Respirei fundo, tentando ficar calmo, e rezando para lhe dizer as palavras certas.

— Eu te amo — Disse olhando fundo dentro de seus olhos azuis — e acredito em você, confio em você. — Eu tentava passar toda a sinceridade que tinha olhando em seus olhos, percebi a expressão de Tay ficar mais relaxada e feliz — Mas se nós vamos realmente ficar juntos para fazer isso dar certo tem uma condição.

O silêncio tomou o cômodo enquanto Taylor me olhava curiosa.

— Qual? — perguntou enquanto me olhava séria.

Engoli em seco sentindo um nó na garganta, eu não conseguia ter mais certeza se ela me diria sim ou não. Vim todo o caminho da casa de Maggie até a minha pensando no que faria, e há 10 segundos parecia ser a melhor ideia que eu já tinha tido na minha vida, agora ali com a possibilidade de ganhar um não, parecia completamente loucura lhe pedir isso.

— Jesse? — Taylor chamou meu nome enquanto balançava a mão em frente ao meu rosto.

— Desculpa, eu... — Respirei fundo tentando recobrar o assunto da onde tinha parado. — Eu quero que você venha morar comigo, quero que comecemos a nossa vida juntos o quanto antes for possível, quero te ter do meu lado a todos os minutos do dia...

Eu não esperava a reação que Taylor teve, jogou os braços ao redor do meu pescoço e enquanto pulava em cima de mim, rindo ela dizia “sim” uma vez atrás da outra. Eu não pude deixar de rir de sua reação, mesmo que eu não tivesse terminado de falar, podia significar algo bom.

— Hey! Calma — Disse rindo e a afastando Taylor tinha um sorriso de uma lado ou outro do rosto.

— Ai desculpa! — Disse ainda sorrindo feliz para mim — É que eu estava com esse sim preso na garganta desde ontem, eu só queria que você perguntasse para poder deixá-lo sair.

Isso me fez sorrir, Maggie tinha razão, isso só seria grande coisa e nos afetaria se deixássemos.

— Bom, eu não quero ser o tipo de namorado que te proíbe de alguma coisa, — Comecei a falar enquanto levantava meus olhos ao dela, que ainda tinha um pequeno sorriso em seus lábios, como se não conseguisse o tirar dali. Ela acenou com a cabeça confirmando estar ouvindo — mas não quero mais que você tenha contato com ele. — Olhávamos um para o outro sem nem mesmo piscar, então não ver a expressão de Taylor mudar enquanto eu falava isso me deixou feliz. — E eu quero me mudar.

Larguei isso sabendo que de todos esses era o pior. O sorriso na cara de Taylor vacilou, mas não murchou olhando em meus olhos ela perguntou.

— Está pensando em que lugar?

Dei de ombros.

— Não sei, não pensei em um lugar muito específico, acho que devemos escolher juntos.

— Isso é por causa de Brian não é? — Me perguntou séria, eu limpei a garganta.

— É sim. — Taylor tocou no meu braço me olhando com os olhos cheios de carinho, queria saber por que de tudo isso — Você vai achar idiota ou esquisito, mas eu sempre senti como se estivesse tapando um buraco. Como se eu vivesse na sombra do relacionamento de vocês — Isso fez a expressão no rosto da loira se entristecer. — Quando estivemos em NY, foi a primeira vez que senti realmente que éramos nós dois, tudo bem que até lá ele não nos deixou em paz, mas... Eu finalmente senti que você era minha, e eu quero sentir aquilo sempre. E isso nunca vai acontecer se continuarmos aqui, cercados por tudo que um dia foi de vocês.

— Eu entendo que se sinta assim — Taylor disse enquanto chegava perto passando as suas mãos esbeltas e macias pelo meu tórax para se aconchegar. — Mas quero que saiba que eu nunca senti isso, — Ela olhava dentro dos meus olhos agarrada a mim, como se não fosse mais me soltar — eu me apaixonei por você, antes mesmo de terminar com Brian, e na época não gostava de me sentir daquele jeito, mas não conseguia evitar.

“hoje em dia, tudo que faço é agradecer por você ter aparecido na minha vida, com esse seu sorriso maravilhoso e sendo sempre tão paciente e amável quanto você é. Eu amo você.”

Sem mais delongas nenhuma e quase doente para sentir os lábios dela nos meus, me esqueci de tudo que tinha acontecido naquele dia, rezando para poder seguir em frente me inclinei sobre ela e com seu rosto em minhas mãos juntei nossos lábios, nossas bocas travavam uma batalha conhecida e desejada.

Foi uma simples questão de tempo até Taylor estar montada em cima de mim, nós não conseguimos parar de nos beijar, e não era nada mais que isso.

Taylor se sentou no meu colo enquanto estava deitado embaixo dela, desceu os dedos até o cós da blusa e quando ia me levantar para ela tirar, a loira parou de repente.

— De quem é essa roupa? — Perguntou me olhando minuciosamente, os olhos azuis me olharam dos pés a cabeça desconfiados. — Aonde você foi?

Abri um sorriso para ela e a segurando nos meus braços me sentei ainda com ela agarrada a mim, e me preparei para explicar quem era Maggie.


Notas Finais


Mais um capitulo que chega ao fim amoras
E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
TRAILER 1 DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=iz1gzfJx5N8&feature=youtu.be
TRAILER 2 DA FANFIC: https://youtu.be/fGK6O4-fyNI
Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...