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História Twenty-Two - You Call the Shots, babe


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Oláa minhas amooras, então como no ultimo cap. teve 4 comentários, cá estou eu com mais um para vocês, e esse é especial, se preparem que o que tem de treta nessa cap. não é brincadeira.
Espero mesmo que gostem dele tanto quanto eu <3
Haaa, mais uma coisa eu criei a casa do Brian e da Tay no The sims, então esperem que logo, logo tem novidades vindo por ai <3
Quero agradecer a maravilhosa da Gicah Lovato pelas betagens <3 Muitisimo obrigada more <3

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
- Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo no dia seguinte, se não o próximo capitulo saira dentro de 3 a 4 dias <3
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do Capitulo.
Até as notas finais.

Capítulo 5 - You Call the Shots, babe


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - You Call the Shots, babe

No Capítulo Anterior…

— Pode acreditar gatinha, eu sei. — Ele piscou um olho para mim e levantou da cadeira indo até Brian, se aproximou dele e falou algo em seu ouvido, depois bateu em seu ombro e deu um sorriso caminhando até Matt que estava de frente para a churrasqueira.

Brian se virou na minha direção e nossos olhos voltaram a se encontrar, sua cara era de espanto. Fiquei louca para saber o que é que Jimmy tinha falado para ele, mas conhecendo o meu melhor amigo e vendo a cara de Brian, eu achava que Jimmy tinha falado que se ele me magoasse iria levar uma bela surra.

Dei um sorriso amarelo na direção dele, e me virei para Gena e Valary, prometendo a mim mesma o ignorar pelo resto da noite.

Sábado, 03 de Julho de 2015, Huntington Beach, Califórnia.

Seis anos depois...

Não acordei de imediato, primeiro eu senti, senti os doces lábios de Brian me beijando, beijos doces e molhados, ele ia beijando o meu pé, minha canela, minhas coxas, parando demoradamente na minha virilha, e então subindo, minha barriga, chupou meu peito, e  arfei, abrindo os olhos, e querendo mais, levei minha mão até seus cabelos onde emaranhei meus dedos em suas madeixas pretas e macias, mas ele tirou a boca dali e seguiu em frente para o meu pescoço, bochechas, me deu um beijo, delicioso e calmo, e então beijou meu nariz e testa, e voltou para minha boca.

E ficamos nos beijando, pelo que pareceram horas e horas, até ele se afastar, se deitou ao meu lado e me aninhou em seus braços, apoiei minha cabeça em seu peito e fiquei olhando para seu rosto. Continuamos ali, quietos, um olhando para o outro. Levei uma das  minhas mãos até seus lábios, e com a ponta do dedo sentia a pele macia deles, eu o amava tanto que chegava a doer.

— Eu sei que provavelmente é a última coisa que gostaria de ouvir agora, mas se você quiser ir na casa do Matt, para o churrasco, temos que começar a nos arrumar. — Ele disse,  pegando a mão que o acariciava e dando beijos nela, enquanto me olhava nos olhos, não pude deixar de perceber a enorme cautela na sua voz, suspirei pesadamente.

— Você acha que é uma boa ideia? — Perguntei, abaixando o olhar, ele se mexeu desconfortável embaixo de mim.

— Muito provável que não. — Ele falou e soltou um longo suspiro. —  Acho que ela vai fazer alguma coisa para te irritar ou para nos irritar, mas sabe o que eu acho? — Ele falou, levantei as sobrancelhas como se dissesse para ele continuar, ele soltou a minha mão, e levou a sua até meu rosto acariciando minhas bochechas. — Que eu te amo demais, e que nós somos bons juntos, nós conseguimos superar e vencer tudo juntos,  ela não vai ter a menor chance contra nós e deveríamos esfregar isso na cara dela.

— Acho que você tem razão. — Eu disse com a voz aveludada, ele abriu um sorriso divertido e me deu um selinho.

— Eu sempre tenho. — Revirei os olhos, então Brian  se saiu debaixo de mim e ficou de pé completamente nu na minha frente. — Temos tempo para um banho bem demorado, você me acompanha?

Ele esticou a mão para mim, e não pude deixar de olhar do seu pênis para seu rosto que mostrava um sorriso sexy, abri um sorriso sapeca e coloquei a minha mão na sua.

— Você não deveria nem perguntar. — Falei enquanto Brian me ajudava a levantar da cama. Ele caminhou a minha frente enquanto segurava a minha mão nós entramos no enorme banheiro. Brian soltou nossas mãos e caminhou até o chuveiro o ligando, enquanto isso  torci meu cabelo, fazendo um coque no alto da cabeça.

Dei alguns passos a frente entrado dentro do box, onde Brian estava de costas para mim, passei meus braços em volta do seu tronco, acariciando todo o seu peitoral. Meu Deus, como eu amo esse homem!

Brian se virou de frente para mim,  levantei meu rosto para olhá-lo, ele colocou suas duas enormes mãos na lateral do meu rosto puxando meu rosto contra o seu. Nossos lábios se encontraram em um beijo delicioso. Apertei mais meus braços ao seu redor, Brian nós separou e andou até debaixo d'água e estendeu a mão para mim, aceite, e nos colocamos embaixo dos enormes jatos d'água. Ele me puxou para junto de seu corpo, e engatamos mais uma vez em um beijo.

Por mim, eu poderia ficar ali para sempre.

———

— Taylor. — Brian me chamou da porta da sua casa, calcei rapidamente o chinelo preto correndo para a porta, ele estava ali parado me olhando com uma cara nervosa, estávamos atrasados, acabou que o banho demorou muito mais do que ele havia calculado.

— Que foi? Foi você que quis transar no chuveiro. — Eu disse engatando minha mão na sua, enquanto Brian fechava a porta da sua casa.

Saímos caminhando pelo Jardim até a calçada.

— Não me arrependo de nadinha. — Ele disse com um sorriso gigante na cara. Eu sorri para meu homem.

— É bom não se arrepender mesmo. — Disse empurrando ele, que riu e soltou da minha mão passando o enorme braço tatuado sob o meu ombro enquanto virávamos para a rua.

Fomos caminhando lado a lado até a casa de Matt, que era literalmente a duas casas depois da de Brian.

Assim que chegamos em frente ao portão, Brian me deu um beijo na testa e caminhou até o interfone, apertou no botão e ficamos esperando até alguém atender.

Como em qualquer outro dia em HB, fazia 23°C, por isso coloquei um shorts jeans desfiado e curto e uma camiseta branca bem levinha, ela deixava meus seios maiores, meus cabelos estão presos no alto da cabeça com pequenas madeixas soltas na frente.

Dei uma bela olhada no homem a minha frente, estava vestindo um short jeans e chinelos, tinha escolhido uma camisa de botão com mangas curtas, com alguns botões abertos eu tinha uma bela visão de seu peito, a tatuagem em homenagem ao Rev a cobria, e como sempre minhas mãos foram parar em seu tórax.

Ele com muita gentileza colocou a mão sobre a minha, e eu olhei para seus olhos. O moreno colocou delicadamente os lábios nos meus dedos, e eu me derreti toda por dentro.

— Quem é ? — A voz de Matt saiu dos pequenos alto-falantes do interfone.

— Oi, é o Brian. — Ele disse apertando no botão.

— Mas que merda. — Matt resmungou e então ouvimos um barulho e o portão começou a abrir.

E sem pronunciar as palavras seus olhos disseram “vamos”, balancei a cabeça afirmando, e ele pegou na minha mão nos levando portão adentro.

Matt esperava a gente na porta de sua casa com o único tipo de sorriso falso que ele tinha, que o fazia parecer um idiota com problemas intestinais, nos esperava com os braços abertos.

— Vocês dois acordaram hoje com um pensamento suicida? É por isso que vieram? — Ele disse e olhou de um para outro continuando — Isso vai ser a terceira guerra mundial.

Matt não era pessimista, ele é sempre alegre, convidativo e positivo. Então vê-lo preocupado e estressado, me deixou com um pé atrás de ter vindo.

— Por que você acha isso? — Perguntei, e até eu consegui ouvir um desespero na minha voz, Brian me abraçou, mas eu me soltei rapidamente,  esperei pela minha resposta, Matt olhou de mim e  para Brian mais uma vez e então abaixou o olhar rapidamente antes de responder.

— Eu conheço a minha mulher. —Ele disse com a voz assumindo um tom mais tranquilo, de certo percebeu que a melhor tática com a gente não era nós assustar. — E ela sabe que a irmã dela vai aprontar alguma coisa. Mas,  não me diz o que é que ela está aprontando— Matt deu de ombros, e como se sentisse que ele estava falando dela, Valary saiu da porta da frente com um sorrisinho no rosto.

— Porque eu não sei o que ela vai fazer. Só sei que vai fazer. — Então veio até mim e me deu um abraço apertado. — Desculpa por isso. —Ela disse, quando se afastou me olhou nos olhos — Mas, eu acho que você poderia ter escolhido um cara com uma ex esquecida, né? Tinha que ser justo o da minha irmã?

Ela franziu o nariz e eu lhe dei um sorriso amarelo, eu não sabia o que lhe dizer.

— Vamos entrar. — Valary falou indicando a porta.

Eles foram na frente e eu e Brian acabamos por ficar para trás, seguimos eles até a cozinha, onde Val e Matt entraram.

— Podem ir lá para fora, está todo mundo lá, só estamos terminando de ajeitar algumas coisas. — Matt falou, enquanto entrava na cozinha, nós então seguimos reto a fim de ir para o jardim, mas assim que ficamos sozinhos, Michelle entrou pela porta que dava para o jardim, quando nós viu só faltou sair pulando de alegria.

— Olha só quem chegou. — Ela nos lançou um sorriso venenoso. — Brian, querido,  faz tempinho que não me liga, como andam as coisas? — Ela disse o puxando para um abraço, eu sabia que ela queria me atingir falando isso, então esperei Brian falar que não ligava para ela, mas ele não falou, abri sorriso de quem sabe que o namorado faz isso, e rezei para ele não vacilar.

— As coisas andam boas. — Ele falou e deu a ela um sorriso sem dentes e sem ânimo. Ela então liberou Brian de suas garras e se virou para mim

— Taylor! Ainda penso nas compras que fizemos juntas, temos que fazer mais vezes, foram tão divertidas. — Era quase como se ela soubesse o que eu e Brian não contamos um para o outro. É, eu realmente tinha ligado para ela, a convidando para fazer compras,  só que eu precisava entender mais sobre o relacionamento dos dois, Brian nunca me falava nada sobre ela, mas me arrependendo até hoje de ter feito aquilo, foi horrível.

— Sim, foram maravilhosas temos que repetir a dose — Disse para ela, lhe lançando um sorriso enorme, as vezes eu agradecia por todos os anos que passei sendo atriz, sabia mentir melhor do que todo mundo, me voltei para o lado de Brian, passando meu braço pela sua cintura, e ele passou seu braço pelos meus ombros. Se Michelle tivesse olhos de laser  com certeza teria me explodido. Ela levantou os olhos e deu mais um sorriso falso de mim para Brian, e quando ia abrir a boca para falar alguma coisa, a voz de Valary veio de dentro da cozinha.

—Michelle, pare de importunar os dois, e vem me ajudar aqui.

— Nos vemos lá fora. — Ela disse dando um sorriso do gato da Alice saindo rebolando de um lado para o outro. Quando  entrou na cozinha tirei rapidamente minhas mãos da cintura de Brian que também tirou o braço dos meus ombros, e ele começou a andar sem nem olhar na direção de Michelle, e muito menos sem me esperar.

Dei alguns passos mais largos para chegar ao lado dele e fomos caminhamos para a área de festas fora da casa, estávamos completamente calados,  sem nem mesmo nós tocar, eu não seria a primeira a tocar no assunto, o dele com certeza era mais grave. Por que ele ligava para ela?

— Compras? Você fez compras com ela? — Ele falou de repente me parando, eu olhava para frente, meu olhar era puro ódio, e  sabia que quando virasse esse olhar, ele iria notar isso na hora, e tentaria mudar, só que nada que ele pudesse me falar me deixaria com menos raiva. Então para amenizar, coloquei o sorriso mais doce que tinha, e me virei para ele, coloquei uma mão em seu peito.

— Ligações? Você liga e conversa com ela? — Disse com os dentes trincados de raiva, ele ficou branco como papel. — Conversam sobre o que? Sobre o tempo? — Dei uma risada falsa, deixando bem claro que não levava aquilo na brincadeira, finquei minhas unhas em seu peito descoberto onde a camiseta não tampava, ele engasgou, me olhando com o olhar desesperado — Eu não quero falar com você agora. — Eu disse e o larguei ali.

Atravessei as portas que davam para o tremendo jardim de Matt e Val, pude ver Cash, o filho de três anos dos dois brincando com outras crianças,  não pude deixar de sorrir. Caminhei até onde ele brincava, e quando ele me viu abriu um doce sorriso para mim.

— Tia Tay. — Ele gritou enquanto corria na minha direção, me agachei e abri meus braços, ele então se chocou contra mim me fazendo cair de bunda no chão. Eu ri divertida, e Cash começou a rir também.

Me sentei na grama não ligando se iria me sujar, Cash continuou em pé na minha frente, ajeitei a roupinha dele que já estava suja de lama.

— Tudo bem com você, meu amor? — Perguntei sorrindo a ele.

— Tudo sim. — Ele falou,  olhei para onde ele estava a alguns momentos atrás e lá tinha mais uma três crianças.

— Você estava brincando de que ? — Perguntei a ele, mas foi em vão, a atenção dele estava voltada para algo atrás de mim, ele se livrou rapidamente dos meus braços e saiu correndo indo naquela mesma direção.

— Tio Brian. — Ele gritou e eu bufei, claro que tinha que ser o Brian para tirar a atenção da criança de mim,  me levantei limpando o shorts. Quando me virei para a direção dos dois, Brian tinha um sorriso infantil no rosto, quando Cash chegou rápido na frente dele, ele pegou o garoto e o levantou balançando a criança em todas as direções.

E lá se foi toda a raiva que estava sentindo, então, quando parou de girar o Cash, que ria adorando a brincadeira, Brian rindo pegou ele no colo, e começou a conversar com Cash. Brian adora crianças, ele sempre foi um doce com Cash, até já chegou a perder uma noite inteira com nossos amigos só para ficar cuidando dele, quando estava doente.

Talvez isso que me doesse tanto em toda essa situação, Brian daria um pai maravilhoso.

Suspirei e comecei a caminhar em direção aos dois, Cash ria contente nos braços do meu namorado. Cheguei perto deles e me direcionei para a criança pegando na mãozinha dele.

— Titia não trouxe um presente para você hoje anjo. — Falei para ele que fez um bico enorme, não pude deixar de sorrir. — Mas, prometo que trago dois — Disse fazendo sinal de dois com os dedos.— Na próxima vez que a tia vier.

E isso bastou para deixá-lo eufórico. Ficamos mais um pouco com Cash até ele começar a se entediar de ficar com a gente e querer voltar para os amigos, e enquanto Brian o colocava no chão eu olhei ao redor e me impressionei com o que tinham conseguido fazer ali.

Havia diversas mesas espalhadas pelo jardim, deveria ter umas 30 pessoas ali conversando, no meio das áreas das mesas se tinha um enorme bufe e um cara fazendo uma costela de chão, fiquei parada ali por algum tempo, até sentir um toque tão conhecido. Ele tocou meus braços e fez carinho neles, e então veio para minha frente.

— Faz muito tempo. — Ele disse, a voz estava calma, colocou as mãos nos bolsos do shorts e abaixou a cabeça por um instante. — Eu ligava para ela de vez em quando depois que nós terminarmos, eu me sentia mal pelo que tinha feito a ela.

— Por que você nunca me contou? — Franzi a sobrancelha para ele, ainda não conseguia acreditar que eu não sabia disso depois de seis anos, eu acho que Brian deveria saber que eu não ligaria para isso. Brian abriu a boca para me responder, mas então alguém que estava nas mesas chamou meu nome. Olhei sobre o ombro dele e ele olhou para trás,  então eu encontrei Papa Gates e Suzy acenando para nós dois de uma das enormes mesas.

Brian se virou de frente para mim e me olhou questionando se terminava de me contar ou não, suspirei e entrelacei meu braço no dele, e caminhamos até os seus pais. Chegando perto deles me soltei de Brian.

— Papa. — Eu disse recebendo um abraço caloroso dele. Os pais de Brian acabaram por virar meus pais, bem mais do que pais dele. — Suzy. — Falei com o sorriso mais aberto que podia, me sentei do seu lado e desatamos em uma conversa sobre as novidades. Depois de um tempo conversando com eles me virei para frente e Brian estava sentado ali, ele me olhava descaradamente com um sorriso amoroso no rosto, não se importando se alguém visse ele.

Sorri tímida para ele e olhei em volta, percebendo que Kenna não estava em lugar nenhum do jardim.

— Cadê a Kenna? Ela não veio com vocês? — Perguntei para Suzy, que me lançou um sorriso de canto.

— Bem que ela não queria vir, mas Brian a convenceu — Olhei para meu namorado com as sobrancelhas arqueadas em sinal de confusão, e ele fez sinal com a cabeça indicando seu pai. Já que Papa Gates se chama Brian para ela era é marido, sorri e me voltei para Suzy.

— Você sabe onde ela está? — Olhei em volta procurando ela mais uma vez. Kenna com certeza era mais que uma irmã para mim, nos dávamos tão bem que nem Brian conseguia entender como isso acontecia. Há dois anos atrás, quando ela tinha 17 anos teve uma briga feia com seus pais e acabou fugindo de casa, foi no meu apartamento que ela se abrigou, claro que na hora em que ela apareceu eu liguei para Suzy avisando que ela estava comigo. Naquele dia pintamos o cabelo dela de roxo pela primeira vez, Papa quase teve um infarto quando viu.

— Ela falou que iria para a piscina. — Eu balancei a cabeça e levantei do banco, a área da piscina fica separada do jardim, você tem que descer um par de escadas para sair na área da piscina.

Caminhei até o local, encontrando Kenna sentada na beira da piscina com os pés na água e olhando para eles. Fui caminhando calmamente até perto dela, quando cheguei ela olhou para mim, lhe dei um sorriso silencioso. Tirei os chinelos os colocando de lado, e logo  me sentando junto a ela com os pés dentro da água.

— Tudo bem? — Perguntei a olhando, ela suspirou pesadamente voltando a olhar para os pés.

— Fui eu que atendi quando a Michelle ligou. — Kenna disse,  então eu entendi sobre o que seria a conversa, ela levantou o olhar para mim, e eu continuei escutando atenta, mesmo que já estivesse farta de falar sobre a Michelle. — Sinceramente? Ela me dá medo, sempre me deu. — Balancei minha cabeça concordando com ela — Ela quer acabar com vocês dois, não quer? — Eu suspirei, não faço a menor ideia do que ela quer.

— Eu entendo o porquê dela dar medo em você, e sinceramente? — Me inclinei na direção dela e sussurrando para mais ninguém ouvir eu continuei. — Ela também dá medo em mim. — Voltei para trás e passei a falar normal, dando de ombros disse. — Não sei o que ela quer, se quer tirar seu irmão de mim ou simplesmente nos destruir, não sei. — Suspirei cansada. — Mas, se acontecer alguma coisa com a gente não vai ser por causa dela.

— Ele ainda não quer uma família, né? — Kenna então me olhou com os mesmos olhos de Brian, meu estômago se remexeu, Ela é tipo uma confidente para mim, ela sabe praticamente tudo do meu relacionamento com seu irmão,  embora Brian odeie isso, ela é a única pessoa em quem confio cegamente.

— Não, ele não quer. — Desviei meu olhar do seu não aguentando mais aqueles olhos. — Acho que no fundo eu sei que ele nunca vai querer, desde os meus 22 anos eu venho enrolando o inevitável.

— Eu não quero que vocês dois terminem, eu só... — Ela balançou a cabeça, parecia frustrada como eu, olhei para ela e logo  voltou a me olhar, seus olhos tinham uma expressão pesada e sincera. — Ninguém nunca fez tão bem a ele quanto você. — Ela voltou o olhar para a água e suspirou. — Sei disso porque eu vi coisas que meu irmão aprontou em toda a vida dele, ele fez uma merda atrás da outra, e quando ele conheceu a Michelle, ele sossegou por uns três meses, e então começou a traí-la, no relacionamento inteiro deles, ele a traiu.

“Ela me olhou e vi uma triste nostalgia neles. — Era sempre eu quem cuidava disso para ele, eu era a desculpa,  quem o ajudava. O pior era que Michelle sempre soube, então quando ele a pediu em casamento, eu achei que acabaria, ela achou que acabaria. — Ela balançou a cabeça de um lado para o outro atormentada com lembranças do passado. — Só que ele veio falar comigo no mesmo dia, disse que queria sair para comemorar e precisava de apoio. — Ela respirou fundo,e me olhou, agora parecia quase feliz.”

“Mas com você, com você não é assim, quando você entra num cômodo onde ele está e ele te vê, o rosto dele se ilumina. — Os olhos dela brilhavam. — Quando ele entra em um lugar, ele procura por todo cômodo e só para quando te vê. — Começou a balançar a cabeça de um lado para o outro — Ele não vem mais atrás de mim, porque a única saia em que ele quer estar metido é a sua. — Ela apontou em minha direção. As palavras dela eram tão firmes e significativas para ela que meu coração se apertou, meus olhos começaram a lacrimejar, eu escutava tanto coisas assim, mas nunca parecia ser verdade. — E meu Deus só deus sabe quanta insinuação sexual rola na bolha de vocês. — Revirou os olhos e bufou para mim”

— Desculpa, nossa bolha? — perguntei rindo e limpando as lágrimas que se acumularam em meus olhos.

— É, quando vocês se olham, é assim que nós chamamos, vocês criam a própria bolha de vocês quando se olham, é quase erótico. — Ela franziu a sobrancelha e fez cara de nojo.

Eu não consegui evitar e ri, ela riu comigo,  então pegou minha mão, seus olhos assumiram um tom sério.

— Você não pode deixá-lo, não pode fazer isso com ele. — Balancei a cabeça, eu não queria ter que fazer, o amava tanto.

— Não sei se vou chegar a ter coragem de deixá-lo Kenna. Eu sempre quis uma família, um marido, filhos, churrasco como esses todos os fins de semana, uma coisa que eu nunca tive em toda a minha vida. — Kenna não olhava para mim, ela olhava algo além de mim, o horizonte, ela parecia pensar longe. — E Brian não quer por uma simples birra. Uma parte de mim, luta para não ter que deixá-lo, porque meu deus eu o amo com todas as minhas forças. — Suspirei, respirando fundo para continuar a falar, o olhar perdido dela estava refletindo o meu, virei meu rosto para a água cristalina e comecei a balançar meus pés dentro d'água. — Só que eu já estou com 25 anos, a minha vida ta passando e tem essa outra parte de mim que embora agora não esteja desesperada, uma hora vai estar, e Brian não vai me dar o que eu quero e meus desejos e sonhos vão ser maiores que meu amor por ele, não posso evitar.

Eu levantei o olhar para ela que não me falou nada e comecei a ficar nervosa, para piorar a situação continuei tagarelando.

— Sinto muito por isso, mas eu tenho certeza de que mesmo que eu o deixe um dia. — Dei de ombros desviando o olhar. — Ele ficará bem, não vai voltar a fazer as coisas do passado, ele é um homem diferente daquele que eu conheci há seis anos, ele é um homem melhor, e não vai fazer nada que se auto prejudique.

Kenna balançou a cabeça como se estivesse voltando para o presente e olhou para mim, com uma expressão séria ela disse:

— Você não está entendendo, você é o ar que ele respira. — Ela se inclinou na minha direção e tocou a minha mão, querendo enfatizar o que dizia, ao longe escutei o canto doce de um passarinho. — Ele está bem hoje por que encontrou o oxigênio certo, ele está bem porque encontrou algo que nem sabia que deveria procurar. — Deu de ombros se afastando novamente. — E eu não te culpo por querer deixá-lo, e nem vou culpar se isso acontecer, ele está pedindo por isso, eu entendo cada um dos segundos que você passa quando se lembra de que ele não quer uma família, mas Brian tem isso na cabeça. — Ela suspirou e balançou a cabeça de uma lado ao outro olhando para baixo. — E eu acho que é a mesma coisa com o que aconteceu com você, ele não sabia que estava procurando até ter isso em mãos. —Ela suspirou e calmamente saiu da piscina. — Mas, o que for que você decidir fazer meu irmão vai ter que aceitar.

Ela calçou seu sapato e começou a andar em direção ao pequeno portão que permitia a passagem para as escadas, eu continuei ali no mesmo lugar pensando mais do que meus neurônios conseguiam acompanhar, eu virei para trás e falei para ela sem pensar.

— Eu já não tenho certeza se ainda somos o melhor um para o outro. — E foi quando eu o vi, ela não olhava para o horizonte, ela olhava para ele, ele estava parado na entrada da área de piscina, com as mãos no bolso, e me olhando atentamente. Kenna parou de andar e olhou de mim e para ele por um momento, mas nossos olhos estavam colados um no outro, nós dois tínhamos a mesma expressão no rosto, quieta Kenna seguiu seu caminho passando por Brian e nós deixando a sós.

Depois de soltar o ar que eu prendia, cuidadosamente me levantei de onde estava sentada, podia sentir uma dor aguda em meu coração, calcei o chinelo preto e segui o mesmo caminho que Kenna havia feito, eu não queria que ele tivesse escutado aquilo, quando passei por ele olhei em seus olhos e falei baixo para só ele ouvir, a dor que vi em seus olhos, me tirou o ar e apertou mais ainda meu coração. — Você não poderia realizar meus maiores sonhos, e você sabe disso. Você nega, só que sabe disso.

E me virei para continuar andando, mas ele me segurou pelo pulso, e me virou para ele com força, nossos corpos se chocaram um contra o outro, eu sabia que onde estávamos todos poderiam nos ver lá de cima, Brian colocou a mão enorme na minha nuca, e me puxou para um beijo, me grudei o máximo que pude nele. Quando nos largamos ele olhou nos meus olhos e enquanto acariciava meu rosto disse:

— Você não sabe o quanto dói ouvir essas palavras saindo da sua boca, mas eu te amo e não faria nada para prejudicar você ou os seus sonhos. — Eu acreditava nele, acreditava em cada palavra. Ele pegou na minha mão e nos levou para a festa.

///

Tudo estava indo bem, estávamos conversando animadamente, e tudo fluía de modo relaxado,  eu achei que talvez no final fosse só um medo bobo, que Michelle havia superado, e que ela não faria nada e tudo poderia ficar bem, o almoço foi anunciado, e todos nós nos encaminhamos para fazer nossos pratos.

Quando todos já estavam servidos e sentados nas mesas, pude ouvir um cilindrar, como se alguém quisesse fazer um brinde em um casamento, e estivesse batendo a colher em uma taça de cristal, no primeiro instante eu ignorei, vi ao meu redor as pessoas levantarem a cabeça para o centro do jardim.

— Gostaria de agradecer. — A voz de Michelle ecoou pelos alto falantes, larguei os talheres na hora e me virei em direção a ela, que me olhava de canto de olho. — A todos que estão compartilhando esse momento com a gente, gostaria de dizer que todos são especiais de uma forma única.

“Tinha um doce sorriso no rosto, mas então se virou para mim e Brian, apontou seu dedo comprido para nós dois, comecei a tremer freneticamente, e Brian colocou sua mão sobre a minha, olhei para ele que me olhava com os olhos calorosos, suspirei apertei a sua mão e me virei novamente para ouvir a Michelle, me preparando para o pior. — E em especial, eu queria dizer umas palavras para esse doce casal que todos amam. — Seus olhos irradiavam raiva  e veneno, ela não conseguiu nem fingir por alguns instantes. Se antes tinha alguém falando alguma coisa, agora não tinha mais, tudo que se poderia ouvir era a voz da Michelle saindo de todos os alto falantes que haviam na festa.”

“Como todos sabem há seis anos atrás eu estava noiva, noiva de Brian. — Seus dedos finos e compridos brincaram na direção dele, senti o sangue subir à cabeça eu sabia que teria que me controlar muito. — Estávamos nos encaminhando para criar uma família — Apertei a mão de Brian, e o olhei por um curto momento ele devolveu o olhar, e então respirei fundo voltando a prestar atenção em Michelle, sabia que não adiantava para-lá, ela tinha que desabafar, se era assim que ela queria fazer então assim seria. Pela visão periférica vi algumas pessoas levantarem seus celulares a fim de gravar o barraco que ela faria,  eu sabia que amanhã isso seria um desastre.”

“Mas Taylor apareceu, e destruiu tudo que eu havia levado 10 anos para construir. — Com o maxilar trincado ela se inclinou na minha direção. — Uma garotinha de 19 anos, acabou com a minha vida. — E deu uma risada crua, pude sentir o desgosto em sua voz, eu estava suando frio. Ela voltou para trás, e abriu um sorriso venenoso. — Mas, sabem o que foi muito engraçado em tudo aquilo? Eu sabia que ele estava com ela. — Jogou as mãos para o alto e olhou ao redor, gritando. — Todos sabíamos disso, mas ele nunca em nenhum momento sequer chegou em mim e disse que queria terminar, seja com a gente ou o nosso noivado. — Ela deu de ombros e se voltou para mim e Brian. Eu tinha certeza de que não conseguia respirar, me esqueci como fazer isso, não conseguia fazer o ar entrar e sair, levei minha mão ao peito, tentando me acalmar, do meu lado Brian ficou tenso, e tirou sua mão da minha, se inclinando na minha direção e colocando as mãos nas minhas costas.”

“Eu  ainda tenho o anel. — Então Valary então apareceu no meio do jardim e pegou a irmã pelos ombros, tentando tirá-la dali. — Eu não vou sair daqui. — Ela gritou com a voz fina e o mais alto que seus pulmões deixaram. Apontou o dedo na minha direção e virou a expressão assassina para mim. — Eu vou terminar de pisar nessa vaca imunda que roubou minha vida. — A raiva em sua voz apertava-me o peito. Ela empurrou a irmã que caiu no chão e se aproximou de mim, meteu a mão no bolso e tirou uma aliança balançou ela no meu rosto com gosto. Matt correu até a Valary e a ajudou a se levantar, percebi pela expressão em seu rosto que Michelle não iria se safar daquela.”

“Aposto que você, sua vagabunda de quinta, não sabia que eu ainda tenho o anel, ele nem sequer pediu de volta. — Dei de ombros sorrindo — E não foi um anel comprado em uma loja qualquer era o anel da avó dele. — Ela literalmente cuspiu as palavras na minha cara, e junto com isso jogou a aliança no meu colo. — Ele não te ama sua vagabunda. — Ela gritou as palavras, com tanto gosto e emoção que senti os pelos de todo o meu corpo se arrepiarem. — Depois de vocês terem assumido, ele continuou me ligando, me mandou dinheiro e presentes, cuidou de mim como se fosse dele. — Brian se afastou de mim, ele estava quieto ao meu lado.”

O sorriso vitorioso em sua cara me dava náuseas, e me fez perder a minha concentração, e como por reflexo lhe dei um soco na cara tão forte que ela caiu no chão, as pessoas ao nosso redor fizeram tom de surpresa, e Valary correu para ajuntar a irmã.

Eu suspirei tentando controlar a onda de raiva que se apossou de mim, era a minha vez de falar. Não precisei pegar microfone nenhum, a única pessoa que eu queria que escutasse tudo que eu ia falar em alto e bom som, estava caída aos meus pés.

— Não importa. — Dei de ombros, assumindo um tom indiferente. — Nada disso importa, ele nunca mais te ligou ou te mandou presentes quer saber o por quê? Bom, eu te digo o porquê, é porque ele está comigo. — Peguei a aliança que estava caída no meu colo na mão e olhei ela por um momento, me voltei para a mulher caída no chão a minha frente, ela tinha uma mão tampando o nariz que eu soquei, e me olhava com pavor no olhar, senti um sorriso doentio crescer no meu rosto.

Não estava fazendo tudo aquilo por uma luta por quem o Brian realmente ama, no final se ele quisesse estar com ela, ele estaria, mas ninguém fala comigo do jeito que ela falou e saí sem uma boa história perdedora para contar.

— Ele só fez tudo aquilo para você porque estava com dó, em todo o relacionamento de vocês ele te traiu, você foi de namorada a noiva chifruda, você atrapalhou a vida dele por 10 anos, não somou para a vida dele. — Dei de ombros, fiquei de pé olhando para ela que ainda estava caída aos meus pés e batendo no peito continuei. — Eu sou a melhor amiga dele, é em mim que ele se enterra quase todas as noites. — Lancei a ela um sorriso safado e divertido, a expressão da mulher jogada no chão era de desalento, Valary tirou as mãos que amparam a irmã e se afastou, me deixando falar. — Ele não precisa de outras mulheres atrás dele, porque ele tem a mim. E é a mim que ele vem quando precisa de um conselho, ou de qualquer outra coisa.

“Nenhuma das coisas que você falou me atingiu porque eu sei o que sou para ele, sei o quanto ele me deseja e me quer, se você não pode lidar com as suas inseguranças por si mesma. — Olhei para as pessoas ao redor e fiz um gesto às indicando. — Ninguém, nessa festa vai poder te ajudar, e da próxima vez que você chegar perto de mim vai ser bem mais que um soco nesse seu nariz plastificado. — E novamente olhei para a aliança em minha mão.”

“E eu não preciso de nenhuma aliança para afirmar o homem que tenho. — Joguei a aliança em cima do seu corpo no chão e ela assustada rastejou para trás na grama. — Fique com ela, coisas velhas se merecem. — Sem olhar para ninguém me virei para Brian e estendi a mão em sua direção, desci meus olhos queimando em raiva para os seus, ele olhava para mim com os olhos arregalados, e a boca aberta de surpresa. — A chave. — Disse ríspida”

— Eu vou com você. — Ele falou, já se levantando eu fiz um sinal com a mão aberta para ele parar e na hora ele parou.

— Eu somente quero a chave, você vai continuar aqui. — Ele então pigarreou envergonhado olhando rapidamente ao redor para ver se alguém tinha escutado, tirou o molhe de chaves do bolso, eu peguei elas rapidamente de sua mão, respirei fundo antes de dar as costas para todo mundo ali.

Sai caminhando de cabeça erguida pelo jardim, pude começar a escutar o murmurinho das vozes crescerem atrás de mim. Assim que entrei para o lado de dentro da casa, comecei a correr, querendo sair dali o mais rápido possível, quando já estava saindo perto dos enormes portões eles começaram a se abrir em silêncio para mim, passei por eles sem nem mesmo olhar para trás.


Notas Finais


Mais um capitulo que chega ao fim amoras
E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


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