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História Twenty-Two - I need to go


Escrita por: Moomsen

Notas do Autor


Oláa minhas amooras, aqui estou eu para mais um cap. para vocês <3
Esse com certeza é um dos meus favoritooos <3
Ele quebra meu coração de diversos jeitos

Peço desculpas se houver algum errinho ortográfico, ainda não foi feita a betagem.

Fatos sobre a fanfic para vocês conseguirem se situar e não se perder.
- Sempre prestem atenção nas datas, por que a fanfic sempre vai e volta no tempo. <3
- Se tiverem mais de quatro comentários eu vou postar o próximo no dia seguinte, se não o próximo capitulo saira dentro de 3 a 4 dias <3
A fanfic já está totalmente terminada, então eu simplesmente irei acompanhando a história com vocês <3
Acho que é só isso mesmo, espero que gostem do Capitulo.
Até as notas finais.

Capítulo 8 - I need to go


Fanfic / Fanfiction Twenty-Two - I need to go

No capítulo anterior...

— Ele se aproveitou da sua falta de informação. — Ela disse suspirando pesadamente, parecia mais triste ainda — Sabe, estava sendo bem mais fácil te colocar como a vilã que seduzia o meu namorado, do que acreditar que ele está me traindo por que realmente quer. — Ela balançou a cabeça de um lado para o outro, e pude sentir a tristeza dela — Ele nunca deixou de te amar, dá para ver nos olhos dele. — Deu de ombros e levantou o olhar para mim — Eu não sei o que aconteceu entre vocês, ele não me fala, se recusa ao extremo.

Eu não liguei se ele tinha vergonha de contar a ela sobre o que aconteceu com a gente no fim, não liguei se ela não sabia, não liguei para nada, a merda já estava feita mesmo, então não tinha o porque não jogar mais no ventilador.

— Ele não queria uma família — Eu disse, olhando para meu café, não tive coragem de encará-la.

— Você só descobriu isso no final? — Ela me perguntou, eu neguei com a cabeça.

— Quando eu percebi que ele não mudaria de opinião sobre isso nunca, eu o deixei. — dei de ombros — Minhas vontades e sonhos são prioridades — Tomei um gole do café quente. E a olhei, ela estava olhando para fora, pensativa.

Sábado, 03 de Julho de 2015, Huntington Beach, Califórnia.

Seis anos depois…

 

Caminhei apressada pela rua até a casa de Brian, abri o teclado do portão e rapidamente digitei a senha, e ele se abriu para mim, passei por ele queria sair logo dali, queria ir para longe de toda aquela merda.

Suspirei enquanto corria apressada pelo enorme jardim até a porta de entrada, destranquei e puxei a chave com violência, entrei dentro da casa, peguei a minha bolsa que como sempre eu deixava no hall de entrada, coloquei a chave dele em cima da mesa, e me voltei novamente para a porta, olhei as 5 chaves dos carros de Brian ao lado da porta, e peguei a chave do Impala dele, a chave do meu carro estava em seu quarto, e demoraria demais para subir até la em cima.

Saí pela porta e caminhei até a garagem, apertei o botão que a abria e a enorme porta de madeira começou a subir na minha frente, caminhei até a Ranger Rover e entrei ali dentro, jogando minha bolsa no banco do carona, respirei fundo e passei as mãos pelos cabelos tentando controlar as minhas emoções, eu não poderia ter um ataque agora. Coloquei a chave na ignição com as mãos trêmulas, me sentia fraca. Girei e com as duas mãos no volante, dei a partida no carro, parei em frente ao portão que se abria para mim, e passei cantando pneus por ele.

Não sei para onde vou, e muito menos o que devo fazer, estou tão cansada de tudo isso. Por que não pode ser simples? Eu o amo ele me ama, ficamos juntos sem nenhum problema, mas Brian não me defendeu, não disse uma sequer palavra, eu sabia que tinha virado a discussão ao meu favor, mas eu e Brian não fomos uma equipe e isso destroçou meu coração, muito mais até do que as palavras de Michelle.

Dirigi sem rumo, vaguei e vaguei pelas ruas, olhando as pessoas vivendo suas vidas, enquanto de martirizava pela minha. Deve ter se passado umas duas horas, e eu ainda rondava toda a cidade de cima a baixo. Não estava prestando atenção para onde ia, eu só ia seguindo em frente.

E de repente eu estava passando em frente a uma parte da praia movimentada, havia crianças e adultos ali, se divertindo alheios com o mundo. Diminui a velocidade e passei devagar perante a cena, olhando tudo ali, querendo que a minha vida nesse momento fosse tão simples quanto era para eles.

Um carro buzinou atrás de mim, e suspirando acelerei, já sabendo para onde deveria ir.

———

Estacionei o carro ao meio fio e de frente para a praia, tirei os sapatos os deixando ali e minha vontade de fumar me fez lembrar que Brian sempre deixa alguma coisa em seu carro.

Coloquei as mãos de baixo do banco puxando a pequena gaveta que havia ali, e lá estava uma carteira de cigarros Marlboro e um porta óculos, peguei os dois e abri o porta óculos, e lá estavam três becks lindamente bolados. Fechei o porta óculos e sai do carro.

O vento estava forte e gelado, me abracei e peguei um cigarro na carteira, levando a boca e me virando contra o vento o acendi rapidamente, e só então atravessei o estacionamento até chegar a areia quando pisei nela, senti os pequenos grãos envolverem os meus pés descalços, fechei os olhos aproveitando a simples sensação.

Tomei fôlego e continuei andando até a beirada da água, deixei meus pés serem molhados pelos restos das ondas, haviam pouquíssimas pessoas ali, a maioria eram surfistas, já que as enormes ondas se formavam mar adentro. Caminhei rente ao mar em direção as pedras que ficavam em baixo da enorme colina, tinha tantas lembranças daquele lugar.

Abracei-me mais forte, e soltei a fumaça para o vento forte da praia, tentava manter a calma e o cigarro estava ajudando, sabia que qualquer lembrança errada faria eu ter um de meus ataques.

Quando cheguei a base das rochas joguei a chepa de cigarro fora e comecei a escalar pelo caminho conhecido, até chegar em uma das rochas mais altas, sentei ali abraçando meus joelhos, e olhando para o enorme e bravo mar a minha frente.

Suspirei pesadamente, e voltei a recordar as palavras horrendas de Michelle. Lembrei-me da raiva em sua voz, e do olhar assassino em seu rosto. Ela não queria só me humilhar, ela queria muito mais que isso. Queria ser o motivo de eu e Brian terminarmos.

Mas eu nunca daria esse gostinho pra ela, nunca mesmo. Brian e eu já tínhamos motivos o suficientes para terminarmos. Michelle não seria mais um deles, ou seria?

A água batia com força nas rochas la embaixo, e eu sentia o frio em minha pele, mas não queria colocar nenhum casaco. Eu me sentia viva ali. Lembrei-me das vezes em que eu e Jimmy escalamos essas pedras e virávamos a noite ali, ao lado um do outro rindo chapados e bêbados.

Como eu queria que Jimmy estivesse aqui agora, ele saberia o que me falar, ele sempre sabia. Lágrimas escorreram pelo meu rosto e não fiz a menor questão de seca-las.

Não conseguia parar de pensar, minha mente dava voltas e voltas nas lembranças do almoço fatídico enquanto á minha frente o sol se punha. E eu sabia que não poderia ficar muito mais tempo ali.

Eu tinha que tomar uma decisão, e tinha que ser logo, mas eu não conseguia. Era como se meu coração gritasse para perdoá-lo mais uma vez, enquanto minha cabeça queria pica-lo em mil pedacinhos.

Abri o porta óculos e tirei de lá um baseado, levei a boca e tapando na direção do vento, eu acendi com um isqueiro que havia no meu bolso. E fiquei ali, parada olhando para o horizonte e fumando, enquanto minha mente dava voltas na terra de tanto pensar.

As lembranças iam e vinham, e eu sabia que iria apagar, sabia que iria ser consumida por mim mesma, mas de repente eu não ligava mais.

///

Abri os olhos rapidamente e me sentei. Eu respirava com dificuldade, olhei ao redor e eu ainda estava nas pedras, a lua já brilhava grandiosa no céu ao redor de suas estrelas, e a praia abaixo de mim havia se acalmado, mas eu me sentia agitada.

Com medo do sonho que acabei de ter reuni todas as minhas coisas enquanto acendia um cigarro e comecei o caminho para descer das rochas, não era nada difícil na verdade. A temperatura havia caído muito mais e me abraçar não ajudava a esquentar, e eu não fazia a menor ideia de quanto tempo havia se passado desde que eu tinha apagado.

Tremendo de frio continuei caminhando em direção ao carro. E quando eu levantei meus olhos para lá eu o vi, ao lado da caminhonete Impala de Brian estava estacionado seu lindo Audi preto, minhas mãos começaram a suar frio, eu sabia quem era e não queria lidar com ele agora.

Respirando fundo eu continuei a andar ignorando o carro ao lado. Quando cheguei ao Impala destranquei-o e abri a porta do motorista, escutei atrás de mim uma porta ser aberta e ser fechada, joguei tudo que segurava no banco e caminhei até o banco de trás pegando um moletom que Brian tinha deixado no carro, e coloquei em mim, e sentia a barra dele bater na metade das minhas coxas, me voltei para o banco do motorista. Quando eu ia entrar no carro, Brian finalmente se pronunciou.

— Taylor – A voz dele saiu falhada, como se doesse ao falar, engoli em seco e fechei os olhos com força, e me segurando para não chorar na frente dele eu me virei.

Não falei nada, fiquei esperando, fiquei olhando para ele. Olhos castanhos me olhavam atentos a todo movimento que eu pudesse dar, e eu sentia o choro crescer cada vez mais em minha garganta. Brian tinha a testa franzida e o lábio trêmulo. Ele estava preocupado. Eu podia ver isso, mas por algum motivo não conseguia sentir simpatia por ele.

Ele continuou calado embora abrira a boca e tentou falar diversas vezes, mas depois de alguns minutos, quando o silêncio persistiu e eu nitidamente não conseguia mais aguentar segurar meu choro, eu me voltei para o carro.

— Não, — Ele gritou, e eu bufei de raiva me virando para ele novamente.

— Fale que merda você quer de mim então. — Gritei e bati os braços na lateral do corpo, eu estava com tanta raiva que podia sentir meu rosto esquentar, minha voz ficou embargada e senti meus olhos lacrimejarem. — Ao contrário do que você pensa, — joguei meu braço na direção dele, mas logo o abaixei — não tenho a minha vida inteira para ficar aqui esperando você saber o que me falar. — Dei uma pausa, o olhando, mesmo agora com tanta raiva no peito e tanta angústia, eu queria passar minhas mãos em seus cabelos e sentir seus lábios tocarem os meus, com mais raiva ainda por ter pensado nisso naquele momento terminei de falar — E se quiser saber eu também nem ligo pra essa merda.

Me virei e dessa vez eu entrei no carro. Brian foi rápido, ele correu até a minha porta e antes de eu conseguir fechá-la ele se meteu ali, e gritou em seguida.

— Deixe eu me explicar — Sua testa estava franzida e ele estava desesperado, mas eu só conseguia sentir raiva.

Minha cara de surpresa se transformou rapidamente em ódio, levei minhas duas mãos ao seu peito e o empurrei saltando do carro, ele tomou um susto e tropeçou para trás, eu o empurrei mais uma vez para se afastar mais ainda, e antes de falar qualquer coisa me voltei para o carro.

— Eu não preciso das suas explicações, já entendi tudo direitinho — Disse e me estiquei para entrar no carro, e foi quando eu senti o toque de Brian, ele tocou levemente em meu braço, e seu toque enviou o famoso choque pelas minhas veias, e foi como se eu tivesse tomado três litros de energético, de repente eu estava desperta.

— Não, — Ele falou, e eu fechei meus olhos com força, sentindo meu corpo reagir a presença dele — o que você escutou foi à visão distorcida da minha ex-noiva maluca, você não escutou a do seu namorado, a do cara que está ao seu lado há seis anos, a do cara que te ama incondicionalmente. — Olhei para ele com todo a minha raiva exposta nos olhos, não quis mascarar nada do que estava sentindo, e em sua testa apareceu mais uma ruga de preocupação. Puxei forte meu braço das mãos dele, odiava quando ele tinha razão.

Mantive distância, nós nunca mantenhamos distância, éramos sempre mãos, braços, bocas, cheiros e pele. Agora eu não consegui sentir seu cheiro, não poderia passar as minhas mãos pelos seus cabelos macios, e nem sentiria sua boca em mim. E justamente por tudo isso mesmo eu precisava de espaço.

Suspirei e passei a mãos nos cabelos, estava me sentindo eufórica. Eu não queria escutar o que ele tinha a dizer, isso poderia me fazer perdoá-lo e mais uma vez eu voltaria para os braços dele, mas eu nunca na minha vida me perdoaria se não o ouvisse.

Depois de pensar por uns instantes, respirei fundo e olhei para ele.

— Tudo bem, eu vou escutar o que você tem a dizer — Disse contida, não querendo dar todo o meu braço a torcer. O rosto dele se iluminou em esperança na hora.

— Você quer ir aonde? — Ele disse enquanto colocava a mão no bolso da calça e tirava a chave dali, abri a boca para falar, mas ele estava eufórico e me interrompeu — Podemos ir ao “American”, ou não sei aonde você quiser ir — Ele fez uma pausa, e novamente tentei falar, mas ele me cortou — Ou podemos ir para casa, aonde que você quiser ir.

Esperei, olhando-o nos olhos, quando ele não falou mais nada, eu suspirei e dei as costas para ele caminhando até a areia, fui andando, sabendo que Brian me seguia atento. Quando cheguei perto da água me sentei na areia e fiquei olhando o horizonte. Dois minutos depois Brian se sentou ao meu lado, ainda mantendo uma distância considerável, ele me conhecia muito bem para saber quando eu preciso de espaço.

— Eu vou te escutar, — Falei engolindo em seco e sem nem mesmo olhar em sua direção — e em momento nenhum vou te interromper, mas quando você terminar de contar, eu vou levantar e ir para casa. — Disse e fiz uma pequena pausa — E eu vou pensar, vou pensar até ter uma decisão, e quando eu souber o que devo fazer eu vou te procurar com ela.

Olhei para ele, que tinha os olhos arregalados, a boca aberta e a sobrancelha franzida, eu sabia que tinha arrumado uma enorme confusão.

— Você não pode decidir sozinha algo que vai afetar a nós dois. — Ele gritou, e parecia desesperado, tentei manter a calma e fazer com que essa fosse uma conversa civilizada, algo que pudesse resolver os meus problemas, não uma briga inútil. Voltei a olhar pra frente.

— Eu posso sim, — Falei enquanto balançava a cabeça para cima e para baixo, tentando falar com a voz mais mansa que pude — porque há três anos você decidiu que não queria ter filhos, decidiu isso do nada e sem me comunicar, você sabia o quanto isso era importante para mim, mas há três anos você vem não ligando para isso.

Virei meu olhar para ele, que tinha a cabeça baixa, estava quieto. Ele sabia que eu tinha razão. Ficamos em silêncio, eu não tinha mais nada para falar.

— Quanto tempo, você vai precisar? — Perguntou, sua voz estava mais rouca que o normal. Dei de ombros antes de responder e coloquei minha cabeça em cima dos joelhos me abraçando.

— Vai depender do que eu for escutar de você. — Ele suspirou e se apoiou nas duas mãos, esticando as pernas, e eu não pude deixar de ficar olhando para ele, querendo decorar cada traço dele. Cada pedacinho dele que sou tão apaixonada, como uma adolescente.

— Você sabe como foi o início do nosso relacionamento, foi rápido e tão natural, — Ele sorria para si mesmo, lembrando de uma época terna e feliz — e nem você nem eu prevemos como foi fácil ficarmos juntos. De repente você era quem eu queria ver todo dia, estar a todo o momento. E eu acabei ficando tão alienado a você, e você a mim que eu só percebi que não havia terminado com Michelle, 5 meses depois de estarmos juntos. — Deu de ombros engolindo em seco, eu soltei calmamente o ar que prendia — Michelle também não apareceu nesses cinco meses então eu não senti que estava faltando alguma coisa.

“Mas quando eu percebi eu quis fazer a coisa certa, eu queria terminar com ela, do melhor jeito possível, para então podermos ficar juntos verdadeiramente. Eu passei 10 anos com Michelle, ela me tirou do pior momento da minha vida, e eu devo muito a ela por isso — De repente eu tinha me arrependido de concordar em ouvir, se eu soubesse que ele iria elogiar ela e moldá-la em flores, eu teria ido para casa, virei meu rosto para o mar bravo na minha frente e tentei desligar a voz dele da minha cabeça. — Então eu resolvi ligar para ela que agiu como se nunca tivéssemos deixado de nos ver, como se ainda estivéssemos juntos. — Foi em vão, era como se uma parte de mim,  quisesse me torturar e saber o que tinha acontecido — Marquei de sair com ela, mas no dia ela não foi. Continuei tentando desse jeito por algum tempo, mas ela vivia me dando o bolo. — Não queria olhar em sua direção, e nem queria estar ouvindo aquilo, sentia a raiva se esvair um pouco mais, ele só estava tentando fazer a coisa certa afinal — Então eu a fiz acreditar que eu a queria de volta, que tínhamos terminado, e ela finalmente apareceu. — Retiro o que disse, ele é um babaca. Para que ir tão longe para terminar com uma maluca? Não precisava de nada disso — Na hora em que ela percebeu que era mentira a tática dela mudou, ela falou coisas, ela foi tão má. E saí de lá sem nem olhar para trás.”

“Tempos depois aquilo ainda me incomodava, e foi quando eu comecei a mandar presentes a ela, para sei la amolecer o coração dela e fazer ela perceber que eu estava feliz, para ela me deixar ser feliz. Não adiantou. E foi quando eu resolvi falar ao telefone mesmo, e aí ela parou de me atender. — Voltei meu rosto para ele e fiquei o encarando, esperando ele terminar a história — Algum tempo depois acabei esbarrando com ela na praia, saímos para almoçar e conversamos, mas ela não agia mais esquisito, ela agia como se não estivéssemos mais juntos. Então achei que eu não precisava mais terminar com ela, que ela finalmente tinha sacado.”

Não lhe falei nada, a pergunta estava explícita em meus olhos, mas no fundo eu não queria ter que escutar a resposta. Ele olhou fundo dentro dos meus olhos. Brian me conhecia o suficiente para ler a pergunta, ele desviou o olhar para a areia, e depois de suspirar ele finalmente me respondeu.

— Não Taylor, eu não dormi com ela — Ele não me olhava nos olhos, depois de seis anos juntos eu sabia quando Brian mentia, e uma parte minha dizia que ele mentia, mas a outra queria acreditar em suas palavras, ele levantou os olhos para mim, e viu que lágrimas escorriam dos meus, continuei calada, só absorvendo-o, sua expressão se transformou em dó.

Ele chegou mais perto de mim, e me envolveu em seus braços, e eu não queria as mãos dele me tocando, mas não adiantava não tinha forças para impedi-lo. Durante seis anos eu havia vivido uma mentira.

— Não, Taylor, não — Ele me apertou em seus braços como se me quisesse proteger, mas pela primeira vez eu não me sentia protegida ali. — Eu nunca faria isso com você e você sabe disso. — Ele pegou meu rosto e virou para eu olhar em seus olhos, tentei virar a cara mas ele não deixou — Eu te amo, amo mais que tudo e qualquer coisa.

Eu vi seus olhos marejarem, mas eu não conseguia sentir nenhuma hepática por ele.

— Me olhe nos olhos — Ele falou ríspido e apressado, estava com medo de que eu tentasse me livrar dele e não demoraria muito para mim tentar, só que eu me sentia tão fraca — Me olhe nos olhos e me diga que você sabe. Me diga que sabe que eu nunca te trairia, — Comecei a tentar me soltar dele, tentava tirar seus braços de mim, com toda a força que tenho, mas notoriamente ele é mais forte que eu, e acabou sendo em vão — que sabe que eu te amo mais que tudo. Que você é a mulher da minha vida.

Me concentrei e me soltei de seus braços caindo para trás na areia, me levantei rapidamente e me afastei dele, eu não conseguia controlar minhas lágrimas, elas desciam pelo meu rosto involuntárias.

— Ontem — Gritei para ele — Ontem eu acreditaria em você, — Apontei um dedo para ele, e tentava me manter longe o suficiente para fugir dele se fosse preciso — e as suas palavras provocaram arrepios na minha pele, e eu me derreteria todinha. — Abaixei a minha mão, e o frio me atingiu em cheio e me abracei na tentativa em vão de me esquentar, abaixei a cabeça, e respirei fundo, quando voltei a falar minha voz já estava mais mansa — Ontem eu sabia quem você era. Ontem eu colocaria minha mão e meu corpo no fogo por você.

O silêncio nos envolveu, estávamos a apenas três metros um do outro, Brian me olhava atento pronto para qualquer movimentação minha. Mas a minha cabeça trabalhava, pensamentos me rondavam e teorias horríveis de tudo que podia ter acontecido nesse tempo em que confiei nele. E uma pergunta me veio à cabeça. Olhei para cima, para ele rapidamente, a ira já me tomando por inteira.

— Quanto tempo? — Perguntei me aproximando dele, que arregalou os olhos e abriu a boca, enquanto eu andava para frente ele andava para trás se afastando de mim.

— Quanto tempo o que? — Ele perguntou com a voz trêmula, e as sobrancelhas franzidas, tinhas as mãos erguidas na frente do corpo em sinal de rendição.

— Quanto tempo essa merda toda durou? — Gritei com todas as minhas forças e minha garganta doeu, eu estava com tanta raiva. Brian empalideceu na hora, vi ele engolir em seco, e eu soube que não iria gostar da resposta, depois de um minuto quando ele não me respondeu eu voltei a gritar dessa vez ainda mais alto e com mais raiva na voz — Eu quero saber quanto tempo durou.

— Três anos — Ele falou alto e rápido quando terminou se encolheu preparado para qualquer golpe que eu fosse dar nele, mas eu tropecei e caí de bunda na areia.

Meus olhos perdidos na visão a minha frente, as lágrimas embaralham tudo. Brian se abaixou para me ajudar a levantar, mas eu fui mais rápida. Enterrei minhas enormes unhas na pele do seu braço, coloquei ali toda a força que eu tinha, e Brian urrou de dor.

— No nosso aniversário de três anos foi o dia em que almocei com ela pela última vez — Ele gritou isso aos ventos e a praia, eu soltei seu braço, e olhei para ele com o semblante perdido.

— Você o que? — Não conseguia mais controlar minhas emoções, eram tantas dores ao mesmo tempo.

— Taylor olha... — Ele se abaixou como se novamente fosse tentar me consolar.

O empurrei e levantei, corri o mais rápido que pude até o carro, o carro que era dele. Olhei para trás para ver se Brian me seguia, mas ele não seguia, estava parado com as mãos no bolso me olhando ir embora.

Chorando entrei no carro e fechei a porta, respirei fundo tentando colocar a cabeça no lugar, e tentar parar de chorar antes de me arriscar a ir para casa. Olhei para frente e Brian continuava no mesmo lugar do mesmo jeito, mas apesar da distância e do vidro preto que impedia de ele poder ver dentro do carro, ele olhava diretamente para mim, como se estivesse na sua frente.

Limpei as lágrimas do rosto e dei um jeito rápido na maquiagem, e sem demorar mais nenhum minuto liguei o carro e dei a ré, saindo do estacionamento, quando já estava mais longe, me arrisquei a olhar pelo retrovisor, e Brian continuava no mesmo lugar, só que agora ele estava de joelhos na areia com a cabeça baixa, e as mãos contra o chão.

Voltei a olhar para frente e antes que meu lado adolescente completamente apaixonada por ele voltasse, tratei de sair dali.

///

Em estado de transe, desliguei o carro na minha vaga de garagem, e desci dele, caminhei até o elevador.

Apertei o botão e fiquei esperando ele chegar ao meu andar, quando chegou eu entrei, e as portas de metal se fecharam me prendendo no pequeno cubículo, já estava tarde e a única coisa que eu queria naquele momento era a minha cama.

Momentos depois o elevador parou no térreo e se abriu para a próxima pessoa entrar, até ali estava tudo certo, o problema foi a pessoa que resolveu entrar.

Na minha frente havia um sorridente Jesse Rutherford com algumas sacolas na mão.

— Taylor Momsen — Ele disse animado enquanto entrava no elevador, e o sorriso se abriu ainda mais, se é que isso era possível. — É sempre um prazer ver você.

Olhei para ele e tentei dar um sorriso, o que provavelmente saiu mais como uma cara de dor.

— Jesse — Eu disse e me virei para frente, não querendo conversar.

Mas parece que para ele isso não importa muito.

— Sabe eu andei pesquisando sobre você — Olhei para ele e levantei uma sobrancelha.

— Há é? E o que você encontrou? — Cruzei os braços na frente do peito, e seus olhos desceram para meus seios que pularam da blusa. Depois de molhar os lábios, seus olhos castanhos se voltaram para os meus, e sem perceber eu estava dando um sorriso divertido na sua direção. Ele sorriu mais uma vez para mim timido, e ficou vermelho por ter sido pego no flagra.

— Eu descobri que além de cantora e atriz, você ganhou uma pequena fortuna de herança depois que sua avó faleceu — Levantei uma sobrancelha, ele realmente deveria de ter pesquisado isso a fundo, já que isso não aparece só colocando meu nome no Google.

— Como que você descobriu isso? — Perguntei cerrando os olhos, ele deu de ombros e olhou por um momento para frente sério, mas então um sorriso de gato da Alice se abriu em seu rosto e ele me olhou novamente.

— Da mesma forma que eu sei que esse prédio aqui é seu — Arregalei meus olhos para ele, que riu da minha reação, sem saber o que falar continuei olhando para ele indignada — também sei que você está a seis anos com Brian, e que eu sinceramente acho um desperdício. Já que ele é tão sem graça para você.

Meu queixo caiu, eu estava mesmo ouvindo tudo isso?

— Quem você acha que é para me falar coisas assim e descobrir coisas pessoais sobre mim? — Eu não estava realmente brava com ele, mas não acreditei no que ouvi.

Me virei para a  porta de metal a minha frente, e fechei a cara mais uma vez. Ótimo era só o que faltava para completar o meu dia. O silêncio reinou ao nosso redor, até que Jesse se virou para mim novamente, respirei fundo, o que era isso teste de paciência para cima de mim?

— Desculpa, eu não queria parecer enxerido nem nada, é que você estava parecendo tão triste, e aí eu te fiz sorrir, e tentei continuar fazendo, mas pelo jeito eu acabei com o seu humor de volta. — Olhei para ele de sobrancelha franzida — Eu até que gosto de você e de Brian juntos, são um casal fofo. Ele parece gostar de você.

Me virei para frente, e mordi forte o lábio inferior tentando conter a onda de choro que ia se abrir. As portas do elevador se abriram e eu passei correndo por ele, abri minha bolsa e comecei a procurar a chave da casa, mas não estava ali, e eu já não consegui mais segurar o choro.

Chorando baixinho, continuei tentando achar a chaves dentro da bolsa, mesmo sabendo que elas haviam ficado na casa de Brian, junto com as chaves do meu carro. Jesse quieto abriu a sua porta, mas não entrou ficou parado ali com todas as sacolas na mão.

Eu continuei procurando as chaves que não estavam ali, e esperando que ele não notasse o meu choro baixinho. De repente, ele entrou em seu apartamento, e fechou a porta, eu soltei todo o ar que prendia, o que me fez soluçar alto, e de repente eu estava chorando muito mais, levei a minha bolsa Prada ao peito e a abracei forte enquanto as lágrimas eram tantas que eu não conseguia ver nada.

Aconteceu tudo tão rápido que não consegui entender direito, mas Jesse abriu a sua porta com força e me abraçou, em seus braços no meio do corredor eu chorei, solucei e lambuzei toda a sua blusa preta.

Depois de 10 minutos quando eu finalmente comecei a me acalmar, ele colocou suas mãos em meus braços e me afastou, ficou me olhando por algum tempo. Em seus olhos castanhos eu pude ver ternura, ele não estava com dó de mim, ele queria me ajudar. Meu coração partido pareceu se colar um pouquinho.

— Eu comprei um monte de comida, — Ele disse indicando seu apartamento — porque gosto de cozinhar, e estava com vontade de fazer algo diferente, mas é um saco ser sozinho nessas horas. — Dei de ombros e abriu um meio sorriso para mim — O que você acha de irmos ali e eu fazer algo para comermos enquanto você me conta o que aconteceu?

Funguei forte e balancei a cabeça para cima e para baixo, Jesse me deu um lindo sorriso bobão, e me envolveu em seus braços me levando para dentro de sua casa.


Notas Finais


Mais um capitulo que chega ao fim amoras
E como sempre eu quero saber o que vocês acharam então não se esqueçam de comentar tudo que pensaram enquanto estavam lendo.
TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=iz1gzfJx5N8&feature=youtu.be

Apartamento da Taylor → https://drive.google.com/drive/folders/0B8_Sb50qleL3aVBZZ1gzYVI2LTg?usp=sharing
A casa de Brian (Antes da reforma) → https://drive.google.com/drive/folders/0B8_Sb50qleL3b1VmTXRlUUUwZlk?usp=sharing
A casa do Brian (Depois da reforma) → https://drive.google.com/drive/folders/0B8_Sb50qleL3SEUxVE82Um1TV3M?usp=sharing

Não se esqueçam também de favoritar a fanfic para continuar acompanhando os próximos capítulos.
Beijinhos
Momsen <3


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