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História Twice. - Rain


Escrita por: annyclass01

Notas do Autor


Olá, pessoal. Tudo bom?
Bem, aqui estamos com o capítulo dez. Passou rápido, certo?
Estou boba, sério. Só com o último capítulo chegamos á marca de mais de vinte pessoas favoritando. Sem contar nos comentários <3 Os quais responderei em breve.
Bom, eu não vou ficar de conversinha aqui. Só vou ditar algumas informações que talvez sejam interessantes para o capítulo. Espero que vocês gostem e continuem dando muito amor á Twice <3

Ps.: Eu o escrevi com base em músicas.
1ª: Bangtan Boys - House of Cards
2ª: Kiesza - Hideaway (Vídeo clipe mara!)
3ª: Rain - Taeyeon

Ps.²: Partes dos escritos desse capítulo são baseados na primeira e terceira. Caso queiram escutar ou verificar a letra, recomendo.

Ps.³: Aproveitem, meio que boa parte desse doce começará á ser escasso daqui para a frente.


|ENJOY|
|NÃO BETADA|

Capítulo 10 - Rain


Fanfic / Fanfiction Twice. - Rain

    

    “E se, de uma hora para a outra, todo esse castelo de cartas desabasse? É, talvez seja uma bobagem insistir e continuar aqui para ser soterrado pelos escombros.”

 

                                                                                    ∞

 

    Eram, aproximadamente, onze horas da manhã. Estava ansioso pelo simples fato de que em breve seria o horário de almoço e eu poderia, finalmente, ter um momento de descanso, imerso em alguns doces que Yon havia preparado e que eu estava secando desde o instante em que saí de minha residência.

 

    Assim como prometido, visitei MinJee e MinSu que haviam me convidado á vê-los com mais calma da próxima vez, já que queriam me contar sobre um sonho que a menor teve e tinha a ver comigo. Ah, sonhos... Eu, realmente, não queria saber, pois em algum momento eu iria acabar me assustando com aquilo tudo e isso iria resultar em alguma merda. Então, preferia evitar o quanto pudesse.

 

    O horário do almoço estava se aproximando gradativamente, era angustiante. Minha sala estava vazia, sem nenhum sinal de YoonGi pela manhã inteira ou algum outro funcionário que precisasse de instruções. Além de nenhuma consulta. Estava entediado, como era de se esperar, e eu não tinha nada em mente para acabar com aquela letargia. Avistei meu celular ao longe, descansando sobre a maca, mas não me interessei pelo mesmo, não havia nada além de redes sociais e joguinhos ali. Debrucei-me sobre minha mesa pensando em algo para fazer até que comecei á divagar sobre meus tempos de adolescência, onde minha única preocupação era vencer os concursos musicais promovidos pela escola. Poderia ser bobo, mas tal lembrança poderia ser minha salvação tratando-se da sonolência que já começava á se aproximar.

 

    Me levantei e me dirigi até o aparelho telefônico, antes ignorado. Fui até a playlist musical verificando se alguma das musicas do meu tempo de colegial se encontrava ali, logo constatando que, milagrosamente, sim. Resolvi colocar Hideaway da Kiesza, eu, simplesmente, amava a letra e a batida de tal. Mas o melhor de tudo era a dança, a qual, no nosso último ano na Tree House, tentamos reproduzir no show de talentos que acontecia junto com o baile da escola. Arrancamos muitas risadas, e um troféu também.

 

    “Taking me higher than I’ve ever been before, I’m holding it back, just wanna shout out, “give me more”.”

 

    Senti um arrepio sua á minha coluna, aquela era, definitivamente, a minha música.

 

    “Oh, baby, it’s out of my control, what’s going on? But you’re just a chance I take to keep on dreaming.”

 

    Comecei á me movimentar timidamente. Mesmo sozinho naquela sala, eu tinha a total ciência do meu potencial como um dançarino. Eu era, no mínimo, um pouco (muito) ruim.

 

    “Baby, I love the way that there’s nothing sure. Baby, don't stop me, hide away with me some more.”

 

    Estava vindo.

 

    Ooh, aah, aah, ooh, ooh, aah, aah, ooh
    Ooh, aah, aah, ooh , ooh, aah, aah, ooh

 

    Eu deveria estar ridículo, mas, ao menos, estava me divertindo como nunca. Eu estava rindo, pois sabia o quão cômica aquela cena deveria estar, mas não pensava em parar, apenas continuei sentindo a música enquanto dava início á famosa ”dança do robô”, especialidade minha no trio formado por mim, NamJoon e YoonGi para o concurso. Comecei a cantar junto, algumas vezes, fazendo sons estranhos simbolizando o ralhar das peças mecânicas em movimento. Continuaria imerso naquela coreografia sem nexo algum, é claro, se não escutasse palmas e risadas ao fundo, fazendo-me parar de imediato tais ações e me virar para o sujeito.

 

    - Você está cada vez melhor! Eu não me lembro de nada do que fazia naquela época. – Exclamou YoonGi, referindo-se aos nossos tempos de escola, sem conseguir cessar as gargalhadas.

 

    - Talento deve ser aprimorado com o passar do tempo, não esquecido. – Alfinetei. – Onde estava? Você não apareceu aqui na sala nenhuma vez, cheguei á ficar preocupado.

 

    - Eu tenho deveres neste hospital, senhor carência. – Se aproximou de mim e me abraçou pela lateral, descansando a cabeça em meu ombro. – Trouxe a refeição ou vai á algum restaurante?

 

    - Já está na hora do almoço? – Questionei, recebendo um aceno positivo de sua parte. É, o show, realmente, servira para ocupar minha mente e meu tempo. – Eu trouxe. – Respondi breve, não queria o loiro me dando sermão por ter trago doces no lugar de algum alimento salgado e saudável.

 

    - O que você tem aí? – Se afastou de mim á procura da comida. – Eu trouxe carne e salada, em grandes quantidades, aliás. Aposto que Yon deve ter preparado algo para você em grande quantidade também, podemos dividir. 

 

    E a mais velha, realmente, tinha feito comidas saudáveis. Mas eu apenas ignorei tais, só queria as guloseimas e se eu não comesse a refeição, logo estragaria e exalaria um odor nada agradável. Vejamos pelo lado bom, ninguém seria obrigado á ficar sentindo cheiro de comida estragada depois.

 

    Saí de meus devaneios quando escutei o vasilhame ser aberto, nem havia percebido que o menor encontrara tal. Desviei o olhar do recipiente para sua face, que estava voltada para os doces, incrédula.

 

    - SeokJin. – Me chamou e eu apenas sorri amarelo, internamente, preparando meus ouvidos para as baboseiras de YoonGi. – O que é isso? – Finalmente, voltou seu olhar para meu rosto.

 

    - Torrone.

 

    - Ok. – Tampou o doce amendoado e se aproximou de mim. – E onde está seu almoço? – Apenas apontei para a vasilha em suas mãos. YoonGi era uma das únicas pessoas que conseguiam me deixar sem palavras, ou melhor, com medo. Normalmente esse papel de “mãezona” seria meu, mas alguém teria de ter essa função sobre mim também. – Eu, sinceramente, não sei o que fazer com você. – Bufou. – Você pagou quanto pelo seu diploma?

 

    - Aish, mas que droga, YoonGi! Eu sei que eu deveria me cuidar melhor, mas é impossível evitar, agora que eu sinto na pele o mesmo que meus pacientes. – Choraminguei.

 

    - Mas isso não é motivo para preferir bobagens á alimentos que só farão bem á você e ao bebê. Trouxesse a ceia e depois comesse a sobremesa. – Disse, dando ênfase ao depois.

 

    - Eu sei, desculpa. – Abaixei a fronte. – Prometo começar á ser mais atento quanto á isso. Mas, de qualquer forma, hoje não tem como mudar isso. Então... – Falei esticando meus braços em direção ao doce que, ainda, estava em suas mãos, vendo-o retrair. – Yoon...

 

    - Você não vai comer só isso aqui, nem que seja necessário que você coma a minha comida.

 

    - Isso não é necessário, além disso, é só por hoje. – Insisti.

 

    - Nã-

 

    - YoonGi, por que você está implicando com meu marido? – Fomos interrompidos pela voz rouca de NamJoon.

 

    - Não estou implicando com ele, seu acéfalo. – Retrucou.

 

    - Nam, o que faz aqui? – Perguntei, indo em sua direção.

 

    - Vim trazer o seu almoço. – Selou nossos lábios e me entregou a vasilha. – Yon havia me dito que você havia esquecido, então resolvi passar por aqui antes de ir para o escritório.

 

    - Foi, eu me esqueci. – Respondi entre uma risadinha sem graça, rezando para que o loiro á poucos metros de nós, não abrisse a boca.

 

    E assim foi. YoonGi poderia ser rabugento e, ás vezes, intrometido, mesmo fazendo-os apenas para o meu bem, mas ele nunca interferia quando tivesse consciência de que poderia causar prejuízos á minha relação com NamJoon. Se ele falasse sobre algo, com toda certeza, o moreno começaria uma discussão sem fim, pois desde que descobrirá que será pai, minha saúde e bem estar eram mais importantes que os seus.

 

    Meu marido se despediu e nós dois fomos em direção ao refeitório, uma ala, especialmente, reservada para funcionários. Assim que adentrei o ambiente, com o menor ao meu encalço, identifiquei uma cabeleira, um tanto quanto peculiar, pois seria o tipo de coloração que profissionais do nosso ramo, evitariam. Me aproximei e toquei seu ombro, vendo o outro se virar e me fitar, logo ganhando uma expressão surpresa.

 

    - Doutor SeokJin. – Se levantou apressado e se curvou. – Que surpresa ver o senhor aqui.

 

    - Senhor... – Escutei YoonGi zombar baixo, ao meu lado.

 

    - Pare de me tratar como se eu fosse seu avô, sem senhor e sem esse “doutor”, toda vez que for falar comigo. Eu já sei que eu sou um médico, não preciso que me informe sobre isso á toda hora. – Brinquei ganhando uma risadinha de sua parte.

 

    - Você vai nos convidar para sentar ou não? – Repreenderia YoonGi em qualquer outra ocasião, mas ao ver que JiMin apenas achara graça e fizera o convite, resolvi ignorar. – Agora senta. Ou você vai terminar de comer em pé enquanto me aprecia fazê-lo também? – Desta vez não me segurei, apenas dirigi minha destra até sua costela, beliscando a carne que cobria o local, vendo-o se contorcer e resmungar.

 

    - Seja mais educado, criatura. – Disse entre dentes.

 

    - Não se preocupe, dout- SeokJin. – Corrigiu-se. – Eu já estou acostumado com YoonGi hyung. Ele faz isso todo dia.

 

    - Que vergonha. – Murmurei. – Sente-se, JiMin. – O ruivo o fez, ao meu lado esquerdo, enquanto meu amigo se encontrava á minha direita. Nos alimentamos bem, entretidos por conversas sobre as vidas alheias – especialidade de YoonGi – e situações pessoais que, hoje, eram vistas como piadas por nós mesmos. Quando entramos no assunto relacionamento percebi que o mais baixo de nós se encolheu enquanto trocava olhares com YoonGi, vendo o mesmo lançar um sorriso travesso ao outro e se virar para mim.

 

    - Jin, sabia que o JiMin é namoradinho de um dos amigos do Tae?

 

    - TaeHyung? – Franzi o cenho vendo o loiro manear a cabeça em confirmação. – É mesmo? – Me virei eu direção ao assunto da conversa, já ficando imerso nas futuras brincadeiras de meu amigo.

 

    - Nós não namoramos, SeokJin hyung. – Fiquei contente por saber que estava conseguindo alguma proximidade do outro, visto que não utilizava mais nomenclaturas respeitosas para se dirigir á mim.

 

    - Não foi isso que você falou quando chegou à minha sala vermelho de raiva por seu “neném” ter te dado um baita bolo. – Gostava da forma que YoonGi conversava tão descontraidamente com pessoas mais jovens, como o ruivo ou Tae e meu cunhado. Às vezes me achava careta por não saber como iniciar e, muito menos, desenvolver um dialogo com alguém anos mais novo.

 

    - Eu não direi mais nada da minha vida para você, hyung. – O mais novo emburrou-se, desleixando sua postura sobre a cadeira branca em que estava sentado.

 

    - Ta bom, vocês podem deixar essa briguinha para mais tarde. – Intervi com curiosidade. – Quem é o namorado dele? – Perguntei ao loiro, escutando o outro soltar murmúrios incompreensíveis.

 

    - É a Branca de neve. – Ditou, gesticulando com as mãos.

 

    - O quê? – Ri. – É esse o nome dele?

 

    - Não. – Deu o sorriso gengival, pertencente somente á ele. – É que eu não sei o nome dele, você o conhece, talvez saiba. Mas, voltando, ele parece a Branca de neve, sério. O cabelo dele é bem preto e a pele bem branca, por mais que ele lembre um coelho também, ele se parece ainda mais com a princesa. E olha só, – Apontou para JiMin que carregava desinteresse no olhar. – ele tem até um anão.

 

    Gargalhei sem pensar nos sentimentos de JiMin, mas logo sendo preenchido por alívio ao ver o mesmo também desmanchar a postura durona dando uma risada melodiosa sobre a piada tosca de YoonGi.

 

    - Obrigado pelas informações, mas eu ainda não sei de quem você está falando. – Informei me recompondo da crise de risos.

 

    - JungGuk. – A reposta veio acompanhada da voz de JiMin, recordando-me, vagamente, do garoto de fios negros na festa de meus pais. – Jeon JungGuk, e não, nós não somos namorados. Digamos que somos bons amigos.

 

    - Ah é? – O loiro apontou o indicador para mim. – O Jin e o marido dele também são bons amigos.

 

    - Ai, eu desisto, hyung. – Disse o outro voltando seu olhar para seu relógio de pulso, logo depois se levantando do assento em um salto. – Nossa, eu tenho que voltar para a emergência, meu horário de almoço acabou faz tempo. – Voltou á se curvar para eu e meu amigo. – Vejo vocês depois, hyungs. – Sorriu doce e saiu.

 

    - Ele se acostumou rápido com você. – Disse meu amigo, voltando sua atenção para o suco em seu copo. – Demorou um pouco para que ocorresse o mesmo comigo, estou com inveja.

 

    - Ele é um bom rapaz. – Murmurei entre sorrisos satisfeitos.

 

    - Sim, ele é.

 

                                                                                  ∞

 

    Eram, aproximadamente, onze horas da noite quando voltei para minha casa. Fazia frio, ameaçava chover e eu estava louco para me aconchegar nos lençóis após um banho quente.

 

    Cheguei até meu quarto notando que NamJoon já estava deitado, dormindo. Notei que a chuva começara á dar seus pequenos indícios pelas finas e poucas gotículas de água que tocavam a vidraça da janela, mas, deixando o fenômeno de lado, fui em direção á cama, me ajoelhando em frente ao meu marido, ficando á poucos centímetros de sua face. Retirei os fios que teimavam em cair sobre seus olhos e toquei meus lábios em sua testa.

 

    O moreno ameaçou acordar, mas apenas murmurou algo sem fundamento, me fazendo sorrir pela forma fofa que, raramente, tomava quando estava demasiadamente sonolento.

 

    Me levantei e fui em direção ao banheiro, tomando uma breve ducha e voltando para a cama, deitando-me ao seu lado, me aconchegando atrás de si e recostando minha cabeça em suas costas. Mesmo possuindo mãos frias, NamJoon era, incontestavelmente, quente.

 

    Eu poderia questionar o porquê de não ter me esperado, eu poderia perguntar sobre todas as noites que voltara á chegar tarde, eu poderia arrumar mil motivos para que todo o calor se esvaísse por conta de camadas de gelo que seriam resultado das brigas. Mas não. Eu preferia todo aquele mormaço, era muito mais convidativo e aconchegante.

 

    Era muito mais Kim NamJoon.

 

                                                                                                                       ∞

 

    Fui desperto pela claridade que adentrava a janela. Havia me esquecido de fechar as cortinas na noite anterior e, por isso, a luz solar acertava diretamente a minha face. Evitando ficar cego, me mantive de olhos fechados até me acostumar com a mesma.

 

    Espreguicei-me, no ato, passando o braço pelo local onde, anteriormente, se encontrava o corpo de meu marido, logo constatando que estava vazio. Talvez já tivesse saído para trabalhar. Ao contrário de minha pessoa, já que hoje me ausentaria, deixando um estagiário sob as orientações de YoonGi, realizando as consultas, enquanto o loiro e outros médicos cuidassem da emergência.

 

    Me encontrava nos meses iniciais da gravidez, um mês e duas semanas, para ser mais exato. Mas, ainda assim, estava sendo deveras desgastante. Estava mais carente e muito mais emocional, o que fora uma das causas para que eu me afastasse das alas cirúrgicas, já que não seria capaz de fazer um mínimo corte que já começava á passar mal. Olhe lá operar.

 

    Sem contar em como eu estava exausto. Mesmo não fazendo esforço algum, só o fato de descer as escadas já era motivo para que eu me sentisse cansado, imagine quando minha barriga começasse á crescer. Não será nada interessante, precisarei de pessoas para me carregar, pois não serei capaz de dar uma passada se quer. Mas, brincadeiras á parte, eu sabia que aquilo era normal no início, e os riscos também eram maiores, então, seria até bom eu estar repousando mais.

 

    Havia dormido a noite inteira, sem interrupções ou sonhos, mas ainda estava muito sonolento. Então me aconcheguei melhor sobre o colchão e me deitei de bruços, sentindo as pálpebras, que nem foram abertas, voltarem á pesar. Teria voltado á dormir se não tivesse minha nádega acertada por um tapa, me assustando.

 

    - Ai, droga. Que susto! – Me sentei e voltei meu olhar para a face risonha de um marido. – O que você ‘tá fazendo aqui?

 

    - É assim que você me trata? – Fingiu indignação. – Hoje eu não tenho nada para fazer no escritório, então por que não ficar com o meu amor?

 

    - Ai, Nam. – Resmunguei. – Como você ‘tá meloso.

 

    - Por que você está me tratando assim?

 

    - Porque você me acordou!

 

    - É claro! Temos muito o que fazer hoje! – Disse. – Se apresse e vá se vestir. – Para onde iríamos áquela hora da manhã? Eu não estava disposto. – Passe bastante protetor, iremos á praia.

 

    Com um suspiro frustrado, observei NamJoon se dirigir para fora do quarto e tratei de fazer o que o mesmo sugerira. O tempo estava aberto, apenas algumas poucas nuvens cobriam o céu.

 

    Não demorou muito para que eu estivesse ao lado do meu marido, dentro do jipe que utilizávamos para ir, exclusivamente, á praia, já que o sal poderia corroer a lataria de nossos automóveis.

 

    Assim que chegamos ao local, tratei de pegar as toalhas e os alimentos leves preparados pela noona, enquanto NamJoon pegava  o guarda-sol e um rádio, o qual fora presente de seu pai quando nos casamos. Espalhamos os objetos no centro da areia, evitando deixá-los tão próximos do mar.

 

    - Vamos entrar. – Ele sugeriu, mas sem que esperasse uma resposta contraditória de minha parte.

 

    - Por que não comemos primeiro? – Palpitei dócil.

 

    - Comer para depois entrar na água, Jin?

 

    - NamJoon, só tem fruta aqui! Se eu quiser entrar comendo, eu faço. – Falei e ele começou á rir baixo. – Do que você está rindo?

 

    - Você fica lindo imerso em toda essa bipolaridade.

 

    - Eu não sou- Me interrompeu.

 

    - Você é sim. – Levantou-se, retirando a camisa e os chinelos, correndo em direção á água enquanto gritava para que eu comesse que ele me esperaria lá dentro.

 

    Segui sua ordem e comi as frutas, não me sentindo nem um pouco saciado, deixando o restante para NamJoon. Passava o protetor enquanto conectava o rádio á alguma estação, deixando que uma música lenta, porém, deveras aconchegante adentrasse meus ouvidos.

 

    Quando dei uma única passada para fora do guarda-sol, fui surpreendido por uma gota d’água que pingara em meu nariz. Olhei para cima, só agora constatando que o tempo fechara; mesmo que as nuvens não estivessem cinzentas, denunciavam a chuva que em breve nos pegaria.

 

    Olhei para frente encontrando o moreno saindo da imensidão azul, caminhando lentamente em minha direção. Porém, me surpreendera quando também olhara para o céu e não saíra mais do lugar.

 

    - NamJoon, sai daí. – Chamei. – Você vai ficar resfriado.

 

    O mesmo apenas desviou seu olhar em minha direção, abrindo um sorriso bobo enquanto começava á dar passadas no ritmo da música que tocava. Já sabendo que ele iria me ignorar, apenas devolvi o olhar, permitindo-me curvar os lábios, apreciando as bobagens que meu marido fazia apenas para me ver sorrir.

 

    Tendo consciência de minha condição, apenas estiquei meu membro superior para fora do objeto que cobria meu corpo, permitindo que a chuva caísse em minhas mãos.

 

    Eu não gostava da frieza que era transmitida através da chuva. Quando está chovendo, tudo fica mais triste e doloroso em minha opinião. Mas daquela vez, naquela exata ocasião, não.

 

    Assistindo-o dançar, simplesmente, parei no tempo. NamJoon era lindo na chuva, ainda mais do que em qualquer outro momento em que estava submergido em poses serias e ternos caros.

 

    Correndo em minha direção agarrara minha cintura, aproximando-me de seu corpo molhado, porém, aquecedor e sussurrando o quanto me amava, embaixo daquele guarda-sol que, momentaneamente, funcionava como guarda-chuva. Apenas sorria, enquanto movimentávamos nossos corpos em uma valsa improvisada, dando início á um beijo úmido, porém, doce.

 

    Ao contrário do que, eventualmente, diria, naquele momento em que estávamos tão felizes e “aquecidos”, eu poderia dizer com toda a certeza e firmeza do mundo que jamais haveriam pesadelos. Apenas sonhos sob a chuva.

 


Notas Finais


Bem, foi isso.
Espero que tenha sido do agrado de vocês e tenha deixado um gostinho de quero mais.
Até o próximo, espero ver todos vocês aqui.
Mega beijo e obrigada por tudo :* <3
One kiss, one cheese~


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