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História Twice. - Pain


Escrita por: annyclass01

Notas do Autor


Que coisa feia...
Gente, eu estou, altamente, envergonhada. Mas, enfim, não vou enchê-los com desculpas e etecetera.
Só posso dizer que conheci um tal de Monsta X e eles estão ferrando comigo. Olhem só o avatar! Até couple já encontrei nesse troço! Quem pode com esse meu coração de Fujoshi?!
Espero que vocês se divirtam. "Putz", estava com tanta saudade!
Reta final de Twice, molecada, nem posso acreditar! E somos quase 600! Obrigada, de coração, a todos que sempre deixaram aquele tempinho dedicado a fanfic, vocês são demais!
Bem, sem mais enrolação, aproveitem e espero as conclusões de vocês nos comentários, em?

|ENJOY|
|NÃO BETADA|

Capítulo 25 - Pain


Fanfic / Fanfiction Twice. - Pain

Eu não havia conseguido pregar os olhos desde que deitei naquela cama. Meu marido ressonava do outro lado do colchão, totalmente espalhado e relaxado, enquanto um turbilhão de pensamentos me impossibilitava de dormir por algumas horas. Meu coração estava pesado, uma angustia indescritível tomando conta do meu ser e o pior de tudo era não ser capaz de entender o motivo.

 

Realmente, queria abraçar NamJoon naquele instante, mas não poderia me dar ao luxo de  acordá-lo apenas para satisfazer um capricho meu. Por isso, sorrateiramente, me levantei e saí do quarto, precisava respirar ar puro naquele momento e, talvez, de um copo d’água gelada.

 

Saindo de meus aposentos a primeira coisa que notei foi a luz que provinha do quarto dos gêmeos, porém resolvi não me preocupar, já que eles provavelmente dormiam com os abajures ligados como precaução para seja lá qual for a situação que pudesse ocorrer. Desci despreocupadamente a escadaria que dava acesso ao andar inferior da casa, logo me direcionando a cozinha e atacando a geladeira.

 

Depois de satisfeito notei que era hora de voltar para cima, no entanto, o sentimento de peso ainda permanecia ali. Ri baixo ao notar que havia utilizado disto como desculpas para comer. Neguei com a cabeça e resolvi subir, de uma vez por todas, para o meu quarto, porém, antes que desse um só passo escutei o telefone residencial tocar, assustando-me pelo barulho estridente que ocorrera de forma repentina.

 

Dei meia volta para atendê-lo. Eu estava nervoso, um pouco temeroso eu diria, mas apenas alcancei e atendi de maneira contida seja lá quem fosse desocupado o suficiente para ligar para outrem àquela hora da madrugada.

 

- Boa noite, Kim SeokJin falando. – Cumprimentei, logo recebendo uma risada debochada em resposta.

 

- Sem formalidades, sobrinho querido. – Um arrepio atravessara minha espinha assim que a voz do mais velho adentrara meus ouvidos.

 

- São aproximadamente duas e quarenta da madrugada, acho que não é um horário muito propício à provocações, tio. – Falei firme, camuflando tudo o que me corroia por dentro. – Passar bem.

 

- Se eu fosse você, não desligaria... – Dissera sereno, o que me deixava desconfiado. – Tenho assuntos a tratar que podem lhe interessar.

 

- Quais assuntos? – Franzi o cenho em expectativa e curiosidade.

 

- Seus filhos. – Como nunca ocorrera antes, um instinto paterno escasso por aquelas crianças que todos insistiam em chamar de minhas se apossara de todos os meus sentidos. – Eles são lindos, Jin. A garotinha é completamente igual a você quando ainda era um bebê.

 

- Como você...? – Deixei a pergunta inacabada no ar enquanto um lapso de memória me amedrontara. Não havia sido apenas uma visão? Ele, realmente, estava no parque? – Tio, o que o senhor fez? – Era difícil de respirar tranquilamente naquele momento, enquanto o ar se tornava cada vez mais rarefeito.

 

- Nada, querido Jin. – Ouvi um choro agudo do outro lado da linha e senti meu mundo desabar. – Por enquanto. – Dito isso, o outro finalizara a ligação deixando-me totalmente apavorado. Como se minha vida dependesse daquilo, subi a escadaria correndo, sem me importar com os pontos da cesariana ou uma possível queda.

 

Chegando ao corredor a monotonia era a mesma, o mesmo silêncio e escuridão também, exceto pela luz emanada pelo quartinho no final do mesmo. Estremeci. Num ímpeto de coragem fui em direção à porta do determinado cômodo, abrindo a mesma com cautela.

 

E... Céus! Eu nunca havia me sentido tão aliviado por encontrar aqueles pequenos seres. Fui em direção a cada um dos berços verificando que eles dormiam bem, quer dizer, o garotinho trajado em azul celeste dormia de forma angelical, já a mocinha mantinha os olhinhos bem abertos voltados para mim. Não reprimindo meus cuidados, alcancei a toquinha bordô que cobria-lhe a cabeça e tampei suas orelhinhas. Senti meu mundo rodar e um sentimento novo, porém, grandioso, tomar-me o coração quando a mãozinha se agarrara ao meu indicador e, dessa forma, a garotinha pegar no sono com rapidez.

 

Sorri, mas me afastei após a cobrir, em seguida entrelaçando minhas mãos em frente ao meu corpo, envergonhado por deixar-me ceder aos meus sentimentos mais profundos tão facilmente. Iria verificar o garotinho mais uma vez para poder sair do quarto, mas, quem eu menos esperava naquele momento, me impedira.

 

- É melhor não gritar, sobrinho querido. – Naquele momento eu pude ver o quão egoísta eu fui durante todo aquele período. Enquanto meu tio portava uma arma e encontrava-se perto demais do meu filho, eu tive noção do quanto aquelas crianças eram essenciais para mim.

 

- Por favor, não faz nada com ele. – Em um ato impensado e desesperado acabei me aproximando demais de si enquanto levantava as mãos para gesticular. Meus olhos repletos d’água dobraram de tamanho quando a arma fora direcionada á mim.

 

- Acho melhor você não inventar nenhuma brincadeirinha agora, Jin. – Ele gesticulava com aquele objeto me deixando em completo alerta. – E bem, ou é você ou eles... – A confusão de suas palavras tirava-me o oxigênio do cérebro. – Eu tenho uma ótima proposta para você, sobrinho. – Dissera e eu apenas me prestei a murmurar para que continuasse. – Venha embora comigo e tudo ficará bem. – Sorrira dócil e um gosto amargo se espalhara por minha garganta.

 

- Por que o senhor está fazendo isso? – Perguntei não me importando mais em parecer forte aos olhos alheios.

 

- Imagine o quanto poderemos ser felizes juntos, Jin! – Ele dissera sonhador e eu ficava cada vez mais confuso afinal, o que ele queria com aquilo tudo?

 

- Jin? – Escutei a voz de meu marido no corredor e, o sorriso que antes era amigável demais – o que não condizia com a personalidade do mais velho -, se tornara obscuro.

 

- Deveríamos fazer uma surpresinha ao nosso amável NamJoon? – Ele se aproximava de mim, mas a única coisa que eu temia naquele momento era que ele fizesse algo contra o moreno. Ajoelhei-me sobre seus pés e, desesperadamente, comecei a implorar que não fizesse nada contra o mais alto.

 

- Tio, por tudo que há de mais sagrado, não faça nada contra ele! Faça mal a mim, mas o deixe em paz. Eu imploro! – Senti o outro agarrar meu braço, puxando-me para cima fazendo com que encarasse aqueles olhos impenetráveis e frios.

 

- E quem falou que a vítima desse jogo vai ser ele? – Em um movimento inesperado o outro torcera o braço que segurava fazendo com que eu gemesse de dor, logo colando seu peitoral em minhas costas. Contorci-me tentando me livrar do aperto, porém, o mesmo só fora intensificado e a arma quase esquecida apontada para minha cabeça. – Quieto! Quem dita as regras aqui sou eu.

 

- Droga, pra onde ele foi? – Ouvi o mais novo murmurar, já próximo demais do cômodo onde eu e meu tio nos encontrávamos. – Jin, cadê v- Assim que a porta fora aberta pelo mesmo, vi seu rosto empalidecer. Senti a ponta gelada do objeto deslizar sobre minha têmpora, o que me fizera encolher e apertar os olhos com força. A adrenalina era tremenda.

 

- Olá, Kim. – A voz que esbanjava sarcasmo cumprimentara meu marido.

 

- Mas que merda você pensa que está fazendo?! – NamJoon se aproximara furioso, deixando-me desesperado com as possíveis conseqüências de seus atos. Abri meus olhos com o susto causado por meu tio que apontara a arma para o alto e apertara o gatilho, atirando contra o teto.

 

- NÃO! – Gritei desesperado, voltando meus olhos para meu parceiro que dera dois passos para trás pela surpresa. O estrondo fora gigante, acordando os bebês que àquela altura choravam me deixando ainda mais aflito.

 

- Calem a boca! – Mais uma vez, estava na área de risco, enquanto a ferramenta mortal era voltada para minha cabeça, outra vez.  – Você – voltara a mesma para NamJoon. – não ouse fazer nada contra mim, a não ser que queira ver seu maridinho do coração ser apagado com uma bala no cérebro. Agora nós vamos sair daqui e você vai manter distância, sem ousar contatar a policia ou qualquer outro merda que se preste a ajudar você. Estamos entendidos? – Era obvio que o mais alto se recusaria a fazer aquilo, por isso, resolvi intervir.

 

- Nam, por favor, vai ficar tudo bem. – Falei.

 

- Jin, não-

 

- NamJoon, por favor! – Dessa vez alterei a voz. – Cuide das crianças, eu vou ficar bem. – Mesmo com o rosto banhado em lágrimas, ainda era capaz de demonstrar firmeza através do olhar. Eu confiava nele e sabia que nada iria acontecer enquanto eu o tivesse. Ele sabia disso também.

 

- Sim... – Murmurara angustiado, totalmente, contragosto.

 

- Agora saia da frente, seu palerma. – O causador de todo aquele tumulto ordenara, empurrando-me em direção à porta onde NamJoon ainda se encontrava parado. – SEU MERDA, EU NÃO ESTOU BRINCANDO! – Se alterara por conta da letargia do mais novo. Ao notar que a arma ainda se encontrava voltada para mim, finalmente se movera, adentrando o quarto indo na direção oposta a nossa. Lancei um último olhar para o Kim mais novo antes de ser posto a força para fora de minha residência.

 

- Para onde estamos indo? – Ousei perguntar assim que nos aproximamos do automóvel negro parado em frente a casa.

 

- Para a chácara de seu pai. – Dissera ao me empurrar para dentro do carro, precisamente, para os assentos traseiros. – Tolo, – comentara entre um riso soprado. – mal sabia o quanto estava me ajudando quando me entregara a chave. Há essa hora, em seu pensamento, os quartos daquele lugar devem estar preenchidos de advogados e empresários importantes, descansando para a reunião de amanhã.

 

- Quando se tornara tão cruel? – Questionei apavorado por conta do estado em que o outro se encontrava.

 

- A única coisa cruel é essa merda de mundo e o calhorda do seu avô. – Fiquei confuso com a última afirmação, mas fui impedido, por hora, de dar continuidade ao questionário quando fui ordenado a me abaixar para passar pela segurança do condomínio.

 

- O que meu avô tem a ver com os seus atos impensados? – Voltei a indagar observando seus dedos apertarem o volante deixando os nós brancos.

 

- Se ele houvesse pensado um pouquinho mais, os negócios da família hoje seriam governados por mim. – Rira com amargura. – O filho mais velho, porém, sempre tão minúsculo se comparado ao imponente Dr. Kim. – Começando a entender do que toda aquela ira se tratava voltei a me pronunciar.

 

- Você está um pouco precipitado, tio. – Falei calmo. Não colocaria tudo em risco naquele momento. Ele tinha um revolver em mãos. – Foi você quem escolheu advocacia, não seu pai. Como um advogado poderia governar um hospital? É impossível.

 

- IMPOSSÍVEL É ACREDITAR QUE EU PERDI TUDO PARA MEU IRMÃO. ATÉ MESMO A MULHER QUE AMAVA! – Prendi minha respiração. Céus, ele falava da minha mãe? Minha cabeça começava a doer com a quantidade de pensamentos absurdos que rondavam a minha mente àquela altura. – Mas, tudo bem, pois agora eu tenho você. – Consegui ver a sombra de um sorriso através do retrovisor e eu apenas me encolhi evitando analisar os possíveis significados por trás daquele último comentário.

 

O silencio fora absoluto pelo restante do caminho. Chegamos ao destino final, mais ou menos, às cinco da manhã, quando a escuridão começava à dar espaço para os borrões alaranjados que tomavam conta do céu.   

 

- Vá tomar um banho, comprei roupas novas para você, estão em cima da sua cama. – Assim que adentramos a sala, o mais velho dissera chamando minha atenção.

 

- Eu estou bem, obrigado. – Murmurei, sem ousar encarar seus olhos.

 

- Jin, siga o que eu lhe digo. – Dissera doce, o que contrastava com a personalidade que possuía. – Um banho sempre ameniza o cansaço que o vôo irá proporcionar.

 

- Vôo? – Perguntei confuso, afinal, havíamos chegado até a chácara com o seu automóvel e nenhum outro meio de transporte a não ser este.

 

- Sim. – Seu sorriso parecia poder lhe rasgar a face a qualquer instante. Nunca o havia visto de tal maneira. – Caribe, meu querido, Jin! Do outro lado do mundo, longe de todos os problemas e pessoas que nos impedem de sermos felizes. O avião sai ao meio dia, então, apresse-se, temos um longo caminho até o aeroporto. – Ele era incapaz de me surpreender mais e aquela fora a gota d’água para mim.

 

- Mas do que você está falando?! – Falei um pouco alto demais para o que minha segurança permitia, mas o início de um possível ataque não parecera abalá-lo.

 

- De nossa felicidade. – Dissera como se não fora nada demais e eu não pude me manter calado.

 

- VOCÊ ESTÁ LOUCO! – Gritei fazendo o sorriso do outro desaparecer gradativamente. – Eu não irei sair de Seul e não vou a lugar algum com você, seu monstro!

 

Fora questão de segundos para que o mesmo viesse furioso para cima de mim, pressionando meu pescoço enquanto me empurrava contra a parede. Minhas forças pareciam completamente escassas naquele momento.

 

- Querido Jin, quantas vezes terei de lembrá-lo quem está em desvantagem aqui? – Senti algo afundar-se contra a curva de minha cintura, logo constatando ser a arma que o outro portava. – Hum? – Pus-me a chorar, sentindo o aperto perder força e meu corpo escorregar até que estivesse de cócoras enquanto afundava a face sobre os joelhos. – Não chore, meu pequeno, ainda vamos ser muito felizes. – Beijara o topo de minha cabeça e saíra do local, deixando-me sozinho com a certeza de que seria impossível escapas de suas garras com vida.

 

 

Eu estava ficando cada vez mais apreensivo. Meu marido não dera sinal de vida e eu começava a deixar de lado a idéia de que o mesmo conseguiria me tirar dali, fora que a hora de partirmos estava chegando e a qualquer momentos sairíamos daquela chácara rumo a um lugar desconhecido para nunca mais voltar.

 

Estávamos à mesa, com um banquete a nossa disposição feita por alguém que eu não tinha idéia de quem era. Meu tio comia despreocupadamente, volta e meia dando uma olhadela, verificando se eu estava comendo ou não, mas aquilo de fato não me importava no momento.

 

- Por que sua comida continua intacta, SeokJin? – Perguntara baixo, porém não era capaz de conter muito bem sua irritação.

 

 

- Porque eu não estou com fome. – Falei dando de ombros. Péssima idéia. O baque surdo dos talheres batendo contra o prato fez-me estremecer.

 

- Quantas vezes mais terei de repetir que é uma viajem longa demais para vaidades? – Perguntara do outro lado da mesa com os punhos fechados em cima da mesma.

 

Notei que ele não estava nervoso por conta de minha alimentação, afinal, havia escalas e lanches dentro do avião a todo o momento. Havia ocorrido algo alem que o fizera perder as estribeiras de tal forma.

 

- Por que está tão nervoso? – Questionei. – O senhor sabe que posso muito bem me alimentar quando estivermos viajando. – O vi soltar um suspiro pesado e esfregar ambas as mãos no rosto antes de se voltar para mim novamente.

 

- HyoSang me ligou e me avisou que a polícia já fora contatada. Em breve eles começarão a fechar todos os pontos importantes de Seul e, é claro, que o aeroporto não está fora de foco.

 

- HyoSang está envolvido nisso tudo? – Perguntei sentindo um peso imenso ser posto sobre meus ombros. O outro apenas rira soprado e vi seus olhos brilharem.

 

 - Primeira vez que aquele pentelho fora capaz de me orgulhar. Há essa hora ele deve estar na sua residência dando uma de bom amigo, enquanto os atrapalha fingindo os ajudar. – Voltara seus olhos em minha direção e eu pude ver o quão ferido ele era. - Agora eu sou capaz de entender o porquê dele nunca ter seguido meus mandamentos e cursado medicina para tomar o lugar de seu pai, colocando a linhagem merecida na presidência. Trabalhar com a mente das pessoas o tornou apto a enganá-las com extrema facilidade.

 

Não ousei respondê-lo. Estava chocado demais para sequer comentar algo sobre suas duras palavras sobre seu próprio filho ou sobre o quanto eu estava magoado por ter sido enganado pelo mais novo.

 

O outro terminara sua refeição não se preocupando mais com o que eu faria com a minha. Logo depois fomos em direção a saída da casa, rumo à garagem para que pudéssemos nos direcionar até o aeroporto. Eu estava enlouquecendo, o que seria de mim se, realmente, fosse embora para o outro lado do globo com o meu tio? Não havia respostas suficientes para as inúmeras questões que surgiam em momentos como aquele.

 

O mais velho optara por outro carro que estava disponível no estacionamento da velha chácara, como forma de não chamar atenção, já que me tirara de minha casa com outro determinado automóvel. Ordenara que eu ficasse no banco de trás, pois, por mais que os vidros das janelas obtivessem película escura, todo cuidado seria pouco. Acatei seu pedido, mesmo que um pouco mais distante de suas mãos, as mesmas ainda possuíam um revolver em defensa.

                                                                         

Estávamos próximos ao aeroporto quando o mais velho parara o carro assim que recebera uma mensagem em seu celular. Confuso, vi-o descer do mesmo e abrir a porta traseira, agarrando-me pelo braço enquanto me puxava para fora, deixando o meio de locomoção para trás.

 

- Tio, o que o senhor está fazendo? – Fui ousado em questionar enquanto a face alheia esbanjava uma carranca.

 

- Não temos tempo. Rastrearam o carro de seu pai e estão vindo atrás de nós. – Falava ofegante por conta da caminhada. - HyoSang está no aeroporto com nossas passagens. Ele nos dará cobertura.

 

- Mas, e nossas coisas?

 

- Quando chegarmos a nosso destino renovaremos tudo o que está sendo deixado para trás. – Engoli em seco. – Não se preocupe, vai dar tudo certo.

 

 

Assim que colocamos os pés na área de espera, avistamos meu primo e eu senti minha garganta arder por conta do choro que era repreendido. Seu rosto era inexpressivo, porém, confesso que esperava um sorriso vitorioso disposto em seus lábios após as inúmeras investidas que fizera sobre mim.

 

- Onde estão os tickets? – Seu pai, nem ao menos, o cumprimentara, apenas arrancara as passagens das mãos do mais jovem assim que foram colocadas ao seu alcance.

 

- O vôo atrasou, ficar aqui pode ser perigoso. – O filho dissera enquanto evitava olhar-me nos olhos. – Vamos para o banheiro masculino, lá é o local mais seguro daqui.

 

Não houve resistências, apenas seguimos meu tio que tomara a frente, tendo assim HyoSang ao meu lado, torturando-me ainda mais ao pensar no quão duas caras ele havia sido.

 

- Vou lhe tirar dessa, nem que seja a última coisa que eu faça. – O mais novo sussurrara para que seu pai não nos ouvisse. Uma chama de esperança fora acesa em meu interior, por mais que eu não pudesse confiar no mesmo naquele momento.

 

Continuamos a andar por mais três minutos até ver o mais velho dentre nós três interromper a caminhada subitamente, levantando meu olhar pude ter noção do porquê. Estávamos cercados por policiais e ao lado dos mesmos estavam meus familiares, meu marido e minhas quatro crianças.

 

- NAMJOON! – Inconscientemente, gritei. Maldita hora.

 

Meu tio retirara o revolver que se encontrava dentro do casaco, mirando-o para mim e meu primo que agarrara minha mão, entrelaçando nossos dedos e dispondo toda sua expectativa ali. Naquele momento eu havia entendido o que HyoSang havia feito.

 

- Seu bastardo. – Seu pai dissera entredentes e nós compreendemos que falava para si, mesmo que estivesse voltado para os policiais. – SE APROXIMEM E EU ATIRO! – Falara em alto e bom som, e ver os membros de minha família derramando lágrimas desesperadamente dilacerava meu coração, fazendo assim com que eu também não fosse mais capaz de me conter.

 

Todos os componentes do corpo de defesa mantinham-se parados, em alerta. Porém, meu marido colocara tudo a perder quando, impensadamente, viera em nossa direção a fim de desarmar o mais velho. Ledo engano e, extremamente, bucólico de sua parte.

 

A última coisa que vi fora o mais velho apertar o gatilho e a bala, em câmera lenta, a nosso caminho.   

 


Notas Finais


Foi isso, garotada. E aí? Conclusões, reações? Estou bastante curiosa!
Dessa vez voltarei em breve, em?! Esse fora o antepenúltimo capítulo e o coração já está bem apertado T-T.
Mas vamos rumo aos próximos projetos!

One kiss, one cheese <3.


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