- Não vai me convidar para entrar?
Retraí-me evitando sua aproximação, dando duas passadas cegas para trás.
- O que faz aqui? – Respondi, automaticamente, frio. Se tivesse pensado um pouco não teria o feito.
- Eu e meus pais viemos para o jantar. – Ditou adentrando o imóvel e fechando a porta atrás de si. – Uma típica reunião familiar, sem segundas intenções. – Sorriu sarcástico, concluindo.
- E o que há de errado com o jantar que havíamos marcado em sua casa? – Ignorei suas insinuações anteriores. – São assuntos tão importantes assim, para que sejam necessárias tantas “reuniões” seguidas?
- Não há nada de errado, ele apenas fora remarcado. Data, hora e local. – Nada respondi, estava confuso. – Seus pais pediram para que viéssemos jantar aqui e não lá em casa.
Apenas murmurei em concordância e lhe dei as costas com o objetivo de sair de sua presença, mas o mesmo agarrara meu pulso, impedindo-me de dar continuidade aos meus planos.
- Como está a criança? – Perguntou tentando ser indiferente, mas falhando miseravelmente. Mesmo estranhando sua ação e preocupação, fiquei grato.
- Está bem. – Franzi o cenho. – Por quê?
- Nada. – Suspirou. – É porque ontem você saiu na chuva e acabou se estressando por minha culpa. Fiquei receoso, apenas isso.
- Ah, é.
- Você não deu a mínima para as minhas palavras, certo? – Questionou de forma repentina, assustando-me com a atitude.
- HyoSang, por favor, não vamos tocar neste assunto novamente. – Supliquei.
- Ok, me desculpa. – Seus ombros caíram, a carga emocional deveria ser intensa para ele.
- Eu só não quero que você fique mal por mim, Sang. – Toquei, suavemente, seu braço. – Eu não mereço.
- Não. – Ele se afastou. – Tanto você quanto eu temos que entender que sou eu quem não mereço a pessoa maravilhosa que você é. – Sorriu leve, mesmo que aquela não fosse sua vontade, e saiu do cômodo me deixando sozinho e pensativo.
A personalidade de meu primo era um tanto quanto estranha, talvez a convivência com seus pacientes tenha trago alguma influencia á sua vida pessoal. Ao mesmo que tempo que ele parecia ansiar, extremamente, por algo, á ponto de passar por cima de qualquer empecilho, o mesmo desistia tão fácil.
Ignorando tais pensamentos voltei á cozinha encontrando todos os outros em meio á conversas aleatórias e animadas. Nenhum deles pareceu notar minha presença, então tratei de me manter invisível e voltar minha atenção ás panelas. Estava quase alcançando as mesmas, quando uma voz estridente e contraditória me interrompeu.
- Mas o que você está fazendo aqui?! Não havia mandado você ficar na sala.
- Mãe, a senhora está enrolando demais para preparar esse jantar, se eu estivesse ajudando não seria tão demorado assim! – Reclamei.
- Você, Kim ChoHee, negando a ajuda de SeokJin para preparar a refeição? – Minha tinha brincou levando sua destra até a testa da minha mãe. – O que há de errado com você? Sua temperatura não está normal.
- Eu tenho grandes motivos para fazer isso. – A mais velha sorriu abertamente. – Mas quem deve contar á vocês é ele mesmo, aposto que o Sang já sabe, sempre foi o primeiro á saber sobre tudo relacionando á meu filho antes de mim. – O citado sorriu breve, porém, nostálgico. Talvez se lembrando do quanto éramos próximos, talvez em nossa adolescência, e não haviam segredos entre nós. Mas, com toda a certeza, as lembranças que se faziam em sua mente naquele instante não eram fruto do mesmo momento que protagonizava minhas memórias.
* Tinha acabado de chegar da escola e estava, demasiadamente, feliz. Meu melhor amigo não iria mais embora e eu havia dado o meu primeiro beijo. Porém, o último evento estava me deixando deveras inseguro. E se NamJoon estivesse brincando comigo? E se tal ação afetasse a nossa amizade de anos? Eram tantas questões que precisavam ser respondidas, mas eu não sabia como encontrar tais respostas. Eu queria conselhos e um ombro amigo, sabia bem quem poderia oferecê-los sem esperar nada em troca, por isso não tardei em enviar-lhe uma mensagem.
“Sang, pode vir até minha casa agora? De qualquer forma eu estarei á sua espera.”
Não recebi nenhuma mensagem sua confirmando ou recusando o convite, mas em, mais ou menos, meia hora lá estava ele tocando a campainha impacientemente.
- Você veio. – Sorri e o abracei, sentindo seus braços circundarem minha cintura e seu rosto se afundar em meu ombro como se quisesse sentir o meu perfume.
- É, eu vim. – Afastou-se para poder me fitar melhor. – O que houve para você me chamar com tanta urgência aqui?
Coloquei ambas as mãos sobre a boca e comecei a roer as unhas de uma delas. Sempre fazia isso quando estava nervoso e foi isso que eu fiz para me livrar da tensão e da vergonha por estar prestes á contar algo tão intimo, mesmo que fosse para alguém tão próximo.
- Vamos subir, alguém pode ouvir aqui embaixo. – Segurei seu braço e o puxei rumo á escadaria para que pudéssemos ir para o meu quarto. Assim que chegamos ao mesmo tratei de verificar se TaeHyung não estaria correndo pelo corredor ou próximo á porta, se ele escutasse, em pouco tempo meus pais já estariam sabendo que eu havia beijado alguém.
- Acho que é algo bastante importante mesmo, me sinto honrado em poder saber sobre algo que você tanto preza manter em segredo. – Comentou divertido.
- Não seja bobo, você sabe que é sempre o primeiro á saber tudo sobre mim. – Respondi ainda sem fitá-lo enquanto trancava a porta, para logo depois me sentar na cama, ao seu lado. Pigarreei antes de começar. – Sang, você... – Travei. Aquilo era muito embaraçoso para mim.
- Hum? – Murmurou como se pedisse que eu desse continuidade á fala.
- Sang, você já beijou? – Questionei rápido, mas temi que ele não houvesse entendido. Porém logo ele arregalou os olhos demonstrando o contrário.
- Por quê?
- Por favor, só responda. – Pedi.
- Eu, bem... Já. – Me senti um pouco incomodado, por que ele não havia me contado quando aconteceu? Mas preferi ignorar, por hora, já que aquele não era o foco da conversa. Mesmo chateado me senti mais á vontade em conversar com o mesmo sobre o assunto.
- Que bom. – Soltei sem pensar.
- Quê?
- Que bom que você já beijou, assim é mais pra conversar sobre o assunto.
- Conversar sobre o meu primeiro beijo? – Ele parecia estar cada vez mais confuso.
- Sim. – Processei o que havia acabado de falar. – Que dizer, não. Não o seu, o meu. – Respondi afoito.
- Seu primeiro beijo? – Ele questionou inquieto.
- Sim. – Sorri segurando suas mãos entrelaçando as mesmas ás minhas. – Você sabe que é a pessoa mais próxima á mim. É claro que eu tenho o YoonGi, mas nós temos um laço de sangue e acho que esse posto se encaixa ainda melhor em você. Como se fosse um irmão mais novo, entende?
- Irmão? – Ele franziu as sombra celhas.
- Isso. – Olhei no fundo de seus olhos. – Eu confio tanto em você, Sang. Por isso que eu quero que seja o primeiro á saber e também o primeiro á me dizer o que devo fazer. Eu sei que você sabe o que é o melhor para mim. - Ele desfez a expressão um pouco tensa e desenhou em sua face um sorriso doce e grato.
- Obrigado por me torna seu braço direito, farei valer á pena este título.
- Então. Isso aconteceu hoje, na biblioteca. – Revelei e ele riu. – Eu sei que não era o melhor local para isso, mas acho que não poderia ter sido mais agradável.
- Quem foi o felizardo? – Senti suas mãos apertarem as minhas sentido a confiança crescer em dizer-lhe o nome do moreno.
- NamJoon-ah. – Sorri, mas vi que ao invés de retribuir o mesmo fora desfeito de sua face e o aperto de nossos membros se desfazerem. – O que foi?
- Eu... - Ele não completou apenas se levantou e foi até a sacada, ignorando os meus chamados acabando por me deixar preocupado.
O segui em silêncio vendo-o fechar os olhos e suspirar pesado, evitando, de todas as formas, retribuir meu olhar questionador e preocupado. Cansado daquilo imitei seu gesto e me debrucei sobre o parapeito, mesmo confuso eu não insistiria em uma conversa unilateral, pois sabia que não havia sido uma boa idéia contar-lhe sobre NamJoon assim que o mesmo desfizera a expressão compreensiva e, talvez, até feliz.
- Você se sentiu bem com isso? – Pronunciou, me assustando pela ação tão repentina.
- Com o quê? – Perguntei de volta, envolto ao desentendimento.
- Com – hesitou. - o toque de NamJoon. – Senti meu rosto esquentar com as palavras que o outro utilizara para se referir ao beijo. Temi em lhe responder, mas já que havia começado aquela conversa tinha em mente que deveria ser sincero com o mesmo até o fim.
- Sim. – Fui direito em minha resposta. – Mas eu não sabia que você estaria contra isso, Sang, me perdoe. Se ao menos eu soubes-
- E você gosta dele? – Ele me interrompera com mais uma questão, desta vez, ficando ereto e voltando seus olhos para minha face.
- Eu – Abaixei a cabeça um pouco tenso, mas lhe respondi verdadeiramente. – Sim. Eu gosto muito dele para ser sincero.
- Então siga em frente.
Não esperava por tais palavras. Fiquei bastante feliz, ter o apoio de alguém que eu tanto amava como meu primo era o suficiente para que eu estivesse preparado para enfrentar o que quer que fosse pelo moreno. Ele sorriu simples ao ver meus olhos se arregalarem e abriu os braços para receber meu corpo, o qual ainda era menor que o seu, na época. Senti seus dedos adentrarem meus fios e eu apertei ainda mais meus braços em volta de seu corpo, sorrindo satisfeito por tê-lo comigo.
- Me faz feliz ver você feliz, e eu espero que aquele cara nunca te machuque, porque eu não vou pensar duas vezes antes de quebrar a cara dele.
Mesmo em tom de brincadeira eu sabia que suas palavras tinham um fundo de verdade. E por muito tempo eu fui fiel ao pensamento de que a minha felicidade seria a felicidade do meu primo, mas nem tudo é como nós imaginamos. Pelos menos não até certo momento.*
- Jin, acorde. – Sentido um cutucão em meu braço e notei que minha tia estava ao meu lado, lançando olhares curiosos. – Nos conte de uma vez o que há de tão importante assim que sua mãe não quer que você pise nessa cozinha.
- Ah. – Murmurei me recordando do assunto anterior. – Eu e o Nam vamos ser pais. – Respondi um pouco aéreo ainda.
- Ai meu Deus. – Ela gritou levando sua mão esquerda até minha barriga enquanto a outra apertava minhas bochechas. – Você vai ficar tão lindo, suas bochechas ficarão ainda maiores. – Ditou divertida. – Eu imagino como o Nam deve estar babando sobre você e essa criança, também quero um netinho. – Olhou de mim para HyoSang por um tempo antes de voltar á falar. – Bem que poderia ser filho de vocês dois, né? – Ela apenas brincara com aquela situação, pois não sabia das dimensões de suas palavras e o quanto aquilo poderia ferir o seu próprio filho, mas ela não havia feito por mal, no final das contas. Preocupado com a reação do outro rodeei meus olhos sobre o cômodo em que nos encontrávamos, mas nem ele e nem meu tio estavam mais lá.
O mais velho nem ao menos me parabenizara, talvez a notícia o tenha assustado um pouco também. Já tinha em mente que sua reação não seria tão calorosa quanto à de minha tia, mas sua falta de ação ou comentários sobre o assunto me deixara triste. Seria mais um membro da família, teria seu gene também, mesmo que indiretamente.
- Tae não pensa em me dar mais um sobrinho também não?
- Ah, nem pensar, tia. Além disso, mamãe não apoiaria, desde que seja o Jin tudo bem, mas se eu fizer isso ela mata meu namorado e me coloca para fora de casa. – TaeHyung respondeu com desdém referindo á confusão de mais cedo, resultando em reações, completamente, opostas por parte de nossa mãe.
- Filho, não é isso. – A mais velha se pronunciou. – O problema é que você e o Seok são novinhos demais para isso.
- Mãe, eu já tenho quase vinte anos. E HoSeok tem mais do que isso!
- Mas nenhum de vocês tem dinheiro para sustentar essa criança por conta própria, eu não quero mais um filho, pois sei que no final sobraria para mim.
E ali se iniciaria mais uma discussão, então deixei que meu cunhado e minha tia servissem de platéia para o espetáculo da vez e me dirigi até a entrada da casa para verificar se NamJoon estaria chegando. Surpreendi-me, não por ver seu carro parado em frente á mesma, mas sim ao notar HyoSang ao seu lado dizendo-lhe algo que pela distância era inaudível.
Com receio de que algum deles agisse impensadamente fui em direção á ambos logo ganhando sua atenção. Mas nenhum deles expressava desprezo ou raiva, suas faces eram neutras e até um pouco satisfeitas.
- Amor. – NamJoon disse estendendo seu braço para me puxar para perto e selar nossos lábios. – HyoSang estava nos parabenizando.
- Pelo quê? – Perguntei confuso.
- Ora, como assim “pelo quê”? Por nosso bebê.
Olhei para meu primo que tinha uma leve linha em seus lábios curvada, levemente, em direção á suas orelhas. Ele sorria e eu não conseguia ver mais nada além de satisfação expressa em tal ato. Devolvi o gesto e saí do aperto de NamJoon indo em sua direção e o abraçando.
- Por quê? – Perguntei baixo, para que apenas ele escutasse. – Por que está sendo tão compreensivo agora?
- Talvez porque eu tenha pensado um pouco e- Senti um carinho singelo em minhas costas. – tenha descoberto que a minha felicidade depende da sua. E eu sei o quanto este novo começo fará você feliz.
Tais palavras me acompanharam durante o restante da noite e permaneceu em meus sonhos assim que me deitara ao lado de NamJoon aquela noite, aproveitando o calor de seus braços e adormecendo em seu peito.
∞
Havia dado aos empregados da minha casa, inclusive á Yon, alguns dias de “férias”, já que fui dispensado por mim mesmo do hospital por um tempo, pela pura insistência de YoonGi e como ninguém passava o período diurno dentro de casa, eu poderia me virar sozinho, possuindo como preocupação apenas as refeições.Voltaria ao trabalho no dia seguinte, então resolvi convocá-los um dia antes, já lhe avisando que não precisariam se preocupar, pois o período de folga não seria descontado de seu salário.
Eu ainda estava na cama. Havia me tornado mais preguiçoso nesses últimos dias e como estava distante das instalações hospitalares, minhas únicas preocupações seriam com o cardápio do dia. Ainda meio dormindo, meio acordado escutei a porta ser aberta e passos sorrateiros se aproximarem da cama.
- Eu não acreditaria nas palavras de NamJoon se você não estivesse sendo tão preguiçoso. – A voz doce e feminina de Yon chegou aos meus ouvidos como a melhor das melodias. – Vamos, esse não é o meu menino. Eu sei que você está acordado.
- Deita aqui, noona. Essa cama é grande demais para um corpo só. – Ainda de olhos fechados abracei sua cintura e á puxei agarrando-a como se fosse meu ursinho predileto.
- Me solte, seu moleque. – Deu duas tapinhas leves em meus braços.
- Noona, não faça isso. – Murmurei manhoso.
- Então se levante e vá tomar um café reforçado. Depois vá fazer uma caminhada, faz bem ao bebê. – Ditou firme, acordando-me de uma vez por todas.
- Quem te contou?
- Você está ficando surdo? Antes de sair para andar vá até a sala, irei pegar alguns cotonetes para limpas suas orelhas.
- Noona, eu não escutei, - Respondi rindo, pois sabia que ela, realmente, faria aquilo.
- NamJoon. – Sorriu e, livre de meu aperto, se levantou. – É bom saber que estão se acertando, uma criança é sempre uma benção mesmo.
Não havia nada que eu pudesse responder, então apenas sorri de volta e me levantei também, indo em direção ao banheiro para fazer minha higiene matinal aos gritos de Yon anunciando que o café da manhã já estava na mesa e que eu não deveria me atrasar, assim como uma mãe faria com seu filho adolescente prestes á perder o horário de ir para o colégio.
Deixei que a água morna da banheira cobrisse meu corpo enquanto ficava, mais uma vez, imerso em pensamentos sobre o quanto as pessoas estavam mudando ao meu redor e o quanto aquilo era bom para mim. Eu poderia dizer com uma palpável certeza que eu estava feliz.
Depois de um tempo desci as escadas e fui até a cozinha, mas falhei miseravelmente, não encontrando ninguém além da filha de Yon e seu namoradinho. Acostumado com a cena do rapaz alto ajudando a moça nas tarefas enquanto soltava palavras românticas no ar deixando a mesma sem graça, apenas sorri e ignorei ambos, desde que não estivessem fazendo nada de errado não haviam motivos para interrompê-los.
Fui então rumo á sala de jantar, ficando boquiaberto assim que adentrei o cômodo. A mais velha colocava um bolo cor de rosa sobre a mesa, esta repleta de doces e alimentos salgados- os meus preferidos –e a parede aos fundos coberta por balões azuis e cor de rosa. Fui em direção á Yon para abraçá-la, mas a mesma me interrompeu sorrindo travessa.
- Não me agradeça, tudo isso fora idéia do seu marido. – Enfiou a destra no avental e de lá retirou um cartão, logo me entregando. – Leia. – Beijou-me a testa e me deixou sozinho em meio aquele colorido de guloseimas. Abri o papel e logo reconheci a grafia torta, porém bela, de meu marido.
“Espero que você tenha acordado bem e faminto. Tive um pouco de trabalho para organizar tudo isso, mas graças á nossa Yon eu consegui terminar de preparar tudo á tempo. Espero que você coma bem e retribua isso assim que eu chegar em casa *risos*.
De: Um pai apaixonado e um marido da mesma forma.
Para: A futura melhor “mamãe” do mundo.
Te amo;”
Deveria fazer uma nota mental para matá-lo por se referir á mim como mamãe. Mas estava ocupado demais chorando feito um bobo, enquanto relia, incontáveis vezes, aquela carta. Vale dizer que eu chorava sim por aquele idiota, mas era o idiota que mais me fazia feliz.
E naquele dia, cheguei a conclusão de que a minha felicidade sempre dependeria da sua.
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