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História Twice. - Mom


Escrita por: annyclass01

Notas do Autor


Olá, bebês <3
Meio de semana, mas como eu estive menos ocupada, retornei mais rápido. Não se acostumem~
Espero que vocês gostem, é um capítulo mais light.
Obrigada pelo super apoio, vocês são demais <3 O capítulo passado foi o com maior número de comentários e com ele mais 20 favoritos. Não sem nem o que dizer.
Por favor, perdoem os erros. A energia foi embora e, por sorte, consegui recuperar o capítulo inteiro. Porém, já veio com uma nota : O OFFICE PODE TER CAUSADO ALTERAÇÕES NO DOCUMENTO.
Mas liguei o foda-se e nem li (como sempre) para ver se interferiu em algo. Então, apenas ignorem.

Ps.: Itálico entre asteriscos: sonho.


|ENJOY|
|NÃO BETADA|

Capítulo 9 - Mom


Fanfic / Fanfiction Twice. - Mom

 

    Hospital Universitário de Gangnam-gu, 10h46min AM

 

    Depois de alguns dias de “folga” voltei ao trabalho com uma grande força de vontade fruto da saudade do meu habitat natural que havia se tornado os corredores daquele hospital. Stephanie, uma grande amiga da família, enfermeira especializada em obstetrícia, fora a primeira á notar meu retorno. Como já era de se esperar as notícias de minha gravidez já corriam por todo o local, ocasionando a felicidade e a falsidade de alguns.

 

    - Ah, eu estou tão feliz por você, Jin. – Sorria com os olhos. – Quem me dera tivesse esta sorte. Nem ao menos consigo o marido, acho que já querer pensar na criança é querer demais.

 

    - Não diga bobagens, é claro que para ter um bebê você precisa de um parceiro, mas não fale como se fosse impossível encontrar alguém. – A repreendi, porém de forma divertida, odiava machucar quem quer que fosse com palavras. - Você ainda é jovem e bonita. – Concluí, ganhando de si um sorriso com os olhos.

  

    - Obrigada, Jin-ah. Mas, mudando de assunto, e NamJoon? Como ele reagiu?

 

    - Ele reagiu bem.

 

    - Como assim “reagiu bem”? – Comentou travessa? - Eu tenho certeza de que não foi só isso. – Talvez ela estivesse entendendo errado, que meu marido não tivesse reagido bem á noticia. Mas a verdade é que eu não gostava de compartilhar situações tão pessoais com pessoas que não fossem, diretamente, ligadas á mim.

 

    - Não, foi só isso mesmo. - Fui firme. - Ele ficou contente, assim como todos os meus familiares, também, aceito bem. Bem, mas mudando de assunto, como andam os gêmeos? – Desconversei, mas, realmente, queria saber como estava o estado dos meus pacientes prediletos.

 

    - Ah, eles estão progredindo bastante. - Aumentou o sorriso que não abandonava seu rosto. – Se continuarem assim, acho que em breve serão liberados.

 

    - Eles estão disponíveis agora?

 

    - Sim, saí á pouco tempo do quarto de ambos. Pode ir vê-los, eu sei que você está ansioso por isso.

 

    Apenas assenti e segui em direção á instalação tão conhecida. Comecei á ficar nervoso e suar frio, porém, um sentimento de gratidão se apossou de meu coração, deixando-me ainda mais confuso, porém, leve. Dei duas batidas na porta, que logo fora aberta por uma garotinha descabelada e sonolenta. Mesmo ainda um pouco fora de si não tardou á perceber que se tratava de minha pessoa.

 

    - Oppa! – Gritou e pulou em meu colo ganhando a atenção do mais velho dentre os dois irmãos.

 

    - Jin hyung! – Veio correndo em minha direção e se agarrou á minha cintura, me desequilibrando, minimamente, já que estava com a garotinha sobre o colo.

 

    - Cuidado. – Alertei colocando a menor no chão e estendendo as mãos para que eles segurassem. – Tenho novidades. Uma tem a ver com vocês, a outra comigo.

 

    - Comece conosco. – MinSu interveio antes que eu questionasse qual gostariam de saber primeiro.

 

    - Ok, mas que tal irmos até a cafeteria? – Vi os olhinhos de ambos brilharem e eu já sabia a resposta. – Faz tempo que não os levo lá. Retirem esses pijamas, ninguém está interessado em ver essas estampas de ursinhos. – Brinquei e ambos se trocaram em instantes.

 

    Sabia que eles gostavam, demasiadamente, da lanchonete, pelo fato de que eu só os levo até lá quando estão bons o suficiente para burlar a dieta que eu mesmo havia imposto para ambos. Então, eles não mediam esforços para preencherem suas bandejas com variados alimentos, é claro, ainda sob minha observação.

 

    Mesmo sendo um local bastante sossegado, ainda existia um mais confortável: A área de lazer. Era, basicamente, uma área verde, onde muitos residentes aproveitavam para tomar sol, ler ou apenas “curtir o momento.” Resolvi, então, guiar as crianças até o ambiente, nos acomodando em uma das mesas livres.

 

    Descobri que o local de repouso ainda era desconhecido para ambos, porém afirmaram gostar bastante do lugar pedindo para eu sempre que pudesse os levasse lá. Confirmei a promessa, já que Stephanie havia errado nisto, pois é necessário que todos os pacientes tomem sol, não confiaria mais as crianças á mesma.

 

    - Jin, você está nos enrolando? – A voz aguda adentrou os meus ouvidos, me tirando de meus devaneios.

 

    - O quê? – Perguntei confuso.

 

    - Você disse que nos contaria algo importante, mas até agora não abriu a boca. – MinSu concluiu o pensamento.

 

    - Ah. – Ri sem graça. – Me desculpem. Bom, a questão é que o quadro de vocês tem tido grandes avanços. – Talvez as palavras fosse um pouco complexas para crianças de sua idade, mas para aqueles dois, não.

 

    - Sério? – Disseram em uníssono arrancando uma risada de minha parte.

 

    - Sério. E mais! Se continuarem assim, em breve terão alta. – Ao contrário do que eu imaginava os sorrisos angelicais desapareceram. – Ei, o que houve?

 

    - Nós vamos nos afastar. – Murmurou a menor.

 

    - O quê? – Franzi o cenho. – Não, claro que não. – Respondi afoito.

 

    - Sim, hyung, nós vamos. Você é muito ocupado para ir nos visitar e a mamãe não permitiria que viéssemos ao hospital, todo santo dia, par ver você. Iríamos acabar atrapalhando.

 

    - MinSu, não. Olha, eu ainda tenho meus dias de folga. – Tentei reverter a situação. – Posso visitá-los e vocês poderão ir lá para minha casa, passa o dia inteiro comigo.

 

    - Não vai a ser mesma coisa. – O garotinho insistiu.

 

    - Por quê?

 

    - Você acredita em anjos da guarda, oppa? – Fora a vez de MinJee se pronunciar.

 

    - Eu... acredito. – Respondi meu hesitante, estava deveras confuso. Onde ambos queriam chegar com aquela conversa?

 

    - Então você sabe que nunca podem ficar longe de quem eles têm a obrigação de proteger?

 

    - Crianças, eu não estou entendendo. – Murmurei.

 

    - Nós não podemos ficar longe de você, e um dia você entenderá isso por si só. – Eu odiava quando ambos ditavam frases tão extensas em uma única voz, aquilo era estranho até para mim que já presenciei isso muitas vezes. E a sensação de presságio, como sempre, esteve presente. O costumeiro frio na espinha me deixou um pouco tenso, decidindo mudar o foco da conversa, pois tais situações eram complicadas demais para minha mente tão ocupada.

 

    - Está começando á esfriar, não é bom para vocês. – Fitei seus pratos, agora limpos, e me levantei á espera de ambos. – Vamos voltar para o quarto, lá nós terminamos de conversar.

 

    Assim foi feito, voltamos para o aposento de ambos e nós três tratamos de nos aconchegar em uma das camas, tendo MinJee com a cabeça sobre meu ombro e MinSu sobre minha barriga. Notei quando o mesmo sorriu quando se deitou ali e tive a leve impressão de que já suspeitava de algo, além de que dizem que crianças pressentem esses tipos de coisas.

 

    - Aqui está quentinho, hyung. – Comentou e eu ri.

 

    - Suponho que vocês vão gostar do que vou lhes contar agora. – Ganhei a atenção dos dois. – Vocês terão mais um amiguinho, este que vai levar meu sobrenome e sangue.

 

    Eles olharam um para o outro, cúmplices, e sorriram. Tendo a menor se afastado de minha clavícula e descido até onde seu irmão se encontrava, repetindo o gesto mesmo colocando a cabeça sobre meu abdome.

 

    - Verdade, está tão quentinho. – Aconchegou-se melhor. – Quero ficar aqui pra sempre.

 

    Eu também podia sentir um calor que emanava da doçura e inocência daquelas crianças. Era, demasiadamente, confortável, me deixando até mesmo sonolento. Acomodei-me melhor sobre o colchão enquanto acariciava os fios lisos dos gêmeos, vendo-os adormecer aos poucos, assim como eu.

                                                                                     

                                                                                    ∞

 

    - Aish, juro que se você não estivesse esperando um bebê eu te socava até você acordar. – Escutei um resmungo distante, talvez estivesse sonhando. – SeokJin.

 

    Estava tão leve, seja lá onde eu estava, era em um local deveras satisfatório. Poderia continuar aproveitando daquela maciez por horas á fio, porém, nem tudo é como a gente deseja, e um peteleco em minha testa fora o suficiente para acabar com todas as minhas vontades naquele momento.

 

    - ACORDA, SEOKJIN! – Dessa vez eu consegui identificar a voz. Não era ninguém mais, ninguém menos do que YoonGi, me atazanando àquela hora da madrugada.

 

    - Poxa, Yoon, me deixa dormir. – Me virei para o lado contrário de sua voz, provavelmente, ficando de costas para o mesmo.

 

    - Claro que eu deixo você dormir, hyung. – Respondeu dócil. – Assim que você estiver em casa, porque suponho que MinJee queira a cama dela de volta. – Completou com ironia, sendo acompanhando por risadas infantis ao fundo.

 

    - Do que voc- Como um choque de realidade me lembrei que havia adormecido no quarto dos meus pacientes. Levantei-me abruptamente, sendo agraciado por uma forte tontura, por sorte me mantinha sentado sobre a cama.

 

    - Wow, calma aí! – Meu amigo alertou. – Seu expediente acaba daqui meia hora, vou deixar você casa. Se despeça das crianças, estarei no estacionamento. – Se despediu dos pequenos que estavam na cama ao lado e eu apenas confirmei que estaria lá em poucos minutos.

 

    - Me desculpem por ter roubado a cama de vocês. – Voltei-me para os dois que sorriam infantis enquanto seus pés balançavam na beirada da cama, não tocando o chão.

 

    - Não tem problema, Jin-ah. – O mais velho respondeu. - Você estava fofo, ficamos com receio de acordar você, então apenas saímos de cima da sua barriga, poderia machucar também.

 

    Agradeci de forma muda, apenas sorrindo, mas eu sabia que eles compreenderiam. Me levantei e beijei o topo de suas cabeças, jurando voltar para vê-los no dia seguinte e saí rumo ao lugar onde YoonGi estaria me esperando.

 

                                                                                  ∞

 

    - Estou tão cansando, sinto como se um caminhão estivesse passado por cima de meus ossos. – Resmunguei para o loiro, que dessa vez me dava carona em seu próprio carro. – Não é nada legal, agora eu entendo o que nossos pacientes sofrem.

 

    - Eu te avisei para tirar, ao menos, o primeiro trimestre para descansar em casa. Você pode, é especial. – Ironizou, pois sabia que eu não daria ouvidos á sua fala, era herdeiro daquele hospital, mas ainda era um trabalhador, assim como outros lá dentro.

 

    - Você sabe que eu não farei isso, no máximo, acatarei alguns dias de minha licença á maternidade.

 

    - Eu sei, no dia em que você deu entrada eu havia dito á NamJoon que você era um paciente, com direitos iguais aos do restante. Suponho que seja a mesma coisa com o trabalho, mas você sabe que deve cuidar melhor de sua saúde, quando você passa o dia lá sua alimentação é uma droga, Jin. Sério, espero que aprenda á comer melhor pela criança.

 

    - E eu estou. Ai, você está parecendo minha mãe, YoonGi. – Resmunguei infantilmente. – Pare já com isso, eu sou mais velho que você, quem deve bancar a mamãe aqui sou eu.

 

    - Ok, não está mais aqui quem falou, mamãe. – Retrucou rindo, sendo acompanhado por mim.

 

    Alguns minutos depois fui deixado em minha residência, porém, desta vez, YoonGi alegou estar cansado e não estava muito disposto para me acompanhar em um chá. Apenas assenti e me despedi do mesmo, adentrando o casarão. Ao contrário dos últimos dias, nos quais meu marido estava chegando absurdamente cedo comparado aos horários anteriores, a casa ainda se encontrava vazia.

 

    Soltei um suspiro pesado, já sendo tomado por pensamentos indevidos que me alertavam sobre as falhas de NamJoon voltarem á acontecer. Resolvi ignorar tais idéias, afinal, talvez fosse uma dor de cabeça em vão e eu não estava em condições de me estressar por nada. Ainda “morrendo de sono” tomei um banho rápido e coloquei uma roupa leve, porém, larga do moreno, logo me dirigindo até a cama e em poucos minutos adormecendo.

 

    *Estava em um campo florido, totalmente, colorido, era lindo. O perfume cítrico impregnava minhas narinas, obrigando-me á fechar os olhos para desfrutar de tal sensação.

 

    - Oppa, abra os olhos. – Senti um toque suave em minha mão esquerda fazendo com que eu olhasse para o local e me deparasse com MinJee sorrindo fofo. – Vamos logo, MinSu deve estar escondido atrás de alguma dessas flores mais altas. – Devíamos estar brincando de algo, esconde-esconde, talvez. Então apenas resolvi segui-la correndo por entre as plantas.

 

    Eu ria como uma criança, aquilo era divertido, era novo. Olhei mais á frente e notei uma movimentação estranha atrás de um amontoado de Callas brancas, sorri ao chegar a conclusão de ter encontrado o gêmeo mais velho.

 

    - Acho que o encontramos. – Me agachei para sussurrar para a pequena, sentindo minhas costas pesarem e constatando que minha barriga estava enorme. Saí de meus devaneios quando escutei um rosnado e dirigi meu olhar para as flores brancas que antes chamavam minha atenção, sentindo meu coração bater forte e dolorosamente dentro de meu peito. O menino estava dormindo sobre os pelos de um enorme leão branco. – Não pode ser. – Murmurei sentindo o aperto da mão menor se esvair. A garotinha se soltou e começou á correr em direção ao animal. – MinJee, não.

 

    Fiquei em choque quando vi a mesma estender a destra e tocar a pelagem do leão, vendo-o ceder aos seus carinhos, vez ou outras lambendo sua mão, mas sempre fazendo o possível para não acordar MinSu, como se fosse seu filhote. Notando que eu estava, ainda, paralisado no mesmo local, a pequena me chamara para chegar mais perto e não temer.

 

    Aproximei-me, cautelosamente, porém, retrai-me assim que notei a movimentação da fera, o que causou uma risada alta da garotinha e passos do animal em minha direção. O suar frio fora escasso assim que o mesmo enroscou sua calda sobre a calça clara que eu usava e esfregara sua cabeça sobre meu ventre, como se fosse um gatinho pedindo por carinho, não evitei sorrir e levar minhas mãos até a mesma, proporcionando-o a carícia. Senti-me confortável e seguro.*

 

    Acordei sentindo um toque quente em minha mão, porém, não havia nada e nem ninguém dentro do quarto. Me sentei ainda um pouco desligado levando minha mão até a minha barriga que começara á roncar, e o pior de tudo era que eu queria algo específico.

 

    - Hum... – Alcancei meu celular e verifiquei já serem quase duas da manhã, mas eu não conseguiria voltar a dormir se eu não comesse. – Talvez salgadinhos não caiam bem á essa hora, mas...

 

    Desci as escadas, notando que não NamJoon ainda não chegara, indo em direção á dispensa, constatando que a mesma estava escassa daquilo que eu queria no momento. Sem hesitar peguei minhas chaves, adentrei meu carro e fui atrás de qualquer loja de conveniências que estivesse aberta àquele horário.

 

    Fora um pouco difícil encontrá-la, eu deveria estar dirigindo á quase uma hora, mas só o que importava naquele momento eram os salgadinhos. Adentrei e fiz uma breve reverência ao atendente, que estava envolto demais em seu celular para responder, e fui em direção ás deliciosas e perigosas massas de milho. Havia pegado quatro sacos enormes, vai que eu tinha de voltar até ali por escassez.

 

    - Dezesseis e quinze. – Ditou o rapazinho, dividindo sua atenção entre a tela do computador, no qual somava o valor de minha compra, e o aparelho celular. Achei graça de sua atitude e resolvi brincar.

 

    - Você deveria estar um pouquinho mais atento, vai que eu assalto, sei lá, essas balas. – Apontei para o aparato ao seu lado, repleto de doces. – Suponho que você nem irá notar.

 

    - Foi mal, é porque eu tenho que zerar isso daq- Suas palavras foram morrendo assim que levantara o olhar e fitara minha face sorridente.

 

    - O que houve? – Perguntei ainda em tom divertido.

 

    - Doutor... – Franzi as sombra celhas. – Que vergonha, doutor SeokJin, me perdoe.

 

    - Vergonha pelo quê, rapaz? Também já tive a sua idade, é normal colocar algumas futilidades acima de coisas, um pouquinho, mais importantes.

 

    - Mas eu não sou sempre assim. – Ele balançava as mãos no ar como se estivesse sendo julgado por algum crime, mesmo sendo inocente. Ri. – No hospital minha prioridade são os pacientes e meus deveres, quando eles vão  além disso. Eu não sou um completo irresponsável, por favor, não me enxergue assim.

 

    - Mas eu não estou lhe enxergando assim. – Justifiquei-me. – Então você é um dos meus estagiários?

 

    - Sim. – Abriu um sorriso que chegava aos seus olhos. – Cara, eu amo tudo aquilo. Vou continuar trabalhando duro para ser igual á você um dia.

 

    - Isso é bom, força de vontade é o que faz um profissional. – Sorri, porém, fui coberto por uma duvida. – Desculpa ser evasivo assim, mas, você se divide entre o hospital e aqui?

 

    - Não. – Fiquei aliviado, poderia ser cansativo para ele. Alguns estagiários pegavam cargas horárias de até oito horas. – Tem a faculdade também. – Fora sua vez de brincar, me deixando surpreso com sua afirmação. – Mas não se preocupe, eu só fico quatro horas no hospital, o curso ficou pela manhã e eu só fico aqui na loja quando necessário, sabe, para ajudar á manter a mensalidade da facul. - Ele falava com naturalidade e aquilo me conquistou. Era possível ver o quanto aquele rapaz era apaixonado pela medicina, o quanto ele tinha futuro ali.

 

    - Continue assim e você será um grande profissional. – O incentivei.

 

    - Obrigado. – Sorriu e me entregou as sacolas, mas antes que eu saísse do local ele voltou á me chamar. – Doutor, como está você e seu bebê?

 

    - Como você sabe? – Aquelas palavras fluíram de meus lábios.

 

    - Eu estava com o doutor YoonGi quando ele o examinou, acho que fui o primeiro á notar que você iria ser pai. – Sorriu e eu retribui. – Á propósito meu nome é JiMin.

 

    - Nós vamos bem, JiMin, obrigado pela preocupação. – Me virei para ir embora, mas não sem antes acenar em despedida e pronunciar. – Espero ver você qualquer dia, no hospital. Será uma honra apreciar seu amor e sua força de vontade em ação.

 

                                                                                         ∞

 

    Cheguei em casa e fui direto para a cozinha, enchi uma caneca com café e abri um dos pacotes com as bolinhas amareladas. Estava um tanto quanto envolto com aquele sabor que nem notei quando meu marido adentrara o cômodo com uma carranca que, assim que fitei, chegara á me amedrontar.

 

    - O que foi, NamJoon? – Questionei enquanto mastigava o salgadinho e levava o líquido preto em direção aos lábios.

 

    - Qual é o seu problema, Jin?

 

    - O que eu fiz? – Perguntei inocente.

 

    - Você, simplesmente, sumiu. Só isso. - Rangeu. – Passei no hospital para pegar você, mas me avisaram que você já tinha ido embora á um bom tempo e quando eu chego aqui nenhum sinal da sua presença.

 

    - Nam...

 

    - Aí eu liguei pro YoonGi e ele disse que não estava com você. – Suspirou.

 

    - Nam, eu-

 

    - Eu poderia te encher de palmadas, só pra você aprender á nunca mais fazer isso. Eu pensei que você tinha sido seqüestrado, ou até pior.

 

    - NAMJOON, CALA A BOCA. – Ditei alto e firme, vendo-o se encolher. – Eu só fui comprar algo que eu estava com vontade de comer. – Me aproximei, passando meus braços ao redor de seu pescoço, sentindo-o, hesitantemente, fazer o mesmo com minha cintura. – Eu estou aqui, não aconteceu nada. – Selei seus lábios.

 

    - Hum. – Passou a língua sobre os mesmo, logo fazendo uma careta de desgosto. – Jin, o que você está comendo? – Gargalhei.

 

    - Salgadinho.  

 

    - E bebendo?

 

    - Café.

 

    - Você está cada dia mais estranho. – Disse e se agachou para alcançar minha barriga. – O que você está fazendo com a mamãe? – Assim que escutei o final de sua frase dei um tapa em sua cabeça. – Ai, amor!

 

    - “Mamãe” é o caramba. – Me afastei e voltei á pegar meu lanche, virando as costas e saindo do cômodo, fingindo indignação e sentindo o olhar do moreno queimar minhas costas.

 

    - Não rebola assim, mamãe. – Escutei sua voz brincalhona, porém, camuflada pela malícia. – Desse jeito o papai não vai conseguir se segurar. – Ri baixo para que o outro não escutasse, escutando seus passos me seguirem.

 

    No fim, fui obrigado á escovar os dentes antes de ser presenteado por um oral maravilhoso e recíproco.

 


Notas Finais


Bem, foi isso. Espero que tenham gostado.
Jimin já havia aparecido e ninguém tinha se tocado. Prestem atenção nos spoilers, manas! *Cof*
Se quiserem pesquisar o significado de sonhos com leões e a calla branca, é recomendável.
Voltando... Eu estou, realmente, grata á todos vocês. Sério. De coração. <3
Espero a presença de todos no próximo. Mega beijo <3 :*


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