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História Twins (Imagine Jung Hoseok) - Por toda a eternidade.


Escrita por: deepsuga

Notas do Autor


oi xuxus, obrigada por 564 favoritos, suas gostosas <3
vim passar duas coisinhas novas: minha fic do Jungkook e os dias de postagem
toda a terça e sexta tem Twins
e Hey, Noona? é meu imagine novo com o Kook, queria que conhecessem, prometo que vai ser bem legal :) (link nas notas finais)
espero que gostem :)

Capítulo 15 - Por toda a eternidade.


Fanfic / Fanfiction Twins (Imagine Jung Hoseok) - Por toda a eternidade.

Hoseok P.O.V

Deixei a _____ na casa dos Jeon e então fui pra casa.

Assim que abri a porta vi minha mãe sentada no sofá com um enorme sorriso.

-Filho –disse fazendo sinal para que me sentasse ao seu lado.

Sentei e a abracei como não fazia a alguns anos, sentindo um afago tranquilo em meus cabelos.

Tadinha da minha mãe, ela sofreu junto com a gente todo esse tempo. Sofreu com o Hope por causa do Yoongi, ela dava o melhor possível pra poder ver o sorriso enorme que ele sempre teve, mas olha, não tá tão fácil quanto parece.

Não tem como você tapar o buraco da morte do melhor amigo com uma ida no shopping, ou gastando horrores apenas pra poder dar tudo o que ele pedia antigamente. Nada vai superar a morte do Yoongi, e infelizmente sei que essa dor vai caminhar com ele por longos anos.

Mas quem mais fez a mãe sofrer fui eu mesmo. Como essa mulher sofreu quando me viu a primeira vez chorando no quarto, gritava tanto com ela e quando tentava entrar pra conversar comigo apenas recebia os ruídos de vários objetos quebrando na porta. Não queria ela comigo, não queria que ela me visse naquele estado e pensasse que eu era um babaca fraquinho, queria ser seu orgulho, mas quem teria orgulho de um idiota que estava desesperado por causa da ex namorada?

Depois a vi soluçando baixinho no sofá abraçada com meu pai. Isso aconteceu no dia que o Hope salvou a minha vida.

Flashback ON

Algum tempo depois do Hope ter me convencido que me matar não era a melhor opção, finalmente larguei os potes de remédio e saí do quarto. Meus olhos inchados de tanto chorar, meu rosto queimava e meu coração doía cada segundo mais.

Fui em direção à cozinha, precisava tomar um copo d'água pra ver se isso me ajudava a acalmar, se bem que lá no fundo sabia que isso não ia funcionar. Nada ia me acalmar, absolutamente nada.

Ouvi um choro baixinho, então espiei pelo cantinho da parede antes de descer as escadas.

Minha mãe estava no sofá, abraçada com meu pai, coisa que eles não faziam com certa frequência já que o trabalho sempre estava em primeiro lugar pra ele.

-O que eu vou fazer, meu amor? -ela perguntava entre soluços.

-Não sei se tem algo que possamos fazer –meu pai respondeu passando a mão nas costas dela.

-Eu não posso perder meu filho, não quero que ele fique assim por causa daquela garota.

-É só uma paixão adolescente Luiza, vai passar logo, confia em mim.

-Não é não, ele amava essa garota e por mais que não demonstre pra nós, ele está péssimo. Tem depressão e isso apenas intensifica a dor.

-Depressão é frescura.

-Chris, você é um insensível -ela disse se levantando e vindo em direção à escada, então me escondi.

-Você sempre exagera, Lu.

-Nosso filho está doente e você nem ao menos se importa, ele tentou se matar Christian, isso é suficiente pra você? -disse com tom de raiva, o que me deixou bem preocupado.

-Ele não é um suicida, isso é babaquice –foi possível ouvir o suspiro profundo dela e então seus passos pesados nas escadas, pisava com força.

-Se ele morrer, eu morro junto.

Flashback OFF

Esse foi apenas o começo do sofrimento dela.

Depois me viu estudando como um louco, passava horas trancado no quarto apenas encarando os enormes livros de direito. Já tinha decorado todas as leis existentes e podia sair dali direto pra um tribunal, pelo tanto que tinha estudado já podia ser o juiz e advogado ao mesmo tempo no mesmo julgamento, ok, sem exageros Jung Hoseok I.

Não era um viciado em estudos, era apenas uma desculpa pra que eu pudesse ficar dentro do quarto por mais de 16 horas direto. Não queria abrir as janelas por não ter mais vontade de ver o mundo, não me interessava nem abrir a porta pra encarar a minha família.

Eles me encaravam com dó e isso me dava nojo, ''não preciso que tenham dó de mim'' era o que eu mais pensava na época.

Tinha raiva do olhar preocupado da minha mãe, do olhar insignificante do meu pai e da obsessão do meu irmão em tentar me ajudar. Achava que não precisava de ajuda, mas era o que mais precisava na verdade.

Eles viram a depressão me consumir aos poucos.

Me viam quebrando coisas que me ''estressavam'', gritava e xingava tudo que aparecesse na minha frente e depois chorava em puro desespero.

Vivia cansado, mesmo que não tivesse mexido um músculo sequer, meu corpo parecia não aguentar ficar em pé por muito tempo, por mais que eu sei que aguentaria. Apenas não conseguia me manter ali.

Antes amava ouvir música e assistir filmes, depois passei a não ficar feliz nem fazendo isso. Amava escrever também, mas agora só escrevia coisas sobre morte, suicídio e ódio por aquela garota.

Me sentia com medo, inseguro, não tinha esperanças de voltar a viver como antigamente, vivia em desespero, estava completamente vazio.

Não via positividade em nada, então fazia tudo já imaginando como tudo iria dar errado no final.

Achava que era culpado pela desgraça que toda minha família estava passando, por que eu tinha que nascer?

Minha auto estima escorria pelos meus dedos e ia pro ralo a cada dia que passava. Cheguei ao ponto de dar um soco no espelho do meu banheiro por não gostar do que via, me odiava, odiava meu rosto, meu corpo, minha existência.

Comecei a perder peso, não comia, não bebia, meus ossos começaram a ficar cada vez mais visíveis. Eu estava virando um esqueleto e nem percebia.

Dormia demais, só queria dormir já que quando estava em completo silêncio, era como se finalmente estivesse em paz.

Mas teve algumas vezes que acabei sonhando com ela, e acabei ficando com insônia, não queria vê-la de jeito nenhum, então preferia ficar acordado do que sonhar com aquela demônia.

Ela tirou meu sono, minha paz, meu sorriso, minha confiança, minha auto estima, minha vontade de comer, minha vontade de viver.

Sabia que o EXO tem um remédio antidepressivo? Se chama EXODUS, igual o álbum deles.

Ok, perdoa a minha piadinha sem graça e não desiste de mim.

Mas esse foi um dos remédios que tomei pra tentar me tirar dessa porcaria, mas não deu o melhor resultado, na verdade não deu resultado nenhum.

Nada dava resultado.

Meus melhores remédios foram aqueles dois.

Meu irmão e a empregadinha que eu odiava tanto.

Outro sofrimento da minha mãe foi a tamanha ignorância que despejei sobre ela. Tratava ela com desprezo, não me interessava em ouvir sobre seu dia no trabalho, nem sobre o café novo que ela tinha experimentado e achou que eu adoraria, ela pensava em mim o dia inteiro, e eu apenas queria que ela não chegasse perto de mim.

Ridículo isso né? A maioria das pessoas mais novas acabam fazendo isso. Agem de forma tão estúpida com os pais, como se fosse culpa deles da nossa vida estar uma merda.

Hoje tenho tanta pena da minha mãe por ter feito ela passar por isso tudo por minha causa. Mesmo que eu tenha xingado ela várias vezes enquanto estava trancado no meu quarto, feito pirraça como uma criança de 3 anos de idade que não ganhou um kinder ovo, agido como um tremendo imbecil achando que descontando a raiva guardada iria aliviar alguma coisa, trancando a porta quando ela apenas queria me dar um pouco de carinho e mostrar que não iria passar por isso sozinho. Ela não merecia isso, não mesmo.

Mas ela nunca desistiu de mim, e por mais que falasse que ia desistir, no dia seguinte ela estava do meu lado novamente.

Me perdoa mãe, por não ter te amado o tanto que você amou.

A abracei com força e senti um beijo em minha testa, me sentia protegido.

Ouvi a porta abrir devagarinho e então meu irmão entrou em silêncio, sentou ao meu lado e me abraçou.

Minha mãe esticou a mão para alcançá-lo e então a mão deles foi entrelaçada em minhas costas.

Quanto tempo ficamos distantes não é? Quantas vezes magoei vocês por causa da minha dor? E vocês continuam aqui, ainda me protegem e cuidam de mim do mesmo jeitinho, absolutamente nada mudou.

Vocês são uns idiotas mesmo.

Brincadeira, obrigado por não terem desistido de mim.

-Eu te amo, omma –falei e senti uma lágrima pingar em minha mão, levantei a cabeça e a vi chorando.

-Também te amo, filho.

Olhei pro Hope e lá estava seu sorriso enorme de novo, como fazia falta essa felicidade exagerada.

Nem sei se preciso dizer que amo essa praga.

Esse babaca que tem a cara igual a minha, meu clone mal feito.

Soltei minha mãe um pouco e o puxei pra um abraço apertado.

Algumas lágrimas escaparam, mas não eram de tristeza, estava feliz por estar de volta.

A gente é tão igual e tão diferente ao mesmo tempo.

Acho que nunca disse sinceramente o quanto eu te amo, mas não é por maldade ou por não querer dizer, mas é que acho que amor é pouco perto do que eu sinto por você.

-Promete que vai continuar comigo independente do que acontecer? -perguntei baixinho.

-Nós somos irmãos cara, sua dor é minha dor e seu sorriso é meu sorriso.

-Eu sei que não sou seu melhor amigo, mas vou dar meu melhor por você.

-Nós somos amigos-irmãos de sangue, de alma e coração para toda a eternidade, Hoseok.


Notas Finais


Hey, Noona? : https://spiritfanfics.com/historia/hey-noona-imagine-jeon-jungkook-7165199

quanto amorzinho <3
queria focar um pouco nos gêmeos e principalmente na depressão do Hoseok
pra quem conhece a dinâmica das minhas fics, esse tipo de capítulo não é um bom sinal
fofo demais é sinal de treta, queria apaziguar a situação pois próximo capítulo vai ser... foda
espero que tenham gostado <3


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