História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 10

Jimin agarrava minha cinture de modo possessivo, seus lábios macios ainda contra os meus, exploravam cada centímetro da minha boca, minhas mãos emaranhadas em seu cabelo cinza e quando respiras se fez necessário, Jimin desceu seus beijos para o meu pescoço dando pequenas mordiscadas me arrepiando... Abri meus olhos encontrando a claridade de seu quarto lembrando que estávamos em um lugar que qualquer pessoa poderia entrar e nos ver o que seria perigoso.

-Jimin... –chamei o homem que se encontrava em baixo de mim e pensei em como chegamos a aquela posição, eu sentada em seu colo com as pernas em ambos os lados de sua cintura, peguei o seu rosto em minhas mãos o afastando, sua pele branca, um pouco bronzeada e seus lábios vermelhos e inchados apesar de me sentir mal em estar ao seu lado, ainda sim não conseguia me afastar. –Não podemos aqui...

-Então onde? –perguntou descendo as mãos que estavam em minha cintura, para as minhas cochas descobertas, espera... Como minha saia levantou e... Como minha blusa do hanbok foi aberta.

-Jimin! –me levantei de seu colo fechando minha blusa, o garoto me olhava com um sorriso divertido no rosto e os olhos em meia lua, droga... Não conseguia ficar brava com ele. –Safado... Melhor eu ir antes que você decida me atacar de novo. –uma expressão triste tomou seu rosto e me aproximei puxando sua bochecha. –Tão cute...

-Quero conhecer seu país algum dia... O jeito que você fala é diferente... –comentou olhando em meus olhos. (gente, o jeito que os coreanos falam hoje em dia e o jeito que eles falavam na dinastia Goryeo são diferente, vocês podem ver a diferença nos doramas, é mais coloquial, formal e mesmo que a diferença seja mínima ainda sim é muito bonito, mas como o jeito do brasileiro formal é diferente do brasileiro atual, muda poucas coisas durante a escrita dos diálogos(seria estranho colocar por exemplo, por obsequio, vosso senhor e etc...))

-Tal vez um dia... –falei me afastando dele com um sorriso no rosto e fui até a mesa em que a comida estava. –Ainda vai comer?

-Não... Mas se quiser...

-Eu agradeço Jimin, mas hoje não. –falei recolhendo os pratos e indo até a porta com a bandeja cheia e saindo.

Deixei a bandeja na cozinha e sai da casa para que eu pudesse começar meu outro trabalho na pintura dos tecidos, semana que vem faria três meses que eu estou aqui e ainda não achei a tal pessoa que deveria salvar, talvez aquela mulher estivesse apenas mentindo para mim e me trouxe aqui com algum tipo de bruxaria... Olha o que estou pensando... Eu uma medica, pensando em bruxaria... Não logico que não, provavelmente a ciência poderia explicar o que aconteceu comigo para que eu tenha voltado no tempo...

Uma maquina do tempo talvez? Se bem que eu não me lembro de ter entrado em maquina alguma, mas talvez eu tenha desmaiado e consequentemente aquela mulher me colocou em uma maquina que me trouxe para cá...

-Aish... –exclamei balançando minha cabeça para tirar essas coisas do meu pensamento, não importa mais nada agora... Estou presa e não parece que vou voltar tão cedo... Estendi um pano recém-tingido de vermelho e olhei em volta, Ji Soo, ainda não a vi, será que ainda esta deitada...

Terminei de estender os tecidos e fui para a casa que eu divido com ela, caso não a achasse provavelmente ela deveria estar pelas terras dos Park, encontrei Chung no caminho e ele me olhou de um jeito estranho e desconfiado, mas ignorei assim que abri a porta do casebre, Ji Soo ainda estava deitada, mas agora sem o espesso Futon em cima dela o que me deixou ver seu rosto, pálido e molhado de suor assim como suas roupas, o cheiro do lugar era de vomito e deduzi que era o que tinha no balde de ferro ao lado da garota que se contorcia de dor angustiada no chão de terra.

Corri para o seu lado e a virei para poder vê-la melhor

-Ji Soo. –chamei seu nome e a garota me olhou com os olhos quase fechados completamente. –O que você esta sentindo?

-Esta doendo... –choramingou enquanto se remexia e apertava um ponto abaixo de sua barriga...

-Esta menstruada? Nas suas regras? –perguntei e ela negou, coloquei as costas da minha mão em sua testa e pescoço, ela estava queimando de febre... Dor, febre, vômitos... –Desculpe Ji Soo, mas tenho que confirmar uma coisa...

Tirei as mãos dela de cima do local em que segurava com força e apertei fazendo com que ela soltasse um grito de dor... Apendicite... Levantei-me às pressas e corri para o lado de fora do casebre, achei Chung não muito longe de lá, ele me olhou confuso e tomei um pouco de ar antes de falar.

-Ji Soo, ela precisa de um médico. –falei me apoiando nos joelhos, Chung arregalou os olhos e correu até a casa em que Ji Soo se contorcia.

-Ela esta assim desde quando? –perguntou e não soube responder, do jeito que ela se encontrava deveria estar a pelo menos 1 semana tentando aguentar a dor...

-Não sei...

-Fique aqui. –falou e logo saiu correndo para algum lugar, demoro uns 10 minutos ele voltou com uma carroça com dois cavalos e mais 2 capatazes, junto dele vieram algumas escravas que eu sabia ser amigas de Ji Soo, Hwasa uma delas olhava para a garota com uma expressão preocupada, senhora Park que estava ali também, mantinha o olhar neutro e despreocupado.

Chung colocou a menina na carroça e sem esperar por uma autorização subi na mesma e logo a carroça partiu em uma velocidade alta pelo chão esburacado de Goryeo, enquanto passávamos pelo portão, pude ver Jimin nos olhando com curiosidade e preocupação.

~QUEBRA DE TEMPO~

Ji Soo estava sendo avaliada pelo doutor SeokJin, os capatazes esperaram do lado de fora junto com Chung enquanto eu fiquei ao lado da garota, Seokjin olhava a menina com preocupação e quando se levantou o olhei, observando o que ele fazia, parecia preparar algum tipo de infusão fitoterápica.

-Infelizmente tenho que dizer que não resta muito tempo para a sua amiga. –falou trazendo o liquido em uma vasilha rasa e se ajoelhando ao lado de Ji Soo, ajudou ela a se levantar e a ajudou a tomar o liquido...

-Como não? –perguntei confusa...

-O que ela tem infelizmente ainda não tem cura e nem nome... Talvez algum dia... –o interrompi.

-Apendicite. –falei e recebi um olhar curioso dele. –Apendicite, uma inflamação em um órgão interno.

-E como você sabe disso? –perguntou me encarando, esse medico era realmente muito lindo, os cabelos castanhos os olhos redondos e os lábios cheios de vermelhos.

-Eu era medica no meu país. –respondi e pensei no que ele falou. –Provavelmente vocês ainda vão ouvir de algumas coisas... Inovadoras na medicina como vacinas, cirurgias, câncer, mas por enquanto não...

-Do que você esta falando? –seu tom de voz era confuso e ó então me toquei que acabei falando demais sobre a evolução medica futura.

-Ah... Melhor não saber por enquanto. –respondi e olhei para Ji Soo que depois do chá descansava em silencio.

-Você acha que pode curar sua amiga? –perguntou se levantando e me estendeu a mão para me ajudar a fazer o mesmo.

-Talvez... Não tenho os equipamentos que tinha antes. –respondi pensando em tudo que iria precisar pinça, agulha, linha, esterilização... –a situação aqui é bem precária.

-Sabe que é uma escrava não é? –perguntou rindo do que eu falei.

-Não era antes...

-O que você precisaria para cura-la?

-Para a cirurgia... No básico... Bisturi, tesoura, clips, álcool, linha esterilizada e agulha... –respondi.

-Isso podemos conseguir. –falou me dando as costas e parou no meio do caminho. –vai ter que me ensinar o que for fazer...

-Ok, eu ensino.

~QUEBRA DE TEMPO~

A cirurgia foi complicada, não tinha monitor cardíaco e fizemos uso de um chá extra forte para que Ji Soo dormisse durante todo o processo, SeokJin me ajudou o tempo todo, conseguiu os equipamentos necessários e apesar de tudo conseguimos manter pelo menos um pouco das coisas limpas para que não haja infecção depois.

Estava fechando o corpo de Ji Soo, ela parecia estar respirando normal olhei para frente e encontrei com os olhos arregalados e atentos de Kim a cada movimento que eu fazia, e apesar da preocupação, me sentia renovada... Estava com saudades de cortar alguma coisa.

-Depois é só colocar o curativo. –falei pegando um tecido limpo e enrolando no ferimento. –Provavelmente demore um mês para cicatrizar, mas ela já esta fora de perigo.

-E o emplastro? –SeokJin perguntou pegando um pote que ele deixou de lado.

-Só depois de cicatrizado, pois se colocar agora é capaz de inflamar. –respondi tirando a mascara do rosto. –Obrigado senhor Kim SeokJin, estava com saudades de tudo isso.

-Me chame de Jin... –falou sorrindo.

-Jin... Se puder deixa-la aqui durante a recuperação eu agradeço muito... Sei que não estou em condições de te pedir algo... –murmurei enquanto o seguia para outra sala em direção a saída onde iriamos nos limpar.

-Não tem condições? S/N, você me ensinou a salvar um paciente e agora tenho a condição de salvar muitos mais graças a você... Eu te devo tudo... –respondeu. –Ela poderá ficar aqui até 1 se precisar.

-Obrigada. –respondi sorrindo para ele e ouvi alguém limpar a garganta atrás de nós, me virei e encontrei Jimin de braços cruzados na porta, sua roupa estava maravilhosa em seu corpo, sua espada do lado esquerdo do quadril e o chapéu que cobria um pouco do seu rosto. –Jimin... Quero dizer... Senhor Park...

-Vamos para casa S/N. –falou sem me olhar, Jimin mantinha um olhar raivoso em cima de Jin sem desviar...

-Tudo bem... –me virei ficando frente a frente com o Jin e me curvei levemente. –Obrigada por tudo. –agradeci e andei até Jimin que assim que sai do local me seguiu em passos rápidos, iria pelo caminho de terra a pé, mas Jimin me puxou para o local onde os cavalos ficavam.

Pensei que ele iria montar em algum, mas apenas me empurrou fazendo com que eu batesse com as  costas na parede sendo prensada pelo corpo do maior.

-Jimin, não podemos. –falei tentando sair do seu aperto, mas ele colocou as mãos em minha cintura me mantendo parada, só agradecia por estar e noite e ter menos gente nas ruas... Estranho..

-Sh... Acho que estou viciado nos seus lábios. –falou depositando um selinho nos meus lábios. –No seu toque. –Pegou minhas mãos e colocou ambas em sua nuca próximas ao seu cabelo que fiz questão de agarrar o que o chapéu permitia. –No seu cheiro... –direcionou sua cabeça na curvatura do meu pescoço e senti sua respiração bater contra a minha pele seguida de seus lábios.

-Jimin... –Queria aperta-lo contra mim, sentir seus labos nos meus, suas mãos explorando e tocando cada parte do meu corpo, esfreguei minhas coxas uma na outra ao sentir um desconforto crescer entre minhas pernas, sabia o que era já ouvi e li obre isso, mas estávamos em publico e por mais que o desejo e... Não queria confessar, mas por mais que o desejo e o tesão estivesse pesando a nossa volta, não podíamos.

-Eu sei... –Falou se afastando e olhando em meus olhos, estavam negros, mais do que o comum... –Não podemos... –falou e por mais breve que tenha sido senti o volume que Jimin escondia de baixo de seu mundaréu de roupas, seria ruim querer senti-lo um pouco mais... –Não aqui...

~QUEBRA DE TEMPO~

Todos os dias depois de servir o café da manhã para Jimin eu ia ficar com Ji Soo no consultório do Jin, ele era um homem divertido e curioso, além de muito misterioso, acho que por sermos médicos as conversas entre nós fluía bem.

Demorou para convencer os Park a me deixarem ir, mas quando o Jin falou com os mesmos pessoalmente, para emprestar sua criada durante alguns meses, meu segundo lugar de trabalho se se tornou no consultório.

Depois de uma semana Jin já espalhava para a população que eu era sua ajudante, e acabei me tornando isso, eu o ajudava com o que eu sabia e de vez em quando ajudava-o a cuidar de seus pacientes.

Jimin a cada dia que passava ficava ainda mais assanhado, me atacava atrás de beijos todos os dias e toda vez que nos encontrávamos seus toques apesar de não ultrapassar a minha cintura estavam cada vez mais exploratórios e suas mãos apesar de pequenas eram bem atrevidas...

Depois de 1 mês indo e voltando para o consultório Ji Soo estava melhorando, o meu maior depois da cirurgia era que ela pegasse algum tipo de infecção, mas nada aconteceu, ela se recuperou rápido... Apesar de eu ser necessária aqui, Jimin aparentemente com ciúmes não gostava que eu viesse, mas como tínhamos que manter nossa relação escondida ele acabava com um bico no rosto, mas me deixava.

Os ataques da tal fera pioraram no decorrer da semana, homens, mulheres e crianças chegavam ao consultório dilacerados depois do tal encontro o que me fazia temer sair do consultório a noite e desacompanhada.

Quando chegava em casa eu capotava se sono e quando isso não acontecia, ficava acordada a noite toda por causa da insônia pensando na minha família, minha mãe, pai, Joo Soo e até mesmo minha sogra horrenda, me sentia culpada por ter sido tão fácil viver sem eles ao meu lado, me sentia culpada principalmente pelos meus sentimentos.

Alguma coisa grande começou acrescer dentro de mim, um sentimento forte por Jimin, um tipo de sentimento que me faz pensar nele a cada minuto do meu dia e noite, querer sentir sua pele na minha, seu calor no meu, seus beijos com seus lábios macios e seus toques ousados.

Se ele quisesse me levar para a cama não me importaria, para a verdade u estou quase o levando para cama, para ter a melhor noite de amor com ele, coisa que eu nunca senti com Joo Soo, para falar a verdade, sempre tive um pouco de medo de ir para cama com Joo Soo e perder minha virgindade com o mesmo e acabar não sentindo prazer, afinal, mesmo com o dirdy talk de Joo Soo nunca fiquei molhada, já com Jimin é só o garoto dizer oi que meu interior se revira, meu coração dispara e na palavra mais suja... Fico molhada por ele.

Acho que o amo...