História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 18

Jimin me soltou saindo pela porta sem olhar para trás, sabia que o mesmo estava chateado com o que eu havia contado, a possibilidade de ter que deixá-lo também me apavorava...

Os garotos me olhavam curiosos, talvez esperando que eu vá atrás de Jimin, mas ao contrario de correr atrás do cinzento eu apenas fiquei lá em pé retribuindo seus olhares, principalmente para o hibrido que parecia distraído com as suas mãos.

-Qual o seu nome? –perguntei e o garoto voltou seus olhos para mim, parecia tão inocente...

-Taehyung.

-Taehyung, eu não sei se sou a única, mas estou curiosa... O que seria um íncubos?

-Íncubos é parecido com vampiro, mas ao invés de sangue, nos alimentamos de força vital, normalmente nos alimentamos a noite, mas para isso normalmente a pessoa tem que estar excitada, muitos íncubos acabam indo para cama com os seus alimentos, e durante o ato nos alimentamos, fica mais saboroso. –respondeu pensativo. –Eu ainda não consigo me controlar então eu tenho um Hyungnim que me ajuda, mas por eu ser feiticeiro acabo me descontrolando, por isso eu precisava de ajuda, para não matar ninguém enquanto me alimento e para que eu saiba controlá-lo em outras situações.

-Entendi...

-S/N. –Jin me chamou e o segui até uma das salas que usávamos para fazer cirurgias, fechei a cortina atrás de nós e pude ver pela janela o sol quente que passava por ela. –Aqui.

Jin me entregou uma muda de roupas de uma seda lisa e macia, com cores chamativas azul e roxo.

-Acho que entendi porque os seus métodos de medicina são tão evoluídos... –comentou rindo fraco, sei que ele achava estranho o que eu tinha comentado e provavelmente deve ter sentido a tensão na sala ao lado. –Por que você não conversa sobre isso com o Jimin...

-Eu sei... Mas estou com medo... –murmurei.

-Você esta em uma casa cheia de monstros e esta com medo de conversar com o homem que ama?

-Estanho né...

~QUEBRA DE TEMPO~

Não sabia onde Jimin tinha ido, mas isso não parecia problema para as minhas pernas que seguiam sem hesitação pela multidão de pessoas, algumas me olhavam estranho pelas roupas que eu usava e outras me ignoravam, mas sem me importar com isso segui o meu caminho, entrei na floresta, caminhei até a nossa clareira.

Dentro do lago pude ser Jimin nadando de costas próximo a cachoeira, seu corpo nu sendo atingidos pelos raios de sol que pincelavam um tom dourado pela sua pele, os músculos do seu braço se tencionando conforme os movimentos que ele fazia para deslizar sobre a água, seu peito liso, com o abdômen definido, o famoso caminho da felicidade que com certeza levava para um tipo muito malicioso de felicidade.

Os pequenos pelinhos que desciam de seu umbigo até alcançar sua virilha e seu membro nada discreto, o mesmo já se encontrava ereto e posso dizer que a visão de Jimin nadando com o sol batendo em sua pele é o meu fechamento...

Meus passos pararam na borda do lago e pude ver seus olhos fechados, mas tinha certeza que ele sabia que eu estava aqui, tirei devagar cada peça da minha roupa a praticidade do hanbok era não ter que usar lingerie por baixo da roupa, mas adoraria que Jimin me visse em uma preta rendada... Aposto meu diploma que ele viraria uma verdadeira fera sem controle...

Entrei dentro da água cristalina e fui nadando até ele, meus pés não alcançavam o fundo do lago então ficava complicado não afundar, quando alcancei Jimin peguei em seu braço e o puxei para mim fazendo com que o maior se levantasse e ficasse frente a frente comigo, seus olhos estavam em um lindo degrade vermelho e preto, era estranho, pois não saberia dizer quem estava comigo naquele momento.

-Nós dois. –ele respondeu como se ouvisse meus pensamentos naquele momento. –Não queremos te perder...

-Eu também não quero perde-los. –murmurei circulando seu pescoço com os meus braços aproximando nossos corpos até estarem colados. –Mas acho que é inevitável...

-Eu não vou morrer, eu vou tentar não morrer. –falou com a voz fraca, quase como um sussurro. –Irei te encontrar no seu tempo quando voltar...

-Isso seria muito bom. –avisei sorrindo fraco, não sei se era possível, mas era o que eu mais queria...

-Vou te seqüestrar em seu casamento, te levarei para longe, teremos uma casa igual ao palácio do rei... –dizia pensativo e acabamos rindo no final de sua frase.

-Como você vai aparecer? Como lobo?

-Não... Montado em um cavalo negro, com as roupas brancas e um buque de flores, aquelas que você disse que gosta... –respondeu olhando em meus olhos, e naquele momento pensei em como Jimin seria nos dias atuais, apesar de forte ele tem o rosto angelical e inocente, principalmente quando sorri, ele ficaria indo com uma calça jeans preta, blusa e jaqueta de couro e um coturno na mesma cor escura.

-Acho melhor você montado em uma moto com roupas escuras... –sussurrei pensando em como ele seria sexy com as roupas de um badboy.

-Moto?

-Você vai saber quando ver uma... –murmurei me apoiando em seu ombro e pulando para o seu colo. –Agora eu quero você... –sussurrei depositando um selinho em seus lábios e descendo os beijos para o seu pescoço, onde mordi levemente antes de sugar, deixando uma marquinha avermelhada, era o meu homem...

Arfei ao sentir dois de seus dedos deslizando para dentro de mim se movimentando lentamente, suas mãos me seguravam pelas nadegas enquanto andava lentamente para a beira do lago.

-Tão quente e apertada... –murmurou com o rosto em meu pescoço. –Te quero de costas...

Sua voz rouca e sua respiração batendo em minha pele úmida fizeram com que eu ficasse impossibilitada de negar, então assim que ele me colocou na beirada do lago e me soltou, fiquei de costas para o mesmo e sem pensar muito empinei minha bunda, minha cintura foi segurada com possessão pelas mãos pequenas de Jimin, minha respiração descompassada, meu coração acelerada e se eu não estivesse na água provavelmente toda a minha excitação estaria escorrendo pelas minhas pernas, Jimin pincelou seu membro na minha entrada duas vezes antes de subir um pouco pelas minhas navegas.

-AH... –gemi com o leve contato de seu membro com a minha outra entrada...

-Vamos deixar aqui para outra hora... –informou alisando minha cintura senti seu tórax colando com as minhas costas e ele entrou com tudo dentro de mim fazendo com que eu soltasse um grito sôfrego, ter Jimin dentro de mim era a melhor sensação que poderia sentir.

-S/N... –gemeu baixo meu nome, fazendo os pelos do meu corpo se arrepiar,  seu nome queria sair pelos meus lábios, mas a sensação que se alastrava pelo meu corpo, me deixou sem voz, Jimin estocava com força e rapidez, além de que naquela posição ele conseguia ir ainda mais fundo dentro de mim alcançando meu ponto G com freqüência,  suas estocadas se tornaram mais intensas, sentia uma pontada de dor no meu interior, mas não me importei, pois estava anestesiada com o som dos nossos corpos se chocando entre as aguas, meus gemidos se juntavam aos deles enquanto Jimin me abraçava com possessão.

-Ah.... Ji...mi... Ahh... hum. –não conseguia dizer nada, não conseguia formular uma palavra, pois assim como minha visão, minha mente também estava nublada de prazar me impedindo de raciocinar.

-Tão escorregadia... Tão apertada...–sussurrou em meu ouvido e segurei em suas mãos para ter apoio e mesmo naquele momento de pouco controle decidi fazer algo que estava guardando para Joo Soo, mas que agora enlouqueceria Jimin, contrai meu interior em uma pratica que levou meses de aulas de pompoarismo para aperfeiçoar. As unhas de Jimin cravaram em minha cintura e senti que estava próxima, continuei com as contrações em volta de seu membro, Jimin rosnou alto ao mesmo tempo em que eu gritava por ter alcançado meu ápice, senti o gozo de Jimin me preenchendo, ele estocou mais duas vezes devagar antes de cravar seus dentes em meu ombro com força...

~QUEBRA DE TEMPO~

-Me desculpe. –pedia pela décima vez, estávamos andando lado a lado, estava com o braço enlaçado no seu enquanto andávamos de volta para o consultório de Jin. Jimin se sentia culpado pela mordida em meu ombro, por ter sangrado um pouco, ele insistia em dizer que tinha me machucado, mas não estou sentindo nada...

-Não se desculpe Jimin... –falei apertando seu braço. –Eu gostei...

-Mas eu te machuquei... Eu não me controlei.

-Jimin... –parei de andar ficando próximo a ele. –Eu gosto quando você se descontrola... –sussurrei com o rosto a poucos centímetros do dele e sorri torcendo para que ele entendesse o que eu queria dizer com isso, seus olhos que estavam pretos, ficaram vermelhos em segundos e logo seu braço passou pela minha cintura.

-Eu posso perder o controle toda vez então. –murmurou, sua voz se tornou rouca e com tom de luxuria...

-Perca... Me faz ficar ainda mais apaixonada... E molhada.–avisei ao lobo que me olhou surpreso, sinceramente eu sentia que amava os dois, mas não sei o porquê de eles ainda estarem separados.

-S/N. –ouvi uma voz fraca chamando e olhei para trás encontrando com Ji Soo em suas roupas velhas e uma bolsa marrom de pano, seus olhos curiosos pareciam avaliar eu e Jimin, seus braços em volta da minha cintura e nossos rostos próximos, mesmo com as pessoas olhando, ele não se importava em manter essa proximidade. –Senhorzinho... –se curvou em respeito ao Jimin.

-O que faz aqui Ji Soo, pensei que depois do que aconteceu, meus pais não deixariam os empregados saírem de casa. –Jimin perguntou curioso enquanto nos aproximávamos da garota de olhos confusos.

-Não deixaram, mas eu queria ver como S/N esta, os ferimentos dele eram graves... –respondeu agora com a atenção voltada para mim. –Na sacola tem suas roupas e remédios, doutor Kim deve ser muito bom mesmo... –Ji Soo pegou em minha mão me puxando para mais perto e senti uma queimação estranha no lugar em que ela tocou. –Parece que você nunca se machucou, e ainda esta com roupa encostando-se à sua pele.

-Sim ele é muito bom... Meu deu um anestésico. –falei rindo fraco...

-S/N, eu também vim aqui me desculpar, eu e a senhora Shin tentamos de tudo para explicar o que aconteceu e que você voltaria para a senhora Park, mas ela não nos ouviu principalmente depois do que Hwasa falou... –explicou, mas parou quando disse o nome de Hwasa...

-Como é?

-Ah... Nada... Não importa mais... –comentou nervosa me estendendo o saco e quando o peguei ela deu um passo para trás para ir embora.

-Como assim a Hwasa? O que ela falou? –perguntei preocupada, nunca fiz nada e quase nunca conversávamos, não tinha motivo de ela querer me fazer mal, certo? –peguei o pulso de Ji Soo.

-S/N... Ela disse que você estava tentando fugir, que não era escrava e que não iria ficar ali, então quando o senhorzinho saiu, ela disse para a senhora Park que como não tinha Jimin para te bloquear poderia sair a vontade... –explicou sem olhar em meus olhos. –Mas ela não sabia o que estava falando... Ela tem inveja...

-Isso não é motivo. –falei me exaltando, eu me feri por causa dela, uma pessoa que nunca tentou conversar comigo e que sempre me olhava estranho quando eu falava algo. –Eu podia ter morrido Ji Soo...

-S/N, esquece... Não podemos fazer nada... Agora que você esta aqui fora, fuja... –avisou e seus olhos brilharam se enchendo de lagrimas. –O senhor Park quer que você volte, mas se você fugir... Não precisará mais sofre... –explicou e não consegui dizer mais nada, então ela soltou seu pulso e voltou pelo caminho que tinha feito.

Fiquei olhando para ela até que sumisse no meio da multidão, Sentia os olhos de Jimin em mim e pelo canto do olho conseguia ver seu olhar preocupado, sem esperar que eu me movesse, ele pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos e me guio pelo nosso caminho a pouco interrompido.

Terceira Pessoa P.O.V.

Poucos sabiam o porquê do ar em volta das terras dos Park estar tão tenso, depois do primogênito ter saído com a empregada em seus braços e ter deixado claro que não voltaria para aquele lugar o senhor Park enlouqueceu, Shin e Chung por serem os responsáveis por S/N, foram mortos no mesmo tronco em que a estrangeira horas depois da garota ter sido levada por Jimin, os dois morreram sem culpar a garota pelo que aconteceu, mas em suas mentes enquanto o sangue escorria por suas costas, ambos rezavam para os deuses que os ouviam, para que a escravidão acabasse e que o mal fosse extinto daquele mundo para as pessoas pudessem viver em paz e em meio ao amor.

Os capatazes tinham lagrimas nos olhos por estarem ferindo pessoas que eles conviviam e amavam, as escravas choravam de joelhos enquanto formavam um circulo em torno dos troncos e uma garota no meio deles, estava ali a pouco mais de um ano, sua mãe a deixou em frente a uma casa quando bebê para que pudesse ter boa vida, mas ela decidiu que boa vida seria ao lado dela, planejava contar para Shin que era sua filha e que tinha saudades, mas a vida não lhe deu tempo suficiente, Hwasa com lagrimas nos olhos enquanto assistia a morte de sua mãe, não culpava S/N também, pois sabia que a garota não tinha culpa e sabia que sua mãe não a culpava, por isso jurou achar o causador dessa desordem.

Não muito longe do circulo, por entre as arvores densas outra pessoa observava aquilo com um sorriso nos lábios, para aquela pessoa, dor e sofrimento era o  seu alimento, lagrimas era o suficiente para um banho relaxante na banheira e raiva com ódio era o elixir para manter seus poderes cada vez mais fortes, mas para isso precisaria impedir a pessoa que poderia matá-la, não... Não a pessoa... O grupo que poderia causar a sua morte, já que não conseguiu que eles ficassem separados, agora teria que matá-los um por um, para que o futuro seja seu... Mas nada lhe impede de causar um pouco mais de dor...