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História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 3


Escrita por: Luna-wolves

Notas do Autor


Mas um capitulo desta minha nova fic para vocês, espero que estejam gostando!

Quem vai no Show do BTS \o/, vou no dia 20 (se conseguir o ingresso dia 14), espero encontrar muitas de vocês la!

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Two Hearts (Jimin) - Capítulo 3

Cai no chão e ao invés de sentir o duro e dolorido cimento bater na minha bunda, foi ao contrario, senti o quase macio chão de palha em baixo de mim, com o empurrão acabei fechando os olhos, mas quando os abri novamente estava em um lugar desconhecido, uma pequena casa de madeira com os raios de luz do sol adentrando pelas janelas, o chão coberto por palha e terra... Espera... Como eu cheguei até aqui?

Olhei em volta confusa com tudo e me levantei rapidamente, mas ao contrario do esforço que eu teria que fazer pelo balão do meu vestido de casamento, encontrei um vestido ralo, polido na cor marrom velho, um Hanbok coreano, mas que merda, por que eu estou com isso? Aquela velha deve ter me drogado, ou então deveria ser mais uma das brincadeiras sem graça do Joo Soo, por qual outro motivo eu estaria aqui...

Sai daquele lugar e ao contrario do chão de pedra e prédios cortando o céu, barulho de carros ou qualquer som que poderia escutar, apenas veio o silencio e arvores cercando todo o caminho, ok isso é estranho...

Caminhei por um tempo no meio daquele lugar esperando achar alguém, aquela velhinha ou Joo Soo rindo feito louco da minha cara, mas apenas encontrei aquela floresta vazia, onde eu estou... Quando vi que estava anoitecendo e não encontrava nem uma alma viva, uma vontade imensa de chorar me invadiu tudo aqui era tão estranho e alguma coisa me dizia que não era pegadinha, que não estava mais na coréia, e que minha família estava muito longe de mim e nada disso fazia sentido, pois a algumas horas estava na igreja com um vestido horrível e um salto maravilhoso coberto por Swarovski, mas agora estou com um vestido pior, fedendo e com um sapato de palha nos pés.

Comecei a ouvir um barulho se aproximando, de pessoas correndo e cascos batendo com força no chão, alguém deveria estar se aproximando, alguém que pudesse ajudar espero eu... Me levantei do chão coberto por folhas e limpei minha roupa, arrumei meu cabelo que estava solto e olhei em volta, não demorou muito surgiram pessoas correndo desesperadas pela floresta seus olhares com medo e pavor, mulheres, homens e crianças pareciam correr de algo ruim, e logo atrás mais ao fundo homens montados em cavalos e com arcos e flechas, espadas e até chicotes nas mãos vinham atrás gritando. Onde eu estou?!

-Moça. –tentei chamar uma mulher que passou correndo ao meu lado, ela me olhou e pegou em minha mão me puxando junto com ela.

-Não fique parada, corra se quiser viver. –falou ofegante segurando a barra de seu vestido e me puxando para correr junto com ela.

-Viver? Eles querem nos matar? –perguntei assustada, mas fiz o que ela me falou e corri atrás dela segurando minha saia para não pisar nela.

-Matar, vender, mutilar, ou até coisa pior... –falou assustada, a mulher na minha frente deveria ter seus 40 anos e ainda sim corria, mais do que eu, não parecia encenação, seu medo parecia real.

-Onde estamos? –perguntei, apesar de estarmos falando em coreano, não parecíamos estar na coréia.

-Goryeo. –respondeu.

-Goryeo? –falei pensativa tentando lembrar de onde ouvi esse nome, e quando lembrei não conseguia acreditar, mas olhando nossas roupas, a floresta a nossa volta e nenhum prédio, será? Seria possível eu estar na dinastia de Goryeo? Mas como eu cheguei aqui...? Seria um sonho?

-Mais rápido! Estão nos alcançando! –gritou e me puxou ainda mais, mas não conseguia mover minhas pernas, então comecei a desacelerar. –Vamos morrer desse jeito... Corre...

-Goryeo... –soltei parando de correr e conseqüentemente a mulher na minha frente parou também.

-Me desculpe, mas eu não posso parar. –falou soltando meu pulso e voltando a correr na minha frente, minhas pernas fraquejaram e cai de joelhos, não podia ser verdade não é? Como eu cheguei até aqui? Entre 918 e 1392...

Senti meu corpo ser jogado com força no chão coberto por folhas secas e logo fui virada para ficar de frente a tal pessoa, um homem de seus 40 e poucos anos com a pele queimada de sol, barba, cabelos longos e um olhar raivoso, me levantou com brutalidade e colocou algemas em meus pulsos cuspindo no chão ao meu lado em seguida.

-Não deveria ter fugido estrangeira imunda. –falou com um sorriso macabro no rosto que me arrepiou de medo, me amarrou na traseira do cavalo e montou novamente no cavalo, me arrastando pela corrente enquanto andava.

Não sei por quanto tempo fui arrastada, mas aos poucos mais pessoas foram algemadas a tal corrente e quando finalmente saímos da tal floresta, finalmente tive um surto de realidade, de algum jeito fui levada até Goryeo, ou talvez esse seja um sonho muito ruim e eu tenha que acordar de algum jeito, olhei para os meus dedos contando um por um, dez dedos, ok, não era um sonho afinal, em um sonho não conseguimos contar nossos dedos, sempre temos a mais ou a menos...

Saímos da floresta no meio da noite e nos deparamos com uma cidade com casas e edifícios de dois andares históricos, fomos levados até um de dois andares e nos trancaram em um tipo de cela feito com troncos de madeiras, jogados brutalmente dentro daquele cubículo, acabei machucando meu joelho, me encolhi em um canto vazio e chorei sozinha naquela noite ouvindo os resmungos dos feridos, os choros das crianças e das mulheres e os amaldiçoamentos dos revoltados.

Não consegui dormir, passei a noite em claro chorando e ouvindo os outros chorarem, olhei em volta e os coreanos dentro daquelas celas tinham todos roupas parecidas com as minhas, o mesmo tom, de acordo com o meu conhecimento de roupas coreanas baseadas em doramas épicos, o tom marrom e desbotado, dizia que era pobre ou escravo.

-Ei... –ouvi alguém chamar e olhei em volta procurando de onde veio a voz. –Aqui!... –encontrei a mesma mulher de antes que tinha corrido comigo na cela ao lado, seu rosto sujo, provavelmente o meu deveria estar igual se não pior por causa da maquiagem. –Pelo jeito não conseguiu escapar.

-Não... –falei, e minha voz estava rouca, meu estomago doía, provavelmente de fome.... –E nem você.

-É..., pelo jeito ninguém escapou, os que quase conseguiram, foram mortos. –murmurou olhando em volta. –Você é de onde? É estrangeira não é?

-Sim, sou do Brasil... –respondi, não teria por que mentir, provavelmente nunca ouviram falar e ainda nem existe... droga, Brasil só em 1500.

-Não conheço, qual o seu nome? –perguntou. –Me chamo Seo Deok.

-S/N.

-S..../N –tentou falar meu nome, mas se embolou um pouco. –Estranho.

-É... Por acaso você sabe o que vai acontecer com a gente? –perguntei querendo saber meu destino, afinal não ficaria aqui para sempre...

-Depende, amanha vai ter um leilão na praça principal. –falou e começou a explicar sobre o que nos aconteceria, um pouco complicado entender com o seu sotaque forte, mas entendi algumas coisas. –Lá ira vender cada um de nós como empregado para alguma pessoa rica, os que não forem vendidos, serão levados para outra cidade e tentarão vender novamente, se isso não acontecer os que sobraram irão servir o chefe deles ou serão mortos, por não terem utilidades.

-Qual é a melhor opção?

-Fugir. –respondeu rapidamente. –Se for vendida para uma família rica, eles irão te punir do pior modo possível, se for para uma família pobre, irão te punir do pior modo possível, se for para outra cidade, poderá morrer de fome ou ser vendido para uma família rica ou pobre ou seja... –fez cara como se eu já soubesse a resposta. –Se o chefe te querer, se for mulher é provável que o sirva com o seu corpo e quando ele cansar te mata.

-Ou seja, nenhuma opção é boa. –respondi e ela concordou.

-A melhor opção é dormir, porque daqui a pouco seremos levadas para o abatedouro. –murmurou se aconchegando na grade. –E é melhor fazer o mesmo, pois precisará de energia para qualquer uma dessas opções.

-ok...

-O que? –perguntou me olhando confusa.

-Tudo bem... –pelo jeito vou ter que maneirar nas gírias...

Deitei minha cabeça na parede ao meu lado e abracei minhas pernas, massageei minhas mãos para tentar aliviar a tensão e passei a mão por algo liso, que logo fui ver o que era... Minha aliança ainda estava na mão direita, à grossa argola de prata com um belo diamante cravado nele, rapidamente retirei o mesmo escondendo na parte de dentro do Hanbok, iria ficar escondido até eu voltar para casa.

~QUEBRA DE TEMPO~

Nos colocaram em cima de um palanque, a vista de toda a cidade, os que não eram vendidos, foram retirados e levados de volta para a cela, estava distraída pensando em como eles são desumanos, retirar pessoas inocentes das suas casas para vende-las como se fossem propriedade deles em um tipo de feira ou leilão no centro da cidade, mas não poderia dizer quem era pior, quem vendia, ou quem comprava.

Em baixo nos observado diversas pessoas com roupas coloridas e cintilantes escolhiam seus próximos escravos e só de imaginar o que eles poderiam fazer com cada uma dessas pessoas me assustava.

-Esse é uma estrangeira novinha. –ouvi falando e virei meu rosto na direção do capataz que tentava vender os escravos, sua barba grisalha e os cabelos longos como 90% dos homens dessa época. –Chegou de uma embarcação essa semana, recomendamos para trabalhos domésticos, ou até mesmo para trabalho com força bruta. –como assim força bruta, eu sou medica, minhas mãos são meus instrumentos de trabalho! E sinceramente falando o mais pesado que eu já peguei foi em lavar a louça. –3 moedas de cobre. –oi?? Só isso?

-4 moedas de cobre!

-6 moedas de cobre!

-1 moeda de prata!

As pessoas foram levantando o valor para tentar me comprar até que pararam em 2 moedas de prata... Pobreza... Acho que até eu conseguiria me comprar com o anel, só o diamante presente nele, me garantiria o império... Será?

-Ok, a estrangeira é do Sr. Park. –falou apontando para um homem baixinho com a roupa azul de seda, ele tinha uma barba cumprida e o cabelo preso em um coque, aparentando ter seus 50 e poucos anos e uma mulher ao seu lado, provavelmente sua mulher, pois tinha o mesmo ar de superioridade, e as roupas na cor rosa e azul na mais fina seda.

Fui empurrada escada abaixo com um pouco de dificuldade, pois algemaram minhas mãos e pés, fui levada por um homem grande e alto até o prédio e logo me entregaram um papel, dizendo que deveria entregar ao tal de Park, fui empurrada até um lugar onde um homem mexia com um ferro em brasa.

-Estenda o braço. –falou seco, e imaginei o que seria feito comigo ali, marcada como mercadoria... Dei um passo para trás, mas o homem que me acompanhava me segurou no lugar logo estendendo meu braço direito.

-Não. –falei me debatendo em seus braços, mas nada adiantou. –Nãoo!!!

Gritei ao sentir minha pele ser queimada por aquele ferro quente, ele o segurou contra minha pele por alguns segundos e logo retirou, minha pele ardia e toda aquela dor parecia se alastrar pelo meu corpo e novamente a pergunta rondou pela minha mente, por que fui trazia para esse lugar...

Após ser marcada, fui guiada para a saída, onde mais dois escravos homens e uma mulher que não conhecia esperavam, todos tinham a mesma marca que eu no braço, seus rostos estavam cansados e a coluna curvada.

-Ei! –alguém gritou e olhei para a pessoa, um homem vestindo roupas parecidas com as dos escravos, mas um pouco melhor. –Me acompanhem.

Os três na minha frente deram os primeiros passos e atrás fui eu, voltamos para o centro onde ainda ocorriam as vendas, mas agora nos encontramos com os Park que sem dizer nada apenas começaram a andar em direção a casa deles e um pouco atrás fomos seguindo eles em silencio.

 

Fomos levados para uma enorme casa de época, um único andar, mas em voltas pequenas casas de barro se faziam presente, fomos colocados lado a lado de frente para os nossos novos “donos”, teria que arrumar um jeito de escapar... Será que eles nos dão salários? Provavelmente não... Então qualquer coisa que conseguir tenho que juntar o Maximo, mas a questão é como vou sair desse lugar, voltar para o meu querido e amado século XXI.

 

-Para quem não sabe nós somos Park Hyun Woo e Park Si Won, nós Park somos os maiores e melhores em fabricação de tecidos, o rei comprar conosco e aqui mulheres vocês vão fazer isso, nossos tecidos, bordados, pintura e lavagem, homens, farão as entregas e caso ganhem minha confiança poderão ser nossos capatazes. –o tal de Park começou a falar. –Mulheres vocês poderão e as vezes serão solicitadas para trabalhos internos, como preparo dos nossos alimentos e limpeza da casa.

-Agora... Qual o nome de vocês? –Sua mulher perguntou, olhando para cada um de nós e se demorando em meu rosto, cada um falou seu nome, mas não prestei atenção. –E você estrangeira?

-Me-meu nome é S/N. –gaguejei, os olhos daquela mulher eram frios e aposto que ela era perigosa.

-S/N

-Estranho... Assim como é estranho você saber falar nossa língua...

-Eu aprendi...

-Não perguntei e não quero saber. –A mulher me interrompeu. –Contanto que faça seu trabalho direito, tudo ficara bem...

 

-Chung, leve-os até o local que irão dormir e os informe sobre o horário de levantar. –O Park falou dando as costas e entrando na enorme casa atrás dele, ela era tão bonita, fico imaginando se continua em pé nos dias atuais...

 

-Sigam-me. –O capataz que nos chamou antes nos guiou até aqui, agora nos guiava até os pequenos casebres de barro e por onde passava deixava uma pessoa sobrando somente eu ao seu lado. –Por você não ser daqui te dou uma dica. –falou parando em frente a porta de madeira da pequena casa. –Não crie inimigos e obedeça ao que for mandado, talvez assim viva por mais tempo, você vai morar junto com Ji Soo.

 

Chung abriu a porta me dando espaço para entrar, e fiz o que me pediu, no chão tinham dois futons, um rosa desbotado e um azul, e uma caixa de cada lado.

 

-O azul é o seu. –avisou apontando para o futon. –E a caixa do lado eram as roupas da antiga mulher que morava aqui, agora são suas melhor não rasgá-las, você tem que acordar assim que o sol nascer.

Ele me deu as costas e saiu sem dizer mais nada fechando a porta atrás de si, olhem em volta no cubículo que iria morar enquanto não achasse um jeito de sair daqui, não era tão ruim, se eu visse o lado bom das coisas e me esforçasse para não ser punida acho que consigo viver neste lugar.

E assim talvez um dia, eu consiga voltar para a minha casa, Joo Soo, será que você esta bem... Mamãe... Pai... Será que tudo já voltou ao normal ai em casa? Espero que todos vocês estejam bem...


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capitulo!!!
Quem me acompanha nas outra fics, peço desculpas, pois essa semana tive prova todos os dias, fui uma semana muito cansativa e para piorar inda fui parar no hospital quinta feira por causa de uma dor que não passava e tive que tomar soro. :(
Mas agora estou melhor e vou voltar a postar, as minhas provas terminam terça feira então vou ficar livre na parte da tarde para escrever os capítulos.


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