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História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 4


Escrita por: Luna-wolves

Notas do Autor


Desculpem a demora, estava com esse capitulo e mais dois prontos, e alguns das outras fics, mas não tive tempo para postar, o trabalho foi corrido e mesmo estando de ferias da faculdade eu ficava muito cansada então acabei não conseguindo postar, mas como agora estou de ferias do trabalho, ^_^ , vou postar cada dia dois capítulos (vou tentar)
Essa Fica Two Hearts vou tentar postar pelo menos 1 vez na semana e 1 vez no final de semana, pode ser que saia alguns mais durante a semana, mas não vou garantir nada ok?

Capítulo 4 - Capítulo 4


Não sei quanto tempo fiquei naquele casebre, sentada abraçando minhas pernas próximo a janela, mas apenas me movi quando a porta se abriu com um arrastar duro pelo chão de terra, olhei pra a mulher que entrava pela porta com um sorriso no rosto e uma cesta nas mãos, mas pela escuridão que tomava conta do local, me impossibilitou de ver melhor seu rosto.

Ela olhou para mim e passando reto pelo local escuro e foi até uma pequena mesinha a arrastando para perto de mim e logo acendeu uma vela no centro,  mulher colocou a cesta na mesa mostrando que carregava alimento dentro dela.

-Você precisa se alimentar para o trabalho amanha. –falou pegando um dos bolinhos feitos com arroz e estendeu na minha direção.

Agora com a claridade da vela conseguia ver melhor seu rosto, asiática como todos, mas com a pele mais bronzeada, provavelmente pelo trabalho com exposição freqüente ao sol árduo, mas não escondia a beleza que a mesma possuía cabelos longos presos em um rabo de cavalo baixo e uma faixa, peguei o bolinho que ela me oferecia e o encarei por um momento, esse seria meu alimento de agora em diante? Nunca foi comentado muito na historia como era a alimentação dos escravos, mas pelo jeito é muito pior do que eu imaginava.

-Obrigada. –agradeci dando uma mordida no bolo rançoso em minhas mãos, a textura de arroz estava mais papa, sem tempero ou recheio.

-Sinto muito não ter nada melhor, mas é o maximo que conseguimos comer por aqui. –a garota na minha frente falou. –Sei que não era uma escrava antes daqui, da para ver claramente, mesmo você sendo uma estrangeira...

-Não... Eu não era... –falei abaixando meus olhos para o bolinho que tinha finalizado e peguei outro, pois no momento que coloquei o primeiro pedaço na boca a fome dos dias que passei sem me alimentar veio com tudo.

-Como você veio para este lugar? –perguntou curiosa e pensei nos momentos anteriores antes de cair neste passado assombroso, mas... Se eu contasse, ela iria acreditar?

-Nã-não me lembro. –respondi terminando meu segundo bolinho me sentindo satisfeita no final. –Apenas... Estava em um lugar antes e quando acordei... Estava aqui.

-Você pode ter sido raptada. –falou pensativa cobrindo os bolinhos e guardando em um canto do casebre. –Infelizmente a vida que levava antes você terá que esquecer, pois essa marca que você carrega no braço ira dizer a todos que é uma escrava dos Park. –voltou para a minha frente e ainda com um sorriso continuou. –Vou te ajudar com tudo que for preciso, se fizer tudo certo, provavelmente não será punida, mas cometa um erro e será sentenciada a uma tortura tão ruim que desejara a morte.

-Tudo bem...

-Agora... Meu nome é Ji Soo e tenho 19 anos. –se apresentou, tão nova...

-Me chamo S/N, tenho 24 anos. –me apresentei e olhei em volta pensando em como seria amanhã. –Que horas vamos acordar amanhã?

-Horas?

-Sim...

-Não sei ao certo... Mas levantamos antes do sol aparecer. –respondeu e soltou um bocejo longo. –Acho melhor irmos dormir.

-Tudo bem...

~QUEBRA DE TEMPO~

 

Não deu em outra, de manha realmente acordamos antes do sol nascer, Ji Soo me mostrou onde poderia tomar meu banho semanal, sim semanal, pois diário apenas os senhores destas terras, onde poderia fazer minhas necessidades e a cereja do bolo, nós escravos não precisamos escovar os dentes, posso me matar agora?

Ji Soo ficou surpresa ao saber que antes eu fazia tudo isso e muito mais, mas não contei muito, pois poderia soltar alguma coisa do futuro e não seria uma coisa muito boa, pelo menos não queria ninguém apontando na minha direção me dizendo ser uma louca.

No começo da tarde já estava pegando o jeito de algumas coisas, Ji Soo me ensinou a fazer as tintas e como pintar cada tecido e em seguida me mostrou como são feitos os tecidos e depois como lavá-los, então para começar me deixou com a tarefa mais fácil que é a pintura dos tecidos então um por um em uma parte afastada da extensa Terra dos Park mergulhava tecido por tecido em cada bacia de barro designada e com um pau mexia um por um deixando descansar o tempo necessário, fazia isso na companhia a mais 3 mulheres mais velhas e os capatazes olhando o que fazíamos, não tive horário de almoço e apenas esperava ter um momento de folga para poder comer alguma coisa, provavelmente um dos bolinhos de arroz de ontem.

Enquanto olhava os tecidos percebi os cochichos próximo de onde estava, vindo das outras mulheres e quando olhei na direção do pequeno grupo soube que falavam de mim ao apontar e soltar pequenas risadinhas zombeteiras isso acontecia com freqüência no meu século, mas aprendi a ignorar e agora em um lugar diferente e um século diferente apenas me sentia pior do que imaginava...

Peguei os tecidos torcendo cada um para retirar o excesso de liquido e em outra bacia carreguei para os varais, onde iriam secar, o caminho todo fui seguida por Chung um dos capatazes que mantinha seu olhar atento em cada movimento que eu fazia, quando cheguei ao local estendi os tecidos.

-Isso. –falou atrás de mim enquanto estendia o ultimo e o alisava para não ficar amassado. –Se continuar desse jeito, trabalhando duro e obedecendo as ordens, vai chegar uma hora em que não será necessário ser seguida durante os seus afazeres ou punida por algo.

Não o respondi, mas fiquei confusa com o que ele disse, não sobre o assunto em si, mas o porque dele ter falado comigo, afinal nenhum dos capangas dirigiu a palavra a mim em nenhum momento se não para me xingar de estrangeira imunda, estúpida e outras palavras ofensivas demais para serem repetidas, mas Chung era diferente, desde ontem quando ele me guiou até minha nova “casa” e agora falando informalmente, mas ainda sim gentil.

-Vamos tenho outros trabalhos para você. –falou e o segui, o caminho era diferente do que Ji Soo tinha me mostrado, passamos pela “fabrica de tecido”, pelas plantações, um estábulo até finalmente chegar a uma enorme casa de um andar, a casa dos Park e do lado de fora uma mulher aparentando ter seus 40 anos com a roupa polida, outra escrava, ela tinha ao seu lado um balde de madeira. –Faça tudo o que essa mulher mandar, se conseguir impressioná-la talvez consiga reduzir seu trabalho para apenas os domésticos.

-Tudo bem. –falei me curvando para Chung e andando até e mulher que me esperava com uma cara não muito agradável.

Até o final da noite passei limpando a mansão Park, o chão de madeira estava imundo, provavelmente causado pelas pessoas que vem de fora que andam pelo chão de terra e mesmo deixando os sapatos na porta ainda sim parece não ter resultado.

Mas por outro lado a casa era incrível, quartos para todo lado, cada um maior que o outro, a cozinha era grande assim como o salão principal, mas apesar do imenso trabalho que tive em limpar esse lugar, com ajuda de mais duas mulheres além da outra que eu teria que impressionar que descobri ser a governanta do local, o trabalho dentro de casa era mil vezes melhor que o trabalho com os tecidos então sim, me esforcei o maximo para conseguir um lugar aqui.

 

~QUEBRA DE TEMPO~

Passei um mês inteiro em Goryeo, melhor dizendo, sobrevivi a um mês inteiro neste inferno, trabalhei este mês na fabricação dos tecidos sendo chamada algumas vezes para trabalhar dentro da mansão, de algum jeito acabei me acostumando a rotina de acordar cedo e dormir tarde, afinal eu tinha plantões longos no hospital onde trabalhava, mas o cansaço era mil vezes pior, pois o sol queimando minha cabeça, o peso que pego todos os dias, posso até dizer que estou ficando um pouco corcunda.

Por isso nas poucas vezes que iria trabalhar na casa o trabalho era em menor densidade então automaticamente descansava um pouco, Ji Soo também tinha dias trabalhados dentro da mansão e acabei adquirindo uma amizade muito forte dela, conversávamos bastante, mesmo não tendo muito assunto, Shim Min, ou senhora Shim a governanta falava pouco então ainda não tive uma conclusão sobre ela.

Chung estava sempre me seguindo apesar de ter diminuído a freqüência, mas ele disse que seria assim, com o passar do tempo ele ou qualquer outro não iria mais me seguir pelas terras dos Park, e os Park... Os vejo de vez enquanto, Sr. Park sempre sai para vistoriar suas lojas enquanto a Sra. Park sai para visitar alguma amiga, fazer compras ou fica simplesmente trancada o dia inteiro com.

E eu... Uma coisa que veio a minha cabeça esses dias foi o que aquela velha senhora me falou antes de me jogar no meio de Goryeo sem nenhum preparo no meio de uma caça a escravos foragidos. A pessoa que eu deveria salvar, neste momento enquanto eu olho paras as possibilidades a minha frente, não serei capaz de salvar ninguém, pois preciso que alguém me salve, quero voltar a ser medica, quero voltar a salvar vidas com o dom que tenho, mas vendo agora parece impossível voltar às salas de cirurgia ou salvar alguém.

Tinha anoitecido e os Park estavam no conforto de seus tufons, estava no meu caminho para o casebre quando encontrei com Chung parado em um muro próximo ao meu novo lar.

-Parabéns S/N. –falou de cabeça baixa e os braços cruzados em frente ao corpo.

-Por Quê?

-A partir de amanhã não precisará mais de companhia durante o seu serviço, sinta-se lisonjeada e não estrague tudo.

-Não vou.

-Espero, pois caso tente fugir ou escapar de alguma maneira... Serei eu a pessoa que cortarei seu pescoço e pendurarei no meio da vila para todos verem você. –ameaçou e levantou a cabeça me deixando olhar em seus olhos que com a noite pareciam mais sombrios que os normais e as olheiras maiores e mais escuras. –Tenha uma boa noite.

 


Notas Finais


Espero que gostem do capitulo!


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