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História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 6


Escrita por: Luna-wolves

Notas do Autor


Espero que gostem do capitulo

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Two Hearts (Jimin) - Capítulo 6

Enquanto Jimin tomava seu banho senhora Shim veio ver como tudo estava, seu andar era confiante e seu rosto serio, mas seus olhos eram acolhedores, ela era uma mulher e precisava se mostrar outra completamente diferente, boa e gentil, mas quando precisava pegava na vara para espancar as pernas e as mãos das criadas que a desrespeitava ou a qualquer outra pessoa.

S/N. –chamou e me curvei antes de olhar em seus olhos. –Você estará encarregada do senhor Jimin, terá que segui-lo para onde ele for, respeitando certos limites, obedecer ao que lhe for dito, irá servir as refeições e será encarregada de tudo o que ele precisar.

-Tudo bem senhora Shim. –concordei com o que ela disse e sorri para ela recebendo um revirar de olhos como resposta.

-O que você quer saber?

-A senhora descobriu o por que do cabelo do senhorzinho estar naquela cor? –perguntei curiosa, como medica minha curiosidade apitou assim que aquele homem passou pela porta e pelo o que a senhora Park comentou aquela não era a cor natural dos seus fios, então deveria ter um motivo para a mudança, estresse, falta de vitamina (provavelmente), alguma doença ainda não descoberta neste século...

-Não S/N, não sei o porque, mas recomendo que cuide da sua própria vida em vez de ficar xeretando no que não é do seu interesse. –respondeu grossa dando as costas para mim, deu alguns passos e parou. –Quando descobrir me avise.

-Ok. –falei sorrindo.

Não demorou muito para que Jimin saísse do banho com roupas novas, ele passou reto por mim e entrei no cômodo para que pudesse fazer a limpeza da banheira, mas encontrei a mesma já vazia e limpa então apenas sai e voltei para a minha casa onde teria poucas horas de sono.

 

~QUEBRA DE TEMPO~

Acordei mais cedo que o normal, para que pudesse ir até a casa maior e receber a orientação necessária para minha nova tarefa, então coloquei um Hanbok qualquer e meu cabelo... Estou agradescendo a Ji Soo ter um pente , pois sem ele, meus fios com certeza estarinham em um emaranhado de tão embaraçado, mas por não estar em um momento de lazer apenas prendi em um rabo de cavalo baixo e sai da casa em passos rápidos.

Os sapatos de palha estavam desgastando o que significa que logo teria que fazer outros ou iria andar com os pés no chão, chegando na casa a Senhora Shim já me esperava com as outras meninas, sorri quando entrei na cozinha e incrivelmente recebi um sorriso em resposta delas, talvez estejam vendo que eu não sou ruim e que apesar de não ser coreana, posso ser amiga.

-S/N. –Shim chamou e fui até ela. –A comida já esta pronta, então a única coisa que você tem que fazer é levar, mas como ainda não sabemos o que ele gosta, ira comer o mesmo que a mãe e o pai.

-Arroz, sopa de cebolinha, peixe, tofu, rabanete. –falou uma das meninas que montava a sua bandeja. –Não fique no quarto enquanto eles comem, volte um tempo depois para retirar as bandejas.

-Entendi.

-O senhor Jimin é novo então temos que fazer tudo certo, bom... Você tem que fazer. –falou novamente e sorriu.

-S/N, assim que você chegar, você irá colocar a bandeja sobre a mesa em frente à cama do senhor Jimin. –Shin falava enquanto me mostrava o jeito correto para montar a bandeja de café da manhã. – Saia sem dar as costas para ele e feche a porta, fique do lado de fora esperando ele chamar.

-Entendi. –falei seria.

-Talvez você de sorte com ele. –a menina falou e apenas assenti.

-Por ultimo o chá de jasmim. –Shim finalizou colocando uma pequena xicara e o bule. –Agora, vá.

-Sim senhora. –falei pegando a bandeja com a comida e me retirando.

Ok não estava com pressa de ir até o quarto de Jimin, tudo bem que ele não parecia ser igual aos pais, mas não posso me aproximar muito das pessoas, é estranho falar isso, mas desde quando cheguei tento manter o mínimo de intimidade com todos, afinal não ei quando, mas um dia irei embora e essas pessoas estarão todas mortas.

Parei em frente à porta do quarto de Jimin e a indecisão me tomou, bater ou chamar...

-Senhor Jimin. –chamei um pouco baixo temendo acordar os outros habitantes do local e ao contrario do que eu esperava a resposta não veio com um grito em resposta, mas sim com ele abrindo a porta, seu rosto um pouco inchado, os cabelos bagunçados e os olhos fechados.

-S/N. –falou com a voz grogue sorrindo um pouco, confesso que seu sorriso era lindo assim como seus olhos e aquela bochecha... Tenho tara por olhos castanhos e bochechas fofas, Joo Soo tinha olhos bonitos, mas bochechas chupadas –Entre.

Jimin falou dando espaço para passar por ele e então reparei na roupa em que ele vestia, o hanbok na cor azul escura e a bota preta em seus pés, entrei no quarto me ajoelhando em frente a mesa e coloquei a bandeja nela distribuindo os alimentos e o prato com os hashis.

Me levantei e esperei que Jimin se sentasse, ele avalio o que lhe foi servido e sorriu, ótimo ele gostou, me afastei de vagar até chegar a porta e abri-la, mas fui impedida quando ele me chamou.

-Fique. –pediu, olhei para cima me prendendo em seu olhar. –Fique, não gosto de comer sozinho.

Falou e concordei parando ao lado da porta e me sentando sobre meus tornozelos e com as mãos em cima dos meus joelhos olhei para o senhor que me encarava, seus olhos agora mais abertos formando meia lua me olhavam enquanto comia a comida disposta em sua frente e tentava ao máximo não olha-la, parecia tão saborosa e fazia muito tempo que eu não comia peixe ou qualquer tipo de carne, somente pão e arroz, algumas vezes verduras.

-De onde você veio? –perguntou, deveria saber que não demoraria a fazer as perguntas que todos gostariam de saber sobre a minha etnia.

-Brasil. –respondi curta, mas lembrei da formalidade que deveria tratar meus “senhores”. –Senhor...

-Não lembro de nenhum país com esse nome... –falou pensativo. –Onde fica.

-Sul.

-Sul... Só isso? –perguntou rindo enquanto colocava mais um pouco de arroz dentro da boca.

-Sim.

-Você esta nervosa... –murmurou abaixando a cabeça pensativo, mas logo voltou seus olhos para os meus. –Talvez... Gostaria que falasse informalmente comigo, como amigos.

-Não posso senhor.

-E por quê?

-Sou sua escrava, não posso falar informalmente com os meus senhores. –respondi e ele parou de comer apoiando o queixo em sua mão.

-Mas poderia ser minha amiga. –falou, Jimin me olhava de forma avaliativa, então tive que desviar meu olhar para um canto qualquer no quarto, nunca gostei muito de contato visual, não conseguia olhar nos olhos de uma pessoa por muito tempo, principalmente se ela tivesse uma aura dominadora como Jimin, ele sinceramente, ele parecia estar exalando isso. –Prometo não contar para ninguém.

-Não sei...

-Já conheceu a cidade? –mudou de assunto e agradeci por isso.

-Não tive a oportunidade. –porque fui colocada em uma jaula e vendida antes que pudesse, completei internamente.

-Poderia te levar para conhecer. –informou e olhei para ele novamente que continuava a me encarar com um sorriso no rosto, meu coração parecia querer sair pela boca, desde que entrei nesse quarto ele bate como se estivesse próxima a ter um infarto. –Mas só faço isso com os meus amigos.

-Eu agradeço, mas não obrigada senhor. –respondi arrancando uma gargalhada alta dele o que acabou me assustando um pouco.

-Sabe que esta me fazendo implorar sua atenção não é?

-Não era minha intensão.

-Não... Não... Não é sua culpa, para falar a verdade eu te entendo, mas olhe pelo meu ponto de vista. –pediu e olhei em seus olhos enquanto ele tentava se explicar. –Eu não sou assim, sou quieto e tímido, mas com você, estranhamente, sinto que posso falar qualquer coisa, não tenho muitos amigos e acho que você percebeu que nem minha tropa conversa comigo além do general Gong e sinceramente não queria morar aqui, sou contra a escravidão meus pais claramente não.

-Um dia ela não ira mais existir. –sussurrei, não para ele ouvir, mas para me consolar que tudo o que eu estou passando e que muitos passam um dia irá acabar.

-É pelo que rezo... –respondeu. –Gostaria de comer comigo?

Fiquei encarando-o esperando que fosse algum tipo de brincadeira, talvez zoação, mas parecia que ele estava falando sério então sem esperar por alguma negação andei de joelhos me aproximando de vagar de onde ele estava parando em frente à mesa e a Jimin, sei que deveria pelo menos hesitar, mas estava com fome e a muito tempo não como algo desse jeito, ele estendeu o hashi na minha direção e pude ver suas pequenas mãos, não estavam sujas como as minhas, as unhas estavam cortadas e limpas e provavelmente sem calos presentes, droga, devo estar fedendo, mal hálito e meu rosto deve estar uma  porcaria e minhas mãos estão razoavelmente limpas.

-Ah... –exclamou pegando a manga da blusa e limpando cada um dos palitinhos e logo me entregando. –Espero que não se importe de eu ter usado.

-AH... Não me importo. –respondi pegando os hashis em minhas mãos e me preparando para comer e assim que coloquei o primeiro pedaço de peixe na boca, fechei os olhos me deliciando com aquele momento único.

-Somos amigos agora. –avisou me fazendo abrir os olhos encontrando um Jimin sorridente na minha frente. –Você comeu no mesmo talher que eu...

-Podemos ser... Mas ninguém pode saber.

-Ninguém vai...

 

~QUEBRA DE TEMPO~

Sai do quarto de Jimin com a barriga cheia e o rosto em chamas, ele me deixou comer seu café da manhã, talvez não seja tão ruim como eu imaginava e como havia dito antes iriamos hoje para a cidade, disse que precisaria comprar algumas coisas e minha companhia era necessária, não sei o porquê, mas pelo menos por algumas horas, sairia desta casa e poderia conhecer a cidade.

Carreguei a bandeja até a cozinha e lavei todos os utensílios que foram utilizados deixando-os escorrendo para secar ao natural, não demorou muito a Senhora Shim.

-Senhora Shim, o senhor Park Jimin pediu que eu o acompanhasse em sua ida a cidade. –avise e recebi um olhar desconfiado de sua direção.

-Você pediu para ir com ele? –perguntou seria se aproximando em passos lentos na minha direção e parando a poucos metros.

-Não senhora, ele pediu.

-Pode acompanha-lo, mas sabe o que acontece caso você não volte com ele certo?

-Chung deu o aviso. –informei olhando em seus olhos e pude ver um brilho diferente que não consegui identificar no fundo deles....

-Então espero que volte... –murmurou e deu as costas para mim saindo da cozinha.

Não demorou muito segui para a saída da casa onde por um caminho de terra que daria para o portão da casa, alguns dos escravos olhavam na minha direção, provavelmente se perguntando aonde eu iria afinal não era muito comum um de nós sair, apenas os selecionados, normalmente os capatazes da casa.

Cheguei ao portão de madeira e Jimin já me esperava com sua espada em sua mão, ele curvou a cabeça e logo seguimos para fora de casa, o caminho para a cidade era curto e no caminho podia ver os habitantes dela, a maioria trajando roupas de tecidos finos e poucos escravos acompanhando um ou dois para cada pessoa, alguns soltados com chapéus enormes e espadas passavam por nós e “feirantes”, muitos com suas barracas ou mesas expondo suas mercadorias na rua e alguns estabelecimentos e casas abertas com seu comercio, estranhamente parecendo um dorama, só precisava a mocinha com um vestido bonito se apaixonar pelo soldado que acredita na liberdade e em seu rei bondoso.

Uma coisa me chamou atenção o homem que triturava gelo no meio da rua logo servindo a quem pagava, provavelmente o sorvete da época, desviei olhando para outros lugares enquanto acompanhava Jimin logo atrás dele, as pessoas me olhavam curiosos e apontavam, mas não se aproximaram, algumas crianças se arriscavam e vinham tocar minha pele ou meu cabelo.

-O que você fazia na sua cidade natal. Perguntou enquanto parava em uma das barracas.

-Era médica. –respondi sem pensar muito, mas uma palavra na frase me incomodou, era... será que algum dia voltarei a exercer minha profissão que tento amava.

-Medica? –perguntou me olhando curioso e logo abaixou os olhos. –Suas mãos não parecem de medica.

-Provavelmente nunca mais ira parecer. –falei pensativa, minhas mãos começaram a ganhar calos, engrossaram conforme o trabalho que eu fazia, as unhas curtas, mas de algum jeito estavam diferentes, doloridas.

Ele saiu da barraca voltando a andar e naquele momento não me importava mais o que estava a nossa volta ou para onde estávamos indo ou até mesmo em olhar o que nos cercava minhas mãos, meus instrumentos de trabalho que salvaram tantas vidas, mas que agora eram desnecessárias, o estudo que tive e o tempo gasto para poder salvar vidas agora não serviam para nada, ao contrario dos meus olhos que observavam as pessoas adoecendo de doença misteriosas na época, mas que facilmente seriam tratadas no século 21.

Eu tinha vontade de fazer algo, mas sabia que sem equipamentos ou algo que pudesse me ajudar, minhas habilidades não serviriam de nada...


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!


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