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História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 9


Escrita por: Luna-wolves

Capítulo 9 - Capítulo 9


Cheguei na casa e fui direto para a cozinha, ela ainda estava vazia, apenas a senhora Shim estava lá dentro preparando a comida da senhora Park, ela sorriu para mim e continuou com os seus afazeres.

-Você esta se adaptando muito bem aqui S/N. –murmurou enquanto se concentrava no cozimento da sopa, ela ainda falava um pouco enrolado o meu nome, mas era normal e até um pouco fofo, sinceramente, mesmo que ela seja um pouco dura as vezes, Shim se tornou uma segunda mãe aqui em Goryeo. –Até agora não tive reclamação sua e você também não aprontou nada, espero que continue assim.

-Sim senhora.

-A comida do senhor Jimin esta pronta? –perguntou olhando para a minha bandeja, não tinha nada de novo, apenas o habitual, arroz, sopa de algas e tofu, peixe assado, kimchi apimentado e couve, ovo e algumas frutas...

-Sim. –respondi sorrindo fraca e uma pergunta passou em minha mente, não sabia se eu devia faze-la, mas decidi não ficar quieta. –Senhora Shim...

-Diga...

-Pessoas como nós, escravos, tem alguma chance de serem libertos?

-Apenas se o senhorio desejar isso. –respondeu e se aproximou de mim. –Ou fugindo, mas isso nunca da certo, Goryeo somente beneficia aqueles que nasceram em berços de ouro, os pobres que são livres, uma hora conhecem como é ser escravo, ou então eles morrem cedo demais após anos de luta para sobreviver neste mundo...

- Mas podemos ter outro emprego além desse?

-Apenas com a altorização do nosso senhor.

-Entendi... Estou indo. –falei pegando a bandeja em meus braços e me curvando para senhora Shim.

-S/N, cuidado com o que pergunta e para quem pergunta. –Shim avisou e olhei em seus olhos que mantinham um ar preocupado. –Paredes tem ouvidos e você pode acabar sofrendo as consequências de ser curiosa...

Não respondi o que ela disse apenas virei indo para o quarto de Jimin, ele não abriu a porta como das ultimas vezes então assim que eu me anunciei e ouvi sua confirmação la de dentro, abri a porta o encontrando de frente com uma das meninas da festa anterior.

Entrei em silencio e andei até os dois não hesitando em me ajoelhar ao lado deles e colocar a Bandeja cheia de comida em cima da pequena mesa, levantei de vagar e de costas me dirigi até a porta onde me sentei sobre meus tornozelos e esperei.

-E então Jimin o que acha? –a menina que não me lembro o nome perguntou, arrisquei olhar em sua direção, e ela era realmente bonita, sua família deveria estar na mesma classe da de Jimin, pois suas roupas esbanjavam riquezas, seu cabelo bem penteado e limpo preso em uma fita cintilante de cetim, e seu rosto maquiado com as mais caras tintas naturais. Lembro de ter visto no quarto da senhora Park algo parecido, óleo de colza usado para hidratar os lábios enquanto usava alguma semente triturada para pinta-los.

-Sinto ter que negar sua proposta Soyu, mas assim como disse a minha mãe não estou interessado em casamento no momento. –respondeu ele tentando ser educado, mas pude ver quando a menina na sua frente murchou, deveria me sentir triste por ver ela levando um fora de um dos homens mais bonitos que conheci, mas apenas consegui ficar feliz com isso.

-Mas nós nos conhecemos desde criança... –tentou argumentar a olhei para Jimin e o mesmo não parecia estar se importando com que a menina dizia, pois seus olhos estavam grudados em mim e quando o peguei me observando ele sorriu para mim... Ele sorriu para mim! –Seria mais fácil ter um casamento entre conhecidos... Nossos pais poderiam se juntar em seus negócios...

-Me desculpe, mas não estou pronto no momento. –negou novamente e suspirou. –Se quiser comer comigo antes de ir, ficarei feliz.

-Tudo bem, Jimin... –falou pegando um dos hashis na frente dela e observou o que tinha na mesa. –Você! – chamou e olhei na sua direção surpresa ela me encarava com raiva, me levantei rapidamente e me ajoelhei ao seu lado, mantendo uma distancia razoável. –Prepare outra coisa para o seu senhor , esta querendo ser castigada? Como se atreve a preparar Algas...

-Me desculpe senhora, mas não entendo o que quer dizer... – fui interrompida.

-Jimin não come Algas. –falou e a olhei confusa, como assim... Desde que eu venho servido sua comida ele come tranquilamente, a garota bufou impaciente. –Vá trocar!

-Soyu. –Jimin a calou, sua voz estava diferente, grossa e mais rouca, não queria olha-lo, era a primeira vez que fiz algo errado e provavelmente sofreria a consequência de tal coisa, mesmo que não tenha sido proposital. –Acho que esta na hora de ir embora.

-Jimin, essa sua criada precisa ser ensinada, não seja bonzinho, por isso todos sobem em cima de você... –falou e a vi tentando convence-lo. –Ela precisa ser ensinada...E eu posso ser uma boa senhora.

-Não, não precisa e não vai ser senhora de nenhum dos meus escravos. –falou e ouvi o tilintar das vasilhas, olhei para cima e o mesmo estava com o prato da sopa nas mãos e logo o mesmo a virou dentro de sua boca sem desprender dos olhos de Soyu que o encarava assustada. –Nos conhecíamos quando crianças, não como adultos, ela faz apenas o que eu mando e eu mandei fazer sopa de algas.

-Mas você não pode comer isso... Você ficava todo empolado...

-Não fico mais... Agora se me der licença quero comer minha comida em paz. –falou sério, a menina se levantou ainda perplexa com o que acabou de acontecer e saiu sem se despedir, será que estava livre de receber alguma punição.

Olhei para Jimin que sorria para mim e quando ele abaixou o braço com a vasilha o mesmo fez uma careta de dor...

-Aconteceu alguma coisa com o seu braço? –perguntei preocupada e me aproximei dele o olhando nos olhos.

-Nada. –respondeu sorridente, seus olhos negros encaravam os meus, seus cabelos estavam um pouco bagunçados. –Estava com saudades...

-Não diga isso...

-É a verdade... S/N –falou e tentou pegar em minha mão, mas novamente fez uma careta.

-Ok, agora eu vi... O que você tem no braço Jimin... –falei me levantando e indo para traz dele, mas o mesmo me encarou assustado e se virou.

-Não é nada S/N. –falou sorrindo, mostrando seus dentes e fechando seus olhos em meia lua. –Vem comer comigo...

-Não... Se não é nada, me deixe pelo menos ver, para ter certeza. –pedi e pude ver seu sorriso sumir aos poucos, em desistência, ele voltou a se virar e ficando de costas para mim, ele de costas era tão lindo quanto de frente, seus ombros largos na medida certa, seu pescoço liso e seus cabelos macieis e bem aparados, me ajoelhei e peguei em seu braço, apertei e alisei por cima do tecido de sua roupa, não parecia ter nada de anormal.

Peguei sua mão e a dobrei no pulso, normal também e sem expressão de dor, fiz o mesmo como o cotovelo.

-Não é... –falou, mas se interrompeu ao prendeu a respiração quando eu levantei seu braço... –Nada...

-Não parece nada... –falei enquanto sentia a junção de seu ombro, deslocado. –Pode tirar a parte de cima da sua roupa, por favor?

-O-Oque? –perguntou  se virou novamente ficando de frente para mim com um olhar assustado, ah... é esqueci que eles são mais conservadores que o normal...

-Jimin, eu te falei, sou medica. –falei o fazendo se virar de costas . – Anda... Tira logo.

-Não precisa... Vai curar...

-Jimin, para de ser medroso... –falei puxando sua roupa para que tirasse novamente, mas ele segurava, para mantê-la em seu corpo. –Você gostou do beijo de ontem?

-P-Por que esta me perguntando isso agora? –perguntou virando seu rosto para o meu, não respondi, apenas o encarei, não que eu não quisesse responder, mas não consegui ao ver seu rosto tão próximo do meu, sua respiração batendo em meu rosto e meu coração tão rápido que poderia sair pela boca. –Gostei.

-Ótimo, se quiser outro vai ter que me deixar ver esse ombro. –murmurei e ele pareceu cogitar na ideia..., logo suas mãos se soltaram em volta do tecido que ele segurava com tenta força, e retirou as peças com cuidado sem olhar em meus olhos.

Quando seu tronco se encontrada descoberto, minha boca se abriu um pouco e por pouco quase senti a baba escorrer pela minha boca ao ver aquela visão dos céus, sua pele por baixo de todo aquele tecido era branca, lisa e apesar de algumas cicatrizes que não consegui identificar do que seriam, suas costas eram lindas, me aproximei ainda de joelhos do seu corpo, queria ter hesitado, mas não consegui, quando vi minha mãos alisavam suas costas com a pontas dos dedos, vi os pelos de sua nuca se arrepiarem e consegui acordar para o que eu estava fazendo. Limpei a garganta e peguei em seu braço e no ombro.

-Vai doer um pouco. –avisei enquanto me preparava para recolocar seu ombro no lugar.

-Não me importo...

Tentei achar a melhor posição e quando vi não estava mais atrás dele e sim ao seu lado, com um pouco de força e em um único movimento de impulso, ouvi um estalar em seu ombro, apalpei o lugar para ver se tinha conseguido e sorri ao ver que sim.

-Pronto, agora só descansar um pouco o braço, queria ter te dado algum remédio para dor, mas não sei se aqui tem algum que faça efeito rápido. –falei me sentando sobre os tornozelos novamente.

-Não é necessário. –falou sorrindo e se virou novamente. –Agora quero minha recompensa.

-Qual? –perguntei, mas ele não respondeu, apenas puxou meu pulso me erguendo um pouco e colando nossos corpos juntos um do outro, nossos lábios se chocaram, os macios dele, contra os meus rachados, mas não me importei aquela era uma das melhores sensações do mundo.

Sua língua quente e macia pediu passagem e não neguei caminho para explorar, o beijo de Jimin era doce, calmo, exploratório, sensual e quente, as mãos de Jimin seguravam firme em minha cintura enquanto minhas mãos, se embrenhavam em seus cabelos.

 

~TERCEIRA PESSOA P.O.V~

 

Já passava da meia noite quando a fera  se esgueirava entre as arvores da floresta em busca de algo, sua próxima presa, provavelmente se não achasse nada ali ela teria que ir até a cidade, onde poucas pessoas passeavam pela noite quente, provavelmente alguma casa de cortesãs com homens bêbados caindo em todo lado, mas o que a fera queria mesmo era algum grupo de curiosos rodando em sua floresta pedindo para serem atacados.

Gritos, choros e pessoas implorando era como se fosse o melhor som que tivesse ouvido em sua vida e era isso que procurava além que querer saciar sua fome por carne fresca e parecia que suas preces foram atendidas, pois a poucos quilômetros dali a fera podia ouvir pelo menos 5 corações batendo e o cheiro de álcool muito forte acompanhando e não deu outra, correu entre as quarto patas com toda sua vontade até alcançar os homens que cantarolavam no meio da mata em volta de uma fogueira, humanos burros, penso a  fera antes de soltar um rosnado alto que fez os homens se virarem em sua direção e assim que viram a fera sair do meio das arvores antes escondida pelas sombras.

Dois foram rápidos o suficiente para sair correndo,  enquanto os outros três se atrapalhavam em seus pés ao tentar correr em direções opostas e não demorou muito para gritos de dor e agonia serem ouvidos a distancia, a fera já em cima de um dos homens, mordia, sacudia e estraçalhava seu corpo o suficiente para não ser reconhecido em seus poucos pedações restantes e ele fez isso com os três atrapalhados e quando conseguiu alcançar o quarto antes que ele o matasse algo atingiu a fera em suas costelas, pode se ouvir o som de algo quebrando nela, mas pela adrenalina não sentiu, mas não importava, logo iria estar curado, essa era a vantagem de ser um ser sobrenatural.

Logo outra fera surgiu  por entre as arvores, a guerra interna entre os dois podia ser ouvida com rosnados pelo humano, que se encolhia de medo em uma arvore, mas juntando todas as suas forças, se arrastou até para fora da floresta, e pelo chão de terra onde ele pedia para que se existisse algum ser poderoso no mundo que o ajudasse, que colocasse alguém para ajuda-lo e não demorou para que seu corpo cansado parasse na frente da casa de cortesãs onde alguns oficiais saiam cantarolando lá de dentro após se divertirem com as Gisaengs.

O homem agradeceu aos céus quando foi socorrido e levado ao medico da cidade onde foi tratado da melhor maneira possível e ali com os oficiais ao seu lado e sua família no outro enquanto ele contava o que tinha acontecido e descrevia a fera com todos os detalhes que pode lembrar, morreu.

~QUEBRA DE TEMPO~

Logo de manha os oficiais não demoraram a colocar os avisos em todas as paredes e placas do local, a fera estava à solta, com o tamanho de um cavalo, pelos espessos na cor castanha avermelhada, dentes afiados e a aparência de lobo, o terror estava a solto, toque de recolher impostos e oficiais a noite inteira de ronda para proteger os cidadãos e soldados dentro das florestas a procura da fera. Uma ordem do rei...


Notas Finais


Espero que tenham gostado, gente estou demorando para postar os capítulos, pois voltei de ferias da faculdade e do trabalho, então agora não estou mais tendo muito tempo, mas olhem pelo lado positivo, é meu ultimo ano!!


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