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História Two Lost Souls - Interact?


Escrita por: Madao-san

Notas do Autor


Então... primeiramente, desculpa a demora, eu juro que tentei agilizar mas quando eu tava terminando o capítulo, adivinha? Eu apaguei por acidente, e isso acabou com a minha inspiração hehe.
Segundamente: obrigada a todoa que comentaram e favoritaram❤
Esse capítulo ficou bem grandinho, espero que gostem 😉😘
Boa leitura📖

Capítulo 4 - Interact?


Fanfic / Fanfiction Two Lost Souls - Interact?

 

Capítulo Quarto-  Interact?

O barulho familiar do despertador faz a ruiva remexer-se desconfortável na cama, ainda com os olhos fechados tateia em busca do aparelho, que mais uma vez solta aquela zoada desagradável.

— Tá bom! Eu já ouvi, droga!— Bufa e aperta o botão de desligar. 

Não tinha necessidade de acordar cedo hoje, já que o trabalho era à noite (conseguiu um emprego de meio período em um fliperama, com a ajuda de Levy, que conhecia o dono do estabelecimento e ligou pra ele, indicando a ruiva), e estava de folga. Mas tinha uma coisa que estava incomodando ela desde que se mudou.

Ele, o colega de quarto.

O motivo é simples: eles não interagem, mal conversam, mal se vêem. Não que ela quisesse virar a melhor amiga dele do dia pra noite, mas eles moram juntos! O mínimo de interação é necessário já que eles terão que conviver diariamente a partir de agora. A última vez que trocaram palavras como pessoas normais geralmente fazem, foi há uma semana quando ele ajudou a arrumar o quarto, depois disso, não mais. Durante o dia, ele trabalha e durante a  noite, ela. Assim fica difícil. Semana que vem começaria a estudar, e aí sim seria impossivel sequer olhar na cara dele.

Com isso em mente, Erza acordou com as galinhas pra que pudesse falar com ele antes que ele fosse ao trabalho, já tinha pensado em tudo. 

Só falta ele concordar.


Levantou-se preguiçosa, afinal ainda eram 7:30 da manhã, pegou uma toalha e uma roupa qualquer (regata e saia jeans) e correu silenciosamente até o banheiro. Depois de tomar banho, já vestida e cheirosa, sentou-se no sofá e esperou ele sair do quarto, enquanto lia Harry Potter e a pedra filosofal.  uma garota chamada que trabalhava em uma floricultura ao lado do fliperama onde Erza trabalhava e no fim do período na floricultura sempre ia ao fliperama  praticamente obrigou a ruiva a pegar esse livro emprestado dela, já que era uma genuína fã e estava revoltada em saber que Erza nunca tinha lido nenhum livro de Harry Potter. Era talvez a única pessoa em Londres que Erza já considerava amiga (apesar do pouco tempo de convívio), e a ruiva seria eternamente grata por ter sido obrigada a ler aquele livro, era muito bom.

O ruído da porta se abrindo arrancou a ruiva do universo fantasioso do livro imediatamente, era agora ou nunca! Saltou do sofá de uma forma nada graciosa (quase caindo) no mesmo momento em que o azulado aparece na sala.

— JELLAL!— Falou quase gritando. O azulado virou pra ela espantado, talvez porque aquela não era exatamente a melhor abordagem. Sem falar que estava curvada de um jeito estranho (pra evitar uma queda) e apontando pra ele como se o azulado tivesse cometido algum crime

— Er... sim? — perguntou um momento depois, quando o susto passou, um pouco atordoado. Ergueu as duas sobrancelhas 

— Você está livre à noite?— Franziu o cenho assim que disse isso. E se ele pensar que eu vou chamar ele pra sair? Apressou-se em continuar — É que eu não tinha nada pra fazer hoje, já que é a minha folga, então comprei um filme e queria que você assistisse comigo já que mal trocamos palavras ou interagimos durante a semana, e isso realmente me incomoda. Me sinto uma anti-social.— Franziu o cenho novamente. Será que eu fui Franca demais?

— Pfff, era isso? Eu levei um susto, sério. — disse parecendo genuinamente aliviado. Isso é um "sim" ou um "não"? Pensou.

— B-bem, é que às vezes eu não consigo me controlar... — murmurou dando de ombros— então... às sete, pode ser? Beleza.

Piscou um olho e correu para o quarto antes que ele tivesse a chance de negar.

•°•°•°•°•°•

A dor latente em sua cabeça foi a primeira coisa que a loira notou ao acordar, antes mesmo de abrir os olhos. A segunda foi a cama, que era muito dura, e a terceira foi o bipe irritante de alguma máquina hospitalar. Abriu os olhos devagar, notando que o ambiente era bem iluminado, as cortinas ao redor da sua cama, o ventilador de teto... estava na enfermaria. Gemeu e apalpou a testa, que pelo jeito, estava enfaixada. 


— Lucy? — a loira virou a cabeça atordoada, não tinha percebido o rosado que estava sentado ao lado da maca. 

— Natsu.— Sua voz era tão amarga quanto sua expressão.— Tá fazendo o quê aqui? Porque não vai procurar sua namoradinha sem sal?

— Bem... deve ser porque um pedaço de madeira não caiu na cabeça dela enquanto ela tentada sabotar a apresentação de alguém, que por um acaso é a minha namorada sem sal. Você não acha que sua implicância com a Lisana já passou dos limites?— Estava acostumado com a hostilidade da loira, mas aquilo já era demais.

— Ahh, então foi isso o que aconteceu — murmurou tocando o ferimento tá cabeça.— É uma pena que eu não tenha conseguido acabar com o showzinho daquela piranha. Aliás, você me trouxe? E porquê ainda está aqui? Pode ir, sabe.

— Trouxe porque eu tinha carro e fui obrigado. E estou aqui porquê queria falar com você. Éramos amigos, lembra? 

— Ah claro, eu você e a Lisvaca, o trio maravilha. O que você quer falar comigo?

— Seria inútil pedir pra você deixar ela em paz, certo?— ela balançou a cabeça afirmativamente.— Tá, então eu queria saber o motivo de tanta implicância.

Lucy deu uma risada alta, mas não achava a mínima graça.

— Natsu, você é mais burro do que eu pensei.— disse ainda sorrindo amargamente .— Mas um dia eu te digo, se preocupa não. Só quando eu conseguir minha vingança que graças a você —Enfiou o indicador no peito dele.— Já decidi qual é! 

Seu sorriso maligno (na opinião do rosado e sinceramente, era mesmo maligno)  se alargou, e ela tocou delicadamente o rosto do rosado, que estava genuinamente confuso.

— E sabe qual vai ser? — segurou seu queixo e se aproximou, apoiada na cama com a outra mão.— Você!— Sussurrou e segurou seu rosto com as duas mãos para que não fugisse, selando seus lábios rapidamente pra depois solta-lo rindo.

— Mas que porra...?! — limpou a boca e olhou incrédulo pra garota que ainda dava umas risadas.

— Quê? — Deu de ombros — Brincadeirinha, não leve à sério.

— Você é podre garota! — Acusou e saiu da sala negando com a cabeça. E ela? Riu, oras. Não ia desistir de sua vingança contra a albina, nem pensar!

Eu vou te roubar dela, Natsu. Você é meu troféu, pensou assim que ele se retirou.

•°•°•°•°•°•

Já eram quase seis e meia da tarde, o tempo frio trazia consigo a ameaça de uma pancada de chuva, o que não era impressionante já que aparentemente em Londres chovia o tempo todo, pelo menos desde que chegou. A ruiva caminhava teimosamente pelas ruas mesmo assim. Sabia que estava sem um casaco ou algo do tipo, que provavelmente choveria em uns vinte minutos, que tinha marcado de assistir o filme daqui a pouco e que estava razoavelmente longe da casa do azulado (não ousava chamar de "minha casa"), mas nada disso a impedia de continuar. Já estava casada e furiosa, afinal, o que ela procura deveria existir em toda confeitaria digna, mas não desistiria. Ah não, não voltaria pra casa sem aquilo que estava procurando há horas naquela maldita cidade de confeitarias inúteis: Seu bolo de morango. 

Fala sério, não é como se fosse um item raro ou algo assim. Mas em todas as padarias, lojas de doces, supermercados, confeitarias e em toda a caralhada de lugares por onde passou, não viu sequer uma fatia de bolo pra contar história. Isso é um absurdo!

Com medo de não saber voltar e conformada de que essa batalha já estava perdida, Erza segue pra casa, mal-humorada e carrancuda. Bem, nem toda determinação dura pra sempre. Procuraria o bolo amanhã e compraria logo dois, por hora teria que se contentar com a pipoca e o filme que assistiria com o azulado.

— Você demorou, já são sete e dez sabia?— O dito cujo estava sentado de maneira desleixada no sofá com o controle da TV em uma mão, e (acredite ou não) um bolo de morango. Como ela sabia? Simples, tinha cheiro de morango! Ele que achou que ela estava surpresa porque ele estava ali, pronto pra assistir o filme, se enganou. 

— O-o-onde conseguiu isso?— Com os olhos arregalados apontou um dedo vacilante para o bolo.

— Hm? Isso? Na padaria atrás do prédio.

— Como assim tem uma padaria bem aqui e você não me disse? Eu rodei horas procurando por isso!— Sua voz assumia um tom quase assustador. 

— B-bem, como você disse, a gente não conversa muito né...— Pode-se dizer que sua tentativa hesitante de se livrar funcionou.— Além disso— apontou para a mesa da cozinha, onde um belíssimo bolo de morango aguardava.— Eu comprei pra nós dois. 

Humph, como se 'aquilo' fosse o suficiente pra ela, mas como diz o velho ditado: o que vale é a intenção. 

— Wow, agora você me convenceu! — Correu para pegar uma fatia do bolo. Enquanto Jellal pensava: Convenci de quê? Bem, convenceu ela a não mata-lo, mas ela não via necessidade em explicar.

Quase uma hora depois, os dois estavam sentados em pólos opostos do sofá, a uma distância considerável. A careta dela diante do filme era digna de meme e a vontade que ele tinha de rir era quase incontrolável.

— Pffff, acho melhor eu escolher o filme da próxima vez. — Disse já sem controlar o riso.

— Esse é definitivamente o pior filme que eu já assisti.

— O que você esperava de um filme com o nome "Um fantasma em minha vida"— Falou entre gargalhadas— Você é péssima!— Diante disso a careta da ruiva apenas aumentava.

— O vendedor disse que era terror! E dos bons!— jogou uma almofada na cara dele, e ele segurou-a antes que o atingisse. — Eu não sabia que seria um romance horrendo desses— Disse com nojo.

Em sua mente, o plano de "interagir" com o azulado tinha sido um fracasso total, mas não era bem assim, já que o filme rendeu boas risadas dos dois (não por ser engraçado e sim por ser totalmente ridículo), os comentários dele eram tão ridículos quanto o filme, e a irritação dela apenas o fazia rir mais.

— Agora que eu já comprei vamos assistir até o final.— Falou decidida.

— Eu tenho uma idéia melhor.— Replicou o azulado. E em um piscar de olhos ele já estava encima dela no sofá com as mãos nos braços dela, encarando ela como se ele mesmo não soubesse o que havia feito.

Mas o quê!?

A ruiva piscou um par de vezes, confusa, e olhou pra seus olhos cor de oliva. Suas pernas estavam imobilizadas pelas dele, sua respiração ofegante movia os fios azulados que caiam sobre o rosto dela. Ele estava perigosamente perto, a ponto de seus narizes quase se tocarem e pela primeira vez ela pôde sentir o cheiro amadeirado e masculino dele, era um cheiro muito bom. Quando olhou pra seus olhos oliváceos eles não davam indícios do que ele estava pensando.

E se tinha uma coisa que ela queria saber era o que diabos ele estava pensando, pra voar encima dela assim do nada.

— Erm... Jellal? — Sussurrou movendo mais uma vez os fios da franja dele com sua respiração.

Subitamente retirado do transe, ele piscou e sentou novamente no sofá, libertando a ruiva que agora estava mais confusa do que nunca.

— Eu tava tentando pegar o controle.— Falou simplesmente, apontando para o braço do sofá, onde o controle estava. — Queria pôr no canal de jogos.

— Ufa, eu achei que você estava me atacando!— Disse dando um empurrão no ombro dele com o pé e sentando-se também, com os pés no sofá.

— Até que não é uma má idéia— A olhou com um sorriso travesso. Surpreendendo a mesma.— Você queria interagir comigo— Se aproximou dela.— O que acha de ''interagirmos'' agora?

Qual é a dessa mudança de personalidade?

— Não era desse tipo de interação que eu estava falando!— Chutou a mão que ele tinha pousado em sua panturrilha.— Seu palhaço.— resmungou e ele riu. Tch, esse cara não leva nada a sério mesmo.

— Aí, seus olhos são vermelhos?

Nunca tinha conseguido decifrar a cor dos olhos dela, nem mesmo antes. Mas olhando de perto sua atenção foi imediatamente presa pelo brilho avermelhado deles. Só não sabia se tinha imaginado isso. 

Será que sua boca está com gosto de bolo de morango? Gostaria de provar pra saber..

Ela percebeu horrorizada que estava 'encarando' a boca dele enquanto ele falava. E descaradamente! Reprovou-se por seus pensamentos e desviou o olhar para seus olhos. 

— Só às vezes.— Disse  referindo-se aos olhos, dando de ombros. Como é que ele consegue ficar tão... relaxado? E porque tudo nele tem que ser tão... sexy?

 Ela sempre soube que aquele excesso de gostosura era um perigo para sua sanidade, mas agora o alerta de perigo estava soando mais alto do que nunca. O perigo obviamente não era sobre se apaixonar, ela não acreditava nesse tipo de coisa e se isso existia com certeza não aconteceria com ela, a garota que ria do "amor", ela fazia o tipo "só acredito vendo" e o amor era algo que nunca viu, e provavelmente nunca veria. O perigo do qual ela tinha medo era o desejo, algo que ela com certeza tinha, viu, e sabia que existia. 

Seus pensamentos foram interrompidos pelo som de batidas na porta. 

— Você tá esperando alguém?— Visita pra ela não era.

— Não... Será que é a pizza?— levantou-se e foi abrir a porta. Mesmo estando um pouco longe a ruiva conseguiu ouvir um sonoro "Abre logo essa porra Jellaaaaal". Esse cara tem uns amigos excêntricos, pensou.

A primeira pessoa que viu foi um cara de cabelos rosados (será que ninguém aqui tem o cabelo normal não? O de um é azul, o do outro é rosa, pensou), ele estava falando alguma coisa sobre um amigo da fairy tail e blá blá blá, ela não prestou atenção. A segunda pessoa olhava pra ela com uma expressão de choque, que via também no rosto da ruiva. 

— Gray? — Disse assim que encontrou a voz.


Notas Finais


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Obrigado por ler
Beijos e até a próxima.😘


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