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História Two of Him - You don't have to.


Escrita por: priscilamenezes

Notas do Autor


oie espero que gostem e comentem a opiniao de vcs!!!!!!!

Capítulo 10 - You don't have to.


Fanfic / Fanfiction Two of Him - You don't have to.

— A professora não disse que nós apresentaríamos na sala de aula? Estamos no auditório do colégio, Lana, o colégio todo está aqui, a Gabriela está aqui, o mundo está aqui. – a Pri disse andando de um lado pro outro e eu não sabia o que fazer para acalmá-la.

Depois da visita do Brian, eu tentei ao máximo ignorá-lo, achei que ficaria mais fácil de lidar com tudo, e focando nos estudos, consegui ocupar minha mente.

Estávamos na sala no auditório quando a Pri começou a ficar ansiosa demais; quer dizer, demonstrar a sua ansiedade, porque ela estava ansiosa com esse trabalho desde que soube do tema.

— Vai ser algo rápido, Pri, nós ensaiamos, o slide está legal, vai dar tudo certo! – disse tentando acalmá-la, mas ela não parava de andar de um lado pro outro.

— Eu nem arrumei meu cabelo, eu prendi, Lana, eu prendi, eu gosto dele solto... – ela continuou andando e eu me levantei, parando-a e segurando seu rosto.

— Você está linda, seu cabelo preso só destaca o seu rosto, o que é melhor ainda, porque sinceramente... Quem não quer ver o destaque dessa maquiagem? – disse sorrindo e ela sorriu. – Acredita em mim, você vai se sair bem, vai dar tudo certo, ok? – assenti com a cabeça e ela fechou os olhos, logo assentindo com a cabeça e me abraçando.

— Obrigada. – ela sussurrou e eu suspirei de alívio.

(...)

— Lana e Priscila! – a professora nos chamou ao palco do auditório e entramos de mãos dadas enquanto as pessoas nos aplaudiam. Nos separamos e cada uma ficou de um lado do slide que estava sendo projetado na parede com o tema “Orientação Sexual” e a bandeira LGBT.

A Pri respirou fundo e eu vi que ela não iria conseguir começar. Engoli a minha ansiedade por ela e aproximei o microfone da boca.

— Bom dia, eu sou a Lana Rossi e minha dupla é Priscila Menezes, nós vamos apresentar um breve seminário sobre Orientação Sexual, mostrando suas diversas vertentes. – sorri em forma de alívio e olhei pra Pri, que assentiu com a cabeça e apertou no controle, passando o slide e olhando pra plateia, observando o Shawn e o Brian na fileira da frente e olhando pra mim, me fazendo gelar, mas logo voltei a minha atenção pra Pri.

— O que é Orientação Sexual? – ela falou baixinho e com o microfone longe da boca.

— Não tô te escutando! – alguém da plateia lotada gritou e algumas pessoas riram, ela olhou pra mim e eu respirei fundo e suspirei, indicando que ela fizesse o mesmo.

— O que é Orientação Sexual? – ela falou dando um passo à frente e com o microfone mais próximo da boca, me fazendo sorrir de alívio. – Muitas pessoas persistem no erro de chamar de “opção sexual”, quando na verdade, isso soa preconceituoso e ignorante, pois não é algo que a pessoa escolhe, é algo que se sente, e diferente do que muitas pessoas pensam, uma pessoa homossexual ou bissexual já nasce com sua orientação sexual definida, mesmo que isso leve anos para ser aceito ou até mesmo descoberto pela própria pessoa. – ela respirou fundo rapidamente e andou mais pra frente, apontando pro slide que mostrava três fotos: um casal hétero se beijando, duas mulheres se beijando e dois homens se beijando. – O nosso trabalho vai focar em apenas uma parte das diversas orientações sexuais, focando em heterossexuais, bissexuais e homossexuais. – ela olhou pra mim e eu assenti com a cabeça, apertando no meu controle e passando pro próximo slide.

— O que são heterossexuais? São pessoas que sentem atração por pessoas do sexo oposto, enquanto homossexuais sentem atração pelo mesmo sexo, e bissexuais sentem atração por ambos sexos, ou seja, o melhor dos dois mundos. – uma boa parte da plateia riu e a Pri deu uma risada fraca. – Heterossexuais não enfrentam preconceito por sua orientação sexual, não são espancados na rua por serem héteros, não são mortos por serem héteros e muito menos expulsos de casa por sua orientação sexual, é com isso que chegamos ao termo: heterofobia. – apontei pro slide, que mostrava a palavra “Heterofobia” e um depoimento “Ele me xingou porque eu era hétero, heterofobia existe sim, e muitas vezes parte de homossexuais.”. Algumas pessoas da plateia riram, e era essa a reação que eu esperava. – Justamente... Engraçado, não? – dei uma risada fraca e observei melhor as pessoas. – Heterofobia não existe. Algumas pessoas homossexuais dizem ser heterofóbicas como uma forma de ironia, pois como eu disse antes, ninguém morre por ser hétero, o que é bem diferente da realidade das pessoas do meio LGBT, até porque... Tudo bem ser gay, mas não pode ser afeminado, né? Tudo bem ser bi, mas não por muito tempo, porque é indecisão, você tá em cima do muro, né? – respirei fundo e olhei pro slide, passando-o pro próximo. – Não. – me aproximei da parede e a Pri respirou fundo, voltando a falar.

— Muitas pessoas reprimem o que sentem por acharem que aquilo é uma fase, por exemplo, uma garota que sente atração por garotas, acha que é hétero que sente pouca atração por garotas, porque as pessoas têm essa visão preconceituosa de que bi tem que sentir 50% de atração por homens e 50% de atração por mulheres, e não é bem assim. – ela apontou pro slide e mostrou uma imagem de gráficos, mostrando “os tipos” de bissexuais. – Falemos um pouco de matemática. – ela disse sorrindo e algumas pessoas riram. – Você pode ser uma mulher e sentir 50% de atração por homens e 50% por mulheres, ou 30% de atração por homens e 70% por mulheres, ou até mesmo 10% de atração por homens e 90% por mulheres. Você sabe o que você sente, e com isso, você não é hétero. – ela deu de ombros e eu escutei alguém na plateia gritando “Graças a Deus!”, fazendo todos na plateia rirem, inclusive nós duas, que nos entreolhamos. Ainda bem, as pessoas estão interagindo, isso nos acalma. – Muitas pessoas vão falar que “ser bissexual” é uma fase, é algo que você vai experimentar pra saber se gosta, e eu não vou negar; eu concordo que, “beijar mulheres”, se você for uma mulher, pode ser só por uma experiência, mas quando há atração sexual envolvida, as coisas mudam. Eu conheço meninas que já beijaram outras meninas só pela experiência e continuaram heterossexuais. – dei uma risada fraca. – Você não “vira” homossexual ou bissexual. Você é. – ela olhou pra mim e eu sorri. – Mas são casos isolados, certo? Se você sente atração por uma pessoa do mesmo sexo e não só “curiosidade”, não se preocupe em se rotular. – ela respirou fundo. – Repito: não se preocupe em se rotular. Não se questione demais com “Meu Deus, o que eu sou? O que eu vou falar pros meus pais? Eu sou muito próxima da minha mãe, eu preciso falar isso pra ela.” Não, você não precisa. Primeiro, você precisa entender o que você sente. – eu a observava falar e sentia tanto orgulho dela, ela parecia tão focada, acho que nem tinha visto a Gabriela na primeira fileira, olhando toda orgulhosa pra ela. – Você deve se permitir sentir o que sente e se aceitar dessa forma, ok? – ela arqueou as sobrancelhas e eu sorri ao perceber todos prestando atenção nela. – Você não deve nada a ninguém; as pessoas acabam se rotulando porque a sociedade implora por isso... Não sabe o que falar? – ela deu de ombros.

— Ei, Priscila, você é o que? Gosta de homem ou de mulher? – falei a minha parte e ela sorriu, fazendo uma expressão de desdém, logo depois sorrindo calmamente.

— Eu? Ah, eu gosto de pessoas. – deu de ombros e todos aplaudiram, fazendo-a sorrir mais ainda.

— Com o tempo... – passei pro próximo slide, que mostrava uma foto de várias mães na parada LGBT. – Você vai se aceitando, se estabilizando emocionalmente e, se for de sua vontade, você conta pros seus pais, ou só pro seu pai, ou só pra sua mãe ou só pro seu cachorro. – dei de ombros e algumas pessoas riram. – Nós vemos muitos casos de homofobia dentro da própria família, então pra ter mais chances de evitar isso, é bom você ir conversando com eles antes, ir desconstruindo alguns preconceitos, perguntando a opinião e expondo a sua; no início não parece que vai adiantar muito, mas ajuda demais. – passei pro próximo slide e mostrava quatro fotos, uma era de duas personagens de uma série chamada “Skins UK”, Emily e Naomi, a outra de “Faking It”, Amy e Karma, a outra de “Glee”, Brittany e Santana e outra da mesma série, Kurt e Blaine. Algumas pessoas deram uns gritos ao verem o slide, o que me fez rir.

— O casal que mais me chama atenção entre esses quatro é o da série Faking It, a Amy e a Karma. – ela disse apontando pro slide. – Não sei se vocês conhecem a série, mas elas eram melhores amigas e acabaram “fingindo” um namoro só por popularidade... Parece idiota essa atitude, né? E eu realmente achei isso, e isso acabou desencadeando muitas sensações na Amy, que é a loira. – ela disse apontando pra tela e sorrindo. – Às vezes nós temos sentimento adormecidos, não sabemos que sentimos aquilo até acendermos a chama, digamos assim. – ela sorriu e respirou fundo. – Muitas pessoas vão dizer que esse sentimento deve ficar adormecido, que você escolhe sentir o que sente, mas... Não acredite nelas, porque não há nada de errado em amar. – ela parou por alguns segundos e sorriu, olhando pra plateia a sua frente. – Errado é julgar, é ser preconceituoso, é querer impedir duas pessoas de amarem, adotarem crianças e serem felizes. – Diga “não” ao preconceito, diga “sim” ao amor. – ela suspirou e todos se levantaram, aplaudindo e gritando.

Nós nos olhamos e sorrimos uma pra outra, nos abraçando pro longos segundos enquanto as pessoas continuaram aplaudindo.

— Ai meu Deus, conseguimos! – ela falou baixinho ainda no abraço e eu sorri mais ainda.

— Conseguimos! – falei me separando dela enquanto a professora se aproximava com um microfone na mão.

— Excelente trabalho, meninas! – ela falou sorrindo e elogiou parte por parte.

Depois de alguns minutos de ansiedade ali em cima do palco, voltamos à sala de espera e a Pri não parava de sorrir.

— Eu não acredito que eu consegui falar na frente de tanta gente, e... Na frente da Gabriela! – ela falou sorrindo e eu franzi o cenho.

— Você a viu? Achei que não tivesse visto. – me sentei ao lado dela e ela se levantou, andando de um lado pro outro na sala.

— É impossível eu não vê-la. – ela falou sorrindo e parou na minha frente. – É como se ela atraísse o meu olhar, como se fosse um ímã, sabe? – ela suspirou e eu assenti com a cabeça.

Era a primeira vez que ela falava dela daquela forma, tão abertamente e com tanto amor no olhar.

Ficamos nos olhando por alguns longos segundos, como se ela quisesse falar algo e eu pronta pra escutar.

— Eu... – ela falou baixinho e seus olhos estavam lacrimejados. – Eu... – ela abaixou o olhar e eu me levantei, abraçando-a com força.

— Eu sei. E eu te amo desse jeitinho. – fechei os olhos e suspirei, sentindo uma paz enorme e o alívio dela ao me abraçar com força. Não tem nada que me dê mais paz do que a paz dos meus amigos.

(...)

Quando acabou a última aula, eu disse pra Pri ir na frente, que eu ainda estava terminando de anotar o que tinha no quadro. Fechei o caderno, coloquei na bolsa e me levantei, andando até a porta, foi quando o Brian entrou, fechou a porta atrás de si e me olhou com aquele sorriso safado no rosto.

— Com licença. – falei tentando manter a calma e ele saiu da frente da porta, e assim q eu coloquei a mão na maçaneta, ele colocou a mão na porta com força, fazendo com que eu me virasse com o susto, fitando-o tão próximo a mim.

— Por que você tá fugindo de mim? – ele perguntou num tom baixo e eu respirei fundo, tentando manter a paciência.

— Eu não estou fugindo, eu estou indo pra casa, me dá licença? – me virei, mas ele ainda pressionava a porta com a sua mão; eu estava de costas pra ele e minha respiração estava ofegante, eu só não sabia se era de nervosismo, de raiva ou da tensão sexual que infestava aquela sala.

Ele não estava encostando em mim, a não ser pela sua respiração que acabava batendo no meu pescoço, e eu sendo muito menor que ele, deduzi que ele estava olhando pra baixo, e me arrepiei só em pensar no seu olhar em minha nuca desnuda. Por que esse garoto tem esse efeito sobre mim? Por que eu me permito me sentir assim perto dele?

— Fala logo o que você quer, Brian. – me virei e fitei seus olhos que focaram imediatamente a minha boca.

— Eu quero você, Lana. – ele falou num tom fraco e eu senti as minhas pernas tremerem. O meu coração estava acelerado, e não por conta de qualquer sentimento que eu tivesse por ele, e sim por conta da situação.

Ele não estava encostando um dedo em mim e eu estava trêmula só de pensar nele. Em mim.

Lana, você gosta do Shawn!

Fica difícil quando ele é igual a ele.

Fisicamente.

— Brian... – suspirei fundo e olhei em seus olhos, que fitavam os meus. – Você não vai conseguir nada assim. – dei uma risada fraca. – Me deixa sair. – ele me olhou decepcionado e tirou a mão da porta, se virando e andando até a janela da sala.

Suspirei fundo e fechei os olhos, me arrependendo do que faria a seguir.

— Por que... – falei e quase a minha voz não saía. Ele imediatamente se virou e me olhou surpreso, talvez por eu não ter saído da sala. – Por que você me quer? – dei de ombros. – Tem mil garotas nessa escola muito mais bonitas do que eu, então... Por que eu? – dei uma risada fraca e ele sorriu torto.

— Porque ele sempre quer o que eu quero. – escutei a voz do Shawn e me virei, ele estava entrando na sala e fechando a porta atrás de si, se aproximando de mim, mas olhando pro Brian. – Ele vai começar com um papo de estar gostando de você, vai dizer que não vai desistir de você e que sente algo desde que te viu. – ele disse olhando pro Brian e eu senti a raiva no olhar dos dois.

Meu Deus, eu estou entre os dois e eles estão com o maxilar travado, as veias saltadas e eu tô molhada.

Calma, Lana, foco, o assunto é sério.

— Pelo menos eu faço algo, não é, irmão? – ele falou se aproximando e eu não conseguia parar de olhar pros dois.

— Vocês têm que parar com isso. – dei uma risada abafada e os dois olharam pra mim. Ok, calma. – Eu não sou um prêmio de um jogo de um parque de diversões. – ri ironicamente. – Eu não tenho que escolher entre vocês dois, e eu não tenho que aturar isso. – fechei os olhos com força e depois olhei pro Brian. – Você me deixa confusa, parece que são duas pessoas lutando aí dentro, — apontei pra sua cabeça. – enquanto você, Shawn, — olhei pra ele. – você... – fechei os olhos e respirei fundo. – Tem a Mila, tem tudo isso, e eu... Eu tô confusa, eu to com muita coisa na minha cabeça, eu não posso pensar nisso agora. – falei passando por ele e indo em direção à porta.

— Você não ia contar do seu filho? – escutei a voz do Brian e travei. Senti o meu coração pulando do peito, mas ao mesmo tempo, algo esmagando-o. Senti meus olhos marejando e uma raiva misturada com tristeza me consumiu, me fazendo virar e fitar o Brian com os braços cruzados, enquanto o Shawn parecia com raiva do Brian por ter falado aquilo, como se ele soubesse.

— Brian... – engoli o choro e respirei fundo. – Do que você tá falando? – semicerrei os olhos e senti minhas pernas trêmulas, mas dessa vez era de raiva.

— Você não contou nada do que aconteceu em Miami, então... Eu conto. – deu de ombros e passou por mim, enquanto eu ainda estava paralisada. Ele saiu da sala e eu olhei pro Shawn, que com certeza tinha o que eu precisava no momento.

Nós estávamos a uma certa distância, mas eu dei apenas um passo e ele veio rapidamente em minha direção, me abraçando com força enquanto eu me agarrava ao seu moletom.

— Shawn, eu... – eu tentava falar, mas as lágrimas que não saíam me deixaram sem fala, sem saber nem o que pensar direito.

— Shhh, não precisa falar nada. – ele me abraçou com mais força e eu fechei os olhos, sentindo uma paz que eu não sentia há dias.

O Brian tinha tocado no meu ponto fraco, em um ponto fraco que eu negava pra mim mesma há muito tempo.


Notas Finais


ENTAOOOOO
O
Q
ACHARAM?????ESPERO Q TENHAM GOSTADO TO MT ANIMADA RSRS
MEU TT É MENDESBRIEN
MEU SNAP PRISCILAMENEZES
INSTA PRISCILAMW
CPF 938483SJKKKKKKKKKKK
AMO VCS


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