História Two Parts Of A Single Love - A Primeira Felicidade Da Pequena Hannibal

Mikene~

Enquanto dirigia, pensava em porque logo o Yamato.

[11 anos atrás...]

~Flashback

Estava sentada, sozinha, como de costume. Não queria ir pra casa depois de fazer as compras pro jantar. Mas o sinal tocou e eu saí da escola. Andava lentamente. Não tinha pressa, pois sabia o que aconteceria depois do jantar. Fiz as compras e segui para casa, com medo. Preparei o jantar. Meu pai chegou. Abaixei a cabeça. Ele comeu e foi ver tv. Arrumei a cozinha e subi para o meu quarto. Cerca de 20 minutos depois, ele irrompe porta adentro. Eu tremia. Ele pegou meu pulso e começou a me despir. Eu implorava para que não fizesse aquilo, chorando. Ele me ignorava. Depois de uma hora eu estava jogada no canto do meu quarto, sem minhas roupas, com várias marcas pelo meu corpo, que doía. Me levantava lentamente e tomava um banho, esfregando vigorosamente,na tentativa de tirar aquilo de mim. Eu tinha nojo de mim mesma. E naquela noite, eu juntei minhas coisas e saltei da janela. Eu quase quebrei a perna. Mas me levantei e vaguei a noite toda pelas ruas. Até que sentada na grama, encostada em uma árvore, uns garotos vieram falar comigo, sabia bem o que eles queriam. Eu os ignorava, mas eles me bateram. E eu fui salva por outro garoto. Ele era da minha escola. Ele me salvou. Me levou para sua casa e cuidou de mim. Disse que se chamava Yamato. Ele era alto, magro, bonito, gentil. Eu nunca esqueci o que ele fez por mim, principalmente na noite em que eu o beijei, me desculpando. Deixei um bilhete. Um bi-lhe-te para quem fez tudo aquilo por mim. E eu me envolvi com drogas. E eu me sentia santa por ser bela. A minha beleza me salvou. Eu fiquei amiga da dona de tudo. Martini. A Miss Cannabis. Mas seu verdadeiro nome era Raven Calderón. Ela tinha 22 anos na época. Eu tinha 17. Foi quando fiz minha primeira tatuagem, uma caveira envolta por uma cobra nas minhas costas. Doeu, mas não era nada perto do que eu passava em minha antiga casa.  Nesse tempo todo, soube que Yamato me procurou. Mas eu fugia dele.

Era melhor assim.

3 meses depois eu soube da morte do velho. Ele havia deixado uma fortuna para trás. Mas eu não podia tocar nela, apenas quando atingisse a maioridade. Então eu lutei, dei duro e entrei na faculdade. Eu cursei economia, administração, direito e me formei em ambos. Consegui meu primeiro emprego e  depois fui avançando.

~Flashback off

E cheguei onde estava. Pensando bem, ele foi a primeira felicidade que tive na vida. Foi um choque vê-lo novamente. E não gostei do fato do Yamato mentir para a Maika. Ele era mais velho do que eu, mas estava bem na aparência. Ainda com aquela cara de adolescente. Contei à Maika a história entre mim e Yamato.
-Mas... Por que ele mentiria? - Ela pergunta.
-Não sei...
-Mikene... Você gostava desse Yamato? - Essa pergunta me pegou de surpresa.
-Nunca pensei a respeito, naquela época, eu ainda estava meio traumatizada. E hoje eu só penso em você. - Maika não pareceu totalmente convencida. Mas também não fez mais perguntas.

Maika~

Dormi durante o restante do trajeto e Mikene me acordou quando chegamos na minha casa. Meus pais estavam fora, então resolvi chamá-la para entrar. Eu tinha que ter cuidado. Afinal, meu pai conhecia a Srta. Hannibal, já haviam feito negócios. Mikene sorriu e entrou.
-Com licença... - Disse e tirou os sapatos. Só então havia notado seu tailleur e o scarpin. Sempre que ela usava essas roupas, suas curvas eram realçadas pelo corte justo e acinturado das mesmas. Eu meio que... gostava disso. Ela notou meu olhar e sorriu de um jeito malicioso.
-A-Aaah. Estou com calor. - Ela disse. O que obviamente era mentira. Tirou seu blazer e desabotoou 4 botões de sua camisa branca impecável. Corei de leve e segui para a cozinha.
-P-Posso te servir alguma coisa?
-Qualquer coisa alcoólica. - Ela sorri.
-Você não tem jeito mesmo.... - Resmungo. Pego algumas garrafas de cerveja na geladeira e sigo para a sala com Mikene. Coloco as garrafas sob a mesinha de centro, ligo a tv e me sento. Mikene se deita no meu colo. Passava da meia-noite. Estava passando um filme. Decidi deixar ali mesmo e Mikene se sentou e abriu uma garrafa. Bebeu, parecendo feliz. Ri e uma cena de sexo explícito se iniciou no filme. Arqueei as sombrancelhas e mudei de canal. Mikene riu e vi que ela já estava na terceira garrafa.
-Não fique bêbada, ok? - Advirto, sorrindo.
-Hmm. Não seria má ideia dormir aqui, não concorda? Ela me olha de um jeito sexy. Meu coração acelera e eu coro. Ela se aproxima e vira meu rosto na direção do dela. Me olha e me beija profundamente por vários segundos, e eu a afasto para pegar fôlego. E ela beijou meu pescoço, dando leves chupões.
-M-Mikene...
Ela desceu sua mão e tirou minha blusa, logo depois colocou-a nos meus seios, apalpando-os, e depois foi descendo com os beijos e chupou meus mamilos.
-I-Isso é injusto... -Digo e termino de desabotoar sua camisa, beijando seus seios e os mordendo sem muita força. Ela continua a deslizar sua mão pelo meu corpo, apertando minha bunda. Desço minha mão até sua intimidade e começo a masturbá-la. Ela geme.
-Mikene...
-Hmm?
-Quantos anos você tem realmente?
Ela hesita e geme quando coloco outro dedo.
-Vinte e oito... - Murmura baixo. Fico surpresa e a olho.
-Sério?
-Sim. - Ela ri e começa a acariciar minha intimidade, mordendo minha orelha. Eu gemi baixo e ela penetrou dois dedos em mim. Começou a movimentá-los e me beijou, abafando meus gemidos. Ela continuou me tocando e eu a ela até que uma fizesse a outra gozar. Depois fomos pro meu quarto para tomarmos banho. Liguei o chuveiro e enquanto Mikene lavava meu cabelo, ela observava meu cabelo.
-Seu cabelo me lembra o da minha mãe. -Isso me pegou totalmente de surpresa.
-Mesmo? Como ela era? - Perguntei.
-Era da minha altura, com curvas bem menos acentuadas que as minhas. Um cabelo muito longo... - Ela acariciou meu cabelo depois de tirar toda a espuma dele - e era gentil. Tinha olhos como os meus. - Mikene sorria. - Era linda. - Concluiu.
-Não está comigo porque pareço sua mãe, né? - Sorri e ela sorriu, me abraçando por trás, com uma mão acariciando meus seios pequenos.
-Claro que não. Eu não tocaria na minha mãe desse jeito. Isso é bem mais atraente... - Inflei as bochechas e dei um tapinha em sua mão. Esfreguei suas costas e dali a pouco saímos.
Mikene me empurrou na cama, eu ainda estava de toalha.
-Mikene?
-Relaxe e fique de bruços. Te farei uma massagem hoje. - Ela sorriu, dizendo isso perto do meu ouvido. Fiz o que ela mandou e ela pegou um pouco de creme hidratante e começou a massagear minhas costas.
-Você... É realmente boa nisso....
-Que bom que está gostando. - Ela diz.

Mikene~

Depois de alguns minutos, para minha surpresa, Maika havia adormecido. Eu ri e procurei roupas limpas em seu armário. Ao pegar uma blusa para ela, vi uma foto dela abraçando um garoto. Eles eram praticamente opostos. O garoto era alto, loiro e com olhos de um castanho esverdeado. Ele a carregava e ela sorria, parecia se divertir. Fechei a porta do armário. Me vesti e depois vesti Maika, a colocando para dormir em uma posição mais confortável. Me deitei ao seu lado e dormi, depois de ter minha mente completamente cheia de dúvidas:
Quem era aquele garoto?
Por que ele estava com a Maika?
Por que pareciam tão próximos?
O que ele significava para ela?

"Estou realmente me mordendo de ciúmes."

Esse foi meu último pensamento antes de dormir.