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História Two Sides Of The Mirror - Ato 12: Reencontro


Escrita por: PsicoPoney

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 13 - Ato 12: Reencontro


–Há quanto tempo, Chrome.

A voz de Hibari se fez presente novamente, e a jovem permaneceu imóvel. Neste momento ela se deu conta de uma coisa; seu plano fora muito mal planejado.

Chrome –

Eu estava maluca? Havia perdido a noção das coisas? Entrar na casa do Hibari assim do nada? Agora que estava tão perto dele, aquela ideia se mostrou muito insana.

Eu mantinha meu revolver erguido, mas não tinha a menor intenção de atirar:

–É Nagi agora... – foi tudo que consegui responder.

Ainda de costas para mim, ele retirou o revolver da cintura, o colocando sobre a mesa, ao lado das chaves:

–O que quer? – indagou meio ríspido.

–Te ajudar

–É irônico você dizer isso enquanto aponta uma arma pra mim – ele se virou.

O lugar estava meio escuro, mas eu consegui ver seu rosto mais nitidamente do que pensei. Algumas mechas de seu cabelo estavam úmidas e aquele olhar, sim, aquele lindo olhar. Corei só aquele simples gesto, mesmo depois de tanto tempo, ele ainda consegue me deixar sem palavras. Desviei o olhar, abaixando o revolver, o colocando sob a mesa de centro:

–Você é um alvo da máfia... Sabia? – indaguei me atendo a fitar o chão.

O silencio se fez presente, mas ele acabou respondendo:

–Sei sim – disse simplório.

O olhei meio incrédula; como podia estar tão calmo? Aquela situação toda era muito seria e mesmo assim ele consegui se manter calmo!

–Você esta sendo imprudente! Agindo tão calmamente quando sua cabeça esta a premio? Esta querendo se matar? – acabei me exaltando.

–E o que acha que devo fazer? – sua voz soou imponente.

Passei o olhar pelo cômodo, na verdade talvez nem eu soubesse ao certo o que fazer. No momento a máfia esta atrás dele então... O olhei:

–Se afaste do cargo – uma loucura, mas talvez a única maneira dele sair com vida desse jogo.

Ele desviou o olhar:

–Se foi pra isso que você veio, esta perdendo seu tempo – ele deu as costas para mim e foi em direção a outro cômodo da casa.

Impulsivamente, fui até ele, e peguei seu braço:

–Mas Hibari-

Antes que eu pudesse continuar, ele se virou e subitamente segurou meus pulsos e empurrando-me contra a parede. O moreno aplicava certa força sob meus pulsos e me encarava tão intensamente que por uns segundos perdi o ar:

–Você é a pessoa mais imprudente que conheço, então não me venha com lições de segurança – disse ríspido ainda a me encarar.

Estávamos próximos de mais e eu podia sentir sua respiração; meu coração estava a mil e meus pensamentos uma bagunça. A pressão sob meus pulsos se tornou mais violenta, formei uma expressão de dor em minha face. O moreno entendeu e passou a aplicar menos força.

Eu não conseguia olhá-lo, matinha o olhar fixo ao chão. Uma das mãos do moreno soltou meu pulso e pousou sob meu queixo, forçando-me a olhá-lo. No fundo eu senti... Arrependimento? Sim, pela primeira vez, aquela lembrança da despedida me trouxe um amargo gosto de arrependimento.

Vê-lo ali, me olhando com tanta reprovação me vez lembrar do dia em que me despedi; o dia em que vi aquele mesmo olhar:

–Eu só... – minha voz começou rouca e parecia estar presa a minha garganta – Eu só não quero que você se machuque – uma lágrima desceu em minha face.

Sua mão deslizou de meu queixo indo de encontro à lágrima, a secando. Ele soltou-me, contudo permaneceu próximo a mim. Seu olhar agora parecia mais brando. Depois de secar minha única lágrima, ele virou:

–Eu não pretendo deixar meu cargo e não há nada que possa fazer pra mudar de ideia.

Ele adentrou até um dos cômodos, acendendo a luz do mesmo. Fiquei encostada a parede do corredor. O que fazer? O que eu posso fazer? Tudo parecia uma bagunça. Meu olhar intercalava entre a porta do cômodo em que Hibari se encontrava e o chão da casa.

Ainda sem ter ideia do que fazer, fui até a sala, pegando meu revolver que jazia sobre a mesa de centro. Acolhi meu rosto em uma de minhas mãos. Tenho que fazer algo, ou o Mukuro o fará.

Parei na porta da sala e, antes de sair, disse bem alto:

–Eu não vou desistir. – e sai.

Desistir de salvá-lo? Não, eu realmente não quero. Naquele dia, o dia da despedida, eu entrei na frente dele sem pensar duas vezes. Coloquei-me na frente da arma de Mukuro, isso por que queria vê-lo bem, e ainda quero. Enquanto dirigia, meus pensamentos se embaralhavam e, pela primeira vez depois de anos, me pego questionando se realmente fiz a melhor escolha. E se eu tivesse ficado em Namimori? E se... Eu tivesse ficado com o Hibari?

Cheguei em casa, ao menos por hora é minha casa. Mukuro dormia em um colchão, ao seu lado o meu. Suspirei aliviada ao vê-lo dormindo, estava cansada e confusa de mais para perguntas. Deitei-me e sem perceber acabei caindo no sono.

///

Ao longe dali, um grupo de homens conversava enquanto bebiam. Um grupo de mafiosos fortemente armados que viviam as sombras. Sim, eles seriam os novos participantes desse jogo, mas seu alvo não era o mesmo.

Enquanto um bebiam , outros limpavam suas armas e um grupo menor jogava dardos:

–Sim, esta na hora do acerto de contas – um deles dizia aos berros.

–Concordo, Aneki. – respondeu outro enquanto jogava um dos dardos ao alvo.

No alvo, uma foto, a de Mukuro. Um sorriso brotou nos lábios de um dos homens enquanto fitava a foto:

–Vamos ver se conseguira escapar dessa, maldito!


Notas Finais


Espero que tenham curtido :3


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