História Two Souls - Sombras em Movimento

-Bethanye?

Puta merda, a Miih chegou.

-Oi Miih.  Aonde estava mulher? Disse disfarcando o nervosismo.

-Eu tenho uma coisa pra te contar e...
Parou enquanto analisava tudo ao redor. Fiquei nervosa, minhas mãos começaram a suar.

-Bethanye, tem mais alguém aqui? Perguntou.

-Não.
Não faço idéia de o por que menti.

Estava com vergonha. Será? Mas eu nem sinto nada pelo Tae, ou sinto?

-Hum. Sei. Disse ela.

-Então, o que quer conversar comigo?
Disse mudando de assunto.

Respirou fundo e sentou-se, fiquei mais nervosa, havia algo de errado podia sentir vindo dela.

-Beh, o Ji Yong,
Fez uma pausa dramática
-os meninos...

Senti um aperto no peito. Ela passou as mãos nos cabelos, ela parecia nervosa e decepcionada também.

-Sim desembucha.

-Acho que eles podem estar relacionados a aquelas pessoas que perseguem você.

Meu mundo parou, junto com meu coração, ela não podia estar falando serio. Eu acabei de... eu e o. Ele... não, não, só pode ser mentira. Não é possivel que eles estejam tão desesperados atras de mim assim, que cheguem a esse ponto. O que diabos querem comigo?

-Como assim Miih? Tem certeza disso?

-Certeza não tenho, mas pode ser que sim.

Parecia ate pegadinha, virei para pia, fingindo mecher nos temperos segurando minha vontade de chorar.
-Como sabe disso?

-Eu, encontrei Ji Yong mais cedo do que o normal na YG, pegamos o elevador juntos e ele desceu um andar antes do andar da gravacao, e eu o segui. Todos os outros estavam lá. Daesung, Top, Seungri e Taeyang.

Ela fez uma pausa novamente. Já estava começando a ficar angustiada.

-Para de enrrolar e diz de una vez.

-Eles estavam mexendo com magia, e vi neles a marca do grupo que anda atras de você.

O tempo parou, perdi o chão, minhas pernas ficaram bambas e fiquei com falta de ar, Miih veio ate mim, e pegou em meu braço, me ajudando a sentar na cadeira.
Passei a mão pela testa e estava suando frio, não esperava por aquela noticia, aquilo foi como uma facada nas costas. Uma traição. E ele estava la em cima, no meu banheiro. Eu transei com ele e agora isso? Ele não havia descido ainda, ele concerteza deve ter escutado o que a Miih disse.

-Você esta bem? Perguntou me dando um copo de agua.

Eu apenas forcei um sorriso pra que ela ficasse tranquila, pedi a ela que olhasse a comida enquanto iria ao banheiro, uma desculpa esfarrapada pra ter uma conversinha com Taeyang.
Subi as escadas explodindo de raiva, por ele, por ter me entregado a, por ele mentir pra mim, por ter me usado.

Maldito desgracado.

Entrei no quarto e ele não estava mais lá.
Sabia que tinha ouvido a conversa, mas isso não vai ficar assim, ele vai me pagar, vou fazer com que se arrependa por se meter comigo, se ele acha que vai conseguir me levar, sequestrar ou sei la o que, ele vai ter trabalho, vai ter muito trabalho.

Desci as escadas decida a destrui-lo, minha raiva era tão grande, que era capaz de descontar no primeiro que aparecesse na minha frente.

-Eles não vão me pegar.
Disse cerrado os punhos, e acho que a Miih ficou um pouco assustada, por que a mesma me olhava com uma expressão tensa.

-Eu vou faze-los pagar pelo que fizeram a minha mãe.

Disse e lagrimas correram meu rosto. Estava com tanta raiva, queria vingança.




O dia se passou lento, após o baque da noticia que a Miih havia me dado, a cama foi minha companheira pelo resto do dia. Olhei pela janela e notei que já estava noite.

Sair...

Pensei, mas não estava nenhum pouco afim.
Mas parece que a Miih não estava afim de ficar em casa, por que ela chegou invadindo meu quarto, e indo direto no meu guarda roupa. Por um momento até achei que ela iria pegar alguma roupa emprestada, ate jogar um vestido preto em cima de mim.

-Este esta otimo. Anda levanta, a gente vai sair.

-Não to afim, vai você.
E virei pro outro lado

-Não to te perguntando. Anda levanta.
Disse ela me arrastando da cama, me fazendo cair de bunda no chão.

-Ai Miih.
Disse passando a mão no bumbum.

-Não quero ir. Não to no clima.

-O que você tem Beh? Pesou a energia da casa o resto do dia todo depois que eu falei aquilo dos meninos. O que houve?

-Nada Miih.
Não queria falar, nem pensar em tudo o que ela havia me dito. Me sentia traida, enganada, usada. Só de lembrar, ja sentia meu peito queimar de odio.

-Beh, eu mais do que ninguém, conheço você muito bem. Então não adianta mentir pra mim, por que eu sempre vou saber quando você esta bem ou não.

Ela tinha razão, eramos amigas a muito tempo, não tinha como e nem por que mentir ou esconder algo da Miih.
Ate por que se eu não contasse ela ia descobrir do mesmo jeito.
Então sentei na cama,  e contei tudo a ela, desde do primeiro dia em que o vi no avião, até o sexo quente e pegado que fizemos no apartamento. Mas pra variar, a única parte mais interessante a ela foi o sexo.

-Você e o Taeyang fizeram o que?!
Disse ela quase que aos gritos.

-Shhhh.
Fiz, calando a boca dela com a mão.
-Não grita. Não é pra tanto

-Como não é pra tanto? Você transou com Taeyang,  um possivel inimigo.

-Eu sei disso. Não precisa me lembrar desse detalhe tá.
Baixei a cabeca.

-Você gosta dele não é?

-Eu acho...

-Ah, você acha?
Disse ela fazendo uma cara de quem diz “ aham, sei”.

-Então tá.
Se levantou indo nem direção aos meus sapatos.

-Então, você vai se arrumar, ou eu vou ter que te arrumar a força?

-Não tem outro jeito não é?

Miih balançou a cabeca em negativo.

Com o meu vestido preto de cauda média, com um decote que ia até um dedo abaixo dos seios, meu salto preto e cabelos ao vento, entrei na boate. Alguns viraram e nos encararam outros pareciam bebados demais prestar atenção em algo.
O lugar era muito bonito, pessoas dancavam conforme a música tocava num ritmo dancante.

-Vou pegar umas bebidas.
Disse Miih

Eu assenti e fui me direcionando para a pista de dança, e conforme a música tocava, meu corpo acompanhava.

Não pode se esconder.

Aquela voz... de novo...
Minha cabeca começou a girar e minha visão ficou turva, a música impossivel de  não se ouvir, parecia distante.

Eu vim te buscar princesinha. Você é minha.

VAI EMBORA!

Você não pode se esconder. Aonde você  for, eu saberei

Disse a tenebrosa voz.

Sai pela porta dos fundos que dava num beco ao lado da boate onde estava, afim de pegar um ar e voltar ao normal.

Pobre princesinha. Tão indefesa

Ventos fortes se iniciaram, ouvia varias vozes diferentes ao mesmo tempo, dentro da minha cabeça.

O que está acontecendo.

As sombras se moviam em minha direção, vozes sussurravam dentro da minha cabeça, que latejava de dor me fazendo achar que a qualquer momento, ela fosse explodir.

Não pode fugir

Diziam as vozes.

ME DEIXEM EM PAZ!

Meu gritou ecoou pelo beco. Silêncio.

As vozes sumiram e as sombras não se mexiam mais.

Ouvi barulho de passos.

-Olá princesa.