História Two Souls - Sonhos reais???

Acordei assustada, com o coração a mil por hora, olhei assustada querendo saber onde estava, o lugar não era estranho...
-Ainda estou no meu quarto.

Pensei aliviada, sentei na cama e senti algo escorrer por minha boca.

Sangue

Tinha sangue escorrendo pelo meu nariz, tentei me levantar da cama pra pegar um algodão pra limpar o nariz, mas fui impedida por uma pontada de dor descomunal em minha barriga, que me fez soltar um gemido abafado de dor. Olhei para o local onde a dor estava, e vi sangue pela camisola.

Que isso?!
Pensei.

Imediatamente levantei a camisola e

Nada

Não havia nada, nenhum vestigio de sangue ou ferimento aparente. Fechei os olhos e respirei fundo, procurando me acalmar.

Calma Beh, foi só mais um pesadelo. Mais um maldito pesadelo.

Disse bufando de raiva. A dor assim como o “sangramento” desapareceram. Fui até a cozinha beber um copo de água, e me acalmar. Esses pesadelos, sempre os tive, desde que minha mãe morreu, eles se fazem presentes, sempre cheios de terror, aflição, as vezes tem sangue, mas nada que chegasse ao ponto de realismo de hoje.
Comecei a pensar em minha mãe. Nas coisas que ela me dizia, ela sempre dizia que eu tinha um dom, e que eu era uma garota muito importante, que sempre deveria prestar atenção em meus sonhos e nos sinais. Nunca entendi o que ela queria dizer com os sinais.
Quando eu era pequena, ela me deu um colar, com uma pedra azul no meio, disse que eu deveria sempre guardar esse colar, que era como uma proteção. Lembro de uma vez em que essa pedra começou a brilhar, assim do nada, uma luz tão forte e tão linda, senti algo de diferente ao tocar na pedra naquele momento. Me senti ligada a ela, como se tivessemos nos tornado um só.
Contei a minha mãe no dia seguinte, e ela disse que a partir daquele momento, aquela pedra fazia parte de mim. Depois dessa noite, as coisas começaram a mudar. Comecei a ver coisas que as outras pessoas não viam, fazia coisas que as pessoas não faziam, não contei pra ninguém claro, afinal de contas, quem iria acreditar que uma menina de 12 anos, conseguia mexer com a natureza? Quem acreditaria que eu via pessoas que na verdade não estavam ali?
Prefiri guardar tudo pra mim mesmo.
Olhei as horas, ainda eram 2:00 da manhã, resolvi fazer um copo de leite, desci para a cozinha, pus água para esquentar, fechei meus olhos na tentativa de me acalmar.
Aquele sorriso veio em minha mente... Um vento frio passou pela cozinha, o que era muito estranho, por que todas as janelas já estavam fechadas, tenho certeza disso por que foi eu quem as fechei antes de irmos dormir, um medo repentino tomou conta de mim e travei na cozinha, não conseguia me mecher. Derepente, aquele rosto, aquele rosto que vi  no avião, veio em minha cabeça, e o medo que estava sentindo, desapareceu.

Oque está acontecendo? Esse garoto...
Pensei.

-Acordada a essa hora Beh? O que houve Mais pesadelos?

Miih apareceu na cozinha, cortando meus pensamentos. Miih sabia da minha condição, assim como eu sabia da dela, éramos diferentes uma da outra, mas éramos parecidas nesse ponto, ela também via e ouvia coisas, tinha um colar parecido com o meu. Nos aproximamos por conta disso e viramos amigas, irmãs.

-Sim, mais um desses pesadelos malditos .

Disse com raiva, pegando um copo e uma colher no armário.

-Ouvi um gemido vindo do seu quarto.

Respirei fundo e passei a mão na cabeça. Estava de costas pra ela, então ela não havia visto o sangue no meu nariz.

-Foi feio dessa vez, não é?

Me perguntou fazendo uma cara de preocupada. Me virei, e mostrei o sangue que havia no meu nariz, que com o nervosismo acabei esquecendo de limpar, se a Miih não tivesse aparecido, ela ia ver isso no dia seguinte.

-MINHA NOSSA BEH!!! Disse assustada. O que houve?

Nos sentamos a
mesa, e contei a ela detalhes do sonho, e do que havia acontecido na cozinha, quando eu ia falar sobre o garoto de mais cedo, algo prendeu minha fala e eu não consegui pronunciar, como se algo não quisesse que eu falasse dele pra ninguém,simplesmente calei-me.

-Mas você está bem, não é.

Respirei.
E como em um passe de mágica...

-Sim, eu estou bem.

Respondi surpresa por ter conseguido falar. Dei o primeiro bocejo, seguido pela Miih, nos olhamos e sorrimos. Decidimos ir dormir. Miih insistiu pra que eu dormisse com ela, mas consegui convence-la a me deixar dormir sozinha com a condição de que eu pelo menos deixasse a porta aberta. Louca.
Olhei as horas, eram 3 da manhã, deitei e fechei os olhos, com medo de que tivesse pesadelos novamente, mas eles acabaram não vindo e pude dormir tranquila, dessa vez.

-Beh?! Beh acorda mulher.

-Hummm

-Beh?! BETHANYE!!!

-OI!? Que isso Miih? Ta louca?

-Levanta, se não vamos nos atrasar.

Abri os olhos e me lembrei da reunião

-PUTA MERDA!!!

Dei um pulo da cama, corri para o banheiro, tomei um banho rápido, ao sair, minhas roupas já estavam em cima da cama e a Miih estava indecisa entre uma botinha cm salto e um sneakers.
Vesti o jeans, um top e uma camisa larga por cima, escolhi um salto diferente do que ela tinha em mãos. Um sapato fechado com salto agulha. Fiz a make mais rápida da minha vida, olhei as horas eram 9:15.

-Que horas é a reunião Miih?!

Gritei do quarto pra ela na sala

-As dez, e já estamos...

-Atrasadas, eu sei. Respondi.

Peguei meus oculos e minha bolsa. Desci as escadas correndo, peguei a Miih pelo braço e descemos para o estacionamento, pedimos um táxi e corremos para a YG Entertainement.
Ao chegarmos lá, havia muitas garotas com cartazes, com nome Big Bang, e os nomes dos garotos. Entramos na YG. Mih foi falar com a recepcionista, em segundos nos direcionamos ao elevador. As portas se abriram e nos duas entramos, enquanto Miih  mexia no celular, vi algumas pessoas passarem pelo elevador, e antes que a porta se fechasse eu o vi.
Esse rosto, eu o conheço...
Era ele. O mesmo garoto do avião. Passou e me viu, nos olhamos rapidamente, e aquele frio na barriga se fez presente novamente, aquela corrente elétrica passou por todo meu corpo novamente. As portas do elevador se fecharam, e eu me vi no reflexo, minha expressão era de susto total. Ver ele, de novo, e aqui.

Ah não, não me diz que ele trabalha aqui...

Chegamos ao andar, as portas se abriram, e caminhamos pelo corredor, estávamos sorridentes e confiantes. Nos direcionamos a única porta que havia naquele andar. Abrimos a porta, numa ponta da mesa estava um senhor de semblante simpático e convidativo, que logo deduzir ser Papa YG. Olhei na outra ponta da mesa.

Essa não....