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História Two Worlds Collide - What I would do?


Escrita por: LoverA

Notas do Autor


Good Read *_*

Capítulo 56 - What I would do?


Fanfic / Fanfiction Two Worlds Collide - What I would do?

Quando o alarme soou o restante do grupo aproveitou a falta de atenção dos “atacantes”, Blair tirou da bolsa de mão que carregava oque parecia ser uma arma de choque, apontou em direção a Megan e disparou, quando os fios elétricos entraram em contato com corpo da morena não demorou para que a descarga elétrica tomasse conta a fazendo cair, Blair tirou o cartucho que antes guardavam os fios elétricos, colocou a arma em sua bolsa e começou a correr atrás de Serena.

O segurança de Chuck aproveitou o momento de distração para se aproximar de Shawn, circular o pescoço do garoto com os braços e apertou até que o menino apagasse, Chuck vendo que o homem resolveria a situação correu a procura de algo útil e não demorou muito para que chegasse em frente a uma porta preta no longo corredor, assim que conferiu para ver se estava aberta entrou tendo a visão de uma sala longa cheia de telas, enquanto se aproximava pode notar três cadeiras de couro preta, três teclados e algumas entradas no grande painel embaixo dos teclados, sem demorar ele sentou na cadeira do meio e plugou seu pen-drive em uma das entradas. Ele não queria perder tempo.

Enquanto o moreno se preocupava em arranjar informações, Serena corria pelo corredor a procura de Camila e Lauren, não demorou para que a loira achasse uma porta de cor preta, as sirenes altas ainda soavam e um tipo de vapor saia pela fresta da porta, a menina chegou perto da porta e conferiu, quando viu que estava fechada pegou um cartão, encaixou onde devia e rapidamente conseguiu abrir, quando o vapor ameaçou entrar em seu nariz ela o tampou com a camisa. Sabendo que precisava ser rápida a loira entrou no quarto a procura de alguma coisa, o vapor a impedia de ver a decoração mais assim que viu um vulto em uma roupa laranja correu até ele, ao se ajoelhar teve a pior visão do mundo.

Serena deixou uma lagrima cair ao ver o rosto pálido e cheio de olheiras de Camila, Blair se aproximou com um pano no rosto, ao notar a morena Serena se controlou para não desabar. Com a ajuda da morena as duas levantaram a latina e correram pra fora do quarto antes que o gás as apagasse também.

***

Verônica corria com Nate em seu encalço, quando achou uma porta preta parou e percebeu que um uma fumaça saia por baixo, antes que ela pudesse pensar em fazer algo o menino arrombou a porta com o moletom em volta do nariz e da boca em forma de proteção, em menos de dois minutos o garoto voltou com uma Lauren desacordada, em roupas laranjas estilo prisão. A menina estava mais pálida do que já era, os braços roxos e marcar nos pulsos.

Os dois sabiam que precisavam correr então refizeram o caminho que vieram, ao passarem por onde deixaram o encapuzado perceberam que ele tinha sumido, sem se preocupar muito com isso seguiram caminho se preparando pra qualquer surpresa. Não demorou muito para que chegassem onde deveriam encontrar os outros, ao perceberem que não tinha ninguém correram pra fora, seria mais seguro esperar na limusine.

- Nate, socorro – Blair gritou a plenos pulmões os fazendo parar em direção a saida.

- Consegue carregá-la? – Apontou para Lauren com a cabeça.

- Consigo, vai ajudar suas amigas – Pegou Lauren no colo.

O garoto vendo que ela agüentaria correu pelo túnel encontrando Blair com uma Camila desmaiada no chão e uma Serena tonta encostada a parede.

- Ela respirou muito gás, não consigo levar as duas – O menino concordou pegando Camila no colo.

Blair serviu de apoio para a melhor amiga e o grupo saiu rapidamente do túnel.

Ao chegarem na limusine Nate ajudou todas a entrarem ficando do lado de fora de guarda.

***

Chuck terminava de copiar oque precisava para o Pen-Drive, a porta se abriu em um estrondo o fazendo olhar pra trás irritado, seu segurança estava com uma arma na mão olhando pra fora, o menino guardou o pequeno objeto preto em segurança e saiu andando de forma tranqüila, os alarmes já tinham parado de soar mais ele sabia que não poderia demorar então começou a correr com seu segurança logo atrás.

Uma pessoa o viu correr mais continuo em silencio o vendo partir, assim que o menino sumiu de seu campo de visão, correu para a sala que ele acabará de sair minutos atrás. Sentou na cadeira da esquerda e conferiu se algo tinha sido copiado ou apagado, assim que percebeu que tinha perdido coisas muito importantes socou a mesa, sabia que não poderia mexer no resto, não era de seu interesse de qualquer forma.

As portas se abriram fazendo o encapuzado olhar pra trás, Tyler trazia uma Megan desacordada nos braços, segundos depois Shawn apareceu atrás dos dois. Ambos sem as marcaras, a pessoa trajada de preto se aproximou pegando a menina no colo, colocou a morena ainda desacordada em um sofá de três lugares de couro preto, após ver que a menina estava confortável virou sua atenção para os dois garotos que de acordo com seu pensamento eram idiotas.

- Que porra aconteceu aqui? – Manteve a voz controlada – Deixamos vocês sozinhos por algumas horas e Chuck Bass consegue informações que não devia.

Os dois garotos abaixaram as cabeças.

- Vamos esperar Megan acordar, quando Black Coat chegar não vai ser nada agradável – Avisou se sentando em sua cadeira ainda de frente para os garotos.

Megan demorou algumas horas pra acordar, ainda sentia seu corpo sendo tomado pelos choques enquanto abraçava os joelhos, a morena não falou nada, apenas ficou ali em silencio tentando ter controle sobre o próprio corpo de novo. Os dois meninos seguiam em silencio, ambos de cabeças baixas no fundo da sala, eles sabiam que quando aquele maluco chegasse as coisas ficariam serias, ficariam serias pra eles. A pessoa calma de preto apenas mexia de forma distraída no celular, esperando pacientemente a chegada das únicas duas pessoas que julgava importantes naquele lugar.

As pessoas que faltavam passaram pela porta, era possível ouvir a respiração pesada que tomou conta dos dois garotos ao fundo, as pessoas trajadas inteiramente de preto sentaram em seus devidos lugares, a da esquerda saiu do telefone olhando pra frente.

- Chuck Bass saiu daqui a poucas horas, levou informações importantes, quando cheguei os dois idiotas trouxeram Megan desmaiada – Sem falar nada os corpos se viraram.

Um som incessante de digitação soava pelo ambiente, o silencio estava infernal. Não demorou muito para que as pessoas viradas para os monitores se entreolhassem e tornassem a virar, a da direita olhou pra Megan que ainda abraçava os joelhos, levou seu olhar para os dois garotos notando as expressões baixas assim como as cabeças.

- Oque aconteceu? – A do meio falou, pela voz computadorizada ninguém conseguia saber como realmente soava sua voz, a sim como das outras duas restantes.

Megan foi a primeira a agir, endireitou a postura no sofá, cruzou as pernas e estalou o pescoço. A morena ajeitou os cabelos de forma lenta e levou o olhar assassino para os dois meninos, se vingaria por ter sido eletrocutada.

- Quando cheguei aqui os dois idiotas estavam conversando sobre um jogo, a luz dos sensores de movimento estava ligada, quando eu fui ver as câmeras Verônica e alguns amiguinhos dela estavam nos túneis, aquela loira prima da Camila estava junto – Voltou seu olhar para as figurar imóveis nas cadeiras – Levei os dois pra fora pra tentar consertar a merda que deixaram acontecer, só que algum desses imbecis soou o alarme e aquela vadia me acertou com uma arma de choque.

As três pessoas se entreolharam, os dois garotos imersos em pensamentos nervosos e cheios de medo, a do meio olhou pra Megan e se levantou.

- Vá pra o hotel, veja o quanto consegue descobrir, não se envolva. Preciso de você concentrada no campeonato Spirit – Estendeu a mão para a menina a ajudando a levantar – Manterei contato.

A morena concordou soltando o aperto de mãos e saiu sem olhar para os garotos que ficaram pra trás.

- Já vocês dois – Virou a atenção para os meninos – Vamos ter uma conversa.

Voltou a se sentar em sua cadeira fazendo as duas a seu lado sorrirem por baixo das mascaras.

P.O.V Lauren

Acordei em uma cama macia, fui abrindo os olhos de vagar tentando me acostumar com a luz, assim que vi um quarto totalmente diferente do que estava há algum tempo atrás, me preparei para saltar da cama, mas a dor que tomou conta do meu corpo segundos depois que abri os olhos me fez repensar essa ação. Gemi de dor movendo meu corpo devagar para pegar outro travesseiro e colocar atrás da minha cabeça, assim que tive uma visão mais clara do quarto comecei a observá-lo melhor. É um quarto grande, cortinas brancas com detalhes em preto cobriam toda a parede direita, a esquerda continha uma porta de correr de vidro fosco, um pouco longe a porta do que parecia ser a saída estava fechada e na parede de frente pra mim uma porta preta fechada, que julguei ser o banheiro.

Observei melhor os detalhes e notei alguns CD’s em uma pequena cômoda em baixo da grande televisão fina e curva, no meio um vídeo game preto grande com dois controles em cima, do lado do aparelho alguns DVD’s arrumados. A cama bem macia, grande e com a roupa de cama preta e branca, olhei vendo o sofá de couro, alguns pufes brancos espalhados pelo chão, uma pequena cômoda do lado da cama continha um notebook e um celular ambos pratas.

Levei a mão aos cabelos afim de arrumá-los em um coque frouxo, não parecia aquele cabelo pesado e sujo de algumas horas atrás, assim que os movi para começar o coque senti um cheiro bom de morango subir. Terminei de arrumar os cabelos e olhei para minhas roupas, eu vestia um short leve de dormir preto e uma regata soltinha da banda “The 1975”, parei de reparar em mim mesma quando ouvi o barulho da porta, não consegui conter as lagrimas quando vi Demi entrando.

A morena estava com os cabelos pretos jogados de lado, uma calça preta colada, coturnos desamarrados nos pés e regata branca, quando nossos olhares se encontraram permiti com que minhas lagrimas caíssem, Demi ficou estática por um momento enquanto seu rosto livre de maquiagem ia sendo tomado por lagrimas, as sardinhas que eu sempre adorei na minha mãe estavam a mostra, os lindos olhos castanhos tomados por lagrimas mais a beleza de seu olhar continuava ali. Pude ver olheiras fundas em baixo de seus olhos, oque me deixou ainda pior, antes que eu pudesse começar a falar Demi correu em minha direção.

Os braços da morena circularam meu pescoço fazendo com que as lagrimas viessem, não impedi o choro compulsivo que tomou conta do meu corpo, eu precisava colocar toda aquela dor, todo aquele medo pra fora de algum jeito. Demi me apertava em seus braços de forma apertada, seu rosto escondido em meu pescoço, as lagrimas saindo livremente de seus olhos, assim como os seguidos “Eu te amo” saindo de seus lábios.

Não me importava se aquilo fosse um sonho, não me importava se a qualquer momento eu fosse acordar naquele maldito lugar de novo, eu acordaria com um sorriso enorme só por poder ter sentido o cheiro da minha mãe de novo. Demi separou nosso abraço, colocou as mãos em meus rosto e começou a acariciar olhando cada parte, o sorriso aliviado que vi em seus lábios, o olhar de carinho direcionado diretamente pra mim fizeram com que eu a abraçassem de novo. Ficamos em silencio durante longos minutos apenas naquele abraço, sentir o cheiro de Demi, sentir o corpo dela e os carinhos de proteção me faziam sentir em casa. A morena me da algo que eu achei ter perdido a muito tempo, ela me da aquela sensação de lar, não aquele lar qualquer mais sim o seu lar.

Com Demi eu me sentia em casa, me sentia amada e protegida como nunca antes, eu posso ter perdido uma mãe mais o destino me trouxe outra, nunca esqueceria da minha mãe biológica mas Demi e minha mãe de coração, podemos não ter o mesmo sangue correndo de nossas veias mais sei que quando eu precisar ela estará lá por mim, me abraçara dizendo que vai ficar tudo bem e vai me mimar como se eu fosse a única pessoa no mundo.

- Não me importo que seja um sonho, não me importo de abrir os olhos e perceber que só estou fantasiando de novo – Minha voz soou baixa apenas para que ela ouvisse –Só de ter sonhado com você tudo já fica melhor mãe.

Demi tornou a separar o abraço, tornou a acariciar meu rosto e oferecer aquele sorriso lindo e acolhedor.

- Não é um sonho filha, eu to aqui com você e não vou sair do seu lado de jeito nenhum – Soltou meu rosto e segurou minhas mãos – Você é meu bebê Lauren, nem que esteja adulta e com filhos vai deixar de ser meu bebê. Eu te amo meu amor, me desculpe por falhar com você, prometo que de agora em diante vou começar a cumprir a promessa que te fiz, eu vou cuidar de você Lauren – As lagrimas voltaram a cair – Você é minha filha, fiquei perdida sem você.

Abracei a morena de novo, Demi deixava que sua dor fossem liberadas pelas lagrimas, eu apenas acariciava seu cabelo e dizia que tudo ficaria bem, ela precisava saber que eu estava ali, precisava saber que eu estava com ela.

- Eu fiquei com tanto medo mãe, eu já tinha desistido de lutar sabia? – Perguntei de forma divertida ainda acariciando seus cabelos – Só que mesmo naquele lugar, mesmo passando tudo oque passei lá eu sempre pensava em você, podia ver seu, aquela sua cara de brava quando chego em casa tarde – Sua risada me fez sorrir e afastar o abraço – Deus não poderia ter mandado ninguém melhor pra cuidar de mim, ele me tirou uma mãe mais me deu outra anos depois, eu costumava culpar Deus por muitas coisas que aconteceram comigo. Eu o culpava pela morte dos meus pais, o culpava por ter que me separar dos meus irmãos para que pudessem ter um futuro, nossa mãe eu o culpei tanto por tudo que aquele monstro me fez quando eu era menor – A lagrimas teimosas caiam – Mas agora entendo que aquelas coisas já passaram, entendo que se era isso que ele queria que acontecesse, eu não poderia fazer nada. Ele me tirou uma família mais agora eu tenho outra que eu amo muito.

Demi sorriu apertando minha bochecha e logo beijou a ponta do meu nariz.

- Como eu senti falta dessa minha pentelha carinhosa – A menor brincou me fazendo rir – Não me assusta mais desse jeito, assim você me deixa de cabelos brancos antes do previsto.

- Platina que da tudo certo – Brinquei pra quebrar o clima tenso, a fazendo rir.

Voltei a olhar para o quarto e logo depois pra Demi.

- Mãe onde estamos? – Demi desviou nossos olhares e levantou sorrindo – Demetria não desvie o olhar e me ignore.

Ela riu com a minha falsa voz brava.

- Que isso mocinha a mãe aqui sou eu – Me permiti soltar uma gargalhada, fazendo seu sorriso aumentar – Que tal um banho, um bom café da manha e um dia de series para esquecer tudo isso? – Bateu palmas animada me fazendo negar com a cabeça sorrindo.

- Coitada acha que me engana, te dou pontos pela tentativa – Me ajeitei na cama sentindo um pouco de dor, só foi a alegria de ter Demi perto de novo passar que a dor voltou – Mais acho que terá que ajudar seu bebê a tomar banho.

Demi riu vindo até mim sem dizer mais nada, me ajudou a levantar e me levou em direção ao banheiro.

Assim que a porta preta se abriu tive a visão de um grande banheiro branco, o piso preto combinava perfeitamente, uma parede de vidro e porta fume separava o chuveiro do resto do banheiro, todas as peças totalmente brancas e limpas, uma parede de fios pretos delicados separava uma grande banheira branca. Demi me guiou em direção a banheira, me ajudou a tirar as roupas e colocou em cima de uma plataforma de mármore suspensa com um grande espelho em cima, enquanto minha mãe me ajudava a tirar a roupa a banheira já enchia.

Com a ajuda de Demi entrei na banheira, a água quente fez com que meu corpo relaxasse, fechei o olho para sentir aquela água maravilhosa envolver meu corpo, comecei a sentir bolhas em minhas costas como massagem e notei que a banheiro servia como hidro tambem..

Demi disse que ia me deixar descansando um pouco, a morena rapidamente saiu do banheiro me deixando sozinha, me permiti voltar a pensar em tudo que aconteceu, a única coisa que me lembro é daquela maldita sirene alta tocando, um tipo de gás começou a tomar conta do quarto e me fazer apagar. Camila rapidamente tomou meus pensamentos, não só ela mais como todos os meus amigos, queria saber como eles estavam e se estavam bem ou se eu fui a única a ser resgatada, oque achei dificil, eu estava preocupada e não era pouco.

Passei o longo tempo sozinha pensando, não demorou para que Demi voltasse e me ajudasse a sair da banheira, minha mãe me ajudou a colocar o roupão preto com "Jauregui" escrito em branco atrás, fiquei sem entender muito bem mais deixei passar. Com a ajuda de Demi sentei na cama, a morena seguiu em direção as duas portas de correr de vidro fume, empurrou uma das portas pro lado e entrou no longo espaço.

- Pra que um closet tão grande? – Me perguntei baixo e logo neguei com a cabeça.

Minha mãe voltou segundos depois com uma box feminina preta e uma blusa grande do Nirvana.

- Como vamos ficar em casa é mais confortável – Deu de ombros me mostrando a roupas.

Demi agora vestia um short desfiado claro, chinelos e a mesma blusa de antes.

- Por mim tanto faz, só quero deitar – Ouvi a risada de Demi soar, oque me fez sorrir.

Coloquei as peças sempre com a ajuda de Demi, meu corpo doía muito e movimentá-lo ainda era uma ação dolorosa, depois de toda a maratona que foi consegui colocar a roupa. Minha mãe me ajudou a levantar, me guiou para a porta e a abriu, assim que sai do quarto constatei que estávamos em uma casa, parecia mais uma mansão do que uma casa na verdade.

Chegamos no andar de baixo depois de um tempo, Demi me levou em direção ao sofá e pediu para que eu sentasse, ela iria pegar algo para comermos e me mandou ficar quieta, quando a morena se afastou deitei no sofá relaxando o corpo. Um suspiro cansado saiu dos meus lábios enquanto eu olhava para o alto e deixei que minha cabeça vagasse.

Senti o sofá afundando depois de um tempo e voltei minha atenção para o local vendo Demi com uma bandeja de café da manha no colo, me sentei negando a ajuda da mulher dessa vez e fiquei de frente pra ela.

- Então me conta de quem é essa casa? – Peguei um copo de suco e tomei notando ser de laranja.

Demi pegou um sanduíche e mordeu enquanto desviava nossos olhares.

- Não pode ficar fugindo das minhas perguntas por muito tempo mãe – Sentei melhor no sofá em uma posição de índio – E vamos combinar que um quarto daqueles, um roupão com meu sobrenome atrás e um closet com roupas que eu usaria não são nada discretos.

A mulher revirou os olhos pegando o seu copo de suco, depois de tomar um pouco pousou o copo na bandeja e me encarou.

- É sua – Voltou a desviar o olhar.

Engasguei com o suco que eu bebia, antes que algo pior acontecesse coloquei o copo na bandeja e comecei a tossir, Demi me encarou assustada e deixou o sanduíche de lado para me ajudar.

- Como assim minha Demetria? – Perguntei depois de me recuperar da maldita crise de tosse – Oque você aprontou?

- Não tem forma melhor de falar isso então – Respirou fundo, voltou a sentar a minha frente e me encarou – Estamos em Londres.

Mesmo que ela tenha colocado as mãos ao lado do corpo, feito uma atuação muito ruim de animação e sorrido daquele jeito forçado, não consegui impedir meu corpo de travar. Fiquei olhando pra Demi como se suas palavras tivessem me petrificado, meus olhos tenho certeza que estão arregalados enquanto minha boca estava aberta em um perfeito “O”, minha mãe voltou a comer como se nada tivesse acontecido. Mudei de expressão e serrei os olhos encarando bem a mulher a minha frente.

- Suco? – Me ofereceu seu copo – É de maracujá toma – Me estendeu com a maior cara de cínica do mundo – Melhor trocarmos de suco né? Também concordo.

Trocou nossos sucos e voltou a tomar o que antes era meu.

- Como assim em Londres? – Minha voz subiu um tom a mais, Demi me olhou repreensiva – Onde estão meus amigos Demi, onde esta a Camila? – Assim que falei o nome da latina minha mãe abaixou a cabeça deixando o suco de lado – Sei que não devia ter gritado com você, mais na atual situação não pode me culpar por estar pirando.

- Eu não te culpo, foi algo que precisei decidir pra te proteger – Olhei pra ela sem entender – Lembra da proposta de Simon? – Concordei a fazendo respirar fundo – Eu aceitei por você.

- Você oque? – Voltei a gritar.

- Lembra das nossas conversas depois da proposta, filha você me pareceu tão animada – Sorriu segurando minha mão – Você ficou comentando como seria uma experiência incrível, de como mesmo que não desse certo, te ajudaria a ter uma boa ajuda na faculdade que você quer.

- Mais isso não quer dizer que eu iria aceitar – Soltei nossas mãos a fazendo suspirar – Demi é Londres, sabe Inglaterra? – Perguntei me ajeitando melhor no sofá – Sabe o quanto estamos longe de Miame e dos meus amigos? – Olhei para baixo e deixei um suspiro pesado escapar – Sabe o quanto estamos longe de Camila?

A mulher a minha frente tratou de tirar a bandeja de perto, se aproximou de mim e segurou minhas mãos.

- Filha todos estão bem, você esta bem – Me fez olhar pra ela – Não se preocupe com isso agora, se preocupe com o seu futuro e em ficar segura. Sei que ama Camila, sei que vai ser difícil ficar longe dos seus amigos por um ano, mas é preciso meu amor.

- Não isso não é preciso, eu vou voltar pra Miame.

Mesmo com toda aquela dor no corpo levantei e andei o mais rápido que consegui para o andar de cima, fui em direção ao que parecia ser meu quarto e tranquei a porta assim que entrei. Joguei-me na cama me permitindo chorar e abracei o travesseiro forte enquanto deixava aquelas sensações me tomarem por inteira.

Não podia ficar longe de Miame e dos meus amigos, a minha vida era lá e querendo ou não a minha vida está lá, mesmo magoada e quebrada eu amo Camila e não suporto ficar longe dela. Com todos os erros, com todas as brigas e com essa historia de traição eu não consigo esquecê-la, ela em tão pouco tempo me deu razão para não desistir, me deu aquela vontade de levantar e sorrir. A maioria dos sorrisos apenas por ver o lindo anjo que eu tinha ao meu lado, não podia negar que com todos os nossos problemas Camila é o meu anjo, mesmo com todo o mundo desabando em minhas costas, com um sorriso ela faz tudo mudar, oque eu vou fazer sem ela?

Eu não estava disposta a facilitar uma possível volta, mas eu sabia que ela também me amava e demonstraria que merecia me ter de volta, querendo ou não por Camila eu faço e faria qualquer coisa. Oque eu faria se tivesse que ficar em Londres?

P.O.V Camila

Acordei sentindo todo o meu corpo doer, me mexi gemendo com a dor nos braços e comecei a piscar os olhos, o quarto estava escuro, mais a luz de fora me fez perceber que estava de manha. Comecei a olhar ao redor tentando descobrir onde eu estava, não reconheci o lugar de primeira mais assim que minha visão desembaçou notei estar no meu apartamento de Nova York, olhei ao redor e vi que tudo estava como tinha deixado só que parecia mais arrumado e limpo, em cima do criado mudo um notebook prata e um telefone dourado desligados.

Passei a mão pelos olhos achando que tinha começado a alucinar de novo, isso já aconteceu uma vez, do jeito que meu cérebro estava sendo tratado não duvido nada que eu esteja alucinando. Parei de coçar os olhos e percebi que o quarto não mudou, eu continuava deitada na minha espaçosa cama, vestindo roupas confortáveis e uma fodida dor pelo corpo, foi aquela dor que me fez perceber que eu não tinha acordado de um pesadelo, mais também me mostrou que tirando os possíveis traumas mentais que terei, outra coisa estava errada.

Continuei olhando pra frente tentando entender oque estava acontecendo, o barulho da porta abrindo foi oque me despertou da minha confusão, voltei minha atenção para o local vendo Serena estática me olhando. Assim que meus olhos pousaram na loira a minha frente um sorriso aliviado e feliz tomou conta dos meus lábios, Serena usava seu uniforme da Constance, eu digo o uniforme dela por que onde ela estudava os alunos poderiam mudar o uniforme de acordo com seus gostos, mais não podiam fugir muito do tradicional.

Uma saia de pregas pretas curta, regata branca justa ao corpo, saltos altos pretos, gravata fina justa no corpo, alguns cordões, anel e pulseiras, o cabelo longo loiro jogado de lado junto da maquiagem a deixavam magnífica.

Sem que eu pudesse impedi-la Serena correu em minha direção, se jogou no meu corpo e me apertou enquanto gritava, comecei a rir de sua reação e me deixei levar pelo momento. Ter a loira ali comigo, sentir seu abraço e sua animação me fizeram relaxar completamente, com poucos gestos Serena conseguiu me fazer esquecer todos os acontecimentos anteriores e me sentir amada com aquele abraço.

- Meu Deus Camila, pelo amor de Deus não me assusta mais assim – Separou o abraço e começou a analisar meu corpo – Você ta bem, ta com dor? – Enquanto a loira me examinava de forma exagerada gemi de dor dando uma das respostas – Ai meu Deus, desculpa Mila.

Ri assim que ela parou o exame, juntei nossas mãos e sorri.

- Tudo bem S, pode pegar um remédio pra dor? – A menina concordou sorrindo animada.

Serena saiu correndo do quarto para pegar o remédio, ajeitei meu corpo na cama, coloquei alguns travesseiros nas minhas costas e suspirei relaxando o corpo, deixei que meus pensamentos voassem até Lauren e meus amigos. A preocupação começou a me tomar ao começar a imaginar como todos eles estavam, a única coisa que eu me lembro antes de apagar eram as sirenes soando e do nada um tipo de gás começou a invadir o quarto, eu sinceramente achei que era o inicio de mais uma longa sessão de torturas, só que agora eu estou em Nova York sem nem saber como cheguei aqui ou quantos dias se passaram.

Não demorou muito para que Serena voltasse com um copo de água e um frasco laranja, a garota me deu um dos comprimidos do frasco, coloquei o comprimido na boca e peguei a água que minha prima ofereceu. Tomei o remédio e todo o conteúdo do copo estendendo o mesmo pra Serena, a loira colocou o copo no criado mudo e se sentou novamente.

- S oque estou fazendo aqui? – Sua expressão confusa me fez reformular a pergunta – Eu só me lembro de gás pra todo lado e um completo breu, onde estão os meus amigos, principalmente Lauren onde ela está?

- Esquece isso okay? – Sorriu juntando nossas mãos – Você ta segura agora, não vai voltar nunca mais pra lá e eu vou garantir isso, se concentre em ficar bem e se preocupar com seu futuro, você tem o campeonato daqui a alguns meses e não se esqueça que Julliard está a um ano de distancia, precisa se concentrar.

- Serena eu não estou preocupada com o campeonato ou com Julliard nesse momento, a única coisa que me preocupa é não saber que merda está acontecendo e por que eu não estou em casa – Soltei nossas mãos a fazendo suspirar – Oque eu estou fazendo em Nova York Serena, oque eu estou fazendo aqui e não em casa?

- Você esta em casa – Me corrigiu – Pelo menos agora essa é sua casa.

Travei a olhando sem entender, a garota mordeu o lábio inferior nervosa e ajeitou os cabelos.

- Vou te ajudar a tomar banho e se arrumar, avisei seus pais e a vovó que você acordou – Fiquei sem entender – Vem, melhor relaxar antes de ter suas respostas.

Sem que eu pudesse negar minha prima me ajudo a levantar, com a ajuda da loira consegui chegar até o banheiro, mesmo com dor disse para Serena separar alguma roupa pra mim e comecei a me despir lentamente, mesmo sentindo uma dor horrível precisava ser rápida para saber oque estava acontecendo, quanto mais eu ficava em Nova York mais eu ficava longe de Lauren. Preciso saber como ela esta, saber que minha Lua esta bem e segura é a única coisa que eu quero agora.

Depois de um banho não muito longo coloquei um roupão branco, amarrei o pequeno cordão e me aproximei do espelho, limpei o vapor que o banho quente causou e me olhei melhor, eu estava mais magra, meus olhos com olheiras enormes e meu bronzeado natural agora quase inexistente pela palidez. Subi as mangas do roupão e vi vários cortes e marcas em meu braço.

Uma fina lamina passava por meus braços me fazendo gritar e apertar os olhos.

- Para, por favor, para – Gritei sentindo mais um corte.

Balancei a cabeça soltando as mangas do roupão, me concentrei em escovar rápido os dentes e me manter o máximo longe do espelho.

Sai do banheiro vendo minha prima sentada em minha cama, pernas cruzadas e mexendo no celular, ao seu lado um conjunto de lingeries brancas de renda e um blusão dp bob sponja. Tirei o roupão branco do corpo e coloquei as peças de roupa, sentei na cama e minha prima me ajudou a secar o cabelo, quanto menos em pé eu ficasse melhor pra mim, o remédio poderia estar ajudando com a dor, mas eu podia sentir muito bem as outras que o comprimido não ajudava.

Não demorou muito para que a loira terminasse de secar o meu cabelo, joguei o cabelo pra lado e levantei negando ajuda. Mesmo com toda a confusão que a minha cabeça estava, mesmo com toda a dor que estou sentindo em meu corpo, precisava ignorar tudo isso e saber logo oque estava acontecendo, precisava saber quando voltaria pra Miame. Principalmente voltaria pra perto de Lauren. Segui em direção à sala com Serena atrás de mim, a loira me encarava como se a qualquer momento eu fosse tropeçar e me quebrar toda, desci as escadas em silencio, a sala estava silenciosa mais pude ouvir barulho na cozinha, segui até lá e ao abrir a porta tive a visão de meus pais e minha avó tomando café, assim que entrei todos ficaram em silencio e olharam em minha direção. Meus pais sorriram assim como minha avó, me aproximei junto com Serena e me sentei na cadeira ao lado da loira.

- Bom dia querida como se sente? – Minha avó perguntou de forma elegante pousando a xícara no pratinho de suporte – Estávamos preocupados com você mocinha.

- Estou bem abuela apenas com dor – A mulher assentiu e eu peguei a taça de suco a minha frente – Então alguém pode me explicar por que estou em Nova York, a claro e me explicar como minha mãe e a minha avó estão na mesma sala sem discutir.

Tomei um gole do meu suco enquanto cruzava as pernas, deixei o suco de lado e encarei meu pai.

- Papa oque esta acontecendo, eu deveria estar em Miame, preciso saber como Lauren esta – Ao ouvir o nome da morena meu pai suspirou deixando seu café de lado – Lauren esta bem não esta papa?

- Sim meu amor ela esta bem – Suspirei aliviada e sorri – O único problema meu amor é que Lauren não está mais em Miame – Meu coração se apertou com suas palavras e meu corpo travou completamente.

- Sua ex namorada se mudou – Olhei para minha avó – Sabíamos que essa namoro não iria durar meu amor, agora você tem que se concentrar em sua nova vida.

Voltei ao mundo e pisquei diversas vezes tentando controlar os meus pensamentos.

- Que nova vida? – Levantei assustando a todos – Se a nova vida for ir atrás de Lauren e voltar pra Miame então pode acreditar que estou bem concentrada.

Minha avo mantinha a postura rígida, feição calma e posse seria.

- Camila você não vai voltar pra Miame – Ao ouvir a voz que eu menos esperava soar, olhei em direção a minha mãe – Você já teria que se mudar por causa da faculdade, conversamos com sua avó e Lillian, decidimos adiantar tudo.

- Vocês estão loucos, eu não vou me mudar agora, sem mim eles não se classificam nem ao mundial.

- Conversamos com Angelina e entramos em um acordo, você pode participar do mundial do próximo ano e dos próximos campeonatos Spirit também, o motorista vai te levar duas vezes por mês a Miame na volta as aulas, você vai treinar para as competições – Tentou me tranqüilizar mais confesso que ela estava falhando – Sua matricula na Constance já foi feita, você estuda lá agora.

Ri de forma debochada olhando para todos sentado naquela mesa, eles realmente acham que eu vou abaixar a cabeça e aceitar que me deixem longe de Lauren?

Sai da cozinha sem dizer nada e voltei para o meu quarto, tranquei a porta assim que entrei, me joguei na cama deixando o celular de lado e comecei a chorar, não acredito que logo agora meus pais tiveram uma crise e decidiram começar a concordar com a minha avo. Eu não poderia ficar longe de Lauren, Miame é o meu lar assim como o meu lugar é ao lado da linda hispânica de olhar esmeralda, sem Lauren tudo parece estar fora do lugar pra mim, eu preciso dela do meu lado.

Podemos ter tido uma briga seria, mas eu sabia que podia conseguir outra chance, Lauren me ama assim como eu a amo, ela me entenderia e me deixaria provar que me arrependi, eu mostraria pra ela que o beijo foi um erro e que nunca mais trairia a confiança dela dessa maneira. Não estava disposta a desistir de Lauren, mas um pensamento tomou minha cabeça quando lembrei as ultimas palavras da minha mãe.

Oque eu faria se tivesse que ficar em Nova York?


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem e favoritem pessoal isso é muito importante kkkk
Até o próximo capitulo.
XOXO -B


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