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História Two Worlds Collide - Stars


Escrita por: MrsChease

Notas do Autor


sei que ninguém ta lendo mas ta aí o outro cap
espero que os leitores invisíveis gostem

Capítulo 2 - Stars


POV's Katherine

Já era manhã, Callie, que dormiu aqui e eu, estávamos acordadas. Ela queria passear pela cidade, pelos cafés daqui, ela gostava dos donuts e do café expresso, e mais ainda, de fazer compras.

A mais velha estava fazendo cachos em seu cabelo, e já havia decretado que eu seria a próxima.

Eu sou um tipo de pessoa muito preguiçosa, então aqui estava eu com a cabeça no ombro de meu pai que estava deitado ao meu lado.

Era sábado, e ele começaria o novo emprego segunda. Ele quer apenas descansar até lá, então eu não o acordei.

Só queria algo confortável para me encostar, já que dormi em um colchão no chão e a maluca da minha amiga praticamente ficou esparramada em cima de mim. 

- Pronto! - A dona de meus pensamentos no momento entra na sala. 

Eu diria "quase" sala, pois só havia chegado o sofá e uma estante com a televisão. 

Callie estava linda, seus cabelos negros estavam com cachinhos da raiz até as pontas, a deixava tão linda. 

- Você está ótima! - Elogio minha amiga.

- Eu sei, eu sei. Agora é a sua vez. - Ela me puxa pelo braço me levando até o quarto. 

Ela pega o babyliss e me pede gentilmente para sentar no colchão. Eu o faço e ela penteia meus cabelos. A sensação de ter alguém mexendo em seu cabelo é tão boa. 

- Amiga, seu cabelo é maravilhoso. - Ela diz enquanto massageia o mesmo. 

- Que isso.. O seu que é! - Digo entre um sorriso. 

- Mas enfim... E aquele garoto que você conheceu ontem, hein? - Ela dá uma risada besta. 

- Você sabe que não estou aberta para relacionamentos no momento. - Respondo séria.

- Ele já deve estar apaixonado por você. - Diz com um sorrisinho sarcástico nos lábios.

- Hey.. A gente nem sabe o nome um do outro. Como pode dizer isso? - Abaixo o olhar. 

Eu nunca havia me apaixonado. 

- Tudo bem. Não vou forçar nada. Mas dê uma chance quando perceber que ele é uma boa pessoa, certo? - Ela pergunta, e deposita um beijo no topo de minha cabeça. 

- Tudo bem, amiga. - Sorrio. 

Depois de um tempo meu cabelo estava finamente pronto. Callie tira  umas fotos da gente para guardar de lembrança, segundo ela. 

- Está na hora das roupas agora! - A garota dá uns pulinhos.

- Calma. Nós só vamos andar um pouco, não é? Pra quê essa animação? 

- Ai, não acaba com minha empolgação. - Ela faz um biquinho. - Eu vou escolher roupas bonitas, mas não exageradas, certo? - Apenas digo que sim com a cabeça. 

Ela abre sua mala que estava do lado do colchão e procura por alguns segundos alguma coisa. De dentro da mala ela tira um short jeans claro, com renda branca na frente com algumas pérolas. Era lindo. Também pega uma blusa curta de tricô branca com buraquinhos. 

Enquanto isso vou procurar algo pra mim e pego uma blusa de frio rosa claro com algo escrito na mesma, e uma calça jeans justa escura. 

Depois de nós duas nos vestimos e saímos do quarto.

Meu pai ainda estava dormindo, graças à Deus! Quero ele descansado. Outro dia eu saio com ele.

Estávamos andando de um lado para o outro e Callie aproveitava para comprar roupas, segundo ela, se adaptar ao estilo daqui.

Ela estava pagando suas compras e eu estava escorada na porta de vidro da loja em que ela estava. Não quis entrar, nem vou comprar nada mesmo. 

- Hey! - Era o garoto do supermercado, ele parou na minha frente.

- Ah. Oi! - Digo animada. 

- Como você está? - Ele pergunta e se posiciona ao meu lado.

- Bem, bem.. E você? - Pergunto.

- Eu também! Ei, não se importaria de dizer o seu nome, não é? - Ele pergunta com um sorriso no rosto.

- Oh, sim. Eu sou a Katherine, e você? - Pergunto e estendo minha mão como se estivéssemos nos conhecendo agora. 

- Sou o Scott. - O mesmo aperta minha mão. - Qual o nome de sua amiga? - Ele desvia o olhar para dentro da loja.

- É a Callie. - Respondo.

Eu esqueci de mencionar sua aparência, certo? Scott realmente parece novo, sua pele é meio escura, quase no tom de Callie. Seus cabelos são cheios de cachinhos, o que o deixa fofo. Seus olhos são escuros, e seu corpo era malhado. Eu gostava disso. 

- Sabe, hoje vai ter uma festa na casa de uma amiga do colégio.. Todos vão, e nós podemos levar quem quisermos. Você gostaria de ir? - Uma festa do colégio.. Eu adoraria isso. 

- Claro, eu vou. Mas a Callie também, né? - Faço uma voz manhosa.

- Sim. Pode levar ela. - Ele diz. - Pode me dar o seu número? Te mandarei o endereço da festa. 

- Claro. 

Dou meu número ele e o mesmo dá um beijo em minha bochecha antes de ir. Esse garoto está me encantando. Mas o garoto dos olhos negros é quem eu realmente quero reencontrar. 

 - Acorda, Kath. - Ouço a voz impaciente de Callie ao meu lado, certamente segurando várias sacolas.

- Desculpa.. - Peço sem jeito. - Temos uma festa pra ir! - Digo animada. 

- Sério? Ah, então agora nós vamos comprar mais coisas e.. 

- Não precisa! O que temos é o bastante, mas como eu sei que você vai perder o maior tempo do mundo arrumando a gente, então vamos logo pra casa! - Eu sabia que ela ia vir com essa baboseira de comprar roupa nova. 

- Certo.. Mas quem convidou a gente mesmo? - Ela pergunta curiosa. 

- Scott. - Respondo rápido. - O garoto do supermercado.. - Completo, pois ela não saberia quem é.

- Por quê não namoram logo? - Ela revira os olhos.

- Idiota! - Ela apenas ri.

Nos afastamos daquela loja e paramos na calçada da rua. Callie faz um sinal com a mão chamando o táxi, e acabamos achando um.

Entramos, e ele nos leva para o prédio. Depois de um certo tempo, chegamos lá, e mais uma vez a minha amiga gasta seu dinheiro.

Eu sei que ela é rica.. Mas qual é? Eu basicamente não estou ajudando ela em nada. Decido ficar  calada e entramos de uma vez no edifício.

Tomamos rumo ao meu apartamento, e quando entramos, meu pai não estava mais aqui. Eu realmente espero que ele esteja dormindo em seu quarto. 

- A noite vai ser incrível! - Callie dá uns pulinhos.

- Sim.. - Não estou tão animada quanto ela. 

Essa maluca me puxa pelo braço me levando para o meu quarto. Minha linda e macia cama já estava aqui. Quer dizer que meu pai não descansou o bastante.. Callie se joga na cama me puxando com ela e respira fundo.

- O que foi? - Pergunto ficando de seu lado na cama. 

- Estou pensando em o que vamos usar. - Sua face está realmente pensativa. 

- Certo.. 

- Já sei! - A garota me puxa de novo me fazendo levantar.

Daqui a pouco fico sem o meu braço.. 

Em meu quarto também já havia chegado a cômoda. Que bom! Hora de dar adeus às malas esparramadas no chão. 

- Olha, eu vou alisar o seu cabelo. E deixar o meu cacheado mesmo. Conheço peça por peça do seu guarda roupa, então também já sei com qual você vai. E claro, a minha eu também já escolhi mentalmente. - Ela já está colocando minhas roupas na cômoda.
   

Tira de sua mala uma calça jeans justa da cor branca, e uma blusa cinza com mangas curtas que provavelmente deixariam sua cintura aparecendo.

Ela corre em direção a minha mala, e pega uma saia rodada vermelha, que bate mais ou menos acima dos meus joelhos, e uma blusa preta do mesmo tamanho que a dela. 

- Pronto, agora vai tomar banho primeiro que eu vou ter muito trabalho com o seu cabelo. - Ordena ela.

- Tudo bem, mamãe. - Brinco e saio do quarto, indo até o banheiro. 

Entrando no mesmo já começo a tirar minhas roupas, jogando elas no chão.

O banheiro já estava praticamente pronto. Que bom! Ligo o chuveiro e água está quentinha, do jeito que eu gosto.

Entro debaixo do mesmo, e começo a me lavar. Passo shampoo e condicionador em meus cabelos.

Depois de um certo tempo esfregando o sabonete em meu corpo, finamente acabo.

Enrolo uma toalha em meu corpo e a outra em meu cabelo. Saio do banheiro e entro no meu quarto, Callie está sentada na cama mexendo em meu celular. Provavelmente Scott já deixou a mensagem de onde será a festa. 

- Olha, se vista aí, eu vou tomar banho agora. - Avisa e sai do quarto.

Tiro a toalha de meu corpo e pego minha roupa, colocando-a em cima da cama. Visto uma lingerie qualquer e depois a roupa. Ainda bem que ainda cabem em mim essas roupas.

Calço uma bota de cano baixo marrom com cadarços da mesma cor. Tiro a toalha de minha cabeça. Meu cabelo ainda está molhado. Callie vai dar um jeito nisso.

Ela entra no quarto, já com sua roupa, nem vi ela levando-as pro banheiro.

Como eu pensei, a blusa deixava maior parte de sua cintura amostra, mas de qualquer modo, ela estava linda. Seu cabelo natural é daquele jeito cacheado mesmo, então ela não vai ter que fazer muito em si mesma. 

- Vamos te arrumar. - Ela fala enquanto pega o secador. 

Se senta atrás de mim e começa a escovar lentamente meus cabelos.

Liga o secador e o usa, enquanto passa a escova em meus cabelos. 

Para por um segundo e pega sua chapinha. Depois que seu trabalho para secar os cabelos estava feito, ela começa a alisar os mesmos. Callie sempre gostou mais de meus cabelos lisos, já eu prefiro com cachos. Mas deixarei que ela faça de seu jeito. 

- Se vira pra mim. - Pede.

Eu o faço e a mesma sorri, como se estivesse satisfeita com seu trabalho.

- Ficou bom? - Pergunto, mesmo sabendo que sim. 

- Claro! 
Ela começa a colocar as mechas pra frente, e divide minha franja em duas. Meio que bagunça meus cabelos e pelo seu rosto, parece que acabou. Pega um pequeno espelho e me dá ele. Nossa, está realmente lindo. Ele está bem mais longo que o normal.

- Está lindo. Obrigada! Mas é melhor irmos agora. - Já estava escurecendo. 

- Certo. - Ela fala e calça um salto preto com pedrinhas pratas. 

Nós duas passamos perfume, e cremes, essas coisas.

Saímos do meu quarto, e eu procuro por meu pai. Certo, que estranho. Ele não está aqui. Minha amiga faz com que eu esqueça isso e saímos, rumo à festa.

Ela já havia chamado um táxi que estava esperando por nós em frente ao meu prédio. Entramos, e ela diz nosso destino, o carro toma partida.

Eu não esperava que o caminho até a festa fosse silencioso, afinal isso seria uma missão impossível para Callie.

Seu entusiasmo com todas as coisas era algo que eu realmente amava nela, pois isso a fazia tornar o mais simples em algo consideravelmente empolgante.

Por um momento seu falatório havia cessado e logo me apressei em saber a razão, pela janela era possível ver Scott em sua moto e Callie estava vidrada com a imagem do garoto, talvez alguém estivesse a beira de uma nova paixão.

Sorri com a ideia e ao olhar para as ruas de Seattle através da janela que havia do lado em que eu estava ocupando naquele táxi, pude ver o garoto de olhos negros.

 Nossos olhos se encontram em fração de segundos, e a mesma sensação de ontem domina o meu corpo.

Ele se vira e posso reparar que alguém está na moto com ele.

Uma garota. Eu não imaginava que ele já tinha alguém.. Eu não deveria estar incomoda com isso, mas estou. Não entendo o motivo. Será que é ruim desejar tanto que a garota caia da moto?

- Kath! - A voz de Callie faz com que eu acorde de meus devaneios. 

- Sim? - Pergunto e me viro pra ela. 

- Você.. Ah, deixa pra lá. - Que estranho.

- O que foi? - Pergunto curiosa. 

- Nada.. - Callie abaixa o olhar.

Certo, eu nunca vi ela assim. Será que é tristeza? Mas com o quê? 

- Ei, amiga. Fala comigo. - Passo meu braço pelo seu pescoço. 

- Não é nada sério. - Ela segura minha mão. - Você realmente acha que o Scott está afim de você? - Pergunta um pouco envergonhada.

- Por quê alguém ficaria interessado em mim, quando se tem você? - Ela sorri. - Não se preocupe, ele só é um amigo. - Digo e ela assente com a cabeça.

Agora estou certa de minha teoria sobre estar começando uma nova paixão.

Me viro para a janela novamente, e só agora percebi que estamos em movimento de novo. Ou seja, os garotos já estão um pouco mais a frente.

 O táxi finalmente para em frente a uma grande mansão branca, há vários carros estacionados por aqui, e as duas motos dos garotos, que estão em pé do lado delas.

Dessa vez eu paguei o taxista, e nós descemos do carro, indo até Scott e os outros.

- Vocês vieram! - Ele nos recebe com um sorriso.

- Sim. - Callie responde e sorri um pouco tímida.

Ela entrelaça nossos dedos. Normalmente quando estamos paradas e ela faz isso, é quando está nervosa.

Olho preocupada para a mesma, mas ela me parece mais feliz do que qualquer outra coisa. 

- Bom, esses são Dylan, o meu melhor amigo. E a Diana, irmã dele. - Por algum motivo estúpido eu suspiro aliviada com isto. 

Agora eu podia ver como era a tal irmã de Dylan. Seus cabelos eram castanhos claros e longos, ela era magra e baixinha. Estava usando uma calça jeans clara com uma blusa preta, com lantejoulas douradas nas mangas, com uma jaqueta preta por cima.

- Bom, essa é a Katherine. - Scott aponta seu dedo em minha direção. - E essa a Callie. - Ele sorri olhando pra ela.

Deus! Estou amando esses dois. 

- É.. Vamos entrar? - Era Dylan. Não sabia que uma voz podia ser tão sexy.

 Todos nós entramos. Posso sentir um cheiro terrível de licor apenas na entrada da casa. Haviam tantos corpos se esfregando, pessoas se beijando de uma forma nojenta.. Eu diria que vi até homens com homens, e mulheres com mulheres. Isso está uma loucura!

Sinto uma mão segurar com força minha cintura, me viro para ver quem é.

Era Dylan. Parecia que ele estava me envolvendo em um abraço por trás, mas estava apenas arrumando um jeito de fazer com que eu saísse de sua frente para que ele passasse.

Ele consegue o que quer, e apenas vejo seu corpo se afastando do meu.

Que pegada esse garoto tem!

Sua irmã passa ao meu lado rindo um pouco. Será que ela leu meus pensamentos?

Olho para trás e Scott está sussurrando no ouvido de Callie.

Eu entendo que a música está alta, mas isso é tão sexy da parte dele.

A música era Don't Wanna Know, do Maroon 5. Era uma ótima música, e se eu não tivesse acabado de chegar, estaria dançando feito louca como os outros aqui presentes.

Callie e Scott passam a minha frente e por um minuto achei que iam me deixar sozinha ali mas minha amiga me puxa com ela. Aleluia, né? Não conheço ninguém mais aqui.

Nós estamos indo pelo que parece até a cozinha. Eu diria que a casa é muito linda, mas era simples.

O piso era de madeira e havia um tapete em certos lugares da casa.

Entramos na cozinha e lá há poucas pessoas, mas várias garrafas de bebidas. Muitas mesmo. Como tequila, cerveja, vodka, whisky. Enfim, tem de tudo. E por mais que eu não seja de beber, farei muito isso hoje.

Pego o copo de plástico vermelho que estava na mesa junto com as bebidas e deposito vodka no mesmo.

Bebo tudo em quase dois goles, e despejo whisky no mesmo copo. Bebo um pouco mais devagar, eu não quero ficar tão bêbada.

Começa a tocar uma música que eu simplesmente amo e não penso nenhum segundo antes de puxar Callie comigo pra sala, onde tem um tumulto de gente dançando.

Chegando lá, nós pulamos tanto que já estou cansando. Batemos nossos corpos e eu seguro suas mãos sorrindo pra ela enquanto danço. Ela dançava tão melhor que eu, mas eu poderia dizer que sou mais animada.

Por mais que eu esteja amando esses dois, Scott chega e puxa ela de mim. Vou bater nele mais tarde.

Bebo mais um gole de whisky e quando me viro meu corpo se encontra com o de outra pessoa.

Novamente os olhos negros estavam se fundindo com os meus.

Dylan envolveu seus braços em minha cintura e eu não posso nem explicar o quanto estamos colados um no outro.

Levo minhas mãos até sua nuca, e sem perceber já estou dançando para ele.

Eu mexia meus quadris de uma forma descontrolada e sinto as mãos do garoto descerem lentamente para minhas nádegas.

Droga, eu nunca vou me acostumar com a força dele!

Apesar de estar gostando me vejo forçada a me afastar. Qual é, eu acabei de conhecê-lo, e já posso estar bêbada, mas nem tanto. Me viro para a direção oposta a sua, mas isso não o impediu.

Dylan veio por trás de mim e me abraça com firmeza. Ele deposita beijos por todo meu pescoço, e morde o mesmo. Que sensação.. Bebo todo o álcool que havia em meu copo e saio de perto dele voltando à cozinha. Dessa vez eu escolhi a tradicional cerveja.

Perdi a conta de quantas vezes eu bebi. Agora sim estou bêbada! Preciso ir embora.

 Me preparo para sair da cozinha mas quando estou o fazendo, Dylan aparece do nada na minha frente. Deus! Esse garoto deve estar me perseguindo.. Não que eu não esteja gostando. 

- Você é idiota mesmo, não é? - Dispara e eu dou um passo pra trás. 

- Bom, eu estou meio tonta.. Mas você que é idiota. - Eu nem sei do que eu estou falando. 

- Você está realmente bêbada. - Nossa, nem percebi. 

- É, mas me deixa sair. - Ele estava em minha frente.

Pra todo lado que eu ia ele ia também, e eu já estava ficando irritada. 

- Eu não posso te deixar ir bêbada no meio da noite em ruas tão perigosas. - Até parece um cavalheiro. Mas só parece mesmo. - Além disso, eu tenho que fazer mais coisas com você ainda. - Sorri malicioso.

- A única coisa perigosa é ficar perto de você. - Ele me provoca de uma maneira que eu não gosto. Ou eu gosto? Não sei de mais nada.

- O que está havendo? - Era o Scott. 

Ele está gentilmente segurando a mão da Callie. Pelo menos uma de nós saiu ganhando hoje. 

- Oh, eu não posso tirar os olhos de você alguns minutos que você fica assim? - A garota vem até mim e coloca as mãos em meu rosto. 

- Gente, deixa de besteira. Eu estou perfeitamente..  - Estou tão tonta que não consigo terminar. 

Eu meio que perco o equilíbrio e quase caio, mas Callie me segura. 

- Realmente muito bem. - Dylan revira os olhos. 

- É melhor irmos embora. - Callie olha pro Scott e depois pra mim novamente. 

- Tudo bem, mas nós vamos levar vocês. - Scott diz.

Eu sei que ele quer é ficar mais tempo com a minha amiga.

- Meu pai vai ficar tão decepcionado comigo.. - Balbucio. 

Ele odeia que eu beba, apesar de não fazer muito isto. 

- Nós podemos ficar um tempo em minha casa. - Dylan se manifesta. 

- Ah, não, obrigada. - A algum tempo atrás eu estaria implorando por isso, mas agora não. 

- Calada, Kath. Você não tem o direito de escolher nada. - Callie já está me assustando. 

- Arg.. Certo. - Foi minha vez de revirar os olhos.

 Eles vão na minha frente e eu acabo ficando pra trás. Não deveriam me ajudar? Eu fico pasma com esse povo.

Ando com um pouco de dificuldade atrás deles. Callie olha pra trás procurando por mim. Ah, pelo menos alguém lembrou da pessoa bêbada aqui. Tanto faz, eu só quero sair logo desse lugar.

Nem tive tempo de conhecer a anfitriã da festa. Deve ser alguém bem popular, pra ter tenta gente assim.

 Todos nós passamos pela porta e quando estamos do lado de fora sinto um frio terrível. Por quê eu não previ isso? E afinal, como nós vamos embora? Não me diga que.. 

- Bom, você vem na minha moto, Callie. - Foi exatamente o que eu pensei. 

- Parece que sobrou pra mim. - Digo baixinho mas Dylan ouviu e me lançou um sorriso brincalhão. - Olha, e a sua irmã? - Pergunto me fingindo de preocupada.

- Ela está se divertindo lá dentro. - Ele pisca pra mim. 

- Certo. Vamos logo. - Callie diz enquanto se senta atrás de Scott em sua moto, colocando o capacete. 

Dylan se senta na dele e me entrega um dos capacetes, coloco o mesmo em minha cabeça, e me sento atrás dele. Como eu não caio nisso aqui? 

- Você vai precisar segurar firme em mim. - Dylan leu meus pensamentos, só pode. 

Apenas faço o que ele diz e envolvo meus braços em sua cintura, o apertando forte.

Pode ser pela minha segurança, mas estou adorando fazer isso. Scott dá partida primeiro e Dylan logo em seguida.

Estou quase dormindo nas costas quentes desse garoto. Faço de tudo para manter os olhos abertos e um de meus métodos é olhar o caminho percorrido pela moto.

Há tantas ruas que brilham por causa de luzes de postes, boates. Casais andando de mãos dadas por aí, cachorros correndo pelo meio da rua. Bom, é o que eu considero incrível neste lugar.

É tudo tão simples, e ao mesmo tempo agradável. 

A moto meio que dá uma virada, que susto eu levei! Posso ouvir a risada abafada de Dylan, apenas ignoro. 

O vento que bate em nós é incrível, mas parece ser a única parte boa da moto.

 Tento me aproximar mais de Dylan mas já estou perto o suficiente. 

Só quero que a gente chegue na casa dele logo. Respiro fundo enquanto penso. 

Está realmente frio, preciso de algo para me esquentar além de Dylan. 

Noto que a moto parece estar parando e já estou aliviada em pensar nisso. Finalmente chegamos, então? Eu estava certa. 

Ele para sua moto em frente a uma mansão maior que a outra. Não imaginei que ele fosse rico assim. 

Tiro o capacete e desço da moto primeiro que ele. Mas minha cabeça está tão boa que eu tropeço em algo invisível. 

Dylan ri ao meu lado. Que garoto chato! 

Só agora percebo que os outros já estão na pequena varanda da casa de Dylan, esperando por nós. 

Passo minhas mãos em meus braços a procura de calor. Finalmente sinto algo quente sobre meus ombros. Era a jaqueta que Dylan estava usando. Ele a colocou em meus ombros de uma forma gentil. Talvez existam dois lados dele. 

Nós dois caminhamos até a varanda, escuto o barulho de chaves sendo balançadas. 

Ele está abrindo a porta e Scott e Callie entram primeiro. Dylan olha pra mim e faz um sinal indicando que eu poderia entrar. Eu entro e me deparo com uma casa incrivelmente linda.

Na parede à direita havia uma grande lareira feita de tijolos que era uma graça! O fogo estava aceso e isso fazia a grande casa ficar quente e aconchegante. O que é ótimo, já que estou morrendo de frio.

Há duas poltronas em frente a grande lareira, e um tapete da cor vinho com dourado. A escada era de vidro, e levava ao segundo andar.

Um pouco afastado das poltronas, está o grande sofá branco acompanhado por uma mesa de centro, de vidro e também com detalhes dourados.

Sem contar que há um grande lustre de cristais no teto branco. As paredes da casa tem alguns detalhes, desenhos.

Posso ver uma grande porta bege, que está trancada. Talvez seja a cozinha.

Noto que eu sou a única pessoa que está em pé reparando na casa. Me sento no sofá juntamente aos outros. 

- Você tem uma casa linda. - Sussurro para Dylan que estava ao meu lado. 

- Eu sei. - Responde convencido. 

Nem elogios ele sabe receber. 

- Já veio muito aqui, Scott? - Callie pergunta para o seu novo amor. 

- Sim, muitas vezes. - Ele responde e lança o olhar para Dylan.

Os três começam a conversar entre si e me deixam de fora. Eu realmente não me importo, afinal nem quero saber sobre o que estão conversando.

Apenas sei que minha cabeça está latejando e eu só quero um remédio, ou dormir.

Mas não vou pedir nada ao Dylan, não quero atrapalhar eles.

Bocejo por conta do sono e resolvo me levantar. Apesar do frio, estou precisando ficar um pouco lá fora. 

- Onde você vai? - Pergunta Callie enquanto me encara.

- Ah, eu só vou tomar um ar. - Lanço um sorriso de lado para ela. 

Abro a porta e sentir o vento frio bater contra o meu corpo é algo que eu realmente gosto.

Sento no degrau da pequena escada, e tiro a jaqueta de Dylan, colocando-a em meu colo.

Tem tantas estrelas no céu hoje, é tão bonito.

Minha mãe adorava vê-las e sempre chamava eu e meu pai para fazer isto com ela.

Não posso evitar deixar escapar um sorriso enquanto me lembro de minha querida mãe. Seu nome era Stella. Não posso explicar o quanto ela era linda.

Nós éramos uma família feliz, nossos vizinhos gostavam de nos chamar de "A Família Perfeita".

Meus pais nunca brigavam por nada, resolviam tudo com muita calma e na base da conversa.

Nós sempre íamos aos lugares juntos. Aos domingos nós assistíamos à filmes que nós três gostávamos, comendo pipoca e rindo se caso fosse de comédia.

Éramos tão felizes. Mas ela simplesmente se foi.

Eu e meu pai tentávamos de tudo para continuarmos com a rotina de sempre, mas nunca dava certo sem ela.

Escuto passos vindo em minha direção, ignoro e continuo a olhar as estrelas.

- O que está fazendo aqui fora? Não estava com frio? - Sua voz já está guardada em minha mente, Dylan. 

- É, e você não estava conversando com seus amigos? - Pergunto ignorando suas perguntas.

- Não é a mesma coisa sem você, sabe. - Afirma enquanto se senta ao meu lado. 

Olho para ele com uma feição séria, e ele retribui o olhar da mesma forma que eu.

Não há nenhuma hora em que nossos olhares não se encontrem? Seus olhos eram tão escuros e me pareciam tão profundos, parecia que eu estava sendo puxada para aquela imensidão negra.

- Por quê você olha pra elas como se fosse uma das coisas mais preciosas que você possui? - Ele quebra o silêncio e desvia seu olhar para o céu.

- Era como se elas fizessem parte da história de vida da minha mãe. - Explico de uma forma curta e olho para cima assim como ele.

- O que aconteceu com ela? - Parece que é fácil decifrar o sentido de minhas palavras.

- Ela morreu pra salvar a vida do meu pai.. Seu amor por ele era tão intenso e verdadeiro que ela não pensou duas vezes antes de.. De se colocar à frente dele quando uma arma estava apontada em sua direção. - Era impossível contar isto sem algum ressentimento. 

As últimas palavras dela pra mim foram "durma bem estrelinha." e me deu um beijo na testa enquanto ligava o meu abajur com objetos celestes.

No meio da noite, bandidos invadiram minha casa, meu pai ouviu o som e foi saber o que era.

Ele havia me contado que minha mãe ficou certamente preocupada com sua demora, e foi ver o que estava acontecendo.

Ela encontrou o ladrão apontando a arma para meu pai e foi pra frente dele.

Levou um tiro em seu lugar e ele não soube o que fazer além de se preocupar com sua esposa. Sua querida e amada esposa que estava debruçada no chão, sangrando.

Os ladrões foram embora, sem olhar para trás.

A única parte da história que eu realmente vivi, sem ser contada pelo meu pai, foi quando eu acordei em meio a gritos de meu pai, completamente assustada.

Meu pai viveu cada momento desta experiência, e ainda consegue sorrir para mim todos os dias. 

- Eu realmente sinto muito. Mas foi uma forma nobre de morrer, não acha? - Eu sei que Dylan está tentando achar uma forma de me fazer sorrir, ou algo parecido.

- É, foi sim. - Mordo meu lábio enquanto deixo escapar um sorriso bobo. 

Ele conseguiu o que queria. Passo os dedos de uma forma lenta em meus olhos para espantar as lágrimas que queriam tanto cair. 

- Sabe, eu amava tudo sobre minha mãe, mas o que mais me encantava era como os olhos dela brilhavam feito as estrelas. - Olho para Dylan que estava escutando cada palavra que saia de minha boca. - Ela realmente as amava. - Abaixo o olhar desta vez, me lembrando de algumas coisas relacionadas a Stella. 

Se eu bem me lembro ela tinha uma pequena tatuagem de estrelas cadentes em sua nuca. Ela basicamente vivia de cabelos amarrados, pois sabia que eu adorava olhar para isso. 

- Hey.. - Posso sentir a respiração quente de Dylan batendo contra minha orelha. - Seus olhos também brilham como as estrelas. - Ele sussurra. 

Suas mãos lentamente se posicionaram em meu rosto, me acariciando. Eu nunca pensei que esse tipo de carinho poderia vir dele. 

- Obrigada.. - Minha voz é quase impossível de ser ouvida.

 A porta é aberta de forma brusca, o que faz Dylan se afastar de mim em questão de segundos. 

- Vocês não vão entrar? - Callie, com um lençol jogado em seus ombros e praticamente tremendo de frio vem até nós. 

- Nós já estávamos indo. - Dylan olha pra mim e nós dois olhamos de volta para a morena que estava esperando uma resposta nossa. 

- Sim. - Digo enquanto visto a jaqueta que Dylan havia me dado. 

Ela é tão quentinha, e tem o cheiro de seu perfume, o que me faz ter mais vontade de usá-la.

Minha amiga pega em minha mão e me leva pra dentro da casa de novo.

Caramba! Quantas horas são? Eu preciso avisar ao meu pai que estou aqui! Mas onde diabos está meu celular? 

- Callie, onde está meu celular? - Pergunto preocupada, parando ela. 

- Você não trouxe ele, amiga. - Ela diz com uma cara óbvia. - Mas se você precisa, toma aqui. - A garota me entrega o celular dela. 

Não tenho tempo de falar obrigada, desbloqueio o celular com pressa, e digito o número de meu pai. 

- Alô? - Sua voz indicava que ele estava com sono. 

- Oi, pai! Me desculpa. Eu simplesmente esqueci de avisar. - Bagunço todo o meu cabelo, eu costumo fazer muito isso quando estou nervosa, como é o caso agora.

- Tudo bem, tudo bem! Eu imaginei que não havia acontecido nada. - Ele parece calmo. 

- Eu estou na casa de um amigo, e por estar escuro demais, talvez eu vou dormir aqui. A Callie está comigo. - Meu pai sempre achou que ela era capaz de me proteger de qualquer coisa

- Tudo bem, filha. Eu te amo. Fique bem. - Posso imaginá-lo sorrindo do outro lado. 

- Te amo. - Digo e encerro a ligação. 

Ótimo. Agora sim estou tranquila.  

Me viro pra trás, e percebo que durante este tempo Dylan estava encostado na porta me observando.

- Vamos dormir aqui? - Pergunto e ele vem até mim.

- Sim, eu não sairia de moto esta hora mesmo. - Ele passa por mim.

Scott e Callie estavam dormindo juntos no sofá, isso mesmo, juntos.

Ela estava com a cabeça encostada em seu ombro, e ele estava gentilmente envolvendo ela em um abraço.

Mas onde eu vou dormir então?

Decido ir até a poltrona, é perto da lareira, e isso me manterá aquecida.

Abraço minhas pernas por conta do frio, e escondo minha cabeça entre os joelhos. 

- Você não vai ficar aí. - Ouço a voz de Dylan. 

- Eu só quero dormir. - Levanto a cabeça preguiçosamente e olho para ele. 

- Vamos. - Ele pede.

Eu não entendo mas me levanto mesmo assim. Dylan pega em minha mão e sobe as escadas me levando com ele.

Nós chegamos em um corredor e ele me leva até uma porta da cor bege, abrindo a mesma. Há uma grande cama de casal no quarto, e eu só quero me jogar nela. 

- É o meu quarto. Você pode ficar aqui. 

- Certo. Obrigada. - Agradeço a ele e vou em passos lentos até a cama. 

Sento nela e é muito confortável e macia. Olho para a porta e Dylan está saindo do quarto. 

- Espera! - Praticamente grito.

- O que foi? - Ele pergunta assustado voltando para o cômodo.

- Você.. Pode ficar comigo? - Foi difícil perguntar isso.

- Oh.. Tudo bem. - Ainda bem que ele aceitou. 

Enquanto tiro meus sapatos, sinto quando Dylan se deita na cama. Faço o mesmo e me cubro com as cobertas quentes daqui. Estamos deitados de frente um para o outro. Eu não sei se eu deveria, mas eu não estou nervosa.

- Durma bem, Kat. - Sorrio por conta do novo apelido, e ele se vira para o outro lado.

Eu me viro também. 

Sinto as mãos fortes de Dylan apertarem minha cintura. Ele estava me abraçando, mas fazia isso da forma mais excitante possível. Não digo nada, e nós dormimos.


Notas Finais


comentem <3


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